Maio 15, 2025
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) julgou nesta quarta-feira (17) os embargos de declaração do processo da Fundação Francisco Conde (FFC). A partir de agora, o Bradesco terá o prazo de 20 dias para creditar os R$ 111 milhões relacionados à ação judicial. Os pedidos de esclarecimento foram feitos pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, em nome dos 3.900 participantes do IABCN (Instituto Assistencial BCN), de todo o País, que têm direito ao ressarcimento.

Os bancários solicitaram esclarecimentos sobre o pagamento aos trabalhadores e a incidência do Imposto de Renda. A Justiça decidiu que não será cobrado o imposto sobre o valor a ser ressarcido. Os participantes da ação também pediram que o montante a ser pago pelo Bradesco fosse depositado na conta do Sindicato, para ser encaminhado aos beneficiários de forma unificada, mas o TJSP indeferiu o pedido.

Os beneficiários da ação, que ainda não fizeram pedido de procuração para o resgate, podem procurar o seu sindicato ou federação.

Vitória dos trabalhadores

Depois de quase 20 anos de luta, debates e reuniões coordenadas pelos sindicatos, a história da Fundação Francisco Conde, dos bancários do extinto BCN, está chegando a um desfecho favorável aos trabalhadores.

Os recursos do IABCN, que era administrado pela Fundação Francisco Conde, foram constituídos por contribuições do extinto banco BCN e dos funcionários e estavam bloqueados desde que o Bradesco adquiriu a instituição financeira, em 1997.

Os R$ 111 milhões determinados pela justiça referem-se à segunda e última parcela que os trabalhadores receberão da FFC. A primeira, paga em 2001, foi relativa aos recursos previdenciários e totalizou R$ 200 milhões.

Fonte: Contraf-CUT

Parece não ter limites a ganância da diretoria do Banco do Brasil. Não bastassem as demissões imotivadas de bancários, agora resolveu cortar custos partindo para a segurança, colocando em risco funcionários, clientes e usuários. Somente em Brasília, mais de 90 vigilantes já foram demitidos.

 

O planejamento divulgado nesta quarta-feira (20) prevê que esse número passe de 200 só no DF. As demissões devem atingir todo o país, reduzindo as despesas do banco com segurança em até 12%.

 

A diretoria do BB já enxugou os quadros de vigilantes nos prédios administrativos e agora está partindo para as agências. Onde trabalhavam 5, agora estão apenas 3; onde ficavam 3, o número caiu para 2.

 

Trabalhadoras e trabalhadores, mães e pais de família, alguns faltando apenas um ano para se aposentar, estão sendo empurrados para o desemprego por uma diretoria do banco que, ao mesmo tempo em que demite, coloca vidas em risco.

 

“A ordem do presidente do banco é reduzir custos para disputar lucros com os bancos privados”, denunciou o secretário de Finanças do Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF), José Maria de Oliveira.

 

Segundo o secretário-geral do Sindesv-DF, Moisés Alves da Consolação, apesar das constantes denúncias, nada tem sido feito. “A Polícia Federal não tem se importado com os planos de segurança dentro das agências. Já denunciamos à PF, à Delegacia de Controle de Segurança Privada (Delesp), ao Ministério da Justiça, à Presidência da República e até agora nada foi feito”, disse Moisés. “A segurança do Banco do Brasil está às traças”, denunciou.

 

 

“Demissão é uma política equivocada”

 

Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, a política de demissões adotada pelo BB é completamente equivocada. “O banco está agindo em contrariedade com seu papel social, demitindo para atingir lucros cada vez mais altos. O Banco do Brasil tem responsabilidade social e essa diretoria está indo na contramão”, apontou.

 

Boaventura afirma ainda que o banco está tomando atitudes contrárias às diretrizes do governo Dilma. “O que temos visto até agora é a geração de empregos como base da pirâmide do governo da presidenta Dilma. O Banco do Brasil está na contramão dessa política também”, afirmou.

 

Para o secretário de Imprensa da Contraf-CUT e coordenador da Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Widerkehr, ao reduzir gastos com segurança o banco mostra que encara isso como custo, quando na verdade é investimento, proteção da vida das pessoas. “O que o banco está fazendo é um absurdo!. Estão demitindo trabalhadores deliberadamente, precarizando a segurança e nada disso foi discutido com o movimento sindical”, criticou.

 

“O BB deveria abrir processo de negociações não só para o plano de funções, mas também para a segurança. É um dos maiores bancos do país e é referência no sistema financeiro, por isso precisa investir cada vez mais em segurança, e não cortar gastos com itens de fundamental importância como a segurança”, destacou Ademir.

 

O diretor e presidente eleito do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, ponderou sobre o clima organizacional na empresa, agora que a segurança está reduzida.

 

“O clima no BB já está muito ruim com as metas inatingíveis e as mudanças na remuneração sem negociação. Agora, com a retirada de vigilantes, os bancários estão com medo do que pode acontecer com suas vidas e com os clientes. Esse tipo de economia não é bom para ninguém. O banco deveria abrir negociação sobre esse assunto e modificar sua postura”, cobrou Eduardo.

 

 

BB investe pouco em segurança

 

Estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da subseção Contraf-CUT, com base no balanço, mostrou que o Banco do Brasil investiu, em 2012, R$ 840 milhões em despesas de segurança, o que significa apenas 6,9% do seu lucro líquido de mais de R$ 12 bilhões.

 

O banco fica atrás da Caixa Econômica Federal, que investiu 11,3%; do Santander, com 8,8%; e do HSBC, que direcionou 8,5% de seu lucro líquido para a segurança. “Nada justifica essas demissões!”, afirmou Boaventura.

 

O Sindicato dos Vigilantes do DF já procurou o banco para discutir o assunto, mas ainda não obteve resposta.

 

 

Mortes

 

Somente em 2012, 57 pessoas morreram vítimas de assaltos envolvendo bancos no Brasil, conforme pesquisa nacional feita pela Contraf-CUT e CNTV com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese. Foram funcionários, clientes, usuários, vigilantes e policiais que pagaram com suas vidas em função de um sistema falho de segurança bancária.

 

“Essa ganância do banco, essa vontade de obter lucros a qualquer custo, tem trazido consequências para todos”, concluiu Moisés.

 
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Brasília

Os juros dos bancos continuaram subindo em fevereiro. A taxa do cheque especial subiu 2,6 pontos percentuais, para 156,6% ao ano, e do crédito pessoal, 3,4 pontos percentuais, para 94,6% ao ano, de acordo com dados anunciados nesta quarta-feira (26) pelo Banco Central (BC).

As taxas de juros cobradas pelos bancos no crédito para empresas e famílias também subiram. Conforme o BC, no caso das pessoas físicas, de janeiro para fevereiro, a alta ficou em 1,3 ponto percentual, para 41,2% ao ano.

Para o BC, a alta na taxa média cobrada das famílias ocorreu por influência do aumento dos juros cobrados pelo uso do cheque especial e do crédito pessoal não consignado em folha de pagamento.

As empresas pagaram taxa média de 23,1% ao ano, em fevereiro, com alta de 0,3 ponto percentual em relação a janeiro. As taxas subiram mesmo com a queda na inadimplência das famílias. A inadimplência, considerados atrasos superiores a 90 dias, caiu 0,1 ponto percentual, para 6,5%. No caso das empresas, houve alta de 0,1 ponto percentual para 3,3%.

Esses dados são do crédito com recursos livres, em que as instituições têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros. O BC também divulga informações sobre o crédito direcionado (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura). Nesse segmento, houve redução das taxas de juros em 0,5 ponto percentual para 7,2% ao ano para pessoas físicas e em 0,1 ponto percentual para 7,9% ao ano para as empresas.

O saldo das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,733 trilhões, sendo que a maior parte (R$ 1,492 trilhão) é crédito livre. Esse saldo correspondeu a 55,8% do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país. É o mesmo percentual registrado em janeiro.

Fonte: Contraf-CUT com Agência Brasil

Mônica Izaguirre
Valor Econômico

 

Existem 19 instituições estrangeiras interessadas em entrar no sistema financeiro do Brasil, afirmou ao Valor, Sidnei Correa Marques, diretor do Banco Central (BC) responsável pela área de autorização de novas empresas. A conta inclui os pedidos em análise e aqueles que ainda devem ser protocolados, mas cujo interesse pelo mercado brasileiro já foi manifestado em conversas com diretores do BC.

 

Os interessados são de 15 países diferentes, entre eles Estados Unidos, Japão, Alemanha, Itália, Holanda e China. Em princípio, todos querem constituir subsidiárias em vez de entrar no país adquirindo instituições existentes. Em dez casos, “na maioria de instituições sistemicamente importantes em nível global”, a intenção é montar aqui um banco múltiplo ou comercial.

 

No atual cargo desde março de 2011, mas funcionário antigo da BC, Sidnei disse não lembrar de ter visto lista tão grande de pretendentes nos últimos anos. “O número está acima da média”, destacou o diretor sem revelar nomes nem qual seria a média.

 

Como parâmetro de comparação, ele lembrou que de 2010 até agora, período em que nenhum pedido teria sido negado, o BC autorizou a criação de nove novas instituições de controle estrangeiro e obteve do Palácio do Planalto decreto abrindo caminho para a constituição de outras quatro, o que dá um total de 13 em pouco mais de três anos.

 

O diretor considera como já atendidos e, portanto, fora dos 19 apontados, esses quatro processos cuja autorização formal do BC é iminente porque já foram objeto de decreto da presidente Dilma Rousseff reconhecendo o pleito como de interesse do governo brasileiro. Tal reconhecimento é exigido pela Constituição Federal, vem antes da autorização formal de funcionamento, mas só é concedido depois que o BC, na condição de autoridade de supervisão bancária, se mostra favorável ao pedido da instituição.

 

Entre os 19 também não estão pedidos que logo de início o BC costuma rejeitar, antes mesmo da formalização. O diretor revela que a política, nesses casos, é convencer o interessado a sequer formalizar a intenção de ingresso no país. Com isso, embora já tenha acontecido, “é raríssimo” o BC reprovar algum pedido formal, disse ele.

 

Questionado se a atual lista de pleiteantes não estaria “maior que a normal” por causa de alguma demora na análise das demandas, Sidnei respondeu que não. O tempo da decisão do BC varia muito conforme o plano de negócios de cada um e, levando isso em consideração, tem sido normal, assegurou.

 

“O sistema financeiro é estratégico em qualquer país. Os processos tomam o tempo necessário para que a decisão possa ser tomada em bases sólidas e seguras”, disse ele, evitando falar sobre o caso do UBS. O banco suíço, que já esteve anteriormente no Brasil, esperou mais de dois anos para conseguir autorização do governo para voltar ao país – é um dos quatro casos já com decreto favorável.

 

Marques acredita que o aumento do interesse dos estrangeiros em entrar no Brasil não tem relação com a crise internacional de liquidez que abalou bancos de diversas partes do mundo e que se desdobrou na desaceleração da economia mundial. “A crise já tem cinco anos e esse aumento de interesse é recente”, disse.

 

O diretor avalia que o fenômeno está mais ligado à melhora da visão sobre o Brasil do que à piora do cenário em países ricos. “O Brasil representa grande oportunidade de negócios para essas instituições por vários fatores: mercado consumidor amplo e em crescimento; economia estável e crescendo de forma sustentável; sistema financeiro sólido e aderente às melhores práticas internacionais; economia aberta com comércio internacional diversificado; oportunidades de investimento em infraestrutura; fortalecimento do mercado de capitais; e instituições democráticas e estáveis”, entre outros.

 

A maioria dos estrangeiros que quer constituir novos bancos está de olho na clientela de pessoas jurídicas principalmente. Muitos querem vir porque empresas clientes em outros países já vieram ou pretendem investir aqui. A intenção dos estrangeiros não é só atuar em crédito. É também atuar fortemente em operações de mercado de capitais, acrescentou o diretor.

 

O BC leva em consideração, na sua análise, uma série de questões além do óbvio e em princípio saudável aumento de concorrência. Conforme Marques, os quesitos incluem entrada de novas tecnologias; fomento ao comércio internacional; acesso a investidores externos; visibilidade da economia brasileira; ampliação de fontes de financiamento de longo prazo para o setor de infraestrutura; e maior integração do SFN ao sistema financeiro global. Também são consideradas a avaliação feita pelo supervisor do país de origem sobre a instituição interessada e a qualidade dessa supervisão bancária.

 

Fonte: Valor Econômico

Marcelo Pinho
Valor Econômico, do Rio

 
Desde que o governo federal implementou um processo de redução das taxas de juros, os bancos públicos lideram os rankings de juros do financiamento imobiliário. A Caixa Econômica Federal cobra atualmente 7,46% ao ano e o Banco do Brasil, 6,91%, de acordo com dados do Banco Central.

Oficialmente a Caixa informa que suas taxas de juros são menores, mas os dados também levam em conta os financiamentos mais baratos do programa Minha Casa Minha Vida. De acordo com a Caixa, os juros cobrados pela instituição estão numa faixa entre 4,5% e 9,4% ao ano. Outro fator que influencia as taxas da CEF é se o apartamento pode ou não ser financiado pelo Sistema Financeiro da Habitação, cujo limite de valor é de R$ 750 mil. Em todos eles, diz o banco, suas taxas são as mais baixas.

Para o banco, o financiamento imobiliário é um importante recurso para fidelização dos clientes. “Há a questão do relacionamento, que todas as instituições financeiras valorizam, por ser de mais longo prazo e há, no caso especifico da Caixa, o exercício de um negócio que faz parte do seu DNA e do qual a instituição não abre mão”, diz Teotônio Rezende, diretor de habitação.

No Banco do Brasil, as taxas variam entre 7,9% ao ano e 10,5%. Clientes com conta salário no banco e dentro do SFH pagam as taxas mais baixas. Há também uma diferenciação pelas fontes de recursos. No SPBE (poupança), as taxas variam entre 8,3% e 10,5% ao ano. Com o uso do FGTS, a faixa é um pouco menor. Entre 7,9% ao ano e 8,9% anuais.

Já entre os bancos privados, alguns trabalham com faixas de taxas de juros, que variam de acordo com o perfil do cliente ou, no caso do Bradesco, possuem uma taxa alvo, que pode variar em casos especiais dependendo da negociação comercial.

O diretor de crédito imobiliário da instituição, Claudio Borges, explica que o Bradesco utiliza como referência a taxa anual de 9,2%, reajustada recentemente. “Dependendo do relacionamento do cliente com o banco, podemos baixar isso”, diz. No site do BC, que contabiliza as taxas dos bancos, a do Bradesco está em 8,47%.

Já o Santander utiliza faixas que variam entre 9,1% e 10,5% ao ano. Clientes do segmento especial select, com renda mensal acima de R$ 10 mil e investimentos no banco acima de R$ 100 mil pagam taxas mais baixas.

O Itaú Unibanco não tem uma taxa fixa nem trabalha com faixas ou diferenciação entre SFH ou recursos próprios. Segundo o diretor de crédito imobiliário do banco, Luiz França, a definição da taxa de juros é feita caso a caso de forma ágil, na maioria dos casos no mesmo dia.

“Não temos uma taxa fixa, mas podemos dizer que está em média em 9,3%, mas dependendo do relacionamento do cliente com o banco pode ser menor. Definindo a taxa caso a caso podemos oferecer exatamente o que o cliente precisa”, afirma França.

Os bancos privados têm como prazo limite 30 anos. Já Banco do Brasil e Caixa Econômica possuem um período maior, de 420 meses, ou seja, 35 anos.

Fonte: Valor Econômico

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam na próxima semana, com a Fenaban, as mesas temáticas de Saúde do Trabalhador. A primeira reunião, marcada para o dia 25 (quinta-feira), discutirá o GT do Adoecimento. O grupo de trabalho bipartite tem a função de analisar as causas dos afastamentos dos empregados do ramo financeiro, conforme a Cláusula 62ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Na segunda reunião, no dia 26 (sexta-feira), os bancários irão avaliar o Instrumento de Combate ao Assédio Moral, previsto na cláusula 56ª da CCT.

O secretário de Saúde do Trabalhador da Contra-CUT , Walcir Previtale, lembra que haverá reuniões preparatórias, na sede da Confederação, antes das negociações com a Fenaban. A participação é livre e aberta a todos os interessados nas questões de saúde dos trabalhadores.

“Nos dias 24 e 25 vamos preparar a negociação com a Fenaban. As reuniões são às 14h e 10 h respectivamente. É um debate importante. Na última mesa de saúde com os bancos cobramos mais empenho no combate ao assédio moral e às causas de afastamento dos bancários. Há muitas falhas no trânsito das informações encaminhadas, no retorno dado pelo banco e na resolução dos casos”, avalia Walcir.

Adoecimento

No ramo financeiro, as doenças relacionadas à saúde mental já superam as do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, as chamadas LER/Dort. Em 2013 foram 18.671 afastamentos de bancários por problemas de saúde. Do total de auxílios-doença acidentários concedidos pelo INSS, 52,7% tiveram como causas principais os transtornos mentais e as doenças do sistema nervoso. Isso significa dizer que, de cada dez bancários doentes, cinco são por depressão.

“Pressão e autoritarismo favorecem o surgimento de doenças. Estudos publicados detectaram que o ritmo intenso de trabalho, as metas estabelecidas sem a participação dos trabalhadores e impossíveis de serem cumpridas, induzem os bancários a ultrapassarem seus limites”, ressalta o secretário.

Relatório do Coletivo de Saúde

Os temas que estarão em debate com a Fenaban também foram discutidos na última reunião do Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, no final de maio. O encontro, com representantes de federações e sindicatos de todo o país, gerou um relatório com as demandas próprias da categoria e também da classe trabalhadora, de forma geral, na área da saúde.

Clique aqui para acessar o relatório completo

PLANSAT

O Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PLANSAT ) foi um dos temas debatidos. Atualmente, a revisão do PLANSAT está suspensa por tempo indeterminado. O pedido foi feito pela CUT, que apontou diversos problemas no plano, o qual faz parte da Política Nacional de Saúde do Trabalhador (PNSST).

“A garantia de participação dos trabalhadores e de seus representantes não tem sido respeitada. Até agora o Ministério da Previdência Social também não disponibilizou para a sociedade os dados sobre a acidentalidade nas empresas, a partir do CNPJ. São muitas as falhas”, explica o secretário da Contraf-CUT.

FAP

Os trabalhadores também estão preocupados com as mudanças que a previdência pretende fazer na fórmula de cálculo do Fator Acidentário de Prevenção (FAP). Entre as modificações sugeridas, há possibilidade de cálculo diferenciado desse fator para matriz e filial. Uma empresa que paga em nível nacional um FAP único hoje, passaria a pagar por cada um dos seus estabelecimentos. Ou seja, o FAP poderá ter impacto menor na contagem por cada estabelecimento, do que na soma de todos os acidentes da empresa.

Outra proposta que causa indignação é a exclusão do acidente de trajeto, o qual ocorre entre o deslocamento do trabalhador de sua casa até o trabalho e vice-versa.

A Contraf-CUT está encaminhando uma carta ao Ministério da Previdência Social solicitando uma audiência sobre o FAP.

NR-1

A nova Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que dispõe sobre prevenção em segurança e saúde no trabalho, também consta no relatório. Para os dirigentes sindicais, o texto-base está na contramão da própria Política Nacional de Saúde do Trabalhador (PNSST), que segue a Convenção 155 da OIT e garante a representação dos trabalhadores nas questões e discussões que envolvem saúde e ambiente de trabalho. O que não foi levado em conta na elaboração da nova NR-1.

MP 664

A Medida Provisória (MP) nº 664, publicada m 30 de dezembro do ano passado, que muda as regras para a concessão de benefícios previdenciários, como o auxílio-doença, está na pauta de luta dos bancários. Além de retirar direitos dos trabalhadores, a MP autorizava a terceirização da perícia média.

“Após pressão da classe trabalhadora, a presidenta Dilma Rousseff vetou a possibilidade de convênios entre o INSS e entidades privadas para realização de perícia médica. O que significava uma terceirização do serviço público. Mesmo com este veto ainda sacrifica os trabalhadores e representa um retrocesso”, alerta Walcir.

No relatório do Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador também constam outros temas: Proposta de revisão da minuta de reivindicação; Macrossetor de serviço; Projeto e-Social (programa governo federal, que pretende unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos empregados).

Fonte: Contraf-CUT

O presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, fez um balanço positivo da gestão 2009-2012 que está encerrando o mandato no dia 13 de abril. Carlão, como é mais conhecido, apontou também alguns desafios para o próximo triênio, na perspectiva de avançar a história de lutas dos bancários e da classe trabalhadora.
O diagnóstico foi feito durante recente entrevista concedida para a imprensa da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A Contraf-CUT fez uma edição do material, destacando as principais questões focadas.

 

Carlão, que também preside a UNI Américas Finanças, traçou um paralelo entre a gestão de uma entidade sindical e a compra de um apartamento na planta. “Você assina o contrato e, em três anos, recebe um apartamento. No movimento sindical é parecido: nós recebemos os votos e, três anos depois, temos que apresentar o resultado das nossas ações”, comparou.

 

Que conquistas foram alcançadas nos últimos três anos?Que “apartamento” está sendo entregue aos bancários ao final desta gestão da Contraf?

 

O principal neste “apartamento” que estamos entregando, acima de tudo, é a consolidação de uma direção coesa, que apostou no trabalho em equipe, e com olhar para todo o país. Hoje temos um número grande de diretores que visitaram a maioria dos sindicatos. Não foi uma Contraf presidencialista. Todos os sindicatos têm falado que um dos pontos fortes desta gestão é a participação dos dirigentes da Contraf em todos estados e das entidades em todos os espaços da Contraf.

 

Como aumentou essa participação?

Na mesa de negociação da Fenaban, por exemplo, temos sindicatos de vários estados do país. Houve também uma ampliação da participação nas comissões de empresa e nas comissões temáticas. Isto foi fundamental para as conquistas, como o aumento real de salário, a valorização do piso da categoria e avanços na igualdade de oportunidades – como a ampliação da licença maternidade e a inclusão do parceiro homoafetivo no plano de saúde.

 

Que outros avanços foram importantes?

Tivemos também avanços na segurança, por exemplo, com a obrigatoriedade dos bancos informarem semestralmente os dados sobre assaltos e ataques e, uma conquista do ano passado, a proibição do bancário transportar dinheiro. Houve avanços na saúde, com o programa de combate ao assédio moral, que prevê que os sindicatos recebam as denúncias dos bancários e encaminhem aos bancos, e que as entidades sejam informadas sobre o andamento da investigação das denúncias. Ainda na área da saúde, alcançamos outra vitória no ano passado, com o direito do bancário avaliar os exames periódicos, que são válidos como exames demissionais, e informar se foram feitos de forma adequada.

 

Na sua opinião, qual foi o grande avanço da campanha nacional de 2011?

O grande avanço que tivemos foi político. Diziam que nunca conseguiríamos aumento real porque isso contaminaria a inflação. Imagina: se os bancos não tivessem feito um acordo com aumento real, os demais setores jamais concederiam. Se com este lucro todo, o banco não der aumento real, quem é que vai dar? A grande conquista que tivemos no ano passado foi essa vitória política.

 

Que inovações foram marcantes na gestão?

Tivemos os Cadernos Contraf. A gente fala muito de igualdade de oportunidades nos bancos, mas precisamos exercitar a igualdade de oportunidades dentro dos sindicatos, das federações e da própria confederação. Começamos a fazer mais pesquisas, publicá-las nos Cadernos e cada dirigente sindical passou a receber um exemplar, etiquetado com seu nome. Esta é uma demonstração importante de que a Contraf faz pesquisas; que tem uma posição de diretoria e não mais de pessoas; e que socializa as informações e os documentos, para que os dirigentes possam ter instrumentos de negociação e mobilização.

 

Outra inovação foi a Pesquisa do Emprego Bancário, feita em parceria com o Dieese, que teve muita repercussão na sociedade, desnudando a política de rotatividade e a redução dos postos de trabalho nos bancos.

 

Nós começamos a fazer a pesquisa no início do mandato, a partir dos dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego. Então, começamos a observar que a rotatividade acontece somente aqui no Brasil – nenhum outro país da América Latina ou da Europa tem a rotatividade perversa que nós temos aqui. Por isso dizemos que a rotatividade é como jabuticaba – só tem no Brasil. Isso nós descobrimos com a pesquisa. Em todos os setores da nossa economia há rotatividade, mas percebemos na pesquisa que, nos bancos, o salário médio dos novos contratados é 54 % menor que o daqueles que foram demitidos.

 

Por que os bancos usam e abusam da rotatividade?

Os bancos estão se utilizando desta rotatividade para baixar custos. Nós temos conquistado aumento real de salários, os bancos contratam, mas conseguem diminuir os custos de folha. E quando olhamos para outros setores da economia, a diferença entre os salários dos novos e dos dispensados fica em torno de 3 %. Este é um problema específico do setor bancário. A pesquisa apontou onde está o problema.

 

O que é preciso fazer para a rotatividade deixar de ser jabuticaba?

Quando nós desnudamos esta realidade, por um lado, colocamos os bancos numa situação difícil. Mas, acima de tudo, isso nos traz um desafio, que é descobrir que tipo de ação sindical – de negociação e de mobilização – temos que adotar para romper com essa violência que os bancos estão praticando. Foi depois destas pesquisas que, junto com a unidade e a força da mobilização, obtivemos avanços no BB e na Caixa e conseguimos, pela primeira vez, incluir nos acordos específicos destes bancos a contratação de mais trabalhadores. Foram 10 mil no BB, em dois anos, e mais 10 mil na Caixa. Isso foi fruto destas pesquisas. Eu não tenho dúvidas de que, se quisermos ter emprego e remuneração de qualidade, temos que continuar investindo em pesquisas e dialogando com os dirigentes para se apropriarem destas informações, buscando negociações que, de fato, possam resultar em avanços.

 

E a luta pelo emprego decente?

Nós ousamos na campanha nacional do ano passado quando colocamos no centro a questão do emprego decente, a partir da estratégia da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da CUT. Para garantir emprego decente, nós precisamos acabar com a rotatividade, conquistar estabilidade no emprego. Mais: temos de assegurar um emprego saudável, onde não haja pressão por metas abusivas e assédio moral, para acabar com o adoecimento no trabalho. Precisamos de emprego seguro, sem mortes em assaltos e com condições de segurança. E é necessário propiciar uma aposentadoria digna, sem fator previdenciário e com previdência complementar para todos os bancários.

 

O que você destaca na direção da Contraf-CUT nos últimos três anos?

Temos, de fato, uma direção formada por pessoas que priorizaram o seu tempo para serem dirigentes da Contraf-CUT. Não havia isto antes. Muitos diretores apenas davam o nome para compor a direção. Hoje temos um número grande de pessoas que estão lá no dia a dia e são dirigentes qualificados, que conseguem pensar e elaborar políticas, e também negociar. Mas isso não bastava, era preciso ter o convencimento dos sindicatos, que entenderam essa gestão e participaram muito mais.

 

Esse é o caminho para o movimento sindical?

O resultado de uma negociação coletiva é fruto de um processo, que é feito com a qualificação dos dirigentes, a unidade nacional, o convencimento dos sindicatos e, acima de tudo, a mobilização a partir dos sindicatos, na base da categoria. Não tenho dúvida: os sindicatos, hoje, estão dialogando muito mais com os bancários, ocupando os espaços na sociedade.

 

Qual é o segredo da negociação?

Antes, tínhamos boas informações, mas morríamos nas negociações porque os trabalhadores sequer sabiam que estávamos negociando alguns temas. Hoje temos os sindicatos participando da negociação, os bancários informados e mobilizados e conseguimos fazer o diálogo coma sociedade, o que é importante não só para termos o apoio da população, mas também para mostrar as mazelas que os bancos praticam. Assim, tivemos boa participação dos sindicatos, dos dirigentes da Contraf e também, muito boa, dos trabalhadores. E também, com uma exposição desses problemas na sociedade, conseguimos colocar os bancos numa situação difícil e avançamos.

 

A construção da unidade dos trabalhadores do sistema financeiro é uma prioridade?

A unidade foi uma marca nos últimos três anos. Antes, era comum haver calendários diferentes para negociações com a Fenaban, índices reivindicados diferentes, sindicatos que entravam e saiam da greve antes ou depois. Isto tudo enfraquecia muito o movimento. O esforço coordenado pela Contraf – e os sindicatos responderam de maneira positiva – foi a construção da unidade. Dialogamos, até, com sindicatos não cutistas, alguns até que estavam fora do Comando Nacional.

 

O esforço pela unidade envolveu também outras centrais sindicais?

Eu dialoguei com outras centrais e a Contec. Nos últimos dois anos, as duas confederações tiveram o mesmo índice e o mesmo calendário. Não tenho dúvidas de que os avanços que tivemos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) são fruto de um grau muito maior de unidade dos sindicatos – cutistas e não cutistas – porque enxergaram na Contraf essa capacidade de coordenação e articulação do processo. Isso foi fundamental na mesa de negociação, os bancos perceberam que essa unidade estava muito forte. Por isso que, na greve do ano passado, a cada dia aumentava o número de agências paradas, porque nós tínhamos o controle do processo.

 

E a representação de todos os trabalhadores do ramo financeiro?

Nós queremos construir uma convenção coletiva para cada uma das categorias dentro do ramo financeiro. Hoje já temos uma só para bancários, uma só para financiários e acordo coletivo para cooperativários e também um para os trabalhadores do mercado de capitais, que são os funcionários da bolsa de valores e das corretoras. Queremos também fazer uma CCT para os securitários. Nós representamos todos estes trabalhadores, isto para nós é estratégico. Por isso vimos ampliando, ainda que a passos lentos, essa representação. Inclusive porque os trabalhadores estão enxergando neste modelo de negociação um grande espaço para valorizar suas CCTs. Esse é também um reconhecimento desta nossa política acertada.

 

E o próximo “apartamento”, que deve ser prometido para ser entregue daqui a três anos?

Nós desenvolvemos um projeto de formação em que todo dirigente sindical tinha que ter acesso a uma formação básica. Saber da estrutura e da prática sindical bancária, quais os espaços de negociação, o papel de uma federação, de uma confederação, de uma central sindical. Quem vem para o sindicalismo tem que ter uma noção geral. Mas nem todo mundo que tem afinidade pelo mesmo tema.

 

Isso significa investir para qualificar o dirigente sindical?

Precisamos continuar com esse curso básico, mas também devemos fazer módulos de especialização sobre sistema financeiro, terceirização, negociação coletiva e saúde, dentre outros temas. Assim. daqui a três anos, poderíamos entregar um “apartamento” em que teríamos, por exemplo, 30 dirigentes especializados em 10 temas, o que representaria 300 especialistas no movimento. Hoje já temos dirigentes como o Miguel Pereira, que é especialista na área de terceirização e fala não só pela Contraf, mas também pela CUT Nacional. Temos o Plínio Pavão, que é especialista na área de saúde do trabalhador. Queremos pegar este modelo e, com nossa política de formação, dar condições para que os dirigentes de todo o país possam se especializar.

 

Por que a formação é tão importante?

Para que possamos transformar não só a realidade do bancário, mas a realidade da sociedade, porque pertencemos à classe dos trabalhadores. Devemos aproveitar este momento em que o Brasil é o sexto país mais rico do mundo para deixarmos de ser o 12º pior em distribuição de renda.

 

Qual deve ser o papel do movimento sindical para transformar a sociedade?

Não podemos ficar assistindo, mas sermos protagonistas e atores sociais. Precisamos nos mobilizar cada vez mais e disputar a hegemonia na sociedade. Para tanto, é fundamental debater as grandes reformas. Por exemplo, qual vai ser nosso posicionamento na reforma tributária, que vai discutir o papel do Estado? Qual vai ser nosso papel na reforma política, que vai discutir o Congresso que queremos. E, acima de tudo, na reforma do sistema financeiro, para discutir que banco e que sistema financeiro temos e o que queremos. Por isso, é importante que os dirigentes sindicais se especializem, para que os trabalhadores enxerguem no movimento sindical e nos sindicalistas as referências para uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais igualitária.

 

Fonte: Contraf-CUT

Em todo o mundo comemora-se em 24 de março o “Dia Internacional para o Direito à Verdade sobre as Graves Violações de Direitos Humanos e para a Dignidade das Vítimas”. A data foi instituída em 2010, numa homenagem ao arcebispo de El Salvador, Dom Oscar Romero, assassinado naquele dia, em 1980, durante uma missa na capital daquele país. D. Oscar condenava e denunciava as violações aos direitos humanos e à dignidade das pessoas e por isto foi morto.

No mundo todo, são quase 50 mil desaparecidos forçados somente nos últimos 33 anos, segundo levantamento da ONU, sendo milhares desses na América Latina. No Brasil, que viveu uma ditadura militar entre 1964 e 1985, temos centenas de mortos e desaparecidos. Milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram presos/as, torturados/as, perseguidos/as, perderam os empregos, expulsos/as das terras, o que provocou aumento da pobreza e da miséria.

Agora, depois de 50 anos, está em funcionamento a Comissão Nacional da Verdade (CNV) que tem entre seus objetivos investigar os crimes da ditadura militar. No âmbito da CNV foi criado o Grupo de Trabalho (GT) Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical. Este GT tem ativa participação da CUT por meio da sua Comissão Nacional de Memória, Verdade e Justiça, que apoia os seus trabalhos.

No próximo dia 31 de março, o golpe militar que instalou a ditadura fará 50 anos e temos que aproveitar o momento para dizer “Ditadura nunca mais”. Os trabalhadores e trabalhadoras da cidade e do campo formam a maioria da população e foram os que mais sofreram com a ditadura militar. A CUT exige que todas as violações cometidas durante a ditadura sejam apuradas.

Neste 24 de março, quando se comemora o Dia Internacional para o Direito à Verdade sobre as Graves Violações de Direitos Humanos e para a Dignidade das Vítimas, a CUT, mais uma vez, reafirma e exige Verdade, Justiça e Reparação. Seguimos e seguiremos lutando em defesa de nossa memória histórica.

Comissão Nacional da Memória, Verdade e Justiça da CUT

Fonte: CUT

Os valores das tarifas cobrados pelos bancos de seus clientes pelos mesmos serviços apresentam diferenças de até 103% atualmente. Para especialistas, além de muito discrepantes, os valores continuam salgados para o bolso do correntista. Uma pesquisa feita pelo GLOBO no Sistema de Divulgação de Tarifas de Serviços Financeiros da Febraban, a federação dos bancos, comparando os valores dos seis maiores bancos do país, mostrou que para fornecer um extrato mensal de conta corrente e de poupança, na boca do caixa, o HSBC cobra R$ 2,95, enquanto na Caixa Econômica Federal, paga-se R$ 1,45 (diferença de 103%).

 

Já o pacote básico de serviços apresenta uma diferença de 42% entre o valor máximo (R$ 13,50 cobrados pelo HSBC) e o mínimo (R$ 9,50 cobrado pela Caixa Econômica Federal). Nesse pacote, estão incluídos, a cada mês, oito saques, quatro extratos e dois do mês anterior, quatro transferências entre contas do próprio banco, além do cadastro para abertura de conta.

 

Para os especialistas, mesmo após os bancos terem anunciado, no ano passado, a redução de algumas tarifas avulsas, os valores dos pacotes básicos não caíram.

 

- Ainda temos tarifas muito elevadas, principalmente as dos pacotes de serviços, que variam entre R$ 15 e R$ 18 ao mês, nos mais econômicos. No ano passado, os bancos reduziram as tarifas avulsas, mas não a dos pacotes, que em alguns casos tiveram aumento de até 30%, com a inclusão de novos serviços, segundo pesquisa do Idec. Ninguém pode deixar de comparar tarifas e reclamar quando notar alguma cobrança diferente no extrato – afirma a economista Ione Amorim, responsável por uma pesquisa de tarifas feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

 

A economista do Idec lembra que das 181 milhões de contas correntes registradas no Banco Central, referentes aos seis maiores bancos do país, a grande maioria está vinculada a um pacote de serviços.

 

- Portanto, reduções dos serviços avulsos, embora sejam benéficas, têm impacto limitado para os clientes – avalia.

 

Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) afirma que não houve alta sistemática das tarifas nos últimos anos. A entidade cita um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico, com base em números do Banco Central, que mostrou que entre 2008 e outubro de 2012, das 108 tarifas informadas pelos cinco maiores bancos do país, 33 subiram, 36 caíram e 39 ficaram estáveis.

 

- Nesse mesmo intervalo, quatro dos cinco maiores bancos reduziram o preço do pacote de serviços padronizados, enquanto um o manteve inalterado – diz a nota da Febraban.

 

Entre os serviços avulsos, há diferenças percentuais entre as instituições que saltam aos olhos. Para fazer uma transferência através de um DOC ou uma TED, por meio eletrônico, o maior valor é de R$ 7,95 no HSBC e o menor de R$ 6,50, na CEF, uma diferença de 22,30%.

 

Se a transferência for feita na boca do caixa, o cliente vai pagar R$ 14,50 no Bradesco e R$ 12,85 na CEF, uma diferença de 12,8%. A confecção de cadastro, quando o cliente abre a conta no banco, custa R$ 59,00 no HSBC e R$ 30,00 no Bradesco, no Itaú Unibanco e na CEF, uma diferença de 96%. Mas se o cliente abrir conta no Banco do Brasil ou no Santander não pagará nada pelo serviço. Uma folha de cheque extra custa R$ 1,55 no Bradesco e R$ 1,05% na CEF, uma diferença de 47%.

 

O vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), Miguel Ribeiro de Oliveira, que também faz um levantamento periódico do preço de tarifas bancárias, lembra que muitas vezes o cliente paga um valor fixo por um pacote de tarifas, mas os serviços oferecidos nem sempre são os que ele precisa.

 

- Nesse caso, vale pesquisar o pacote mais adequado ao perfil do cliente. Se ele faz muitos saques por mês, mas não tira o extrato, o pacote básico, não é o mais adequado. É melhor ter um pacote que permita mais saques – diz Miguel.

 

Ele lembra também que embora alguns valores sejam pequenos, e passem despercebidos pelo cliente na hora de conferir o extrato, podem provocar um gasto elevado num período mais longo. Um cliente que não tem um pacote de serviços e faz pelo menos dez saques mensais de sua conta. No Santander, por exemplo, esse cliente gastará R$ 22,00 por mês e, num ano, o valor chega a R$ 264,00.

 

- As pessoas precisam acompanhar seus extratos, saber quanto pagam pelas tarifas e optar pelos melhores pacotes oferecidos. Afinal, os bancos são livres para cobrar o que querem – diz Ribeiro de Oliveira.

 

Ione Amorim, do Idec, lembra que os bancos são obrigados pelo Banco Central a fornecer gratuitamente aos clientes dez folhas de cheque, quatro saques em autoatendimento, dois extratos por mês no autoatendimento e duas transferências entre contas do mesmo banco, além de um cartão de débito. Quem não precisa mais do que isso para movimentar sua conta, diz a economista do Idec, não deve ficar vinculado a um pacote de serviços. Certamente estará pagando por operações que não utiliza, diz ela.

 

- Os bancos oferecem aos clientes os pacotes mais caros. Muita gente paga pelo que não usa – diz Ione.

 

Ela lembra ainda que os bancos estão cobrando por serviços que antes não cobravam, segundo mostrou a pesquisa do Idec. Por exemplo, o envio de um SMS com informação da conta do cliente no Banco do Brasil custa agora R$ 0,12; no Bradesco R$ 0,18 e no Santander R$ 0,20.

 

- Foi mais uma forma de os bancos compensarem perdas de receitas, após baixarem os juros – diz o analista de bancos de uma corretora de São Paulo.

 

A Febraban lembra que a cobrança pela prestação de serviços bancários sofreu uma alteração a partir de 2008. A ampla liberdade de criação e cobrança de serviços pelos bancos foi substituída por uma regulamentação que buscou padronizar e aumentar os serviços obrigatórios e gratuitos. Além disso, subordinou a criação de novos serviços à autorização do Banco Central. Neste mês, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou três resoluções para aumentar a transparência das informações na contratação de serviços bancários.

 

Entre elas, os bancos terão que incluir uma cláusula dando opção ao cliente para utilizar serviços e tarifas individualizados ou por pacotes oferecidos pela instituição. O cliente não precisará mais a aderir aos pacotes se não desejar. Os bancos também terão que criar três novos pacotes padronizados, com serviços prioritários, além do pacote já existente com serviços de cadastro, cheque, saque, extrato e transferência de recursos.

 

- A regulamentação de 2008 permitiu que os bancos montassem pacotes específicos para atender seu público, de acordo com suas estratégias de marketing e demanda dos seus clientes. Isso também ocorre na prestação de serviços variados. A definição de preços dos serviços obedece a estratégias de relacionamento do banco com o cliente – diz a nota da Febraban.

 

Fonte: O Globo Online

Após contato da Contraf-CUT, através do coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, William Mendes, com a direção do BB, ficou marcada com a Diref uma mesa de discussão emergencial entre o Sindicato dos Bancários de São Paulo e o banco para o dia 1º de abril para tratar dos problemas enfrentados pelos trabalhadores do Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC).

Essa agenda é fruto da forte mobilização no setor e é uma importante vitória para os trabalhadores do BB, pois serve de exemplo para todos os funcionários sobre a importância de estarem organizados junto ao seu sindicato.

O diretor do Sindicato e um dos responsáveis pelo setor, João Fukunaga, afirmou que serão levadas para a direção do BB as demandas dos funcionários sobre as péssimas condições de trabalho a que estão submetidos atualmente no SAC.

Além da sobrecarga já existente em todos os departamentos do BB, no SAC a situação foi agravada quando foi passado ao setor o gerenciamento de reclamações abertas, através do site do banco e mídias sociais, sem aumento de pessoal. Como se não bastasse, houve ainda funcionários que mudaram de função, reduzindo mais ainda o contingente de quem lida com as operações.

Vale ressaltar que o SAC foi criado pelo decreto nº 6523/2008, que regulamenta o atendimento via canal 0800 de cada empresa. “A gestão local do SAC passou a desviar o foco das reclamações via telefone para outros meios como mídias sociais, Portal do BB e site Reclame Aqui, tirando dezenas de assistentes do atendimento das demandas regulamentadas (0800). Agora está todo mundo no maior sufoco fazendo o triplo de operações que faziam antes”, critica William, que também é secretário de formação da Contraf-CUT.

A Contraf-CUT e o Sindicato esperam que a direção do banco encontre soluções para que o atendimento no SAC volte a ter uma dotação de funcionários adequada, conforme havia sido dimensionado para o atendimento de reclamações pelo sistema regulamento em lei. “E este caos com a falta de assistentes para as demandas atuais tende a piorar porque o SAC não incorporou a região Sudeste em relação às reclamações de internet, o que vai agravar mais ainda a situação já absurda”, finaliza William.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo