Maio 15, 2025
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A Caixa lucrou R$ 3,191 bilhões no 1º trimestre de 2018, com um crescimento expressivo de 114,5% com relação ao mesmo período de 2017. O aumento do lucro foi gerado, principalmente, pela redução de 39% nas despesas de intermediação financeira, com destaque para a redução com despesas de captação de recursos que apresentaram queda de 49% e as despesas de provisão para devedores duvidosos com queda de 28%.

O banco encerrou o ano com 86.334 empregados e fechamento de 4.794 postos de trabalho em relação a março de 2017. Em 23 de fevereiro de 2018, a Caixa lançou um novo PDVE com a expectativa de atingir 2.964 trabalhadores. O banco ainda não apresentou informações sobre qual foi o total exato de adesões a esse plano. Foram fechadas 25 agências, 18 lotéricos e 1.595 Correspondentes Caixa Aqui.

Clique aqui e veja os destaques do Dieese.

A carteira de crédito atingiu, aproximadamente, R$ 700,2 bilhões, com queda de 2,1% em doze meses. A Carteira Comercial Pessoa Física (PF) teve queda de 11,5% em doze meses, atingindo, aproximadamente, R$ 90,8 bilhões. A Carteira Comercial Pessoa Jurídica (PJ), apresentou queda maior (-25,2%), somando R$ 65,0 bilhões. A carteira para habitação cresceu 4,9%, num total de R$ 433,1 bilhões. E a carteira de infraestrutura cresceu 4,7%, totalizando R$ 82,7 bilhões. A taxa de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 2,9%, com redução de 0,07 p.p.

As receitas de prestação de serviços e com tarifas bancárias cresceram 6,2%, totalizando R$ 6,4 bilhões. Já as despesas de pessoal, considerando-se a PLR, apresentaram queda de 4,6%, atingindo R$ 5,6 bilhões, enquanto que, se excluída a PLR, a queda seria de 12,5% em relação ao primeiro trimestre de 2017. O que explica essa queda é a redução de gastos com salários dos funcionários da ordem de 15% em doze meses. Com isso a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas secundárias do banco foi de 113,4%.

Fonte: Contraf-CUT

A Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet) divulgou nessa quarta-feira (23) uma nota a respeito da política de preços praticada pela companhia. Eles reafirmam e detalham o que já havia sido escrito em um editorial publicado em dezembro de 2017, no qual batizavam a linha adotada pela gestão de Pedro Parente à frente da empresa de “America first! ” – “os Estados Unidos primeiro!”.

A atual política começou a vigorar em outubro de 2016. À época, a empresa explicava que os reajustes seriam baseados na paridade com o mercado internacional e "mais uma margem que será praticada para remunerar riscos inerentes à operação, como, por exemplo, volatilidade da taxa de câmbio e dos preços sobre estadias em portos, e lucro, além de tributos. A Petrobras dizia ainda que a nova política previa "avaliações para revisões de preços pelo menos uma vez por mês".

Na prática, as revisões de preços foram mais frequentes do que "uma vez por mês". Só em uma semana do mês de maio, foram cinco altas consecutivas em função da variação do preço do petróleo e derivados no mercado internacional e da variação da taxa cambial. 

A partir desse contexto, a Aepet faz algumas considerações.

A política de preços de Temer é melhor para a Petrobras?

Os engenheiros da companhia alertam para o que consideram ser uma "falácia", de que a mudança da política de preços atual ameaçaria a capacidade empresarial da Petrobras.

"Esclarecemos à sociedade que a mudança na política de preços, com a redução dos preços no mercado interno, tem o potencial de melhorar o desempenho corporativo, ou de ser neutra, caso a redução dos preços nas refinarias seja significativa, na medida em que a Petrobras pode recuperar o mercado entregue aos concorrentes por meio da atual política de preços. Além da recuperação do mercado perdido, o tamanho do mercado tende a se expandir porque a demanda se aquece com preços mais baixos", explicam.

"Outra falácia repetida 24 horas por dia diz respeito à suposta 'quebra da Petrobras' em consequência dos subsídios concedidos entre 2011 e 2014. A verdade é que a geração de caixa da companhia neste período foi pujante, sempre superior aos US$ 25 bilhões, e compatível ao desempenho empresarial histórico."

Quem ganha com a atual política de preços dos combustíveis?

Com a adoção de uma política de ajuste de preços atrelada ao mercado internacional, há setores que ganham, em prejuízo do resto da sociedade, segundo a Aepet.

"Ganharam os produtores norte-americanos, os 'traders' multinacionais, os importadores e distribuidores de capital privado no Brasil. Perderam os consumidores brasileiros, a Petrobras, a União e os estados federados com os impactos recessivos e na arrecadação. Batizamos essa política de 'America first!' – 'os Estados Unidos primeiro!'.”

A Petrobras ganha com preços mais elevados no mercado interno?

Em 2017, a associação já alertava que a empresa perdia "com a ociosidade de suas refinarias e a entrega da sua participação no mercado brasileiro de combustíveis. Perde a maioria dos brasileiros que consome, direta e indiretamente, os combustíveis com preços majorados. Perde a União e os estados federados com os impactos recessivos e da arrecadação causados por preços elevados dos combustíveis".

Com os preços mais altos, abre-se espaço para a importação por concorrentes. "A estatal perdeu mercado e a ociosidade de suas refinarias chegou a um quarto da capacidade instalada. A exportação de petróleo cru disparou, enquanto a importação de derivados bateu recordes.  O diesel importado dos EUA, que em 2015 respondia por 41% do total, em 2017 superou 80% do total importado pelo Brasil."

FONTE: Rede Brasil Atual

A paralisação dos caminhoneiros nas estradas de todo país é um movimento legítimo da classe trabalhadora que vem tendo seus salários e renda vilipendiados pelo governo ilegítimo e golpista de Michel Temer (MDB-SP).

Os aumentos nos preços dos combustíveis tornam inviáveis ao trabalhador caminhoneiro prover o seu sustento e da sua família, já que o valor do frete não cobre os reajustes diários e diminui o valor do salário dele.

E não são apenas os caminhoneiros que sofrem. Trabalhadores do setor de transporte e a população como um todo arcam com as consequências desses aumentos, que refletem ainda nos preços do gás, no pão e em outros itens da cesta básica.

“A população precisa apoiar este movimento que não é somente contra o reajuste dos combustíveis, é contra a privatização da Petrobras. O governo está utilizando esses aumentos para defender a venda da estatal”, diz o presidente da CUT Vagner Freitas.

Segundo ele, a greve dos companheiros caminhoneiros deve ser apoiada por conta dos desmandos e sucateamento que Pedro Parente, presidente da Petrobras, faz na estatal, com o intuito de vender a empresa a preço de banana.

“O Brasil tem de extrair o petróleo e refinar aqui, como era feito antes desse governo. Só assim conseguiremos baratear os combustíveis. Hoje, 25% do produto são importados e ainda há a previsão de privatizar quatro refinarias do país. Com isso, milhares de empregos serão perdidos aqui enquanto fora do país são gerados novos postos de trabalho”, declara o presidente da CUT.

Para Vagner Freitas, o governo tem a obrigação de diminuir os preços dos combustíveis e atender as reivindicações dos trabalhadores caminhoneiros.

Por tudo isso, a CUT defende uma Petrobras pública e estatal, o pré-sal e defende que “O Petróleo é do Brasil”.

 

Fonte: CUT

Diretores do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense estão percorrendo nesta quinta-feira, dia 24/05, as agências da CAIXA em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, entregando um manifesto em defesa do ´Saúde Caixa´.

No Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde CAIXA é importante o envolvimento de todos os empregados e aposentados em um grande processo de mobilização, que impeça a retirada de uma das mais importantes conquistas dos empregados.

Produtores de cana de açúcar, eucalipto, tabaco, amianto, usinas de todos os tamanhos, indústrias químicas, de alimentos, celulose e de armas, pecuaristas, bancos e seguros de saúde. Esses setores, que dependem dos agrotóxicos em seus sistemas de produção, que os fabricam, que os vendem ou que pretendem ampliar a participação no agronegócio como um todo, estão entre os maiores financiadores de campanha dos deputados que defendem a aprovação do "Pacote do Veneno".

A informação, com todos os números e cifras, é do Mapa do Impeachment,  criado por voluntários do movimento político de direita Vem Pra Rua. A ideia era munir o setor conservador da sociedade de informações capazes de facilitar a pressão sobre os parlamentares para votarem pela derrubada da presidenta eleita Dilma Rousseff.

No entanto, a ferramenta online possibilita o acesso a informações geralmente difíceis de ser obtidas; um banco de dados que reúne no mesmo lugar informações detalhadas sobre os políticos, como os assinantes de cheques de suas campanhas, os bens declarados e o resumo do seu histórico no serviço público.

Sem contar que os dados do Mapa colocam em dúvida o simples acaso no fato de que esses políticos sejam maioria na comissão especial formada para analisar o Projeto de Lei 6.299/02 e outros 26 apensados – daí o apelido do "pacote", que se popularizou. E mesmo de uma possível coincidência de ocuparem a mesa diretora e a relatoria do colegiado, impondo celeridade na tramitação que atropela a sociedade e ignora as advertências de autoridades de saúde, meio ambiente e direitos humanos. Pela agenda, o pacote deverá ser votado no próximo dia 29.

Dos 50 integrantes da comissão, 37 são vinculados ao agronegócio. E quatro deles estão na mesa diretora: a presidenta Tereza Cristina (DEM-MS), o relator Luiz Nishimori (PR-PR) e os dois primeiros vice-presidentes, Valdir Colatto (MDB-SC) e Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE). Coincidência ou não, os três primeiros dirigem também a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

Com veemência e sem argumentos sólidos, esses políticos defendem a aprovação de um substitutivo que praticamente revoga a atual Lei dos Agrotóxicos. Em resumo, afrouxa, ainda mais, o registro, fabricação, comercialização e uso desses produtos para aumentar as vendas no país que já é o maior mercado consumidor há anos.

Nome aos bois

Antiga Cosan, a Raízen é a maior produtora individual de açúcar e de etanol do país. Produz o biocombustível distribuído nos postos Shell de todo o Brasil. Apesar da grandeza e importância, a companhia já foi condenada pelo Ministério Público do Trabalho porque seus trabalhadores nos canaviais eram expostos aos agrotóxicos sem a devida proteção. Um trabalho insalubre e inseguro. O MPT chegou a cobrar treinamento e vestimentas adequadas para os trabalhadores desta que é uma das grandes financiadoras da campanha da deputada Teresa Cristina, conforme dados do Vem pra Rua.

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Maior petroquímica da América Latina, a Braskem tem entre seus produtos o chamado plástico verde, obtido da cana. A monocultura é a segunda que maior consumidora de agrotóxicos no Brasil.

A lista de Tereza traz ainda a Fibria. Maior produtora global de celulose de eucalipto, a empresa tem capacidade produtiva de 7,25 milhões de toneladas de celulose por ano em suas unidades de Aracruz (ES), Jacareí (SP), Três Lagoas (MS) e Eunápolis (BA). Ao todo, são 1,056 milhão de hectares de florestas, sendo 633 mil hectares cultivadas com eucalipto.

O "avião amarelo" da pulverização aérea de agrotóxicos da empresa é antigo conhecido de comunidades quilombolas do norte do Espírito Santo, que têm suas pequenas lavouras e casas atingidas pela chuva de veneno. Segundo moradores, morre de tudo: a pimenta-do-reino, a mandioca, as galinhas, as aves e as tilápias criadas em uma represa no Córrego Angelim. 

Doador da maioria dos candidatos, a JBS também contribuiu com a parlamentar. Mas os irmãos Joesley e Wesley Batista têm uma guerra judicial travada por causa de um calote de R$ 4,5 milhões que ela teria dado na J & F Investimentos. De acordo com o blog O Jacaré, os três teriam fechado um negócio quando ela era secretária estadual de Produção do MS. E teria usado a mãe para garantir o faturamento de aproximadamente R$ 1 milhão por ano.

A transação nebulosa, que teria ido parar nos tribunais de Campo Grande envolveria o confinamento de gado montado na Fazenda Santa Eliza, em Terenos, a 23 quilômetros da capital sul-mato-grossense.

E ainda conforme o Mapa do Impeachment, outro destaque nas contas da deputada é a participação do Banco BTG Pactual, que tem entre suas plataformas de investimentos fundos e títulos privados como letras de crédito imobiliário e do agronegócio.

Briga de galo

Primeiro vice-presidente da comissão especial, Valdir Colatto é autor de projetos polêmicos, como o PL 6268/2016, que libera a caça de animais silvestres. Defensor da suspensão da lista de animais ameaçados de extinção, ele quer liberar as brigas de galo, tanto que apresentou o PL 3.786/2015. Outra ideia que causou polêmica foi defender o arrendamento das terras indígenas.

Entusiasta do Pacote do Veneno, Colatto recebeu R$ 619.891,00 para o caixa de campanha. O maior financiador é Claides Lazaretti Masutti, da Agropecuária Masutti, do Mato Grosso. A empresária, que tem ainda cinco empresas no setor, foi prefeita da cidade de Campos de Julio (MT), mas teve o mandato cassado por compra de votos. Ele obteve ainda recursos das exportadoras de tabaco e de madeireira.

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Megaempresário tucano

O segundo vice-presidente, Raimundo Gomes de Matos, tem entre seus maiores doadores o senador e megaempresário Tasso Jereissati (PSDB-CE), que fez a reforma trabalhista passar no Senado. O tucano cearense é proprietário de uma rede de shopping center para a classe A, espalhada pelo país, o Iguatemi. A rede financiou outros ruralistas também.

Chama atenção no Mapa outra fonte de recursos: a Nufarm. Tendo em seu portfólio mais de 20 marcas de agrotóxicos produzidos com 16 princípios ativos, entre eles o 2-4,D, a empresa produz agroquímicos para uso em lavouras de soja, algodão, arroz, cana, eucalipto e diversas frutas e hortaliças. 

Em 2009, o fabricante de agrotóxicos perseguiu pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC). A pedido do Ministério Público estadual e da Procuradoria-geral do estado, fizeram análises do nível de contaminação causado pela empresa em Maracanaú. Professora de Saúde Comunitária, a médica Raquel Rigotto foi ameaçada com medidas judiciais, em uma tentativa evidente de coibir a divulgação dos dados científicos que comprometiam a empresa.

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Raposa no galinheiro

Pela lista do Vem pra Rua, dá até a impressão de que o relator do Pacote do Veneno Luiz Nishimori teve uma campanha até certo ponto modesta. O grosso dos recursos veio do próprio partido. O segundo maior financiador é a empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, seguido por outra gigante do setor de alimentos. No entanto, Nishimori tem outras relações pouco conhecidas com o empresariado. Especialmente do setor de agrotóxicos japonês com atuação global.

Segundo a Câmara do Comércio e Indústria Brasil Japão do Paraná (CCIBJ), em agosto passado Nishimori participou do 20º Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, no qual esteve presente Funio Hoshi, do grupo financeiro Sumitomo Mitsui. As relações parecem antigas. No final de 2009, quando o relator ainda era filiado ao PSDB, esteve no Japão em missão econômica. Na agenda, reunião na empresa Mitsui, com o diretor superintendente Takao Omae – que havia presidido a Mitsui no Brasil.

O grupo tem negócios nas áreas de energia, recursos naturais e meio ambiente e agricultura – leia-se agroquímicos e fertilizantes. Filiada ao sindicato dos fabricantes de agrotóxicos, o Sindiveg, a Mitsui tem forte atuação no agronegócio.

Entre outras coisas, é proprietária da Agrícola Xingu, na Bahia. No mês passado, o Ministério Público baiano multou a empresa em R$ 169 mil por armazenar cerca de mil litros de benzoato de emamectina. Comercializado pela Syngenta, o produto foi liberado recentemente pela Anvisa mas tem seu uso controlado porque há fortes suspeitas de causar malformações e ser tóxico ao sistema nervoso.

A companhia japonesa é parceira da alemã Basf, gigante do setor de agrotóxicos e transgênicos, no desenvolvimento de uma nova molécula, o broflanilide. As empresas, que gastam mais de 500 milhões de euros em pesquisas, pretendem lançar o produto até 2.020. Daí a força no lobby sobre parlamentares.

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Em fevereiro passado, Nishimori foi aceito como réu pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Autora da denúncia, a Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que o deputado empregou nove funcionários fantasmas quando era deputado estadual no Paraná, entre os anos de 2003 e 2010, desviando R$ 2,8 milhões.

Outros gigantes

O banco de dados do Vem pra Rua inclui no rol de patrocinadores o atual ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP-MT), suas empresas e parentes, que também têm Maggi no sobrenome. Seria coincidência? Quando senador, ele aprovou em 2002 o Projeto de Lei 6.299, que é um dos principais projetos do Pacote e dá nome à comissão especial. 

Gigantes do tabaco, como a Philip Morris Brasil e China Brasil Tabacos, que já tiveram entre seus fornecedores fazendeiros que exploram mão de obra análoga à escravidão. O lucro das empresas que financiam a bancada ruralista vêm também da exposição de trabalhadores aos agrotóxicos usando apenas boné, bermuda e chinelo.

Fabricante de outro veneno cancerígeno, o amianto, a Eternit também marca presença. Maior produtora de telhas e caixas d’água do país a partir dessa matéria prima, a empresa teve em novembro passado reajustado o valor de indenização relativa a uma condenação por danos morais. O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região do Rio de Janeiro elevou para R$ 50 milhões o valor original, de R$ 30 milhões. Em agosto, a Eternit havia sido condenada, em primeira instância, a pagar R$ 500 milhões por danos morais coletivos por expor pessoas ao amianto na mina de São Felix, em Minas Gerais, por meio de sua subsidiária Mineração Associados (SAMA).

Patrocinadora da bancada da bala, a fabricante de pistolas, revólveres e armas longas para uso particular e das forças armadas, a Forjaria Taurus também participa do financiamento de campanha dos defensores do Pacote do Veneno.  

A lista, imensa, inclui outros bancos privados, como Bradesco e Itaú, que buscam aumentar participação no agronegócio historicamente ocupado pelo Banco do Brasil. A perspectiva é de trazer para sua carteira clientes que desenvolvem atividades lucrativas. 

Empresas processadoras de carne, que no Brasil dependem de pasto, que por sua vez são tratados com venenos agrícolas, também assinam polpudos cheques.

Confira algumas das empresas que financiaram campanhas dos principais integrantes da "Bancada do Veneno":

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FONTE: Rede Brasil Atual

A mesa de negociação da Comissão Bipartite de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada nesta quarta-feira (23), terminou sem avanços para a classe trabalhadora. 
Na tentativa de retomar as negociações, a Contraf-CUT cobrou a continuidade dos debates, realizados na última reunião, sobre a prevenção de adoecimentos e acidentes de trabalho, a suspensão das demissões dos bancários retornados do INSS e, também, sobre as clausulas 45 – que aborda a o retorno ao trabalho – e 57 – que propõe a criação de um programa de acompanhamento das relações de trabalho.

Para o secretário da Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, há uma pressão dos bancos sob os trabalhadores doentes. “Há uma política de discriminação nos bancos contra os trabalhadores adoecidos, não acatando laudos e exames médicos, buscando descaracterizar adoecimento para poder demitir”, disse.

A cobrança do movimento sindical gerou impasse durante a reunião. A Fenaban se recusou a avançar na negociação, porém apresentou dificuldade para se contrapor aos argumentos da Comissão Bipartite de Saúde do Trabalhador. “A Fenaban não deu resposta às nossas demandas, portanto, vamos continuar mobilizados na luta em todas as esferas e apostando no processo negocial”, disse o secretário de Saúde da Contraf-CUT.

De acordo com Mauro, o tema será prioridade na Campanha Nacional dos Bancários 2018.

Fonte: Contraf-CUT

Mais um bancário reintegrado

Os bancários da Baixada Fluminense conquistaram mais uma reintegração, desta vez no Banco Itaú Personnalité, em Nova Iguaçu

A bancária Marcela foi reintegrada hoje, dia 23 de maio, pela Justiça do Trabalho de Nova Iguaçu, por ter comprovado ser portadora de doença ocupacional provocada por movimentos repetitivos relacionados ao trabalho. A bancária terá estabilidade provisória enquanto persistir o problema.

Na foto, Marcela está entre o Diretor Jurídico do Sindicato, Adjalmo Klein, e o Diretor responsável pelo atendimento na área de Saúde e Segurança do Trabalho, Silvio Brandão.

É o Departamento Jurídico e Departamento de Saúde do SindBaixada trabalhando em conjunto e marcando mais um gol de placa!

REINTEGRAÇÕES DO SINDBAIXADA

Nos últimos dois meses, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense já contabiliza cinco reintegrações por motivo de doença ocupacional, o que demonstra o quanto os bancos estão errando na gestão de seus funcionários, provocando cada vez mais doenças de natureza osteomusculares e também de origem emocional.





O governo Temer, atendendo aos interesses do mercado financeiro, promove o desmonte dos bancos públicos com a venda fatiada de ativos da Caixa Econômica e do Banco do Brasil, além de promover a descapitalização do BNDES. Ao mesmo tempo, as instituições "equalizam" suas taxas de juros e tarifas enxugando o crédito e abrindo espaço para os grandes bancos privados.

O resultado é falta de recursos para financiar o consumo das famílias e o setor produtivo. Sem outro planejamento que não o próprio desmonte dessas instituições, a economia nacional é deixada ao sabor das crises e dos humores dos especuladores.

Esses foram alguns dos apontamentos trazidos pelo debate Diálogos Capitais: Bancos públicos e o desenvolvimento econômico e social, realizado nesta terça-feira (22) em São Paulo, iniciativa da revista CartaCapital, apoiada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).

Na abertura, o economista e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Luiz Gonzaga Belluzzo lembrou que tanto a nossa própria história recente como a de países como Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha, ou ainda a China dos tempos atuais, mostram que não há conflito irreconciliável entre a ação do Estado e do capital privado para a promoção do desenvolvimento nacional. 

Segundo Belluzzo, é papel do Estado – e dos bancos públicos – "gastar na frente", para assim criar o ambiente econômico propício ao investimento privado. Ele citou casos de empresas como a Eletrobras e a Telebras, que por meio de um plano de ação de longo prazo promoviam considerável crescimento dessas cadeias produtivas, contribuindo para o desenvolvimento de milhares de empresas.

O professor afirmou que os bancos públicos – e as empresas públicas de maneira geral – têm papel fundamental porque podem agir com mais autonomia em relação aos ciclos econômicos. Em momentos de crise, enquanto o capital privado se retrai, estas instituições podem fazer ações que sirvam de "contraponto", expandindo o crédito e dissipando incertezas, como ensinava o economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946). O que não vem sendo feito no Brasil hoje.

Desmonte

Representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração da instituição, Rita Serrano disse que os bancos públicos vêm sendo fatiados pelo atual governo, com a venda de ativos para o capital privado. Enquanto o Banco do Brasil estuda vender a sua participação em operações com cartões de crédito e seguros, a CEF quer repassar suas loterias instantâneas. 

Rita lembrou que a Caixa chegou a responder por até 70% do crédito imobiliário no país, contribuindo com a criação de emprego e renda. O programa Minha Casa Minha Vida, que chegou a contar com orçamento de cerca de R$ 20 bilhões em 2015, recuou para R$ 7,7 bi dois anos depois, e segue sendo "enxugado".

Para além da importância nos investimentos diretos, Rita destacou o papel da Caixa no avanço da "bancarização" no país. Segundo ela, foram criadas, nos últimos anos, cerca de 12 milhões de contas para quem não tinha acesso ao sistema bancário. Restam 30 milhões de pessoas ainda excluídas, que devem ter a sua situação prejudicada a partir do atual processo de "elitização" do sistema bancário, com o fechamento de agências da Caixa e do Banco do Brasil, e com a equiparação das tarifas com os bancos privados.

Seguir a lei

O professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Gilberto Bercovici lembrou que os bancos públicos e empresas estatais não existem com a finalidade exclusiva do lucro, "mas para cumprir a sua função", definida por lei. "Não fazer isso não é só desmonte ou esvaziamento político, é descumprimento e violação da legislação vigente."

Bercovici critica a ideia liberal de que os bancos públicos tomariam espaço dos privados, causando danos à concorrência, e usou o mercado de capitais para ilustrar. Segundo ele, sem a participação do BNDESPar (que atua como sócio de empresas com capital aberto) e do Banco do Brasil, "não haveria mercado de capitais".

O debate de sempre

Pedro Celestino, integrante do Conselho Diretor do Clube de Engenharia do Rio de Janeiro, lembrou que foi o planejamento estatal levado a cabo por diferentes governos – desde Getúlio Vargas aos presidentes militares, passando por Juscelino Kubitschek – que garantiu que o Brasil avançasse de uma economia primária exportadora para a industrialização. 

Ele afirmou que os atuais dilemas econômicos do país remontam ao debate ocorrido na década de 1940 entre o líder industrial paulista Roberto Simonsen e o economista liberal carioca Eugênio Gudin. Para o primeiro, o Estado deveria intervir para criar as bases do desenvolvimento nacional, corrente vitoriosa nas décadas seguintes e que agora volta a perder espaço para aqueles que defendem que a ação do Estado mais atrapalha, como defendia Gudin.

Sobre Temer, Celestino afirmou que "nunca tivemos governo tão descompromissado com o interesse nacional", e defendeu a convocação de plebiscito revogatório, pelo próximo presidente eleito, de todos os atos "antinacionais" cometidos desde 2016. "Só o povo poderá garantir a recuperação do que é nosso." 

FONTE: Rede Brasil Atual

O Ministério Público do Trabalho (MPT) ajuizou Ação Civil Pública (ACP), com abrangência nacional, contra o Banco Santander pela prática de assédio moral e submissão dos empregados a metas abusivas. A ACP tramita na 3ª Vara do Trabalho de Brasília, em razão de outra Ação mais antiga com tema semelhante. O pedido de indenização por danol moral coletivo é de R$ 460 milhões.

O juiz Francisco Luciano de Azevedo Frota atendeu ao pedido do MPT, determinando que o Banco apresente as metas mensais de todos os empregados do Santander, abrangendo o período de janeiro de 2015 a março de 2017. Também, agendou audiência inicial para o dia 10 de maio próximo.

As irregularidades que geraram a ACP foram apuradas pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Pressão psicológica e ameaças implícitas e explícitas de demissão dos bancários, bem como o subdimensionamento do quadro de empregados como punição pelo não-cumprimento das metas foram as constatações dos fiscais.

Para eles, a instituição bancária adota modelo de organização laboral baseado na gestão por estresse e humilhação, estabelecendo metas elevadas e cobranças excessivas. Há sobrecarga de trabalho, ameaças de demissão pelo não atingimento de metas e os bancários são punidos quando clientes fazem saques em aplicações. Toda essa pressão resulta em danos à saúde dos trabalhadores e também aos cofres públicos. A estimativa de gastos do Instituto Nacional de Seguridade Social com os empregados adoecidos do Santander chega a R$ 90 milhões.

Para os procuradores signatários da ACP, Paulo dos Santos Neto e José Pedro dos Reis, do MPT no Distrito Federal, e Sandro Eduardo Sardá, do MPT em Santa Catarina, “dessarte, amplamente demonstrado nos autos que a grave inadequação do meio ambiente de trabalho no Banco réu, baseado em metas abusivas, cobranças excessivas, subdimensionamento de pessoal, pressões excessivas, sobrecarga de trabalho, dentre outras, vem gerando uma verdadeira legião de jovens bancários acometidos de transtornos mentais, com danos irreparáveis à saúde dos empregados, mas com impactos negativas no sistema de saúde e previdenciário.”, afirmam.

O MPT também requisitou instauração de inquérito à Polícia Federal para apurar os crimes de lesão corporal, constrangimento ilegal e frustração de direito assegurado em lei trabalhista e de exposição a vida e a saúde de outrem a risco, contra os diretores do banco e demais responsáveis pelas condutas ilícitas adotadas.

 

Fonte: MPT DF e Tocantins

Mesmo com a sequência de lucros, os bancos fechados 2.347 postos de emprego bancário em todo o país, nos quatro primeiros meses de 2018. São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná foram os estados com maiores saldos negativos. Foram, ao todo, 8.933 admissões e 11.280 desligamentos no mês. Somente em março, os bancos fecharam mais de 121 postos de trabalho pelo país.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) apontam ainda que São Paulo registrou 58,1% das admissões e 65,5% do total de desligamentos, apresentando o maior saldo negativo no emprego bancário no período analisado, com 663 postos fechados no ano. Rio de Janeiro e Paraná foram os estados que mais fecharam postos, depois de São Paulo. Foram fechados, respectivamente, 462 e 323 postos. O Pará apresentou o maior saldo positivo (95 postos).

Para Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, a pesquisa deixa clara a falta de responsabilidade social dos bancos. “É inadmissível que ao mesmo tempo que os banqueiros lucram cada vez mais, eles cortem postos de trabalho. Toda a população é atingida, pois aumenta o desemprego no país, sobrecarrega os profissionais que continuam empregados nas instituições e prejudicam a qualidade do atendimento aos clientes. Isso, sem comentar as altas taxas de juros executadas no País.”

A situação é mais alarmante se levarmos em conta que, desde janeiro de 2016, apenas em 4 meses os saldos foram positivos (janeiro de 2016, julho e novembro de 2017 e janeiro de 2018).

Para a presidenta da Contraf-CUT, está na hora dos bancos cumprirem seu papel dentro do país. “Eles precisam parar de só pensar no lucro e começar a se preocupar com o desenvolvimento do Brasil, gerando cada vez mais empregos e disponibilizando crédito aos brasileiros com juros realistas”, completou.

De acordo com dados dos balanços das instituições financeiras, os cinco maiores bancos que atuam no país (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander) eliminaram 16,9 mil postos de trabalho somente em 2017. Levando em conta todo o setor bancário, segundo o Caged, o número de vagas extintas no ano passado chegou a 17,5 mil.

Banco do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander – os quatro maiores bancos múltiplos com carteira comercial que atuam no país –, lucraram R$ 17,4 bilhões apenas nos três primeiros meses de 2018.

No período, o Banco do Brasil atingiu lucro líquido ajustado de R$ 3 bilhões, crescimento de 20,3% em relação ao primeiro trimestre de 2017. O Bradesco teve lucro líquido recorrente de R$ 5,1 bilhões, alta de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O Itaú obteve lucro líquido recorrente de R$ 6,4 bilhões, crescimento de 3,9% em relação a igual período do ano passado. O Santander alcançou lucro de R$ 2,9 bilhões, alta de 25,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Caixa ainda não divulgou seu lucro trimestral, e junto com os outros quatro bancos citados acima, responde por aproximadamente 90% dos empregos do setor bancário.

Os bancos não lucram apenas com o fechamento de postos de trabalho. A alta rotatividade com redução salarial é outra maneira encontrada por esses conglomerados para aumentar os ganhos.

De janeiro a abril, os bancários admitidos recebiam, em média, R$ 4.007, enquanto os desligados tinham remuneração média de R$ 6.607. Ou seja, os admitidos entram ganhando 61% do que os que saem.

A discriminação de gênero é outra realidade nos bancos. Em abril, as bancárias mulheres foram contratadas com média salarial de R$ 3.245, o que equivale a 72% do salário médio dos bancários homens, que no mesmo mês foram admitidos com média salarial de R$ 4.488. As bancárias demitidas recebiam, em média, R$ 5.549, equivalente a 73% do salário médio dos homens desligados que ganhavam R$ 7.579.

Fonte: Contraf-CUT