Maio 13, 2025
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Imprensa

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Depois da cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e do Comando Nacional dos Bancários, a Caixa Econômica Federal declarou, na tarde desta quinta-feira (26), que irá liberar o acesso dos empregados para responderem ao questionário do 3º Censo da Diversidade Bancária.

De acordo com a direção do banco, a atualização do arquivo com a base de empregados já foi atualizada e enviada à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A expectativa, segundo eles, é que o acesso seja liberado nesta sexta-feira (27) ou na segunda-feira (30).

“É uma vitória dos empregados, pois o Censo é uma conquista da categoria. Cada trabalhador é peça fundamental nesse processo que vai culminar na criação de políticas de diversidade”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis. “Agora, vamos cobrar da Fenaban a prorrogação do Censo para que todos os empregados consigam participar”, completou.

Igualdade de oportunidades

O levantamento visa traçar o perfil da categoria bancária por gênero, orientação sexual, raça e pessoas com deficiência (PCDs) com o objetivo de analisar as políticas de inclusão dos bancos e promover a igualdade de oportunidades no setor bancário.

O 3º Censo da Diversidade é uma das conquistas da categoria na Mesa de Negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os levantamentos anteriores foram realizados em 2008 e 2014.

Fonte: Contraf-CUT

Os funcionários do Banco do Brasil realizam, no próximo sábado (28), um encontro nacional de saúde para discutir sobre a situação da Caixa de Assistência (Cassi) e os sistemas de saúde privado e em autogestão. O encontro será realizado na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“A Cassi é muito mais do que um plano de saúde. Ela traz benefícios aos funcionários, mas também ao banco. Os funcionários precisam conhecer e debater sobre a atual situação e se mobilizar para manter essa conquista histórica”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Calendário de atividades

A atividade faz parte do calendário em defesa da Cassi, definido durante o 30º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, ocorrido nos dias 1 e 2 de agosto, em São Paulo.

Reuniões específicas nos locais de trabalho, plenárias e encontros estaduais/regionais foram realizados durante todo o mês de setembro. O objetivo foi o de mostrar aos funcionários do banco e, principalmente, para os associados, o que está acontecendo com a Cassi, que está sob intervenção da ANS, aumentando os valores de coparticipação e em risco iminente de ser liquidada.

Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do BB

28 de setembro de 2019
Programação:
9h às 13h
– Abertura CEBB
– Painel 1: Auto-Gestão e atenção primária de saúde
Palestrantes:

  • Gonzalo Vecina
  • Carlos Célio – GEAP
  • Vera Marchioni – Cabesp
  • Representante do Saúde Caixa

13h – Intervalo Almoço

14h – 16h
– Painel 2: Desafios da autogestão com atual cenário político
Palestrantes:

  • Anderson Mendes – Presidente da Unidas
  • José Luiz Toro da Silva – Assessoria Jurídica Unidas
  • Erica Kokay – deputada federal (PT/DF)

16h – 18h
– Painel 3 – Histórico e situação atual da Cassi
Palestrante:

  • Wagner Nascimento

 

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal é o único banco que compõe a mesa única de negociações entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários que não aderiu ao 3º Censo da Diversidade. O levantamento visa traçar o perfil da categoria bancária por gênero, orientação sexual, raça e pessoas com deficiência (PCDs) com o objetivo de analisar as políticas de inclusão dos bancos e promover a igualdade de oportunidades no setor bancário.

Os empregados da Caixa não tiveram suas senhas de acesso liberadas. Portanto, não conseguem responder. “A verdade é que a Caixa está descumprindo o que foi acordado na mesa de negociações. Ela concordou em participar do censo e agora nega a possibilidade de seus empregados responderem ao questionário”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) Caixa, Dionísio Reis.

O Censo da Diversidade é uma conquista da luta da categoria bancária por igualdade de oportunidades e por respeito dentro dos bancos. Nesse sentido é fundamental que os bancários e bancárias de todas as instituições financeiras participem, respondam ao questionário. “A participação do maior número possível de bancários é importante para aumentar a precisão dos dados sobre a realidade nos bancos e, assim, definir estratégias que fomentem a diversidade nos locais de trabalho. Lamentamos que a Caixa tenha adotado essa postura antidemocrática que vai na contramão da maioria dos bancos”, destacou a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

A pesquisa é uma das conquistas da categoria na Mesa de Negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Realizado nos anos de 2008 e 2014, o Censo fornece resultados que refletem a realidade do setor bancário e possibilitam a criação de estratégias de inclusão e promoção da diversidade no ambiente de trabalho. “A intransigência da direção da Caixa em diversos pontos é absurda. O banco mostra total desrespeito com as questões negociadas. Mesmo que a Caixa tenha diversas políticas de diversidade, não participar do Censo da Diversidade é uma insensibilidade”, afirmou Dionísio.

Fonte: Contraf-CUT

Debater a necessidade urgente do estabelecimento, de uma política de prevenção de adoecimento físico e mental na Caixa Econômica Federal é um dos objetivos do 1º Seminário sobre Saúde Mental dos Trabalhadores da Caixa. Realizado pela Fenae, nesta quarta-feira (25), em Brasília (DF), o evento reúne empregados do banco, representantes de sindicatos, Apcefs, do Conselho de Usuários do Saúde Caixa e do GT Saúde do Trabalhador.
Sujeitos a sobrecarga e a um modelo de gestão que estimula a pressão por produtividade e o assédio moral, transtornos psicológicos e emocionais se tornaram problemas cada vez mais comuns entre os trabalhadores.
Na abertura do seminário, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, defendeu que a saúde do trabalhador tem que ser uma pauta perene do movimento sindical e associativo. “Precisamos envolver todas as entidades e representações dos trabalhadores, para juntos construirmos ferramentas para combater esse grave problema. Essa luta tem de ser de todos nós”, reforçou o dirigente.
Na Caixa, conforme Jair Ferreira, o modelo de gestão propicia o adoecimento da categoria. Redução do número de empregados, reestruturação e metas abusivas são apontados como alguns dos fatores que precarizam as condições de trabalho. “Em 2014, tínhamos 4 mil agências e 101 mil empregados concursados. O volume de trabalho aumentou de lá pra cá e nós perdemos 19 mil vagas de trabalho. O risco de privatização é outro problema que afeta os trabalhadores. É preciso mudar esta política de gestão da direção da Caixa, que não respeita os trabalhadores e deixam as pessoas doentes”, disse o presidente da Fenae.
O presidente do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae, Paulo Moretti, lembrou que o adoecimento afeta não só os trabalhadores que estão atuando na Caixa, mas também os aposentados. “As condições do trabalhador que está nas unidades e dos aposentados são cada vez mais preocupantes. Estão sofrendo com problemas de saúde mental”.
Para diretora de Relações do Trabalho da Fenae, Rita Lima, a realização do seminário revela o compromisso da entidade com a defesa da saúde e sobretudo a qualidade de vida dos trabalhadores da Caixa. “Temos assistido quase a uma epidemia de transtornos e adoecimentos na empresa”, alertou.
Fabiana Uehara, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), disse que o debate é fundamental para gerar subsídios visando a mobilização dos trabalhadores e das entidades sindicais contra a precarização das condições de trabalho, o assédio moral e outras formas de pressão sobre os empregados.


Pesquisa


Os números apontados por uma pesquisa, encomendada pela Fenae em 2018, confirmam o que o movimento dos trabalhadores já denunciava, que era o aumento dos transtornos psíquicos e outros graves problemas de saúde entre os empregados da Caixa.
Os dados do estudo foram apresentados pela diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, durante o seminário. Conforme ela, um em cada três empregados da Caixa, ouvidos no período de 2 a 30 de maio, diz ter apresentado algum problema de saúde em decorrência do trabalho.
Entre os que tiveram algum problema, 10,6% relataram depressão. Doenças causadas por estresse e doenças psicológicas representam 60,5% dos casos. Entre os que tiveram problemas, 53% precisaram recorrer a algum medicamento. Os remédios mais usados foram os antidepressivos e ansiolíticos (35,3%), anti-inflamatórios (14,3%) e analgésicos (7,6%).
“Isso revela o quanto o modelo de gestão do banco, a sobrecarga de trabalho e a ausência de uma política de saúde do trabalhador estão prejudicando a vida de milhares de pessoas e provocando um verdadeiro quadro de adoecimento crônico na categoria”, ressaltou Fabiana Matheus. A diretora de Saúde e Previdência da Fenae informou que um novo estudo deve ser realizado em novembro para avaliar a saúde dos trabalhadores da Caixa.


Debate


Painéis sobre saúde do trabalhador e assédio moral marcaram o início dos debates no I Seminário Saúde Mental dos Trabalhadores da Caixa. A pesquisadora no campo da saúde do trabalhador, Cristiane Queiroz, fez um panorama sobre a organização do trabalho e como ela tem interferido na vida dos indivíduos.
Segundo ela, o foco da Saúde no Trabalho deve estar direcionado dentre outros objetivos na manutenção e promoção da saúde dos trabalhadores e de sua capacidade de trabalho, e o melhoramento das condições de trabalho, para que elas sejam compatíveis com a saúde e a segurança. “Precisamos falar sobre adoecimento e priorizar na pauta a questão da saúde do trabalhador”.
O professor da Universidade de São Carlos (UFScar), Eduardo Pinto e Silva, falou sobre assédio moral e as “novas” ferramentas de gestão do trabalho. Segundo ele, o processo de precarização do trabalho atinge todas as categorias profissionais.
“Estão estraçalhando com a subjetividade do trabalhador. É preciso dar um basta a essa demolição da criatividade do trabalho”, argumentou. Eduardo Pinto disse que o assédio moral precisa ser visto como fenômeno social e organizacional e que está institucionalizado no modelo de gestão das empresas que precisa ser revisto.

Fonte: Contraf-CUT

Começa nesta quarta (25), o 1º Seminário sobre Saúde Mental dos empregados da Caixa. O evento em Brasília vai debater sobre saúde do trabalhador, assédio moral e suicídio na categoria bancária.

Na ocasião, a pós-doutora, psicóloga e professora da UnB, Ana Magnólia Mendes, vai apresentar projeto de prevenção ao adoecimento mental na Caixa.  O projeto faz parte das ações da campanha “Não Sofra Sozinho”, iniciativa para conscientizar e alertar para os altos índices de suicídio e adoecimento mental dos trabalhadores da Caixa. Além de incentivar a prevenção, a campanha também busca despertar a solidariedade e fomentar o debate acerca do tema.

Para professora Ana Magnolia Mendes e a pesquisadora Fernanda Sousa Duarte, o sofrimento se acumula e depois se manifesta no adoecimento físico ou psíquico, provocando diversos transtornos inclusive depressão, que pode levar ao suicídio, considerado uma das patologias mais radicais do atual mundo do trabalho.

Leia a entrevista completa com as duas especialistas para entender as causas do adoecimento em massa dos trabalhadores e sua íntima relação com o discurso capitalista colonial e modelo de gestão.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco do Brasil firmou um memorando de entendimentos com o banco suíço UBS para prestar serviços de banco de investimento e de corretora de valores no segmento institucional no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

Os termos e condições definitivos a serem estabelecidos no Acordo de Associação estabelecem que o UBS será acionista majoritário (50,01%) da parceria e terá acesso à base de relacionamento do BB, segundo texto publicado no site Infomoney.

“Já vimos isso antes. Uma parceria entre o Banco do Brasil e o Deutsche Bank acabou em um prejuízo de R$ 200 milhões para o banco brasileiro”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, lembrando do MaxBlue, um dos maiores fiascos do mercado financeiro no país.

Criada em 2001, durante o governo FHC, em menos de dois anos o MaxBlue gerou prejuízos de R$ 200 milhões para o BB. Em pouco mais de um ano presente no país, a “boutique de investimentos” tinha conseguido apenas 7.000 clientes, número muito abaixo dos 20 mil a 30 mil esperados para os primeiros 12 meses de operação. O ambicioso plano de ampliar a atuação para outros países começou a afundar dias depois de receber o milionário investimento do BB. O BB teve que assumir o prejuízo depois que o Deutsche desistiu do projeto.

“O Banco do Brasil tem 100% das ações do Banco de Investimento e quer vender mais de 50% ao UBS. Essa é uma maneira de fugir da lei de licitações. É o mesmo processo já realizado com outras subsidiárias do BB, como a Brasilprev, por exemplo”, informou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Para Fukunaga, o UBS vai ganhar de graça o imenso canal de distribuição do BB, com 4.700 agências, 90 mil funcionários e 36 milhões de clientes. “O Banco do Brasil não ganha nada com esta parceria, apenas divide o lucro de sua subsidiária com um sócio ‘estratégico’. Mais do que privatização, é a entrega de um patrimônio construído pelo banco a um sócio que, a meu ver, não tem nada a acrescentar, pois o banco já possui expertise suficiente para continuar atuando de modo autônomo neste mercado”, observou.

A concretização da parceria depende da finalização das negociações entre as partes, da formalização de eventuais instrumentos vinculantes, bem como de aprovações internas e de todos os órgãos e instâncias competentes.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários, que têm uma convenção coletiva nacional, não têm campanha neste ano, já que em 2018 aprovaram acordo com dois anos de duração, até 31 de agosto de 2020. E os efeitos positivos desse acordo atingem toda a economia: segundo estimativa do Dieese, o reajuste aplicado nesta data-base (1º de setembro) injetará aproximadamente R$ 10,5 bilhões nos próximos 12 meses, incluindo nessa conta a participação nos lucros ou resultados (PLR). O valor poderia ser ainda maior se os bancos não reduzissem o número de postos de trabalho, apesar dos lucros que registram ininterruptamente.

“Se não fosse pela gestão dos bancos, que mesmo com lucros recordes cortaram 3.057 postos de trabalho, o impacto positivo do reajuste salarial seria pelo menos 10% maior”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva. “Ao contrário do que defende o atual governo, que insiste em dizer que o trabalhador terá de escolher entre direitos ou emprego, atacando nossas conquistas e aposentadoria, o resultado da mobilização da nossa categoria prova que quando o trabalhador é respeitado e valorizado a economia ganha e mais empregos podem ser gerados”, avalia.

Pelo acordo aprovado em 2018, os bancários garantiram reajuste equivalente à variação acumulada do INPC (3,28% em 12 meses, até agosto) mais 1% a título de ganho real. Com isso, tiveram agora aumento de 4,31%. O valor aproximado de R$ 10,549 bilhões leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2017, com atualização pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de 2018 – a Rais do ano passado ainda não saiu. Esses indicadores eram divulgados pelo Ministério do Trabalho, extinto pelo atual governo, e agora estão sob responsabilidade da pasta da Economia.

O sindicato  lembra que os bancos já estão creditando a primeira parcela da PLR. O Bradesco pagou no dia 16 e o Itaú, no dia 20. O Santander pagará na próxima segunda-feira (30). Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que têm acordos específicos nesse item, também já anteciparam o prêmio. Só em setembro, calcula o Dieese, o pagamento de PLR representa acréscimo de R$ 3,488 bilhões na economia.

Para Ivone, o impacto econômico mostra o acerto da estratégia de negociação e mobilização, que garantiu também a manutenção dos direitos previstos na convenção coletiva. “Isso em uma conjuntura política e econômica adversa”, lembrou. “São poucas as categorias que conquistaram aumento real em 2018 e 2019. No banco de estatais, como BB e Caixa, o reajuste padrão proposto pelo governo é de apenas 70% da inflação.”

Fonte: Rede Brasil Atual - Com informações da Folha Bancária, do Sindicato dos Bancários de São Paulo

 

Os recursos da Participação nos Lucros e/ou Resultados ajudam a movimentar a economia de todo o país. Agora em setembro, somente com essa primeira parcela, serão injetados aproximadamente R$ 3,488 bi na economia, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Mas, nem sempre foi assim. Os sindicatos começaram a debater e a reivindicar a PLR em meados de 1990. A conquista só veio em 1995. Desde aquele ano até a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) atual, os sindicatos e a categoria obtiveram muitos avanços.

“A união e organização da categoria foi fundamental para a melhoria da PLR no decorrer destes 25 anos de luta. Os sindicatos, com a participação de todos os bancários, podem avançar ainda mais nesta e em muitas outras cláusulas de nossa convenção coletiva”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

A presidenta da Contraf-CUT destacou, ainda, o papel crucial da organização sindical para as conquistas da categoria. “Os bancos não dão nada sem que a gente lute! O que eles chamam de benefícios, são direitos que conquistamos com mobilização e luta. Por isso, é fundamental que bancários e bancárias tenham a consciência da importância de sua participação, mas também que os avanços somente são possíveis se eles estiverem unidos às entidades de representação sindical. Juntos somos fortes!”, ressaltou.

A Contraf-CUT conta a história desta evolução por meio de texto e vídeos. São 10 mini vídeos (pílulas), de aproximadamente 30 segundos cada um, com o passo a passo dos avanços, e um vídeo mais longo, com pouco mais de três minutos, com toda a história da melhoria da PLR.

Fonte: Contraf-CUT

Os trabalhadores de diversas categorias e ligados a diversas centrais sindicais vão a Brasília, nesta quarta-feira (25), protestar contra a contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 06/2019, da reforma da Previdência, que deve ser votada em primeiro turno no plenário do Senado, no mesmo dia.

O relator da PEC na Casa, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), rejeitou as 77 emendas apresentadas pelos colegas da oposição para que o texto, já aprovado em duas votações na Câmara, não precise ser analisado e votado novamente pelos deputados.

Jereissati fez apenas alguns ajustes sobre os temas mais polêmicos, como impedir que o valor da pensão por morte inferior a um salário mínimo (R$ 998). Ele também excluiu o artigo que colocava na Constituição o critério para receber o Benefício de Prestação Continuada (BPC) pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de miserabilidade; e alterou a previsão de uma regra mais benéfica de aposentadoria para trabalhadores expostos a agentes nocivos, como mineiros.

Centrais sindicais

notice

Em nota, a CUT e demais centrais afirmam que irão pressionar os Senadores e dizer que são contra a concretização de mais um ataque ao Brasil e aos trabalhadores e trabalhadoras.

No documento, as Centrais dizem que se a PEC 006/19 for aprovada os brasileiros vão trabalhar mais, receber menos e ainda terão dificuldade de acesso à aposentadoria e à Previdência Pública, e contra essas injustiças, convocam trabalhadores e sindicalistas para estarem na Tenda do Servidor, na Esplanada dos Ministérios, a partir das 14h para pressionar os senadores.

“Na visão de seus defensores é a classe trabalhadora que deve pagar a conta da crise econômica e a política pela qual passa o país, enquanto a desigualdade social, a concentração de renda e o desemprego só crescem junto com o lucro dos patrões”, diz trecho da nota da CUT e demais Centrais.

Fim da aposentadoria especial

Para o senador Paulo Paim (PT-RS), o maior crime do texto da Reforma da Previdência é o fim da aposentadoria especial. “Vigilantes, guardas de trânsito, guardas municipais, eletricitários, quem trabalha com produtos químicos e explosivos… Retiram da Constituição a palavra ‘periculosidade’. Ou seja, proíbem quem trabalha em área de alto risco, com essa supressão, e deixam lá depois, afirmando que é proibido aposentadoria por periculosidade. Isso para mim é o maior crime que essa reforma comete”, disse.

O texto da reforma da Previdência estabelece regras mais brandas de aposentadoria para policiais federais, civis, agentes penitenciários e educativos. Além de policiais militares, e bombeiros. Ele retira do regime especial os guardas municipais, vigilantes e agentes de trânsito que passam a ficar sujeitos às mesmas regras dos demais servidores, 62 anos para as mulheres e 65 para os homens, com 25 anos de contribuição.

Fonte: Contraf-CUT

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), adiou de terça (24) para quarta-feira (25) a votação em  primeiro turno da reforma da Previdência no plenário da casa. A justificativa seria a sessão do Congresso Nacional para votar o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), às 15h desta terça-feira. No mesmo dia, pela manhã, deve ocorrer a votação do relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, segundo a presidente do colegiado, Simone Tebet (MDB-MS).

Com isso, a oposição ganha mais um dia para tentar articular algumas mudanças, o que não será simples, de acordo com o senador Humberto Costa, líder do PT na casa. “Não é um cenário fácil, principalmente porque não tem muita mobilização social em torno do tema. Mas acredito que um ou dois pontos talvez a gente consiga tornar menos ruins”, diz. Um deles é a questão do abono salarial para quem ganha até dois salários mínimos. Hoje, quem ganha até dois salários mínimos tem direito ao abono. Pelo texto aprovado na Câmara, o valor é reduzido a R$ 1.364,43.

Outra questão que a aposição quer retirar do texto, por meio de destaque supressivo, são as regras para aposentadorias especiais para pessoas que trabalham em condições insalubres. “Hoje em dia existem aposentadorias especiais para esse tipo de trabalho que coloca a saúde em risco, como minas, radiologia, laboratórios”, diz o líder petista.

Com o texto-base aprovado na Câmara, não vai mais haver isso, e sim uma idade mínima independentemente do risco. “Achamos que podemos derrubar isso e manter como é hoje.”

Se o Senado aprovar o texto base como está, esses beneficiários que têm direito à aposentadoria especial deixarão de ter o benefício integral igual à média salarial.

Na tribuna, o senador Paulo Paim (PT-RS) discursou, nesta segunda, pela retirada do dispositivo da proposta de emenda à Constituição conforme aprovada na Câmara. O parlamentar citou os 30 mil agentes de trânsito brasileiros que devem continuar sendo protegidos pela aposentadoria especial.

“Se colocarmos um, dois ou três dependentes na família, chegaremos a mais de 100 mil pessoas que serão prejudicadas de forma direta, só nessa categoria dos profissionais de trânsito. Se pegarmos os vigilantes, são mais de 4 milhões de pessoas no país. Calculemos também aí os guardas municipais, os eletricitários e quem trabalha em áreas consideradas de alto risco. Chegaremos rapidamente a mais de 20 milhões de pessoas”, afirmou Paim.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) divulgou na quinta-feira (19) o relatório sobre as emendas apresentadas no plenário do Senado à proposta.  Jereissati acatou apenas uma das 77 emendas. Se o texto não for alterado, poderá ser promulgado em seguida.


Fonte: Rede Brasil Atual - Com Agência Senado