Maio 21, 2025
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O uso do banco público para fins eleitoreiros vem sendo destaque nas páginas dos principais jornais e revistas do país. O site UOL, desta segunda-feira (13), destacou enaltecimento de imagem do presidente do banco em redes sociais da instituição e publicou o contraponto da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). No final de semana, Correio Braziliense e outros veículos nacionais e regionais também destacaram notícia divulgada pela Fenae: “Bancários da Caixa querem que denúncias de uso político da estatal sejam amplamente investigadas”. 

Em nota enviada ao site da UOL, a Caixa disse não utilizar as redes sociais institucionais para projetar pessoas e que a estatal registrou ‘um lucro recorde’ de R$ 45 bilhões nos últimos dois anos e meio. Em contraponto à resposta do banco, o veículo destacou posicionamento da Federação: “Parte desse resultado se deve à ‘venda de ativos’ da instituição, o que demonstraria ‘a redução do papel social do banco público e a política de desmonte da atual gestão da instituição, que é o de privatizar a Caixa aos pedaços’”, publicou o site.

A reportagem do UOL explica que no período de 1º de julho a 9 de setembro deste ano, foram feitas 72 publicações com a figura de Guimarães em fotografias ou vídeos nos perfis oficiais da Caixa no Twitter, Instagram e Facebook, com imagens que enaltecem a presença, o nome e o cargo de Guimarães, segundo o veículo. 

“Mais uma vez, se faz necessário reforçar a importância da Caixa para o Brasil e para os brasileiros. O banco público é imprescindível para o país, e chega aonde os bancos privados não chegam. É lamentável constatar o uso eleitoreiro da estatal”, afirmou o presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

Histórico

Aparelhamento do banco para fins políticos foi alvo de denúncia da revista IstoÉ 

Em reportagem publicada na última sexta-feira (10), a revista IstoÉ denunciou o uso da estrutura da instituição pública feita pelo presidente do banco público para promover programas populistas de Bolsonaro e se cacifar para as eleições de 2022. Segundo a reportagem, Guimarães já foi cogitado para ocupar a vaga de vice na chapa encabeçada por Bolsonaro ou mesmo para disputar vagas no Senado ou no governo do Rio de Janeiro.  Vários veículos de comunicação destacaram, nas últimas semanas, que independentemente da disputa eleitoral, o presidente da Caixa tem se empenhado em mostrar subserviência ao presidente Bolsonaro.

Gastos extraordinários

Segundo dados apurados pelos veículos de comunicação, para turbinar a reeleição, Guimarães criou uma nova estrutura na Caixa, com 19 funcionários para administrar eventos dos quais o banqueiro participa, e fortaleceu a gerência promocional do banco com a criação do canal ‘Fale com o Presidente”. Segundo a revista essa estrutura gerou gastos extraordinários de R$ 300 mil por mês aos cofres públicos, sem contar as despesas geradas pelo aumento das viagens de Pedro Guimarães pelo Brasil. Segundo a revista, desde o início do ano já foram mais de 100 viagens, que geraram custo de quase R$ 4 milhões ao banco.

“São gastos exorbitantes. É notório o uso do banco público para fins eleitorais próprios. Vamos continuar denunciando este tipo de gestão, prejudicial tanto para os empregados da Caixa como para a população brasileira. Esperamos explicações do ‘turismo’ de Guimarães frente à estatal”, afirmou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. 

>>>>>Investigação: Procurador do TCU pede afastamento dos presidentes da Caixa e do BB

Também entrou na mira dos tabloides o fato de Guimarães usar o banco para forçar a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a não soltar uma nota oficial que seria prejudicial ao governo. A revista Veja, G1, entre outros periódicos, noticiaram a repercussão dos presidentes da Caixa e do BB no alvo do Tribunal de Contas da União (TCU) por atrito com Febraban. O procurador Lucas Furtado, do TCU, pediu o afastamento temporário dos mandatários das estatais de seus cargos, para que seja feita uma investigação por suposto uso político das instituições no episódio do manifesto da Febraban.

Para o presidente da Fenae, transparência e responsabilidade são pilares das empresas estatais. “Por isso, é de extrema importância que esta denúncia seja apurada e investigada a fundo. Pois, a Caixa e o BB são bancos públicos. E tudo o que é público pertence a toda a população”, ressaltou o dirigente.

Fonte: Fenae

A Estácio é a nova parceira do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

A entidade sindical firmou mais um convênio de grande porte, mostrando que está atenta às demandas apresentadas pelos bancários e bancárias de sua área de atuação.

O convênio prevê que todos os trabalhadores e trabalhadoras sindicalizadas terão direito a bolsas que podem variar de 40% até 70% na graduação e pós graduação, em todas as unidades da instituição. Além de diversas bolsas extras e especiais, concedidas para o primeiro semestre de estudos.

IMPORTANTE: Os dependentes também estão contemplados neste convênio.

Os interessados devem entrar em contato com o Sindicato, ou falar com o diretor ou diretora de sua base, solicitando uma declaração de sindicalização, que servirá como comprovação da sua condição de associado da entidade.

As bolsas, descontos e promoções mudam constantemente. Por isso, é necessário o contato para saber se o convênio será maior que os 40% já garantidos. 

O convênio foi viabilizado através do contato inicial dos diretores: Marcelo Silva, Ricardo Sá e Roberto Domingos. 

PROMOÇÃO IMPERDÍVEL

Até o dia 26 DE SETEMBRO DE 2021, a Estácio está com uma promoção que dá direito a bolsas de 70% + 5% extra na graduação, como campanha de divulgação especial.

Para aproveitar, os interessados devem entrar em contato pelo telefone/whatsapp (21) 97915-0549 e falar com o Julio. 

SINDICALIZE-SE! JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

 

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estima que o a campanha salarial dos bancários 2021 injetará aproximadamente R$ 15,920 bilhões na economia do país. A estimativa do impacto econômico, elaboradas com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2019 e nos balanços dos bancos, realizada pelo Dieese, considera o reajuste nos salários, benefícios e a totalidade da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR).

O reajuste conquistado pela categoria bancária neste ano foi negociado na campanha salarial de 2020. O acordo previa aumento real de 0,5% (INPC + 0,5%), ou seja, 10,97% de aumento. Considerando apenas os salários, a campanha injetará cerca de R$ 6,440 bilhões na economia brasileira ao ano.

“Nossa Convenção Coletiva de Trabalho é nacional, abrange todos os estados do país. Isso significa que os trabalhadores têm os mesmos direitos e terão os mesmos reajustes em São Paulo e no Rio de Janeiro do que os foram concedidos em qualquer outra localidade. E os recursos destes reajustes contribuem para a economia em cada uma das cidades onde existem agências bancárias, onde existem bancários. Neste momento de crise e desemprego que estamos vivendo, isso é importante para ajudar a movimentar a economia”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Foi importante termos feito no ano passado um acordo de dois anos. Foi isso que nos garantiu o aumento real neste ano, quando a grande maioria dos trabalhadores não conseguiu negociar reajustes acima da inflação e vai amargar perdas salariais. Imagina o quanto seria injetado na economia se todas as categorias obtivessem aumento real! Por isso, lutamos por reajustes para toda a classe trabalhadora. Todos os trabalhadores precisam que os reajustes reponham a inflação e lhes garanta ganhos reais”, disse Juvandia.

A presidenta da Contraf-CUT ressaltou ainda que a negociação antecipada, realizada em 2020, mostrou-se assertiva frente à alta escalada da inflação nos últimos meses. “Para nós, é motivo de comemoração, pois teremos reajuste com aumento real neste ano. No caso dos trabalhadores de bancos públicos, talvez sejam os únicos entre as empresas públicas a conquistarem aumento acima da inflação. Que bom seria se todos tivessem essa conquista, mas isso somente é possível com um governo que invista. Somente com investimento do Estado a economia voltará a crescer e poderá gerar empregos e os reajustes possam superar a imflação”, disse.

PLR e tíquetes

Em âmbito nacional, a Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) da categoria bancária injetará por volta de R$ 8,439 bilhões na economia até março de 2022, sendo que, deste total, R$ 3,867 bilhões serão injetados na antecipação da PLR até o final de setembro de 2021.

Já o reajuste de 10,97% nos auxílios alimentação e refeição da categoria colocarão um adicional de R$ 1,040 bilhão no período de um ano. “Isso ajuda mercados, bares e restaurantes, enfim, o setor de comércio, que precisa desta injeção neste momento”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Atendendo ao pedido da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos da categoria bancária, a Caixa Econômica Federal informou nesta sexta-feira (10) que efetuará o pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) ainda nesta sexta-feira (10). De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, o banco poderia efetuar o pagamento até o dia 30 de setembro.

Atendendo ao pedido do movimento sindical, das federações e sindicatos da categoria bancária, o Bradesco informou na manhã desta sexta-feira (10) que efetuará o pagamento da primeira parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) no dia 20 de setembro. De acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, o banco poderia efetuar o pagamento até o dia 30 de setembro.

Além da PLR, o banco informou também que antecipará a 13ª Cesta. Neste caso, o pagamento será no final do mês de setembro.

O afastamento de trabalhadores por mais de 15 dias em consequência da Covid-19 ou sequelas da doença aumentou 75% este ano (64.861 nos seis primeiros meses do ano) em relação ao ano passado, quando foram registrados  37.045 afastamento de abril a dezembro, segundo dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. 

De acordo com os dados, publicados pelo jornal Folha de S. Paulo, aumentou também a procura por reabilitação de trabalhadores com sequelas meses depois de terem se infectado com o novo coronavírus.

Metade dos pacientes continua com queixas 12 meses depois de contrair a doença, sendo as mais frequentes o cansaço e a fadiga muscular, segundo estudo publicado na revista científica The Lancet. Um em cada três também apresenta dificuldade de respirar, diz a reportagem.

Pacientes que foram intubados, sem respirar pelo nariz e sem engolir por mais tempo, têm fraqueza no músculo da deglutição e precisam de  fonoaudiologia para não engasgar e de terapeuta ocupacional para fazer as adaptações temporárias para usar os talheres, por exemplo.

Estados e municípios têm criado ambulatórios de reabilitação pós-Covid, mas a oferta no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é inferior à demanda e há demora no início das terapias necessárias, segundo os médicos ouvidos pela repórter.

O SUS é a opção de boa parte da classe trabalhadora que teve Covid-19 e  precisará de reabilitação, portanto, é preciso que o governo federal amplie os recursos para o Sistema e que os governos estaduais e municipais invistam e fortaleçam todos os serviços públicos de saúde voltados para a recuperação e reabilitação, alerta a secretária da Saúde do Trabalhador da CUT Nacional, Madalena Margarida da Silva.

“Com o aumento da demanda, o SUS ficará ainda mais sobrecarrendo pois, terá também que atender as demandas reprimidas de outros adoecimentos”, acrescenta Madalena Margarida, que ressalta: "A luta por recursos tem de ser feita no Congresso Nacional, no convencimento dos parlamentares, e nas ruas porque o governo de Jair Bolsonaro não tem compromisso com a população que precisa de serviço público".

Em plena pandemia, esse governo reduziu a previsão orçamentária para a saúde, lembra a dirigente se referindo ao Orçamento da União para 2021, que previu apenas R$ 136,3 bilhões para a àrea. Aumentou um pouco, diz, porque deputados e senadores aumentaram em cerca de R$ 10 bilhões o valor. Em 2020, o valor executado com saúde foi de R$ 160 bilhões, diz.

Opções para os trabalhadores

Enquanto a luta por mais recursos é feita, os trabalhadores têm algumas opções de atendimento. Uma delas, de acordo com a secretária, são os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), que funcionam nos estados e muncípios e prestam assistência especializada aos trabalhadores acometidos por doenças e/ou agravos relacionados ao trabalho.

Hospitais universitários em todo o país também estão oferecendo tratamento para amenizar os sintomas de Covid-19, mas o investimento em todos eles, é essencial e precisamos cobrar o governo e o Parlamento para não deixar os trabalhadores sem atendimento, diz a secretária.

Estão oferecendo esse atendimento o Hospital Universitário de Brasília (HUB), que tem um programa específico para a reabilitação de pacientes com sequelas provocadas pelo novo coronavírus.

No Recife, o Hospital das Clínicas de Pernambuco oferece ao paciente uma equipe multiprofissional que vai discutir o caso e montar um plano terapêutico e de reabilitação.

Em Cajazeiras (PB), o Hospital Universitário Júlio Bandeira tem uma equipe de fisioterapia é responsável por um programa de reabilitação pulmonar que envolve técnicas de expansão do pulmão e remoção de secreção.

No Rio Grande do Sul, dois hospitais se destacam no atendimento às sequelas deixadas pelo novo coronavírus. O Hospital Universitário de Rio Grande conta com uma equipe de 22 profissionais nas especialidades de infectologia, clínica médica, reabilitação física e respiratória, psicologia, pneumologia, cardiologia, neurologia, nefrologia, pediatria e nutrição para ajudar os pacientes.

No Hospital Escola de Pelotas quem faz a avaliação clínica é um pneumologista. A partir de então, o paciente será tratado por um pneumologista e fisiatra, além do atendimento multiprofissional de fisioterapia, terapia ocupacional, psicologia e educação física.

Folheto sobre saúde do trabalhador

A secretária da Saúde do Trabalhador da CUT Nacional disse ainda que está sendo elaborado um folheto sobre saúde do trabalhador no pós-Covid-19, que tratará de questões relacionadas ao direitos dos  trabalhdores na atenção a saúde e acesso a direitos trabalhistas e previdenciários.

Com informações da Agência Brasil e da Folha de S. Paulo

A direção da CUT divulgou um comunicado à imprensa nesta quarta-feira (8) para informar que “não participará, não convocará e não faz parte da organização de nenhuma manifestação/ato, anunciada para o próximo dia 12 de setembro”.

Este ato foi convocado por grupos de direita, como MBL e Vem Pra Rua, que contribuíram com o golpe de 2016, que foi contra o Brasil e os brasileiros, e que culminou com a eleição de  Jair Bolsonaro. Desde então, além das crises social, econômica e sanitária, a classe trabalhadora vem sofrendo uma série de ataques contra seus direitos. 

No aviso à imprensa, a direção da Central reforça seu compromisso com a pauta da classe trabalhadora, por empregos de qualidade, salário e renda.

Ressalta ainda, a luta contra toda e qualquer proposta de retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, contra as privatizações, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 32, da reforma Administrativa, que desmonta o serviço público, contra a fome e a carestia.

Confira a íntegra do aviso:

Aviso à imprensa sobre 12/09

A CUT, maior central sindical da América Latina, não participará, não convocará e não faz parte da organização de nenhuma manifestação/ato, anunciada para o próximo dia 12 de setembro.

A CUT defende a pauta da classe trabalhadora por empregos de qualidade, salário, renda, trabalho decente.

Luta contra toda e qualquer retirada de direitos, contra as privatizações, contra a PEC 32, que desmonta o serviço público, contra a fome, a carestia.

Defende a vida, a soberania e a democracia. Luta contra o governo genocida, criminoso e incompetente de Jair Bolsonaro, que colocou o Brasil na maior crise política, econômica, sanitária e institucional da sua história recente.

Vacina no braço, Comida no prato!

#ForaBolsonaro

Fonte: CUT

Os bancários terão reajuste de 10,97% nos salários, vales refeição e alimentação e demais direitos econômicos estabelecidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, com ganho de real de 0,5% acima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado entre setembro de 2020 e agosto de 2021, que ficou em 10,42%.

“O reajuste mostra o acerto do acordo de dois anos negociado pelo Comando Nacional dos Bancários com Fenaban em 2020. Para nós, é motivo de comemoração, pois seremos uma das poucas categorias a ter reajuste com aumento real neste ano. No caso dos trabalhadores de bancos públicos, talvez sejam os únicos entre as empresas públicas a conquistarem aumento acima da inflação”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “O governo Bolsonaro fez reviver o mostro da inflação e, infelizmente, a grande maioria dos trabalhadores terão perdas salariais. Isso não pode acontecer, ainda mais numa conjuntura de crise e de carestia na qual estamos vivendo”, completou.

Segundo dados do Ministério do Trabalho compilados pelo DIEESE, até julho de 2021, apenas 17,5% dos reajustes foram acima do INPC, 32,2% iguais ao INPC e 50,3% abaixo do INPC.

Cálculo do reajuste dos bancários

O economista Gustavo Cavarzan, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), alerta que algumas pessoas podem achar que existe erro na porcentagem de reajuste. “O cálculo não é feito com a simples soma de 10,42% mais 0,5%. Existe uma fórmula de cálculo composto para se calcular o ganho real”, explicou.

Para se chegar ao índice de reajuste deve-se somar 10,42%+1 e 0,5%+1 e multiplicar os resultados, depois se subtrair 1 e se multiplicar por 100 para se se chegar à porcentagem. A fórmula é a seguinte: (1+10,42%) x (1+0,5%) -1.

Histórico de aumento

A categoria vem obtendo aumento real no decorrer da história. Desde 2004, o ganho real acumulado é de 21,94%. Considerando os pisos salariais o ganho real é ainda maior, chegando a 43,56% neste mesmo período. “Isso ocorre porque, em muitos anos, os pisos tiveram reajuste diferenciado, acima do reajuste geral dos salários”, explicou o economista do Dieese.

Fonte: Contraf-CUT

O Boletim Focus divulgado na última sexta-feira (3) mostra que a expectativa do mercado é que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) chegue a 7,76% este ano, superando por muito a meta de inflação do governo Bolsonaro. O documento registra ainda que essa é a 22ª vez consecutiva em que a projeção da inflação sobe. O que indica que a situação ainda pode piorar nos próximos meses.

Apenas no mês de agosto, a inflação medida pelo IPCA foi estimada em 0,89% (e confirmada hoje pelo IBGE em 0,87%) e já supera 9% no acumulado em 12 meses. O IPCA mede a inflação de alimentos, energia e outros bens de consumo. Além dele, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que impacta o reajuste dos aluguéis, está estimado em 19,31% este ano.

No dia a dia das famílias os diferentes índices de inflação são traduzidos em dificuldades: menos comida no prato, exclusão de vários itens e escolher que conta pagar. Moradora de Parelheiros, no extremo sul da capital paulista, a pedagoga Ariana Costa, mãe solo de duas meninas, relata que vem precisando escolher entre pagar uma conta ou comer determinado item. Segundo ele, vários produtos já foram cortados da compra mensal.

No limite

“Tenho percebido que tem ficado tudo muito caro. Já tivemos que escolher entre comprar um nuggets para as crianças e ter que pagar uma conta, por exemplo. Antes eu conseguiu me virar com R$ 1 mil, fazer a compra do mês. E no mês passado eu tive que passar R$ 1.300 e ainda assim faltaram coisas para o mês. Está bem complicado, diminuímos um pouco no feijão. No final do mês começa a faltar as coisas, a partir do dia 25 já começa a faltar o arroz, o feijão, o sabão para lavar uma roupa e tem ficado cada vez pior”, lamenta Ariana.

A pedagoga explica que antes, “com o (botijão de) gás a R$ 89, já estava difícil. Agora com o gás a R$ 105 está bem mais difícil ainda. (…) Mesmo que a gente aperte na alimentação ainda fica umas contas que você tem que tirar uni-duni-tê para você ver qual vai pagar ou qual vai deixar, porque está tudo muito caro”, descreve.

A situação não é diferente no interior paulista. Desempregada, a professora Jociara Keila da Silva, moradora do município de Araras, teve que deixar de comprar frutas e outras coisas que os três filhos gostam para conseguir manter o básico.

Desvalorização dos salários

“Vamos no mercado com R$ 150 para comprar comida, arroz e feijão. Falo esse valor porque é que conseguimos ter normalmente para ir ao mercado aqui, de R$ 150 a R$ 200, e não consigo comprar nada. Deixei de comprar algumas coisas, em casa sucrilhos eles (filhos) não comem mais. Fruta faz algum tempo (também). Eles comem quando os estão no sítio da avó deles, gosto de dar frutas para ele, mas não estou conseguindo. (…) Você precisa de arroz, feijão, salsicha, ovo, frango e nem passo perto da carne, que é bom, mas não conseguimos comprar”, conta Jociara.

O professor de economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Guilherme Mello explica que a inflação no Brasil tem sido mais severa por conta da forte desvalorização cambial no governo Bolsonaro, que levou o dólar a custar mais de R$ 5. O especialista explica que, com a taxa básica de juros muito baixa, isso também afastou investimentos. Assim como outras condições, como a forte seca e o custo da energia elétrica e dos combustíveis, também influenciam nessa situação de alta.

impacto nas famílias é ainda mais grave devido ainda ao alto desemprego e aos trabalhos precários, que reduzem os ganhos das famílias deixando-as mais vulneráveis, observa Mello.

Inação do governo

“Ou seja, as pessoas não estão conseguindo fontes de renda confiáveis, seguras e estáveis, não tem. E ainda por cima a pouca renda que elas conseguem é corroída pela carestia. Em particular, a inflação está muito concentrada em itens da cesta básica de consumo que são típicas das famílias trabalhadoras mais pobres, alimentos, em primeiro lugar, energia, o botijão de gás e em parte os combustíveis que têm um impacto sobre toda as cadeias produtivas. E o impacto disso, obviamente, é muito duro sobre a população. E também porque os salários, como se precarizou muito o mercado de trabalho, não acompanham a inflação”, destaca.

O professor de economia ressalta ainda que o governo Bolsonaro não toma as medidas necessárias para reverter a situação. E mesmo as poucas alternativas que vêm sendo anunciadas, como aumento da taxa básica de juros, devem agravar a situação.

Além dos dados de inflação, o Boletim Focus registrou uma nova redução na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, bem como um aumento no preço do dólar, condições que podem agravar ainda mais a situação.

Fonte: Rede Brasil Atual

Os atos pelo Fora Bolsonaro, realizados na última terça-feira (7), levaram milhares de pessoas às ruas em mais de 200 cidades do país. As manifestações se uniram ao tradicional Grito dos Excluídos, realizado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil há mais de 27 anos.

Nas redes sociais, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, parabenizou os manifestantes que foram às ruas e as iniciativas de arrecadação de alimentos promovidas durante os atos Fora Bolsonaro. “O povo brasileiro não aceita mais a continuidade do genocídio, o desmonte do Estado, a exclusão e fome que tem atingido milhões de brasileiros. Quero parabenizar a iniciativa dos companheiros que distribuíram alimentos durante a manifestação, pois é um gesto de solidariedade necessário neste momento”, disse.

Segundo os organizadores, os protestos aconteceram em mais de 200 cidades do país. Em São Paulo, a manifestação foi realizada no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade. A Avenida Paulista foi cedida aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que se reuniram em defesa de pautas antidemocráticas como o apoio à intervenção militar.

Em discurso aos manifestantes de oposição, o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que as ameaças de Bolsonaro à democracia não são as respostas que o povo brasileiro precisa.

“O Brasil não quer saber de ataque às instituições, o brasileiro quer saber de combate à fome, do preço do feijão, do botijão de gás e do litro da gasolina. O Brasil quer saber do combate ao desemprego, mas Bolsonaro não tem resposta pra isso e, no desespero, ataca a democracia”, discursou Boulos.

Resistência histórica no Fora Bolsonaro

Raimundo Bonfim, da coordenação da Central de Movimentos Populares, diz que o 7 de setembro de 2021 vai entrar para a história do país, pois, se de um lado foram vistos atos antidemocráticos convocados pelo próprio presidente da República, do outro, movimentos populares fizeram resistência contra uma tentativa de golpe.

“O dia de ontem será marcado pelo presidente liderando fanáticos, milicianos e grupos fascistas em busca de apoio para forjar um golpe de Estado. Por outro lado, os movimentos populares tiveram coragem para defender a democracia e os direitos do povo”, afirmou, à Rádio Brasil Atual.

O integrante da Uneafro e da Coalizão Negra por Direitos, Douglas Belchior, ressaltou a história do povo negro, indígena e trabalhador pela liberdade. “Bolsonaro tem que limpar a boca para falar de liberdade, porque o povo que sempre lutou por isso foram os negros, indígenas e os trabalhadores. Historicamente, a liberdade é o objetivo da luta dos trabalhadores, em busca de um salário digno”, disse aos manifestantes.

Ao celebrar os atos Fora Bolsonaro desse 7 de setembro, Rozana Barroso, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), afirma que as próximas manifestações contra Bolsonaro serão ainda maiores. “Foram atos para mostrar que a rua não é terra sem lei. Mostramos que não aceitamos as ameaças à democracia e deixamos o recado de que amanhã será ainda maior. Vamos organizar uma nova grande mobilização e levar todo o povo às ruas contra Bolsonaro.”

Fonte: Rede Brasil Atual