Julho 09, 2025
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A criação das Brigadas Digitais da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ganhou forte impulso nas últimas semanas. Neste momento, ainda de difusão do projeto, a CUT tem se dedicado especialmente a cursos de formação. Mesmo assim, mais de mil unidades já foram inscritas na plataforma de cadastramento, com a participação de cerca de 11 mil brigadistas, em vários pontos do país. O objetivo é alcançar um milhão de brigadistas, a partir da adesão dos 4 mil sindicatos filiados à central e seus cerca de 80 mil dirigentes.

Ferramenta de luta

As Brigadas Digitais da CUT são uma ferramenta de ação da classe trabalhadora, para a defesa de direitos, da democracia e de uma sociedade mais justa para todos, como também para estimular o debate para a reconstrução do Brasil.

Sua função é divulgar informação de qualidade – baseada em fatos, dados e números – e combater as fake news. As notícias falsas divulgadas pelas redes sociais têm sido usadas pelas forças reacionárias, com objetivo eleitoreiro, contra os direitos trabalhistas, o estado democrático de direito, as minorias e as organizações da sociedade civil.

Até o fim de março, por exemplo, Bolsonaro tinha feito 5.145 afirmações falsas ou distorcidas, ou seja, mais de quatro lorotas por dia de mandato. Esse levantamento é sempre atualizado por Aos Fatos. Em 2021, o presidente de plantão atingiu uma média de quase sete mentiras por dia. O fato assustador não tem paralelo na história do Brasil.

Comitês de luta

As Brigadas Digitais fazem parte uma ação ampla da central para a reconstrução do país e a recuperação dos direitos dos trabalhadores, que têm sido retirados desde o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff, em 2016. Outras iniciativas são os Comitês de Luta em Defesa da Vida, do Emprego e da Democracia e a Plataforma da CUT para as Eleições 2022, apresentada aos candidatos à Presidência. As ações também estimulam a solidariedade sindical, para contribuir com a população mais pobre abandonada pelo poder público.

Os Comitês de Luta são organizados em todo o país, em sindicatos, comunidades, escolas e outras organizações, também para aprofundar o diálogo com a população. Para o presidente da CUT, Sérgio Nobre, “não tem saída para essa tragédia senão derrotar Bolsonaro e, para isso, precisamos ganhar a batalha nas redes e nas ruas”.

Ramo financeiro

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) desenvolve iniciativas específicas para impulsionar a criação de Comitês e Brigadas pelas entidades representativas dos trabalhadores do ramo financeiro. No seu congresso, em abril, a entidade aprovou a formação de 300 Comitês de Luta do ramo financeiro, envolvendo cerca de 3 mil brigadas e 30 mil brigadistas. Para orientar esse processo, foi publicada uma cartilha de orientação para a criação de um comitê.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, valoriza a importância da organização dos trabalhadores do ramo. “Nas redes e nas ruas vamos conversar com a população porque o debate tem de acontecer em todo o lugar”, disse. Ela também destaca os temas que estarão em pauta. “Vamos mostrar a importância do banco público, como acabar com a miséria e como gerar emprego e renda. Também vamos aprofundar as ações de solidariedade. Essa é a nossa contribuição para reconstruir esse Brasil e fazer ele se tornar um país justo, solidário, fraterno, sem ódio e com amor”, completou.

Como criar uma Brigada

O processo de criação de uma Brigada Digital é fácil e leva menos de 10 minutos. São apenas três passos:

  1. Monte um grupo de WhatsApp com pelo menos 10 pessoas (pode ter até 256). Pode ser um grupo já existente.
  2. Faça o cadastro no site brigadasdigitais.com.br. Clique na tecla “Cadastre sua Brigada” e preencha as informações. Se preferir, acesse aqui a ficha de cadastramento.
  3. Para informar o “Link do grupo de WhatsApp”, faça assim: A) no celular, abra o seu grupo de WhatsApp; B) no alto da tela, clique em cima do nome do grupo; C) em baixo na tela, clique em “Convidar via link”; D) copie o link; D) cole o link na ficha de cadastramento das Brigadas.

Pronto: seu grupo se tornou uma Brigada Digital.

Como funcionam

As Brigadas Digitais têm fundamental importância neste ano eleitoral, em que os trabalhadores devem escolher candidatos comprometidos com as causas populares. No entanto, as Brigadas vão continuar após as eleições, como ferramenta de caráter permanente.

As Brigadas são baseadas no WhatsApp, porque esse é o aplicativo mais usado pelas pessoas. Os materiais de comunicação, com informações importantes, corretas e de qualidade, além de recursos para rebater as fake news, são enviados aos grupos todos os dias e devem ser usados para dialogar com a sociedade sobre as questões relevantes para a vida nacional. As mensagens também podem ser compartilhadas em outros grupos no próprio WhatsApp ou difundidas em redes sociais.

Fonte: Contraf-CUT

 

No último sábado, 4 de junho, foi realizado o Torneio de Futebol dos Bancários - 2022, na Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB), em Xerém, promovido pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

O campeonato contou com sete equipes: Bradesco Vilar dos Teles, Brahmeiros (Itaú), Itaú Juventus, Bradesco Amigos, Bradesco Plinio Casado, Inimigos da Bola (Itaú) e Só Canela (Itaú), que foram divididas em dois grupos.

As duas melhores equipes de cada grupo, fizeram as semifinais do torneio. Em uma delas, as equipes do Itaú Só Canela e do Brahmeiros se enfrentaram, revivendo a final do último campeonato. Desta vez, o Só Canela se deu melhor, conseguindo a vaga na final, contra o Bradesco Vilar dos Teles.
 
A final foi disputadíssima, mas deu Itaú! E a equipe do Só Canela foi a CAMPEÃ do TORNEIO DE FUTEBOL DOS BANCÁRIOS - 2022.
 
Depois da cerimônia de entrega dos troféus e medalhas, houve uma confraternização entre os participantes.
 
O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense agradece a participação de todos os participantes.
 
Confira como foi:

Fase de Grupos

Inimigos da Bola 1 x 0 Itaú Juventus

Brahmeiros 2 x  0 Bradesco Plinio Casado

Só Canela 2 x 0 Bradesco Amigos

Brahmeiros 1 x 2 Inimigos da Bola

Itaú Juventus 0 x 1 Bradesco Plinio Casado

Só Canela 2 x 1 Bradesco Vilar dos Teles 

Brahmeiros 3 x 0 Itaú Juventus 

Inimigos da Bola 4 x 0 Bradesco Plinio Casado 

Bradesco Amigos 0 x 8 Bradesco Vilar dos Teles 

Semifinais 

Brahmeiros 0 x 0 Só Canela (2x3 nos pênaltis)

Bradesco Vilar dos Teles  1 x 0 Inimigos da Bola

Final

Bradesco Vilar dos Teles 1 x 3 Só Canela

Artilharia 

Matheus (Só Canela) - 2 

Goleiro menos vazado

Thiago Agra - Brahmeiros 

*As fotos e vídeos oficiais do evento estarão disponíveis em nossas redes sociais

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu com o banco, na quarta-feira (1), para negociar a compensação do banco do horas negativas, que foram acumuladas durante o período mais intenso da pandemia de covid-19, em especial pelos trabalhadores que possuem alguma doença que pode ser agravada em caso de contágio pelo sars-cov-2 (novo coronavírus).

“O banco apresentou uma proposta com prazo bastante extenso de compensação, o que poderia significar o aumento de jornada expressivo para estes trabalhadores durante um longo período”, informou a coordenadora da COE Santander, Lucimara Malaquias. “Este aumento de jornada pode causar adoecimento ou a piora das sequelas já existentes. Por isso, fizemos uma contraproposta de um prazo menor com anistia maior das horas pendentes”, completou.

Abatimento de horas de formação

A representação sindical dos trabalhadores também propôs que o banco utilize as horas que o trabalhador estiver em cursos, treinamentos, formações e outros momentos de capacitação para abater as horas negativas. “Nossa proposta é que a cada hora em curso sejam abatidas duas horas do saldo de horas negativas”, disse Lucimara.

O banco vai analisar a proposta do movimento sindical e trará uma resposta na próxima reunião de negociação, que será realizada na terça-feira (7), a partir das 11 horas. “Vamos lutar pela redução deste banco de horas, que foi gerado em decorrência de afastamento por uma questão de saúde pública. Os trabalhadores não podem ser responsabilizados por terem que se afastar”, disse Lucimara. 

Bancários e bancárias da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil se reúnem de quarta-feira (8) a sexta-feira (10) para debaterem sobre as questões que afetam seu dia a dia de trabalho e definirem suas pautas específicas de reivindicações, que serão negociadas com os respectivos bancos durante a Campanha Nacional da categoria. O encontro será realizado de forma híbrida, com participação no local, em São Paulo, e de forma remota, por uma plataforma eletrônica de videoconferência e de votação.

No 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), os debates girarão em torno de quatro eixos distintos: 1. Defesa dos bancos e empresas públicas; Defesa da Caixa 100% Pública; 2. Saúde e condições de trabalho, incluindo o plano de saúde dos empregados (Saúde Caixa); e Fundo de Previdência dos empregados (Funcef); 3. Manutenção dos direitos atuais e conquistas de novos; Mais contratações; 4. Organização sindical e defesa da democracia.

“São quatro eixos de discussões que englobam não apenas as questões que estão no dia a dia dos empregados, vão além e entram em temas que estão na ordem do dia de toda a sociedade”, disse a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Já é cultural no movimento sindical bancário debater e apresentar soluções para as pautas da categoria e também para pautas sociais. Trata-se de nosso perfil de sindicato cidadão”, completou.

No 33° Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB), além de tratar de melhores condições de trabalho e mais dignidade para funcionários do Banco do Brasil, os temas tratarão sobre a importância do banco público para o desenvolvimento regional e para o incentivo à agricultura familiar como forma de combate à fome e redução dos custos dos alimentos, além do papel específico do Banco do Brasil na construção do Brasil que a gente quer. No último dia do encontro ainda serão debatidos temas ligados à desigualdade de gênero e de raça no trabalho, inclusive de remuneração, além do acesso ao trabalho e à renda pela juventude.

“É impressionante o que este governo vem fazendo com os funcionários e com o Banco do Brasil de forma específica e com todos os bancos e demais empresas públicas de forma geral. Demonizam os funcionários e promovem uma verdadeira desestruturação das empresas para poder vendê-las a troco de bananas, sem dar o devido valor e importância ao que elas representam para o país”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Sem os bancos públicos praticamente não haveria investimentos na agricultura, na habitação, em infraestrutura, no desenvolvimento regional. O país estaria em uma situação ainda pior que eles conseguiram deixar”, completou.

Encontros de banco privados

Os funcionários do Bradesco, Itaú e Santander também realizam seus encontros nacionais na próxima semana. Além de debaterem questões gerais, que envolvem toda a categoria, também debaterão pautas específicas para contribuírem com a elaboração da minuta de reivindicações dos bancários, que será entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), após a definição da Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada de 10 a 12 de junho, e a aprovação pelas assembleias que serão realizadas pelos sindicatos de bancários de todo o país.

Cuidados com a covid-19

Todas as delegadas e todos os delegados que forem participar presencialmente deverão apresentar comprovação de vacinação contra a covid-19 (passaporte vacinal) no ato do credenciamento. Também deverão apresentar o comprovante de teste negativo, do tipo antígeno, contra a covid-19, realizado em até 3 (três) dias antes do credenciamento.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião com a representação dos funcionários, na quarta-feira (1º), o Santander admitiu que está terceirizando seu setor de investimentos, o Quarteirão de Investimentos. Segundo o banco, os trabalhadores serão “convidados” a aderir ao processo e, caso aceitem, serão demitidos sem justa causa e recontratados pela Corretora de Valores (empresa do grupo), nesse primeiro momento, pelo regime CLT.

O movimento sindical questionou, mas o banco não informou qual seria o salário, a PLR e os direitos dos bancários na corretora. Segundo a representante do Santander, haverá conversas com cada trabalhador sobre essas questões. Aqueles que não aceitarem se demitir para ser recontratados pela Corretora de Valores deverão procurar outra vaga no banco, de acordo com sua qualificação. Em até 60 dias este processo deve ser finalizado.

A representação sindical dos trabalhadores orienta os funcionários do Santander a não pedir demissão.

Intermediação fraudulenta de mão de obra

Para o funcionário do Santander e dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Seeb/SP), André Camorozano, os salários, Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) e demais direitos desses trabalhadores serão reduzidos. Mas, para ele, o banco está “vendendo” a mudança como “modernidade”. “A propaganda que o banco faz é que os trabalhadores serão ‘sócios’ da empresa e que esse novo modelo de negócio trará vantagens para eles e para os clientes. Isso é uma afronta à inteligência dos trabalhadores! Porque sabemos que o banco está fazendo isso justamente para reduzir salários e direitos”, criticou.

Ao lembrar que existem 12 milhões de desempregados no Brasil, a também funcionária e dirigente do Seeb/SP, Vera Marchioni, disse que o Santander se vale dessa situação e dos ataques sofridos pela classe trabalhadora nos governos Temer e Bolsonaro para impor prejuízos a seus funcionários. “Eles continuarão fazendo as mesmas tarefas de antes, mas com remuneração menor e menos direitos. O que o Santander chama de ‘sociedade’, nós chamamos de intermediação fraudulenta de mão de obra”, observou.

Mobilização e luta

Vera criticou a completa falta de transparência do banco nesse processo e a ausência de qualquer negociação com o movimento sindical. “Mais uma vez o banco pratica um processo de terceirização vertical: transferindo setores inteiros para empresas do grupo, como fez com os trabalhadores de tecnologia que foram para a F1RST, do call center para a SX Negócios e do microcrédito para a Prospera”, disse. “Vamos lutar pela representação de todos os trabalhadores que o Santander está retirando da categoria bancária. Chamamos todos eles para se juntar a esta luta!”

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb/SP

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou o Banco do Brasil a pagar indenização por dano moral coletivo. De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal, o BB coagia empregados para desistir de abrir ações trabalhistas ou tendo o sindicato da categoria como substituto processual. E a ameaçava com demissão ou “descomissionamento”.

O TST atendeu a um recurso do MPT, depois de a 12ª Vara do Trabalho considerar indevido o pagamento. Segundo o relator, ministro Hugo Carlos Scheuermann, “a conduta empresarial de coagir seus empregados a fim de que não ingressem com ações trabalhistas, nem mesmo por meio de seus sindicatos, não atinge apenas a esfera individual dos trabalhadores diretamente afetados, causando também intolerável desrespeito à liberdade de ação e de associação dos trabalhadores”.

Caráter pedagógico

O procurador Joaquim Rodrigues Nascimento, que ajuizou ação civil pública, destacou a importância da decisão. Além da reparação, afirmou, “ainda mais relevante é o caráter preventivo-pedagógico da indenização por dano imaterial”. Ele acredita que isso poderá coibir novas infrações.

O agravo interposto pelo Banco do Brasil foi negado pelos ministros do TST. Para o relator, a decisão previne eventual repetição “da prática de ofensa a direito material e, possivelmente, de um dano”. Em 2021, segundo as estatísticas da Justiça do Trabalho, o banco ficou em segundo lugar entre as empresas com mais processos no TST (7.009), perdendo apenas para a Petrobras (7.974), um pouco acima de Bradesco (6.675), Correios (6.487) e Caixa Econômica Federal (6.435).

Fonte: Rede Brasil Atual

Financiários e financiárias de todo o Brasil aprovaram a pauta de reivindicações da categoria para a Campanha Nacional 2022, em assembleias online, realizadas até a última segunda-feira (30).

As prioridades dos trabalhadores foram levantadas pela Consulta Nacional, realizada até a última sexta-feira (27), pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e demais entidades de representação sindical. As respostas da consulta foram compiladas e somadas aos pontos que foram debatidos e aprovados em encontro remoto do Coletivo de Financiários, realizado por plataforma eletrônica, no dia 18 de maio, para dar encaminhamento ao início da Campanha Salarial dos Financiários.

“A regulamentação do teletrabalho é uma das prioridades da campanha nesse ano, além de temas relacionados às consequências da pandemia pelo covid-19″, revelou o coordenador do Coletivo dos Financiários da Contraf-CUT, Jair Alves.

“A categoria precisa estar unida para que a gente consiga manter os direitos já estabelecidos na CCT e mostrar força para buscarmos novas conquistas, como a regulamentação do teletrabalho”, afirmou o coordenador do coletivo dos financiários.

Outro destaque da pauta de reivindicações é a proposta de reajuste dos salários, benefícios e demais cláusulas econômicas, com o INPC + 5% de aumento real.

Com a aprovação, a minuta foi entregue à Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) e os trabalhadores aguardam retorno do calendário para agendamento das reuniões de negociações para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o período de 1º de junho de 2022 a 31 de maio de 2024. “A categoria precisa estar unida para que a gente consiga manter os direitos já estabelecidos na CCT e mostrar força para buscarmos novas conquistas, como a regulamentação do teletrabalho”, completou o coordenador do coletivo dos financiários.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Banco Mercantil do Brasil (BMB), e os sindicatos afiliados denunciaram, na terça-feira (31), diversos casos de assédio moral e cobrança excessivas de metas contra os funcionários, praticados pela Superintendência Comercial do banco.

De acordo com os relatos, os funcionários do Mercantil do Brasil estão sendo ameaçados de demissão sumária por uma Superintendente Comercial, caso não cumpram as pesadas metas impostas. “A alta rotatividade no Mercantil do Brasil, em torno de 24% ao ano, atesta que o banco se utiliza dessa estratégia para pressionar e amedrontar os funcionários”, observou o coordenador da COE/Mercantil do Brasil, Marco Aurélio Alves.

Marco Aurélio disse que também são utilizadas “temidas” videoconferências como máquinas de tortura contra os trabalhadores, que são cobrados ostensivamente durante todo o horário de atendimento para vender ou empurrar produtos aos aposentados. “A violência psicológica chegou a tal ponto, que algumas ameaças eram de que o expediente nas agências somente seria encerrado após o cumprimento integral das metas e os funcionários com as piores performances do mês seriam expostos junto aos demais colegas”, relatou o coordenador da COE/Mercantil do Brasil, ao lembrar esta última ameaça viola a cláusula 39ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, que proíbe a exposição de funcionários.

Segundo Marco Aurélio, esse ato de covardia reflete o descaso e a incoerência da empresa, que faz marketing sobre compromisso social, mas demonstra frieza ao permitir o assédio moral contra seus funcionários e a impor essa taxa absurda de rotatividade para ameaçar constantemente os bancários. “São situações degradantes, que só trazem sofrimento e medo aos funcionários, que são o maior patrimônio da empresa. Por isso, vamos cobrar a solução do problema e exigir que os mesmos não se repitam”, afirmou.

     >>>>> Funcionários do Mercantil aprovam pauta de reivindicações e plano de luta

Fonte: Contraf-CUT, com Seeb/BH e Região

Itaú UnibancoBradesco e Santander, os três maiores bancos privados do país, lucraram R$ 18,1 bilhões no primeiro trimestre de 2022. Somados aos R$ 6,6 bilhões do Banco do Brasil – que é público, mas de capital aberto –, vai a R$ 24,7 bilhões o lucro dos principais bancos do país no período. No entanto, as quatro instituições financeiras, juntas, fecharam 1.007 agências entre março de 2021 e março deste ano. Os bancos apostam no atendimento virtual, principalmente pelo celular. Mas o resultado é a piora do atendimento aos clientes nas agências.

“Só durante a pandemia, foram 353 agências. São muitas agências fechadas, principalmente onde mais precisa. Ou seja, nas periferias. Hoje tem bairros de São Paulo em que as pessoas têm que andar às vezes 10 quilômetros, pegar uma condução, para achar uma agência bancária”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva.

Em entrevista a Heródoto Barbeiro, no programa Nova Manhã, da rádio Nova Brasil FM, Ivone ressaltou que os mais pobres e os idosos são os que mais sofrem com o fechamento das agências. Os primeiros, porque às vezes falta dinheiro para pagar a internet do celular, ou não têm um aparelho compatível com o aplicativo do banco. Já os aposentados, seja pela dificuldade com a tecnologia ou por hábito, querem acompanhar de perto, nas agências, a sua vida financeira.

“E muitas vezes eles chegam lá, e não tem ninguém para atendê-los. Antes não tinha mais o caixa físico. Hoje estão sumindo das agências até os caixas eletrônicos. Você chega na agência e a fila dos caixas eletrônicos é enorme. Um total desrespeito à população”, disse ela. 

Reclamações

Reportagem de Giuliana Saringer, no portal UOL, mostra que, somente neste, ano o Procon-SP registrou 69 reclamações pela demora nas filas nas agências. Para efeito de comparação, em 2020, foram 24 reclamações, ainda que a ida aos bancos estivesse mais restrita, em função da gravidade da pandemia naquele momento. A publicação também traz depoimentos de clientes do Bradesco que relatam que passaram horas nas filas das agências, cheias por conta do fechamento de outras unidades próximas.

Demissões

Além da piora no atendimento, outra consequência do fechamento das agências é o aumento das demissões. Na última sexta-feira (27) o Sindicato dos Bancários realizou um protesto no Radar, concentração bancária do Santander localizada em Santo Amaro, contra o processo de terceirização e demissões promovidas pelo banco espanhol. Desde o início do ano, já são cerca de 200 demissões, sem reposição do quadro de funcionários.

Roberto Paulino, dirigente do sindicato e bancário do Santander, destacou que a terceirização é uma forma do banco reduzir despesas às custas dos direitos e da remuneração dos seus funcionários. Ele lembrou que o banco espanhol retira do Brasil quase 30% do seu lucro global, e cobrou responsabilidade social com o país.

“Isso significa gerar empregos decentes, e não precarizar relações de trabalho e demitir trabalhadores, contribuindo para aumentar o já enorme índice de desemprego. Cobramos do banco o fim das demissões, a realocação dos trabalhadores impactados e que interrompa o processo de terceirização”.

No mesmo dia, o sindicato também se reuniu com a direção do Itaú para tratar do fechamentos das agências e da demissão indevida dos trabalhadores. Estão sendo demitidos principalmente trabalhadores com histórico de adoecimento e idade próxima aos 50 anos. O banco alega que a maior parte não teria cumprido as metas de desemprenho nos últimos anos, apesar dos lucros bilionários.

“Não basta o Itaú pregar que ‘muda o mundo’ em suas propagandas e, por outro lado, demitir trabalhadores adoecidos ou com mais tempo de banco. Isso é desumano, e com certeza muda o mundo pra pior”, critica Sérgio Francisco, dirigente do sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Fonte: Rede Brasil Atual com informações do SPBancários

O projeto Brigadas Digitais nasce do protagonismo da CUT em dialogar com a população diante de um Brasil desigual, com comida cara, contas altas e fome alastrada nos mais distintos rincões e periferias.

Nasce também com objetivo de combater uma série de mentiras ditas por Jair Bolsonaro (PL), desde o dia de sua posse como presidente. Para se ter uma ideia, até 27 de maio, segundo levantamento do site ‘Aos Fatos’, o presidente da República já soma 5.457 declarações falsas ou distorcidas, em 1.242 dias à frente do país.

Esse conjunto de situações levou à formatação do projeto das Brigadas Digitais, para enfrentar toda e qualquer ameaça à democracia e à liberdade, com informações precisas, verdadeiras, de qualidade e apuração séria.

O projeto foi pensado em três etapas:

1) a formação de formadores em comunicação popular digital;

2) a formação de organizadores de brigadas; 

3) a organização das Brigadas Digitais das CUT.

Como detalha o site do projeto (clique aqui), cada uma dessas etapas consiste em ter um público e uma jornada de formação para “ocupar o mundo digital e as redes sociais de maneira articulada e organizada para lutar pelos direitos da classe trabalhadora e derrotar a extrema direita e o bolsonarismo”.

No site é possível encontrar como participar, assim como materiais formativos já disponíveis.

O balanço desse final de maio de 2022 é que o projeto nacionalmente já construiu uma rede de 11 mil brigadistas interessados em se aperfeiçoar cada vez mais, em serem formadores, em organizarem mais brigadas pelo Brasil afora, acreditando que é mais do que urgente transformar o Brasil.


Belmiro Moreira é secretário de comunicação da CUT-SP