Julho 18, 2025
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O Banco do Brasil obteve lucro líquido ajustado de R$ 3,39 bilhões no primeiro trimestre de 2020, queda de 20,1% em relação ao primeiro trimestre de 2019. A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido – RPSL) do banco em 12 meses ficou em 10,5%.

Segundo o banco, se destacam no resultado o aumento de 32,9% das provisões para devedores duvidosos (PDD), especialmente no setor de crédito para pessoa física, e o crescimento da margem financeira bruta (+9,90% nos últimos 12 meses).

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceram 4% em um ano, alcançando R$ 7,06 bilhões, enquanto, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, caíram 1,46% no mesmo período, totalizando R$ 5,67 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 124,48% nos três primeiros meses de 2020, um crescimento de 5,55 pontos percentuais com relação ao 1º trimestre de 2019.

Tarifas X qualidade de atendimento

Ao final de março, o BB contava com 92.757 funcionários, com fechamento de 3.810 postos de trabalho em 12 meses. Desde o 1º trimestre de 2019 foram fechadas 348 agências e 27 postos de atendimento bancário.

“Ao aumentar suas arrecadações com tarifas e prestação de serviços o banco age como um banco privado e prejudica seus clientes. Além disso, não dá a devida contrapartida, pois reduz o número de funcionários e de agências, afetando a qualidade do atendimento”, observou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Mais do que arrecadar, um banco público deveria estar preocupado em atender bem o público, aumentar a bancarização da população e permitir que todos tenham acesso aos serviços bancários”, completou Fukunaga.

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do Banco Central, aponta que 42% dos municípios do país não possuem nenhuma agência bancária. Em alguns estados a situação é extremamente crítica, como em Roraima, onde dos 15 municípios, apenas quatro conta com agências bancárias. Em três deles existem apenas agências de bancos públicos. Bancos privados, apenas na capital. “As pessoas precisam se deslocar por longas distâncias, irem para outras cidades para poder contar com os serviços de um banco. Imagina você viagem diversas horas para encontrar um banco e, quando encontra precisa enfrentar longas filas. Isso é um absurdo!”, disse indignado o coordenador da CEBB.

Crédito

A carteira de crédito ampliada teve crescimento de 5,81% em doze meses, totalizando R$ 725,13 bilhões. Em relação ao trimestre anterior houve crescimento de 6,52%. O crédito para Pessoa Jurídica teve crescimento de 5,9% em relação ao início de 2019, totalizando R$ 272,95 bilhões, com crescimento significativo nas linhas de crédito para governos (+19%) e nas linhas de financiamento para Micro, Pequenas e Médias Empresas (alta de 12% no período). As linhas de financiamento para grandes empresas encolheram em 3% nos últimos 12 meses.

O crédito para Pessoa Física cresceu 9% em doze meses, totalizando R$ 218,4 bilhões e com destaques para os empréstimos pessoais (+36%), o crédito renegociado (+19,9%) e o crédito consignado (+16,2%), as linhas de financiamento a veículos caíram 10,5% em doze meses enquanto o cheque especial caiu 7,5% no período.

A carteira do Agronegócio (que representa 55,2% do segmento no país) caiu 1,5% em doze meses, com alta de 1,4% em relação ao fim de 2019, chegando a R$181,88 bilhões. As despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) subiram 32,9% no período, totalizando cerca de R$ 6,6 bilhões. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 3,17%, um crescimento de 0,55 pontos percentuais na comparação com março de 2019, mas ainda inferior à inadimplência do Sistema Financeiro Nacional (3,2%).

Veja abaixo a tabela resumo do balanço do BB, elaborada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ou, se preferir, leia o documento na íntegra.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) enviaram ofício, no final da noite desta quinta-feira (7), à direção da Caixa para requerer a suspensão da abertura extraordinária e funcionamento das agências da Caixa aos sábados.

A reivindicação é justificada pelas informações divulgadas pelo próprio banco público, de que houve redução de filas nas agências, o que reforça que abertura aos sábados não se faz mais necessária. “A diminuição nas filas é fruto do trabalho heróico dos empregados”, lembrou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com a Caixa.

Fabiana lembra que, ao estabelecer o trabalho aos sábados, a Caixa provoca mais desgastes aos trabalhadores que já tiveram uma semana de jornada extenuante e excessiva e que gerou esgotamento físico, mental e emocional para efetuar o pagamento para mais de 50 milhões de brasileiros que aguardavam o auxílio emergencial. “reivindicamos a suspensão do trabalho no sábado para que os empregados possam gozar do final de semana e de seus familiares recompondo-se para a próxima semana de trabalho.”

Fonte: Contraf-CUT

Bancárias e bancários do Banco Santander poderão participar da assembleia que o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense realizará e que será feita de forma virtual. Para participar, será necessário estar munido de matrícula funcional, CPF e data de nascimento.

A assembleia tratará da deliberação acerca da aprovação dos seguintes instrumentos coletivos: Acordo Coletivo de Trabalho com cláusulas gerais e Termos de Compromisso anexos I, II e III, com vigência de 01/09/2020 a 31/08/2022; Acordo Coletivo de Trabalho para estabelecer o programa próprio intitulado Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS) com vigência de 01/01/2020 a 31/12/2021 que, inclusive, trata da autorização do desconto a ser efetuado em função da negociação coletiva realizada e Termo de Ratificação ao mesmo.

A votação será nos dias 13 e 14 de maio (13/05 e 14/05) das 8 horas às 18 horas pelo link: https://bancarios.votabem.com.br/

Este link estará disponível em nosso site durante os dias de votação.

CONQUISTA

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander se reuniu por videoconferência com o banco no dia 27 de abril, e conquistou a renovação, por dois anos, da íntegra do acordo aditivo (Acordo Coletivo de Trabalho – CCT) à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Também ficou estabelecida a renovação do acordo do Programa Próprio de Resultados Santander (PPRS), reajustado pelo mesmo índice que for definido na Campanha Nacional dos Bancários.

 

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) recebeu denúncias de que estão havendo cobranças descabidas aos empregados da Caixa Econômica Federal. “Nem em meio a mais grave crise mundial da história recente, a Caixa abandona uma das suas práticas mais cruéis: o assédio moral”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE)da Caixa, Dionísio Reis.

Para ele, a Caixa ultrapassou todos os limites. “Esta prática é muito grave, ainda mais num momento como o que vivemos, no qual todas as pessoas estão com o seu estado emocional abalado. Mesmo assim, os empregados não abandonam a linha de frente em prol do atendimento da população. Entretanto, alguns gestores os pressionam a trabalharem de forma desumana e expõem suas saúdes aos mais diversos riscos”, ressaltou o coordenador da CEE/Caixa.

Gerentes gerais do banco público estão sendo convocados a chegarem às 7h nas agências de todo o país. A convocação pede que os trabalhadores façam a triagem da fila e permitam a ocupação de 50% dos assentos das agências por clientes. Além disso, os trabalhadores devem tirar fotos de hora em hora da unidade para mostrar que não existe fila nas portas e enviar para a Superintendência Executiva de Varejo (SEV). “As denúncias foram comprovadas, já que a cobrança foi feita por ligações ou mensagens de aplicativo e foram gravadas. Ao invés de valorizar o esforço dos empregados, a Caixa os trata com desrespeito.”

Melhores condições de trabalho

As entidades que representam os bancários reivindicam, desde o início da pandemia, melhores condições de trabalho para preservar a saúde e a vida dos empregados e da população que precisa da Caixa. Entre as cobranças para aliviar as filas e aglomerações nas agências estão a descentralização do pagamento do auxílio emergencial, uma campanha para informar a população corretamente sobre o benefício e o atendimento telefônico. “Infelizmente nenhum desses pedidos foi atendido. A consequência é o que estamos vendo em todas as cidades, essa aglomeração na porta da Caixa”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e secretário de Finanças da Contraf-CUT, Sérgio Takemoto.

Grupos de risco e rodízio

A Contraf-CUT e a CEE/ Caixa também têm recebido denúncias de convocação de retorno ao trabalho de empregados dos grupos de risco. Por isso, orienta que os grupos de risco não podem voltar para as unidades. A Caixa garante também que o rodízio está mantido.

Denuncie

Os empregados que sofrerem assédio moral devem procurar o sindicato de suas bases para denunciar. É importante também a coleta de provas dessas práticas ilegais, como a gravação das ligações – ligando a filmadora enquanto atende – e das mensagens e o registro das jornadas de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco Santander se reuniu por videoconferência nesta quinta-feira (7) para avaliar e definir ações de enfrentamento às iniciativas do banco, que contrariam orientações do Ministério da Saúde, governadores e prefeitos e colocam em risco a vida de seus funcionários, clientes e da sociedade como um todo.

Segundo os representantes dos trabalhadores, o banco deixou de fazer a sanitização das unidades onde foram confirmados casos de covid-19 e se prepara para romper o isolamento social e retomar as atividades normais, em um momento em que as autoridades destacam a necessidade de paralisação total das atividades em diversos locais do país.

“Estas questões serão debatidas no comitê de crise formado pelo Comando Nacional dos Bancários e pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, disse a coordenadora COE do Santander, Maria Rosani.

Contrassenso

Para a COE, é um contrassenso o banco espanhol adotar medidas que podem levar funcionários e clientes ao adoecimento e contribuir para o aumento dos casos em toda a sociedade logo depois de anunciar o lucro de R$ 3,85 bilhões nos três primeiros meses do ano, com crescimento de 10,5% em relação ao mesmo período de 2019 e uma rentabilidade de 22,3%. Em 2019, o banco já havia apresentado lucro recorde de R$ 14,550 bilhões, crescimento de 17,4%, em relação ao ano anterior.

Os dirigentes sindicais destacaram que, retomar as atividades normais e chamar os clientes para as agências bancárias pode levar à repetição no Brasil de erros cometidos a Europa, que levaram ao colapso do sistema de saúde em diversos países do continente.

Representantes sindicais de diversas regiões do país disseram que diretores de rede de todo o país distribuíram vídeos, com texto enviado pelo banco, dizendo que praticamente 100% das agências estão abertas e orientando que os funcionários distribuíssem os vídeos aos clientes.

Procedimentos de sanitização

Os procedimentos a serem realizados nas agências e em outros locais de trabalho onde houve casos confirmados de covid-19, para garantir a segurança e a saúde dos funcionários, clientes e da população é fechar a agência, realizar a sanitização e afastar todos os funcionários que tiveram contato com a pessoa que foi contagiada para observar se mais alguém foi contagiado e, desta maneira, evitar que estas pessoas contagiem outras.

Para os representantes dos empregados do Santander, flexibilizar as medidas de segurança em um momento que se discute a implantação do lockdonw em diversos pontos do país é uma grande irresponsabilidade. Mostra que o banco está preocupado com o lucro do que com a vida de seus funcionários e clientes.

Fúria espanhola

Os dirigentes sindicais disseram, ainda que, tanto as medidas adotadas pelo Santander, quanto os vídeos dos diretores de rede, seguem a linha ditada pelo presidente do Santander no país, Sérgio Rial.

Segundo os relatos, em videoconferência com funcionários, Rial cobrou o cumprimento de metas e ameaçou demissões caso as mesmas não sejam cumpridas, dizendo, inclusive, que aqueles que pensam diferente e não colaboram prestam um desserviço ao banco e contribuem para um baixo nível de produtividade.

Na mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários a Fenaban, os bancos haviam se comprometido a amenizar as cobranças de metas durante o período da pandemia causada pelo novo coronavírus.

Rial teria afirmado, também, que o banco vai se aproveitar da experiência de home office e do aumento da digitalização bancária ocorridos durante a pandemia para manter esse tipo de atuação e serviço depois que a crise passar.

Fonte: Contraf-CUT

A Chapa 1 – Previ para o associado, que é apoiada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), pelos sindicatos e federações e por associações de funcionários, lembra que a votação para a escolha de membros eleitos do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal, da Diretoria de Seguridade; do Conselho Consultivo do Plano 1; e Conselho Consultivo do Previ Futuro foi adiada em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus.

A Chapa 1 – Previ para o associado acredita que o mais importante neste momento é resguardar a saúde e a vida dos associados, tanto da ativa quanto aposentados. Agindo desta forma, resguardamos a vida e, assim, contribuímos para a manutenção da solidez da Previ. Agora e para o futuro.

O funcionalismo do BB sabe o que é agir com segurança. Faz mais de cem anos que eles começaram a construir sua aposentadoria, garantida graças ao modelo de gestão que impede o banco de mandar sozinho na Previ. E sabe que assim deve continuar.

Seja solidário. #FiqueEmCasa! E ajude a manter sua saúde e de outras pessoas.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense realizará uma assembleia virtual do Banco Itaú. Poderão participar as bancárias e bancários do banco, munidos de matrícula funcional, CPF e data de nascimento.

A assembleia em questão, visa deliberar sobre o prazo para compensação do banco de horas dos funcionários que estão afastados do local de trabalho sem realizar o home office, incluindo aqueles que fazem parte dos grupos de risco, e dos que estão em esquema de rodízio. A compensação será feita em 12 meses, a partir de janeiro de 2021.

A votação será nos dias 11 e 12 de maio (11/05 e 12/05) das 8 horas às 18 horas pelo link: https://bancarios.votabem.com.br/

Este link estará disponível em nosso site durante os dias de votação.

 

ENTENDA O CASO

O Banco Itaú atendeu a reivindicação do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão de Organização dos Empregados (COE) sobre o prazo para compensação do banco de horas dos funcionários que estão afastados do local de trabalho sem realizar o home office, incluindo aqueles que fazem parte dos grupos de risco, e dos que estão em esquema de rodízio. A compensação será feita em 12 meses, a partir de janeiro de 2021.

“Este era o único ponto que tinha ficado pendente na reunião anterior para que fosse possível a realização do acordo. Mas, a decisão cabe aos funcionários. Os sindicatos realizarão assembleias, com votação por um sistema eletrônico, para garantir a segurança e a saúde de todos”, explicou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE), do Itaú, Jair Alves, que é dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Na primeira reunião de negociação sobre o tema, o Itaú informou que existem atualmente 45 mil funcionários trabalhando em casa (home office) e 7 mil estão afastados sem atividade de home office. Isso representa 64% dos 81.691 empregados da holding, segundo dados do balanço social do banco de 2019. Além desses, outros 20 mil trabalham em esquema de rodízio.

Banco de horas

O dirigente da Contraf-CUT explicou que todos os dias de março e abril serão abonados. “Somente os dias parados a partir de maio entrarão na contagem das horas. Com isso, cerca de um mês e meio não entra na contagem de horas, Além disso, o banco também aceitou conceder um desconto de 10% sobre o total de horas a serem compensadas. Se o trabalhador tiver 1.000 horas a compensar, terá que compensar apenas 900”, informou.

Em caso de demissão sem justa causa, as horas não compensadas não serão descontadas do valor que o trabalhador tiver a receber.

Outra conquista, é que as horas trabalhadas aos sábados, domingos, feriados e horas noturna serão contadas como horas extras.

A pedido do movimento sindical, os funcionários de seis horas poderão ter 30 minutos de intervalo e não apenas 15. Além da possibilidade de caixas e gerentes atuarem na Central de Atendimento por 6 horas. Nesses casos, quem é de 8 horas trabalha só seis e não fica com horas em débito. O banco fornecerá treinamento e equipamento para o trabalho em home office.

Também entra no acordo

Os representantes dos trabalhadores também conseguiram que o banco registre no acordo todos os compromissos assumidos pelo banco nas mesas de negociações, tanto na específica quanto na mesa da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), como a não demissão durante todo o período que perdurar a pandemia causada pelo novo coronavírus.

 

 

 

 

 

Levantamento feito pelo Dieese aponta número crescente de negociações com base na Medida Provisória (MP) 936, mas em muitos casos as entidades sindicais têm conseguido condições melhores. Isso inclui, por exemplo, manutenção da renda líquida mensal dos trabalhadores, preservação de benefícios e garantia de manutenção da negociação coletiva.

Até agora, as negociações acompanhadas pelo Dieese abrangem em torno de 4,41 milhões de trabalhadores. Grande parte deles, ou 68,8%, se concentra na região Sudeste. Entre as várias medidas implementadas, estão normas de prevenção e higiene, afastamento de funcionários de grupos de risco, concessão de férias coletivas, redução de jornada com pagamento de forma escalonada e “reposição total do salário líquido mensal e/ou garantia do pagamento de piso mínimo”, garantia de estabilidade, preservação de benefícios, antecipação do 13º e garantia da presença sindical no processo.

Editada em 1º de abril, a MP 936 criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda. Trata de medidas que podem ser adotadas durante o período de estado de calamidade pública, decretado em 20 de março. Permite – via acordos individuais – suspensão dos contratos de trabalho, com redução proporcional de jornada e salários, prevendo pagamento de benefício emergencial.

Emergencial

Em 17 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou a MP constitucional, rejeitando liminar requerida em ação direeta de inconstitucionalidade. Os ministros ressaltaram o caráter emergencial das medidas.

O Dieese cita justamente a permissão de acordos individuais, questionada na ação, como um dos aspectos mais prejudiciais da medida provisória. O instituto lembra que o artigo 7º da Constituição veda redução salarial, a não ser que estabelecida por meio de convenção ou acordo coletivo.

O levantamento traz dados por unidade da federação e categoria profissional. Confira aqui a íntegra e ouça abaixo análise na Rádio Brasil Atual do diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Jr.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realiza, nesta quarta-feira (6), às 13h, mais uma transmissão ao vivo em sua página do Facebook. Desta vez, a live contará com a participação das duas coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, e Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

O tema do debate desta semana serão as propostas de acordos com os bancos Itaú e Santander e com o grupo BV (banco e financeira), as quais o Comando Nacional orientou a aprovação.

O acordo do Santander renova, por dois anos, os acordos específicos do banco, aditivos à Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, com melhorias conseguidas pelos trabalhadores e a possibilidade de melhorias em outros pontos que serão debatidos posteriormente, como a isenção de tarifas bancárias para os funcionários.

Nos acordos do Itaú e do grupo BV, os representantes dos trabalhadores garantiram a manutenção do emprego e da renda líquida e negociaram regras para férias e banco de horas. O acordo do banco Itaú inclui, ainda, todas as medidas tomadas pelo banco para resguardar a saúde dos seus funcionários e clientes, além do compromisso de não demissão de trabalhadores até o fim da pandemia.

Para tirar todas as dúvidas sobre os acordos, Juvandia e Ivone contarão com a colaboração de Gustavo Tabatinga Jr., secretário-geral da Contraf-CUT, que participou das negociações com o BV; Maria Rosani, coordenadora da COE Santander; Jair Alves, coordenador da COE Itaú; e Bárbara Vallejos, técnica da subseção do Dieese na Contraf-CUT. O debate será mediado pelo jornalista Rodrigo Zevzikovas.

Fonte: Contraf-CUT

O banco Itaú obteve um Lucro Líquido Recorrente de R$ 3,9 bilhões no 1º trimestre de 2020, queda de 43,1% em relação ao mesmo período de 2019 e de 46,4% no trimestre. A margem financeira com clientes recuou em função da menor receita com cheque especial, devido à mudança regulatória vigente desde o início do ano e à redução da taxa básica de juros. Diante disso, a rentabilidade (Retorno Recorrente sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado – ROE) caiu 10,8 pontos percentuais em doze meses, ficando em 12,8%. Se considerarmos apenas a operação no Brasil a rentabilidade ficou em 13%.

De acordo com o banco, o resultado reflete, dentre outros fatores, o impacto do custo de crédito no primeiro trimestre de 2020, que apresentou um aumento de 175,2% quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado, e do produto bancário, que caiu 3,5%.

“O banco destaca a queda de 43% no lucro, mas nós, não podemos deixar de observar que em três meses o lucro líquido já alcançou quase R$ 4 bi. As instituições financeiras no Brasil ganham como em qualquer outro lugar do mundo e, com os pacotes do governo que liberaram R$ 1,2 bilhões para que elas emprestem, vão continuar ganhando muito. Se existe um setor no país que não pode reclamar este é o setor financeiro”, destacou o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Jair Alves.

“Além disso, precisamos analisar os dados do balanço com mais cuidado, mas, numa primeira análise, não conseguimos entender como pode ter havido um crescimento de quase 83% nas despesas com captação de recursos com uma Selic tão baixa”, disse o representante dos empregados.

Segundo análise do balanço do banco feita pelo Departamento de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as despesas com captação de recursos saltou de R$ 13,3 bi no primeiro trimestre de 2019 para R$ 24,3 bi no mesmo período deste ano.

Encontramos, ainda outros grandes aumentos de despesas, como as que o banco informa ter tido com Empréstimos e Repasses, que saltou de R$ 2,073 bi para R$ 33,867 bi. Um aumento de 1.533,7%. “As despesas com empréstimos e repasses pode ter sido influenciadas pelo câmbio, mas as alegadas com captação de recursos é uma incógnita. Teremos que desvendar alguns mistérios no balanço apresentado pelo banco no início da noite desta segunda-feira”, afirmou.

Tarifas X salários

O representante dos empregados chama a atenção também sobre a relação entre a arrecadação com prestação de serviços e tarifas bancárias, que cresceu 9,8% em doze meses, e as despesas de pessoal que, por sua vez, caíram 0,9%.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias é um valor muito pequeno perto das obtidas pelo banco com as demais operações. Mesmo assim, elas alcançaram R$ 10,4 bilhões nos três primeiros meses de 2020. Apenas com este valor, o banco consegue pagar quase duas vezes (1,79) todas as despesas que o banco tem com seus funcionários, que somaram R$ 5,8 bilhões.

“É bom que fique claro, que o valor que o banco arrecada com serviços e tarifas é ínfimo perto do que ele obtém com outras operações. Mas, mesmo com esse valor ‘ínfimo’, ele paga quase duas vezes todas as despesas que tem com os funcionários. Salários, planos de saúde, auxílio educação, tudo”, destacou o coordenador da COE. “A conclusão óbvia é que o banco não tem do que reclamar”, completou.

Empregos

Em meados de junho de 2019, o banco lançou um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) que contou com a adesão de 3,5 funcionários. Ao final de março de 2020, a holding contava com 82.107 empregados no país. Em 12 meses foram fechados 4.097. A contribuição do banco para o aumento do desemprego no país seria ainda maior. Só caiu devido a criação, agora no primeiro trimestre de 2020, de 416 novos postos de trabalho com contratações para a área de TI e porque o banco atendeu a reivindicação do Comando Nacional dos Bancários  e assumiu o “compromisso de manutenção dos empregos durante a crise” causada pela pandemia de Covid-19.

Fechamento de agências

Em doze meses, houve uma redução de 10,5% no número de agências físicas do Itaú no país. Foram fechadas 371 agências físicas (duas no trimestre).

Para Jair, essa é uma questão bastante preocupante, uma vez que é cada vez maior o número de municípios sem agências bancárias. Já são 42% dos municípios nesta situação. “Num momento em que todo o país está assustado com os tamanhos das filas que se formam em frente às agências bancárias, principalmente da Caixa (Econômica Federal), mas também de outros bancos, a gente fica imaginando a situação de quem tem que se deslocar por muitos quilômetros, muitas hora para encontrar uma agência e, quando a encontra precisa enfrentar estas filas”, lamentou o coordenador da COE do Itaú.

Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que em alguns estados a situação é preocupante. Em Roraima, dos 15 municípios do estado, apenas quatro contam com agências bancárias. Em três deles existem apenas agências de bancos públicos. Bancos privados, apenas na capital.

Carteira de crédito

A Carteira de Crédito do banco cresceu 18,9% em doze meses e 8,9% no trimestre, atingindo R$ 769,2 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 10,4% em relação a março de 2019, chegando a R$ 237,0 bilhões, com destaque para crédito pessoal (+20,2%), veículos (+17,3%), crédito imobiliário (+10,0%) e cartão de crédito (+9,7%). As operações com pessoas jurídicas (PJ) no país somaram R$ 221,2 bilhões, com alta de 27,5% em doze meses. Veículos (+95,7%), Financiamento à importação/exportação (58,9%) e Capital de Giro (+25,9%) foram os destaques positivos no segmento. A carteira de crédito para a América Latina apresentou alta de 16,8% no período, totalizando R$ 181,5 bilhões. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, no país, subiu 0,1 ponto percentual, ficando em 3,1%. Mas, as despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) cresceram 161,5%, totalizando R$ 10,9 bilhões.

“Aqui temos mais algumas questões. Se o índice de inadimplência cresceu apenas 0,1 ponto percentual, o banco está jogando todo o estrondoso aumento da a provisão para devedores duvidosos nas costas da crise gerada pela pandemia que estamos vivendo”, questiona Jair. “São muito pontos a serem analisados com mais cuidado, mas todos eles teriam a capacidade de fazer com que o resultado deste primeiro semestre fosse ainda maior do que já foi”, concluiu o coordenador da COE do Itaú.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço, elaborada pelo Dieese, ou, se preferir, leia a análise na íntegra.

Fonte: Contraf-CUT