Maio 22, 2025
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A comissão mista que analisava a Medida Provisória (MP) 905, do contrato de trabalho “verde e amarelo”, aprovou na tarde desta terça-feira (17) o relatório do deputado Christino Aureo (PP-RJ), que agora segue para o plenário das duas Casas. Foi a única comissão que funcionou hoje, aumentando a “flexibilização” trabalhista em um momento de apelo por mais proteção social devido à crise do coronavírus. A oposição tentou, sem sucesso, suspender a tramitação.

“Enquanto o povo brasileiro está sofrendo com o descaso do governo em relação ao avanço do coronavírus no Brasil, a bancada governista traí os trabalhadores aprovando o relatório da MP 905 que retira ainda mais direitos básicos e destrói a dignidade de quem está desempregado e à procura de emprego”, disse Jeferson Meira, o Jefão, secretário de Relações do Trabalho da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Havia dois apelos à comissão mista. Um foi encaminhado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que usou a crise do coronavírus para pedir aprovação de uma infinidade de matérias, incluindo a MP 905. O outro pedido foi das centrais sindicais, que querem a suspensão de votações importantes enquanto durar a situação emergencial causada pela doença. Guedes foi atendido.

Dirigentes das centrais estão, inclusive, reunidos nesta tarde com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para entregar um documento e discutir medidas contra a crise, no sentido contrário ao do governo, com mais investimentos e proteção social. “A crise de uma pandemia expõe a fragilidade das medidas neoliberais adotadas pelo Brasil, com privatização dos serviços públicos, desregulamentação do trabalho e exclusão do Estado como garantidor dos direitos sociais. O plano apresentado pelo governo de Jair Bolsonaro, por intermédio do ministro da Economia, Paulo Guedes, vai na contramão das medidas adotadas pelos países mais afetados pelo coronavírus para combater a pandemia e proteger as economias locais”, afirmam.

O acesso à reunião foi restrito, de acordo com a Agência Senado. O presidente da comissão, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), limitou a entrada aos parlamentares, com apenas um assessor cada. Além disso, foram autorizados um consultor, servidores da secretaria do colegiado, um servidor operacional, um taquígrafo, um do serviço de áudio e mais um da TV Senado.

Bancos

O texto original da medida provisória permitia a abertura dos bancos aos sábados e o aumento da jornada dos bancários de seis para oito horas. O relator alterou o texto para permitir o trabalho nos bancos aos sábados, aos domingos e nos feriados em casos específicos, como atividades que envolvam automação bancária; teleatendimento; serviços por canais digitais; áreas de tecnologia, segurança e administração patrimonial; e atividades bancárias em locais como feiras, shopping centers, aeroportos e terminais de ônibus, trem e metrô.

A MP 905/2019 tentava revogar registros profissionais e desregulamentar várias profissões, como corretor de seguros, jornalista, radialista, publicitário e sociólogo, entre outros. O texto do relator mantém o registro das profissões citadas.

Sobre a jornada no relatório aprovado da MP 905 :

• Altera a jornada dos bancários de 7 às 22 horas para 7 às 21 horas, mantendo o texto
original da MP que estabelece como duração normal do trabalho 8 horas diárias e limita
a jornada de 6 horas diárias e 30 semanais exclusivamente para a função de caixa.
• Afasta exigência de acordo individual ou convenção coletiva para que jornada dos caixas
bancários possa ser superior a 6 horas, com limitação a 8 horas diárias.
• Aumenta para 40% o valor mínimo da gratificação de função para permitir que caixas
atuem mais de 6 horas diárias, sendo essa gratificação paga a título de 6a e 7a horas
trabalhadas.

Participação nos lucros

A MP pretendia determinar que as negociações para o pagamento de participação nos lucros aos trabalhadores poderiam ocorrer sem a participação do sindicato da categoria. Hoje a Lei 10.101, de 2000, diz que essa participação deve ser negociada em uma comissão paritária, com representantes de empregados e empregadores, além de um representante indicado pelo sindicato da categoria ou por meio de convenção ou acordo coletivo. O relatório do deputado Christino Áureo exige que a comissão paritária notifique o ente sindical para que este último indique representante no prazo máximo de sete dias. Se não houver indicação, a comissão poderá decidir sobre a participação nos lucros.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) assinaram, nesta quarta-feira (11), um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria que dá as diretrizes para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias, que também garante o apoio àquelas que forem vítimas.

Por reivindicação da categoria bancária, a proposta vinha sendo negociada desde março de 2019. Na reunião de negociação entre o Comando dos Bancários e a Fenaban, ocorrida em fevereiro de 2020, os bancos aceitaram a criação do programa.

Dados do relatório extraído do Sistema de Acompanhamento do Informações Sindicais do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2018 foram registrados 820 cláusulas que tratam o tema “violência contra a mulher”.

“Diariamente vemos os noticiários sobre a violência praticada contra as mulheres em suas próprias casas. As bancárias não estão imunes a este tipo de violência. Precisam faltar ao trabalho, perdem produtividade e muitas acabam sendo demitidas. Isso é punir quem é vítima!”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Esperamos que, com este acordo, no setor bancário não haja mais a punição às vítimas e as bancárias sejam acolhidas. E também que, nós, juntamente com os bancos, possamos criar políticas de trabalho que levem em conta a situação vivida por elas”, completou.

 

Pesquisas apontam que, no Brasil, mulheres vítimas de violência costumam se ausentar do trabalho, em média, por 18 dias . “A ausência de uma política interna para lidar com o problema da violência doméstica vivenciado por muitas mulheres no Brasil leva alguns gestores ao imobilismo ou ao tratamento inadequado da situação. Por isso, intervenções institucionais são necessárias para contribuir e minimizar o sofrimento psíquico da mulher vítima de violência”, disse a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Elaine Cutis.

A não obrigatoriedade do cumprimento de metas no período de risco, o abono às faltas, a garantia do emprego, atendimento psicológico e social são algumas das políticas que os trabalhadores e trabalhadoras esperam que sejam criadas pelos programas de prevenção e apoio às bancárias vítimas de violência doméstica.

Dados do Ministério da Saúde mostram que, no Brasil, a cada quatro minutos, uma mulher é agredida por um homem e sobrevive. Mas, muitas delas morrem. Segundo o Atlas da Violência de 2019, produzido pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 13 mulheres são assassinadas por dia no Brasil.

Papel dos sindicatos

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, destacou a necessidade e a importância de que os sindicatos também se integrem e contribuam para o sucesso do programa. “Do nosso lado também temos que buscar formação para mudarmos uma cultura que faz parte da sociedade na qual estamos incluídos”, disse. “Precisamos ter a capacidade de mostrar às bancárias que elas podem confiar neste programa e na garantia de que será mantido sigilo de todas as informações”, completou.

Evento

Antes da assinatura do acordo, ocorreu uma série de apresentações sobre temas correlatos. A apresentadora Rita von Hunty, do Canal Tempero Drag, falou sobre Masculinidade Tóxica. Adriana Carvalho, da ONU Mulheres, tratou do tema violência contra as mulheres. Mulheres dirigentes sindicais disseram “O que esperamos dos bancos” e o diretor de Políticas de Relações Trabalhistas e Sindicais da Fenaban falou sobre “Negociação social”.

 

Fonte: Contraf-CUT

Depois de cobrança do Comando Nacional dos bancários, a Caixa Econômica Federal encaminhou orientações aos empregados sobre o Coronavírus.

Com o cenário atual do país, no que se refere ao COVID-19 (Coronavírus), a direção do banco autoriza os gestores a incluir os empregados no Projeto Remoto (MN RH226) pelos prazos de 14 a 30 dias.

Até 14 dias de projeto remoto:

Empregados que regressaram de viagens em localidades com surto do COVID-19, ou que tiveram contato com pessoas que testaram positivo. No caso de empregados que apresentem sintomas da doença (tosse, febre ou dificuldade de respirar) devem ser orientados a buscar atendimento médico.

Até 30 dias de projeto remoto:

Grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde: gestantes e adultos com 60 anos ou mais.

A Caixa orienta também a aquisição de álcool gel e máscara para uso, conforme protocolo do Ministério da Saúde. As unidades poderão utilizar a verba de “pronto pagamento” na compra de máscara e álcool gel, observadas as orientações do Ministério da Saúde.

Ação de contenção – casos confirmados

Para as unidades com empregados ou terceirizados com o coronavírus confirmados, o gestor deverá: afastar o empregado ou prestador de serviço terceirizado; encaminhar mensagens à caixa postal GERET10 – Coronavírus; acionar GILOG de vinculação para reforço de limpeza e contatar os grupos multidisciplinares coordenado pela área de Pessoas (GERET10 – SUBER).

A direção do banco frisa que, no caso da Rede Varejo, a coordenação será da Superintendência Regional, com a participação da área de Pessoas, Logística e Jurídico.

O banco ainda encaminhou um FAQ com o protocolo de orientações divulgadas pelo Ministério da Saúde.

Para os empregados, o banco também encaminhou a mensagem abaixo.

Uma antiga reivindicação dos funcionários do Bradesco foi atendida nesta quinta-feira (12), quando o banco enviou um comunicado às agências para informar melhorias no Plano dental.

A reivindicação foi reapresentada pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco em reunião realizada no final de dezembro de 2018. Os representantes dos trabalhadores reivindicaram um calendário de reunião nas federações, com objetivo de solucionar os problemas com o Plano de Saúde e Dental. Eles destacaram que os funcionários têm plano inferior ao que é oferecido no mercado. Foi relatado problemas como a dificuldade do retorno profissional quanto ao credenciamento; redução dos serviços e da rede credenciada, a dificuldade de aprovação de alguns exames e o site desatualizado.

Na reunião seguinte, em março de 2019, o banco apresentou um calendário para reunião nas Federações, para conhecer as reivindicações de cada base.

Nestes encontros, realizados na sequência – como Rio de Janeiro e Santa Catarina, discutiu-se melhorias no plano odontológico e no Plano de saúde, com foco em resolver os problemas em cada município que compõe as bases das federações, onde o atendimento é precário.

“Reconhecemos que houve melhorias. Porém, ainda há muita coisa que precisa ser alterada, o que continuaremos pautando em nossas reuniões. Cobraremos também um retorno das soluções para cada federação”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

Entre as melhorias estão o aumento da tabela de reembolso para 2X; a redução da coparticipação de 50% para 30% nos procedimentos de prótese cobertos pelo plano contratado e a cobertura de documentação ortodôntica (com participação de 30%).

Fonte: Contraf-CUT

Representantes dos bancários e do Santander iniciaram os debates sobre a minuta de reivindicações para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos empregados na terça e na quarta-feira (3 e 4). Os trabalhadores querem que, além da renovação das cláusulas vigentes, haja avanços em alguns pontos, entre eles a isenção de tarifa e linhas de crédito com condições diferenciadas para os empregados do banco.

No dia 3 o banco havia apresentado uma proposta que prevê a renovação do atual acordo, alterando apenas o índice de correção do piso do Programa Próprio de Resultados Santander (PPRS), de acordo com o índice da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Os representantes dos trabalhadores recusaram a proposta do banco no momento de sua apresentação e deixaram claro que, além de renovar na íntegra o aditivo, é preciso avançar em alguns pontos.

“O banco tem condições de atender todas as reivindicações apresentadas. Estamos aguardando uma proposta que dialogue com os anseios dos trabalhadores”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o Santander, Mario Raia, lembrando que, no Brasil, o Santander obteve Lucro Líquido Gerencial de R$ 14,550 bilhões em 2019, crescimento de 17,4%, em relação a 2018, montante que representa 28% do lucro global do banco, que foi de € 8,252 bilhões (com crescimento de 3% em um ano).

Reivindicações

Entre as reivindicações, além da renovação da íntegra do atual acordo; da isenção total de tarifa de conta corrente; e linhas de crédito com taxas mais acessíveis para os funcionários do Santander, os trabalhadores reivindicam que sejam revistos os custos de coparticipação do plano de saúde; haja redistribuição da bolsa auxílio pós-graduação e MBA; e que o piso da PPRS seja de R$ 3.658,00, para equiparar o resultado do banco à participação paga aos empregados. “Entre 2015 a 2019, o lucro do banco cresceu 120%. No mesmo período, o piso da PPRS cresceu apenas 32%”, explicou o dirigente da Contraf-CUT.

Os trabalhadores também reivindicam que o banco pague não só a primeira prova do CPA20, mas também as outras que os funcionários tiverem que fazer, já que a certificação é uma exigência do banco.

As reivindicações foram definidas em consulta realizada aos bancários durante os meses de janeiro e fevereiro.

“Os funcionários do banco não pagam tarifas em nenhum dos países onde o banco está presente. Somente aqui no Brasil o banco cobra tarifas de seus funcionários”, observou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Maria Rosani.

Contraproposta do banco

O banco apresentou uma contraproposta que não atende as reivindicações dos trabalhadores. A proposta prevê a melhoria na redistribuição das bolsas de estudo sendo 1.000 bolsas para a primeira graduação, 1.400 bolsas para a segunda graduação e 100 bolsas para cursos de MBA.

Sobre a CPA20, a banco disponibilizará um simulador para os funcionários treinarem e estudarem antes de fazerem a prova e que marcará a prova do funcionário quando este atingir 80% de aproveitamento no simulador.

Para a PPRS, a proposta do banco é aumentar o piso dos R$ 2.660,00 atuais para 2.800,00. Para o ano 2020 e 2021 a PPRS seria reajustado pelo índice da CCT daquele ano.

Em relação à isenção de tarifas, o banco pediu 30 dias para apresentar uma proposta, mas não quer vincular a renovação do aditivo à essa pauta.

Diante da não aceitação da proposta pelos representantes dos trabalhadores, o banco alegou que não tinha mais como avançar na proposta e encerrou a mesa negociações.

“Valorizamos o processo de negociação e sabemos da importância deste acordo tanto para o banco quanto para os trabalhadores. Por isso, esperamos que nos seja apresentada uma proposta que atenda às reivindicações levantadas na consulta junto os funcionários do banco”, finalizou coordenadora da COE Santander.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil efetuou nesta quinta-feira (5) o pagamento da parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) referente ao segundo semestre de 2019.

O valor corresponde à soma do módulo Fenaban e do módulo BB. Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa a ser definida pelo banco, para cada semestre.

O módulo BB é formado por uma parcela constituída pela divisão entre os funcionários de 4% do lucro líquido verificado no semestre, mais uma parcela que varia conforme cumprimento do Acordo de Trabalho (ATB) ou Conexão.

PLR em risco

A parcela referente a este primeiro semestre de 2020 deve sofrer redução em decorrência do processo de reestruturação do banco, o Performa. “A PLR é calculada com base no salário paradigma, que estão sendo reduzidos no processo de reestruturação.Isso afeta as gratificações recebidas mensalmente pelos funcionários e também a PLR”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. O coordenador da CEBB disse ainda que a intenção do banco é empurrar os valores a serem pagos de PLR para a remuneração variável. “Isso é prejudicial ao trabalhador, que fica à mercê da decisão exclusiva do banco. Por isso, defendemos a manutenção da PLR como remuneração fixa”, completou.

 

Fonte: Contraf-CUT

A votação do projeto de lei de conversão da Medida Provisória (MP) 905 foi novamente adiada, desta vez para a próxima terça-feira (10), às 13h. Estava marcada para hoje, mas o relator, deputado Christino Aureo (PP-RJ), apresentou uma complementação de voto, alterando alguns itens de seu parecer. Na reunião da comissão mista formada para debater a 905, ele explicou as mudanças e afirmou que a MP “não tem motivação de substituição de mão de obra”.

“Essa medida olha para o cotidiano”, afirmou Aureo, ao lembrar que os jovens são os mais atingidos pelo desemprego. A MP 905, que recebeu mais de 1.900 emendas, cria o chamado “contrato de trabalho verde e amarelo”, reduzindo direitos para tentar estimular a contratação de jovens de 18 a 29 anos. O relator ampliou o público para trabalhadores com mais de 55 anos, e por isso aumentou de 20% para 25% o percentual de possíveis contratados, em uma empresa, dentro dessa modalidade. A expansão percentual “visa acomodar o incremento da faixa 55+”, justificou.

Entre as mudanças, a cobrança previdenciária para quem recebe seguro-desemprego passa a ser opcional. “Não entendemos como cabível colocar compulsoriamente”, disse o relator. Ficam mantidas as reduções da alíquota do FGTS (de 8% para 2%) e da multa na demissão (de 40% para 20%). A medida possibilita trabalho aos domingos e feriados em várias situações. Confira aqui o relatório que será votado na semana que vem. O presidente do colegiado, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), justificou o adiamento afirmando que “o acordo, o diálogo, é melhor que o enfrentamento”.

Presente à sessão, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, comparou a proposta ao trabalho escravo. “A MP, na verdade, é o desmonte de todos os direitos da classe trabalhadora, que conquistamos ao longo de 100 anos. Queremos emprego, mas emprego de qualidade, bem remunerado”, afirmou, lembrando do ato do próximo dia 18, com centrais sindicais e movimentos sociais, por direitos e democracia.

Fonte: Rede Brasil Atual

No mesmo dia que anunciou um lucro de R$ 18,162 bilhões em 2019, o Banco do Brasil anunciou que a parcela da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) referente ao segundo semestre de 2019 será paga aos funcionários no dia 5 de março.

O Banco do Brasil tem uma regra específica para pagamento da PLR. O valor é soma do módulo Fenaban e do módulo BB. Pelo módulo Fenaban, o funcionário recebe 45% do salário paradigma definido no acordo, acrescido de parcela fixa a ser definida pelo banco, para cada semestre.

O módulo BB é formado por uma parcela constituída pela divisão entre os funcionários de 4% do lucro líquido verificado no semestre, mais uma parcela que varia conforme cumprimento do Acordo de Trabalho (ATB) ou Conexão.

PLR em risco

Os ganhos dos funcionários com a PLR podem ser reduzidos a partir deste semestre por causa do processo de reestruturação do banco. “A PLR é baseada no valor de referência (VR) da gratificação paga aos funcionários. As mudanças anunciadas pelo banco reduzem o VR e, com isso, a PLR também pode ser reduzida”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “O banco cada vez mais quer empurrar os valores a serem pagos de PLR para a remuneração variável. Isso é prejudicial ao trabalhador, que fica à mercê da decisão exclusiva do banco. Por isso, defendemos a manutenção da PLR coo remuneração fixa”, completou.

O Banco do Brasil anunciou, no início de fevereiro, uma série de medidas que vai alterar a forma de remuneração na instituição. “Analisamos os principais pontos da proposta e vimos que apenas os altos executivos que ocupam cargos indicados pelo governo podem ser beneficiados pelas medidas. Os demais vão ter perdas”, concluiu o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT

Centrais sindicais e movimentos sociais se preparam para atos pelo país no próximo dia 18, que originalmente seriam em defesa da educação, mas ganharam outro significado após declarações de Jair Bolsonaro que, segundo os dirigentes, atacam a democracia. “O país está atônito”, disse o presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Miguel Torres, que recebeu na manhã desta terça-feira (3) o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). Para Miguel, é preciso buscar “pensamentos que unifiquem a nação”. Havia no evento de hoje sindicalistas filiados a diversos partidos, como PT, PDT, PCdoB, PPL e SD, entre outros.

Segundo Miguel, a população “não tem perspectiva de melhora”, com o país enfrentando aumento da informalidade e “coisas que vão além da legalidade”. É preciso retomar políticas públicas, como a de valorização do salário mínimo, defendeu o dirigente. Quase ao final do encontro, representantes de seis centrais entregaram a Flávio Dino documento com a chamada “agenda prioritária” para a retomada do desenvolvimento. O texto de consenso com propostas para o país foi aprovado originalmente em 2010 e teve atualizações desde então.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que Bolsonaro deixou claro que seu projeto é “autoritário” ao participar da convocação de um ato com manifestações favoráveis ao fechamento do Congresso e do Supremo Trabalho Federal. “A classe trabalhadora só avança no ambiente da democracia. Dia 18 temos uma missão importante, que é parar este país. A democracia veio para ficar no Brasil.”

Retrocesso civilizatório

O país vive hoje um “profundo retrocesso civilizatório”, avalia o presidente da CTB, Adilson Araújo, enquanto os movimentos sociais “perderam a narrativa” e precisam reagir, intensificando o debate político e valorizando os sindicatos, que representam a principal resistência contra o governo e por isso são atacados. No atual cenário, a desigualdade vai aumentar, previu Adilson, lembrando ainda dos efeitos negativos da “reforma” da Previdência. “Muita gente vai morrer e não vai encontrar caixa eletrônico no céu.”

Para o presidente da CSB, Antonio Neto, o movimento sindical passa por um período de “letargia”, enquanto a direita “perdeu a vergonha”. Ele também fez referência à divulgação de um vídeo por Bolsonaro sobre o ato do dia 15, pró governo. “Soltar aquele vídeo e depois desmentir, mentindo, é uma pouca vergonha”, afirmou. Com a tendência de desindustrialização do país, ironizou, a CNI, entidade patronal, vai passar a se chamar “Confederação Nacional dos Importadores”.

Já o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira, afirmou que Bolsonaro só agride jornalistas nas entrevistas porque não tem o que responder. Ele também defendeu a formação de uma frente efetivamente ampla. “Todos aqueles que não querem a ditadura, que não querem fascismo, que defendem a democracia, têm de ser recebidos.” E se manifestou contra a ideia de deixar o presidente da República “sangrar”, se enfraquecendo: “Quem está sangrando é o povo, o trabalhador”.

Líder da Nova Central em São Paulo, Luiz Gonçalves, o Luizinho, identifica “possibilidade real” de derrubar não só o governo, mas o projeto que ele representa. “É possível dar uma virada na situação política. Não é porque o cara tirou todos os nossos recursos financeiros que vamos parar de lutar.”

Fonte: Rede Brasil Atual