Maio 21, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

O Banco do Brasil obteve lucro líquido contábil de R$ 18,16 bilhões em 2019, segundo análise do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no relatório de balanço apresentado pelo banco. O montante representa um crescimento de 41,2% na comparação com 2018, quando a instituição lucrou R$ 12,86 bilhões.

Se considerarmos os dados apenas do 4º trimestre, o lucro líquido foi de R$ 5,69 bilhões, alta de 33,8% na comparação com o trimestre anterior e de 49,7% ante os últimos 3 meses de 2018, quando o lucro foi de R$ 4,25 bilhões.

“O Banco do Brasil é uma empresa altamente rentável. Além de promover uma política de fomento ao desenvolvimento agrário e à produção de alimentos, o que por si só já contribui para a economia do país como um todo, abastece o Tesouro Nacional com recursos que são utilizados pelo governo para a realização de outras políticas governamentais”, observou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Mesmo com o grande lucro e rentabilidade, o governo está vendendo partes do banco e promovendo uma reestruturação que pode prejudicar a capacidade de atendimento às demandas da população e a realização de diversas políticas sociais. Isso é uma privatização disfarçada”, criticou.

“Segredo” do resultado

O resultado foi impulsionado pelo aumento da margem financeira bruta e pelas receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias, que cresceram 6,5% em um ano, alcançando R$ 29,2 bilhões, enquanto, as despesas com pessoal, incluindo o pagamento da PLR, cresceram 13,6% no mesmo período, totalizando a R$ 25,6 bilhões. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 114,06% em dezembro de 2019.

O banco também tem promovido constantes “reestruturações”, com demissões de pessoal, descomissionamento, redução das remunerações e alteração do plano de carreira entre outros.

Ao final de 2019, o banco contava com 93.190 funcionários, uma redução de 3.699 postos de trabalho no ano. Essa redução do quadro se deve ao Programa de Adequação de Quadros (PAQ), anunciado ao final de julho de 2019, e que, de acordo com o relatório do banco, resultou no desligamento de 2.367 funcionários, gerando uma despesa de R$ 250 milhões. No período, também em função do PAQ, foram fechadas 366 agências e aberto 1 posto de atendimento bancário.

Os funcionários têm se manifestado contra as reestruturações promovidas pelo banco. Na quarta-feira (12), sindicatos de todo o país realizaram um Dia Nacional de Luta contra as reestruturações em andamento. Além das atividades nas agências e departamentos administrativos de todo o país, a Contraf-CUT, através do secretário de Relações do Trabalho, Jefão Meira, foi ao Congresso Nacional para solicitar apoio dos parlamentares na denúncia do desmonte do BB. Na própria quarta-feira, o deputado Paulo Pimenta (PT/RS) atendeu o pedido e denunciou a privatização disfarçada do banco e declarou seu apoio à luta dos trabalhadores.

Acionistas lucram alto

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL), que mede como o banco remunera seus acionistas, cresceu para 18,8% em 2019, alta 3,7 pontos percentuais na comparação com 2018.

O Conselho de Administração do banco aprovou para o exercício de 2020 a manutenção do intervalo de 30% a 40% do lucro líquido a ser distribuído (payout), via dividendos e/ou juros sobre o capital próprio (JCP) aos acionistas.

Carteira de crédito cai 2,6%

O Banco do Brasil fechou o ano com uma carteira de crédito de R$ 680,7 bilhões, queda de 2,6% na comparação com 2018. Segundo o banco, a “a redução pode ser explicada principalmente pela dinâmica da carteira atacado, onde tem se observado uma migração para mercado de capitais”.

“A verdade é que a queda na carteira reflete a política do governo, de redução da capacidade de fomento dos bancos públicos. Essa política abre espaço para que os bancos privados avancem sobre o mercado de crédito, antes dominado pela esfera pública”, afirmou Fukunaga. “O problema é que os privados não têm a mesma política de fomento dos bancos públicos. Os privados concentram os créditos na região Sudeste e oferecem crédito para quem já tem dinheiro. Isso aumenta a concentração de renda e do mercado e aumenta as desigualdades regionais”, observou.

O crédito para Pessoa Jurídica teve queda de 10,9% em relação a dezembro de 2018, totalizando R$ 247,1 bilhões, com redução maior nas linhas para Grandes Empresas (-7,6%) e Governo (-0,7%). O destaque positivo no segmento PJ ocorreu nas linhas de financiamento para Micro, Pequenas e Médias Empresas (alta de 8,5% no período). O crédito para Pessoa Física cresceu 8,9% em doze meses, totalizando R$ 215,0 bilhões e com destaques para os empréstimos pessoais (+45,2%), o crédito renegociado (+19,2%) e o crédito consignado (+14,3%), enquanto o cheque especial caiu 17,7% e as linhas de financiamento a veículos caíram 9,3% em doze meses. A carteira do Agronegócio (que representa 55,4% do segmento no país) caiu 2,7% em doze meses, com leve alta de 0,5% no trimestre, chegando a R$ 183,5 bilhões.

Resultados da concorrência

O maior lucro entre os grandes bancos em 2019 foi o do Itaú, que registrou ganhos de R$ 28,363 bilhões, um crescimento de 10,2% sobre 2018.

No Bradesco, o lucro chegou a R$ 25,887 bilhões em 2019, um aumento de 20% em relação aos R$ 21,564 bilhões apurados no exercício de 2018.

O banco Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 14,550 bilhões em 2019, crescimento de 17,4%, em relação a 2018. O lucro obtido no Brasil representou 28% do lucro global do banco, que foi de € 8,252 bilhões (com crescimento de 3% em um ano).

A tabela abaixo traz um resumo dos dados e o arquivo anexo a análise completa.

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) conseguiu, nesta terça-feira (11) uma liminar que impede a Caixa Econômica Federal de dar continuidade aos procedimentos de reestruturação que estão sendo implantados pelo banco.

Os empregados estavam sendo obrigados a se inscrever no processo antes da data agendada para a negociação entre a representação dos trabalhadores e o banco, agendada para esta quarta-feira (12).

Na decisão, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília, determinou o imediato sobrestamento do processo até que haja a realização de reunião e de tratativas no âmbito da Mesa Permanente de Negociação. O juiz determina ainda que o banco reformule o cronograma de adesão e fixe novos prazos para adesão pelos empregados, não inferior a quinze dias após a conclusão das negociações.

“Em total desrespeito ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), o banco quer implementar um processo de reestruturação que traz diversas interferências na vida dos trabalhadores e na relação de trabalho com o banco. Decidimos intervir para defender os interesses dos empregados”, explicou o diretor de Finanças da Contraf-CUT e vice-presidente da Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto.

Negociações prévias

Em sua decisão, o juiz observa que a Caixa assumiu a obrigação de manter uma mesa permanente de negociação para abordar, dentre outros assuntos, quaisquer mudanças nos processos de trabalho que impactassem na vida dos empregados (Aditivo ao ACT 2018/2020, Cláusula 48, caput e § 2º).

O juiz diz ainda que esse tipo de desrespeito às normas e às leis não pode ser ignorado, “em especial quando a própria Constituição Federal atribui especial relevância às negociações coletivas, a ponto de consistirem no único instrumento jurídico viabilizador da grave medida da redução salarial (CF, art. 7º, VI)”. Em sua decisão, o juiz diz ainda que “o cumprimento da obrigação não se exaure numa protocolar marcação de reunião, mas em desdobramentos inevitáveis, com a apresentação dos argumentos de cada parte, interlocução e tentativa de construção consensual de uma solução que atenda os desígnios empresariais sem afrontar ou surpreender cruelmente os trabalhadores”.

“O banco está tomando ações truculentas, típicas do atual governo. É preciso por um freio nestas ações e mostrar é preciso respeitar as leis e os acordos que são estabelecidos com os trabalhadores. Eles não podem fazer o que bem entenderem”, afirmou o concluiu o dirigente da Contraf-CUT.

Mesa e manifestação agendada

A própria havia marcado uma reunião da mesa de negociações com os trabalhadores para quarta-feira (12), em resposta aos ofícios enviados pela Contraf-CUT cobrando explicações e cumprimento da cláusula 48 do ACT sobre o processo de reestruturação, que exige prévia negociação. No entanto, definiu prazo final para que os empregados manifestassem seu interesse pelo processo de reestruturação aberto pelo banco que se encerrava antes da reunião.

Em protesto, os empregados da Caixa se mobilizaram e agendaram um Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação para quinta-feira (13). “É fundamental que o maior número de empregados participe dessas mobilizações para debater o processo e encontrar formas de barrar essas mudanças que certamente estão impactando negativamente os trabalhadores, que podem ser afetados por mais uma reestruturação do banco. Está claro que a direção não respeita os empregados. Só unidos vamos mostrar nossa força”, convocou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa. #ACaixaÉtodaSua

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense vem, por meio desta, afirmar seu total apoio à greve das companheiras e companheiros petroleiros.

O SindBaixada entende que defender a Petrobrás é defender o Brasil e que os verdadeiros patriotas não estão do lado daqueles que querem entregar as nossas riquezas para o capital estrangeiro.

Em 11 dias de greve, os petroleiros seguem mobilizados em todo o país. Na manhã desta terça-feira, dia 11, petroleiros de mais cinco plataformas e dois terminais aderiram à greve da categoria. Já são 102 unidades do Sistema Petrobrás mobilizadas em 13 estados do país.

Juntos somos fortes!

O Banco Itaú obteve um lucro líquido recorrente de R$ 28,363 bilhões em 2019, com crescimento de 10,2% em relação ao ano de 2018, segundo os destaques do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). De acordo com o banco, o crescimento da margem financeira com clientes, devido ao aumento das carteiras com pessoas físicas e micro, pequenas e médias empresas foram os principais destaques positivos. O retorno recorrente sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) cresceu 1,8 p.p. em doze meses, ficando em 23,7%.

Jair Alves, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (COE) do Itaú, acredita que, com este lucro, o banco tem total condição de manter o nível de emprego, apostar mais nos funcionários, com cursos de capacitação e treinamentos para o desenvolvimento profissional. “A comissão irá cobrar do banco uma distribuição melhor dos programas de remuneração banco, como o Agir e Prad. Precisamos ampliar os públicos destes programas e discutir o pagamento proporcional do principal programa do banco, que é o Agir, pago no varejo (agencias). Com esse lucros, o Itaú pode alavancar o valor do PCR que é pago a todos os funcionários também.”

Mesmo com este bom desempenho, a holding fechou 5.110 postos de trabalho no ano, com 81.691 empregados no país ao final de 2019. No 2º trimestre, o banco lançou um Programa de Desligamento Voluntário (PDV) ao qual, segundo comunicado, atingiu 3,5 mil adesões, gerando uma despesa não recorrente de R$ 2,4 bilhões. Além do PDV, de acordo com o relatório do banco, a redução do quadro de colaboradores no Brasil deve-se, também, ao encerramento de agências físicas. Em doze meses, foram fechadas 372 agências físicas e foi aberta apenas uma agência digital, totalizando 3.158 e 196, respectivamente.

A Carteira de Crédito do banco apresentou crescimento de 10,9% em doze meses e 2,6% no trimestre, atingindo R$ 706,7 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 13,5% em relação a dezembro de 2018, chegando a R$ 239,0 bilhões, com destaque para veículos (+19,3%), crédito pessoal (+18,2%) e cartão de crédito (+17,4%). As operações com pessoas jurídicas (PJ) no país somaram R$ 190,4 bilhões, com alta de 11,9% em doze meses. Veículos (+112,7%), Financiamento à importação/exportação (20,4%) e Capital de Giro (+15,7%) foram os destaques no segmento. A carteira de crédito para a América Latina apresentou pequena alta de 1,1% no período, totalizando R$ 153,7 bilhões. O Índice de Inadimplência superior a 90 dias, no país, subiu 0,1 p.p., ficando em 3,0%. Por sua vez, as despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) cresceram 64,8%, totalizando R$ 23,9 bilhões.

A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cresceu 5,6% em doze meses, totalizando R$ 40,6 bilhões. As despesas de pessoal, por sua vez, subiram 12,6%, somando, aproximadamente, R$ 27 bilhões. Com isso, a cobertura destas pelas receitas secundárias do banco foi de 150,48% no período.

Fonte: Contraf-CUT

A direção da Caixa estipulou, unilateralmente, um prazo para que os empregados interessados nas mudanças de função e lotação, relacionadas a reestruturação do banco, se manifestem até o dia 12 de fevereiro, às 19h. A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) orienta os trabalhadores que aguardem e busquem retirar todas as dúvidas até que se encerre a mesa de negociação da Comissão com a direção do banco, marcada para quarta-feira (12), às 9h, para fazerem a manifestação. Aqueles que já optaram pela mudança, é possível cancelar a decisão e aguardar as respostas aos questionamentos.

Segundo afirmou o coordenador da CEE/Caixa, Dionísio Reis, os trabalhadores devem ter calma ao tomar a decisão e reforçou que a ordem de manifestação não é um critério definitivo para a mudança. “A Caixa estipulou o prazo para os trabalhadores antes da reunião que teremos nesta quarta-feira, isto mostra que ela não tem intenção em negociar. Então, orientamos os trabalhadores que aguardem antes de tomarem a decisão e tirem todas as dúvidas. Na reunião com a direção, vamos buscar esclarecer todos os pontos que estão gerando as dúvidas dos empregados”, ressaltou.

Por pressão da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), solicitando explicações e o cumprimento da cláusula 48 do Acordo Coletivo de Trabalho sobre o processo de reestruturação que exige negociação prévia, a reunião com a Caixa foi agendada pela direção da instituição.

Os empregados que ainda estão com dúvidas com relação à reestruturação e as manifestações de mudanças de função e lotação podem enviar as perguntas para a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa responder junto à direção do banco.

Fonte: Contraf-CUT

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, não esconde seu desejo de ver o banco privatizado. Para ele, o Banco do Brasil é desnecessário. Diz que a Caixa Econômica Federal e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) suprem as necessidades de fomento do crescimento econômico e social do país.

“O que ele não diz é que a Caixa também está sob ataque e passa por uma reestruturação semelhante à que ocorre no BB. Também não diz que no BNDES há escassez de recursos e o banco vive sob constante ataque. Mudaram sua política de atuação para tonar desinteressante a busca por fomentos do banco”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Fukunaga explica que é a tal da reforma administrativa, com a qual o governo quer reestruturar todas as empresas públicas, estabelecer novas regras para contratação, demissão e planos de carreiras. Além de limitar os “gastos” com a saúde dos funcionários, entre outros.

Também querem mudar a política de remuneração dos funcionários, com redução de salários e implantação de sistema de bônus por desempenho.

“O resultado desta política, aplicada em todos os bancos públicos, são as quedas das carteiras de crédito e as baixas taxas de investimento pelo Estado”, explicou o coordenador da CEBB, acrescentando que os bancos regionais e estaduais, como o Banco do Nordeste, o Banco da Amazônia e o Banco do Pará enfrentam a mesma situação.

Por que o BB é fundamental

Mas, para Fukunaga, a população e grande parte das empresas brasileiras precisam dos bancos e das empresas públicas de uma forma geral. “O Banco do Brasil é o responsável por aproximadamente 70% do crédito rural no país. Isso significa que o banco financia o agronegócio, que é quem ajuda a manter o equilíbrio da balança comercial brasileira. Mas, mais importante ainda, é quem financia a produção dos alimentos que chegam à mesa de todos os brasileiros. Sem o BB e a política de incentivo rural dado pelo banco, os alimentos vão ficar ainda mais caros”, afirmou.

“É por isso que lutamos contra a privatização do BB e também contra a política de Estado mínimo, em implantação pelo atual governo. Convocamos todos os funcionários do banco a se mobilizar e participar das atividades contra a venda do BB e toda essa política do governo”, concluiu o coordenador da CEBB.

Para além dos bancos

Mas, a política aplicada pelo governo nos bancos públicos não se restringe ao sistema financeiro. Petrobras, Eletrobras, Correios… todas as empresas públicas vivem a mesma situação.

“Quando o Rubem Novaes fala que o Banco do Brasil é desnecessário, pois já existem outros bancos para suprir a demanda por bancos públicos, precisamos analisar todo o contexto e ver que aqueles que ele diz que suprem as necessidades, também estão sob ataque e que, na verdade, isso faz parte da política de desmonte do Estado, para desobrigá-lo de oferecer serviços públicos para a população, que paga altos impostos justamente para ter esses serviços”, explicou o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT

Em um ano com redução da atividade industrial (-1,1%), a produção caiu em sete dos 15 locais pesquisados pelo IBGE, com altas em outros sete e estabilidade (0,2%) no estado de São Paulo.  As principais quedas em 2019 foram apuradas no Espírito Santo (-15,7%) e em Minas Gerais (-5,6%). E as maiores altas, no Paraná (5,7%) e no Amazonas (4%), conforme pesquisa divulgada nesta terça-feira (11).

Em dezembro, na comparação com igual mês de 2018, a atividade cai 1,2%, também com recuo em sete locais e novamente com destaque para Espírito Santo (-24,8%) e Minas Gerais (-13,6%). Em São Paulo, a retração foi de 1,6%. O IBGE apurou alta no Amazonas (12,2%), no Rio de Janeiro e no Ceará (4,5% nos dois casos), entre outros.

Já na passagem de novembro para dezembro, quando houve queda de 0,7%, o instituto registrou resultado negativo em 12 dos 15 locais. Os mais acentuados foram em Mato Grosso (-4,7%), no Rio de Janeiro (-4,3%) e em Minas Gerais (-4,1%). Houve recuo de 0,9% em São Paulo. Entre as altas, Paraná (4,8%) e Pará (2,9%).

Qualificação

Segundo pesquisa divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), cinco em cada 10 empresas têm problemas com falta de trabalhadores qualificados. Essa porcentagem era de 66% em 2013, quando a taxa de desemprego era menor. Segundo a entidade, esse problema “deve se agravar à medida que aumentar o ritmo de expansão da economia e se tornará um dos principais obstáculos ao crescimento da produtividade e da competitividade do país”. A pesquisa foi feita com 1.946 indústrias.

“De imediato, é necessário um esforço de qualificação e de requalificação da força de trabalho. No longo prazo, é preciso intensificar os esforços para melhorar a qualidade da educação básica no Brasil, priorizando a educação profissional”, afirma a CNI. Na indústria de transformação, segundo a confederação, o setor que mais enfrenta problemas é o de biocombustíveis. Em seguida, vem o setor de móveis. Em terceiro, vestuário e produtos de borracha.

Entre as empresas que pontam dificuldades, a principal ocupação procurada é a de operador. Depois vêm trabalhadores de nível técnico, profissionais para vendas e marketing, administrativos, engenharia, gerencial e pesquisa e desenvolvimento.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco do Brasil anunciou, no início de fevereiro, uma série de medidas que vai alterar a forma de remuneração na instituição. “O banco alega que potencializará os ganhos dos funcionários, com foco no reconhecimento a partir de seus desempenhos. Analisamos os principais pontos para mostrar que a verdade é bem diferente”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Redução da gratificação

Atualmente, é muito pequeno o número de funcionários que não têm gratificação de função. Desta forma, a redução de remuneração fixa vai atingir a grande maioria dos funcionários.

Redução da PLR

Além de reduzir o valor de referência (VR) da gratificação que o funcionário recebe mensalmente, o banco também reduz o valor da PLR paga aos funcionários, uma vez que esta leva em conta o VR. Assim, além de terem perda de remuneração mês a mês, os funcionários perderão também na PLR. Não podemos esquecer, ainda, que também há perda no valor do FGTS, 13º…, como já explicado mais acima.

Mudanças só valem para novos

O banco tenta amenizar os prejuízos que serão causados aos funcionários. Sabemos que o banco, vira e mexe, resolve fazer uma reestruturação obrigando as pessoas a irem para cargos e extinguindo outros. Isso faz com que todos os funcionários fiquem sujeitos a essas mudanças. Aliás, faz parte das mudanças atuais a extinção de cargos e a criação de outros.

Equiparar desempenho ao do mercado

O banco esconde que seu desempenho é melhor do que o dos bancos privados, como mostram os índices de eficiência dos bancos do Banco Central. No gráfico de eficiência fica claro que a liderança do BB é histórica. Também no aspecto tecnológico, o banco se equipara ao mercado e não precisa se “adequar” para competir com os bancos privados.

Bônus aumentará remuneração

Bônus é uma verba remuneratória que não se incorpora ao salário e não conta para o cálculo de FGTS, férias, 13º. O funcionário é iludido de que está ganhando mais com o bônus, mas, na ponta do lápis, ele perde. Além disso, é um “benefício” que o banco decide unilateralmente. Pode dar, ou tirar quando quiser e para quem quiser.

Meritocracia

As metas também são definidas unilateralmente pelo banco. Poucos funcionários conseguem cumpri-las, ainda mais que, com as mudanças, para fazer jus ao bônus, o funcionário precisará cumprir 120% da meta. O que o banco quer é pagar um adicional para executivos indicados pelo governo.

Retenção de talentos

O presidente do BB, Rubem Novaes, que quer privatizar o banco a qualquer custo, alega que o Banco do Brasil tem dificuldade de reter talentos. A verdade é que ele quer aumentar os salários de executivos de Brasília, nomeados pelo governo. Foram indicados pelo mercado ocupam cargos de confiança. Dos funcionários concursados, a proposta é reduzir os salários. A perda de remuneração pode chegar a 15%.

Fonte: Contraf-CUT

A direção da Caixa ignora o processo negocial com os trabalhadores e além de anunciar seu projeto de reestruturação limita prazos de inscrição para os empregados antes da data agendada pelo banco para tratar do assunto. Nesta segunda-feira (10), dois dias antes da mesa de negociação, o banco divulgou uma apresentação com as alterações e os prazos que no caso do regional é hoje até às 20h. A reunião de quarta-feira (12) foi agendada pela própria direção do banco público, em resposta aos ofícios enviados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) cobrando explicações e cumprimento da cláusula 48 do ACT sobre o processo de reestruturação, que exige prévia negociação.

“A Caixa marcou uma reunião conosco para quarta-feira, mas hoje solta essa apresentação na qual dá um prazo que os empregados interessados em mudanças na nova rede de varejo se manifestar entre hoje e amanhã? É um completo desrespeito com os empregados”, cobrou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa.

A reestruturação é um processo de descomissionamneto sumário, com novos processos seletivos e novos critérios, os empregados chamam de Revalida, que excluem quem está de licença maternidade, licença-médica ou de férias. Exclui também quem esteve de licença e não participou dos ciclos da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) nos últimos períodos. Segundo a apresentação do banco será uma dança das cadeiras que os cargos superiores terão prioridade. Nesse processo a Caixa rebaixa os trabalhadores sem garantir lisura em nenhum processo e discriminando milhares de trabalhadores.

Estabilidade remuneratória

Bom lembrar que os empregados têm um direito que vem da constituição e que para os empregados foi firmado no normativo RH 151 que a direção do banco tentou revogar no dia 9 de novembro de 2017, véspera da entrada em vigor da reforma trabalhista. Mas ação da Contraf-CUT garantiu a manutenção por liminar do RH e do direito a incorporação de função para os trabalhadores que desempenharam por 10 anos, essa ação aguarda sentença e discute a incorporação da norma mais benéfica ao contrato de trabalho dos empregados.

Dia 13 vista preto para defender a Caixa e seus direitos

Na próxima quinta-feira (13), os empregados da Caixa se mobilizam no Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação. “É fundamental que o maior número de empregados participe dessas mobilizações para debater o processo e encontrar formas de barrar essas mudanças que certamente estão impactando negativamente os trabalhadores, que serão afetados por mais uma reestruturação do banco. Está claro que a direção não respeita os empregados. Só unidos vamos mostrar nossa força”, convocou Dionísio Reis, coordenador da CEE/ Caixa. #ACaixaÉtodaSua

Fonte: Contraf-CUT

O banco Bradesco atendeu à solicitação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), federações e sindicatos e pagará a parcela final da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nesta terça-feira (11). A solicitação pela Contraf-CUT foi feita na quinta-feira (6).

A Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários estabelece que a PLR seja paga até o dia 3 de março.

Além do Bradesco, após a solicitação da Contraf-CUT, outros dois bancos já anunciaram as datas de pagamento da PLR. O Safra pagará no dia 20 e o Santander no dia 28.

O pagamento da PLR é uma conquista do movimento sindical, não é um benefício. A Contraf-CUT lançou uma campanha para informar a categoria sobre as conquistas obtidas pelo movimento e valorizar a atuação dos sindicatos. #FechaComAGente #QueroSin

Valores

Os valores são compostos pela soma da regra básica e da parcela adicional.

A regra básica corresponde a 90% do salário-base mais verbas fixas de natureza salarial. Além disso, soma-se também um valor fixo de R$ 2.457,29. O valor individual limita-se a R$ 13.182,18. Se o total apurado na aplicação da Regra Básica ficar abaixo de 5% do lucro líquido apurado no exercício de 2019, o valor será majorado até que se atinja esse percentual ou será pago 2,2 salários do empregado, com limite de R$ 29.000,77, o que ocorrer primeiro.

A parcela adicional é a divisão linear de 2,2% do lucro líquido apurado em 2019, dividido pelo número total de empregados elegíveis de acordo com as regras da CCT, em partes iguais, até o limite individual de R$ 4.914,59.

Os valores individuais relativos à parcela adicional não são compensáveis com valores devidos em razão de planos específicos, mas aqueles referentes à regra básica podem, dependendo do que é definido pelo acordo específico do banco.

Lembrando que se trata da segunda parcela. Portanto, são descontados os valores pagos na antecipação.

Fonte: Contraf-CUT