Junho 07, 2025
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Valor Econômico
Carolina Mandl e Vanessa Adachi 

 

Roberto Egydio Setubal, presidente do Itaú Unibanco, tem se dedicado a desenhar mudanças no alto escalão do maior banco privado do país. Guardada a sete chaves, a abrangência da reestruturação ainda não é conhecida, mas, dentro do próprio banco, a reforma é dada como certa.

 

O processo já teve início no fim do mês passado, quando o Itaú Unibanco formalizou a saída do vice-presidente Sérgio Werlang, que era responsável pelas áreas de risco e de finanças. Eduardo Vassimon, que já teve passagens pelo banco e pelo Itaú BBA, assumiu a divisão de risco. O diretor-executivo Caio Ibrahim David passou a concentrar em suas mãos 100% da área de finanças, respondendo diretamente a Roberto Setubal desde então.

 

Agora, novas alterações devem ocorrer na vice-presidência do Itaú Unibanco, composta por dez executivos.

 

Nos últimos dias, circularam informações no mercado de que um dos alvos da reestruturação seria Marcos de Barros Lisboa. Ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, o executivo é hoje responsável pelas áreas de seguros, ouvidoria e riscos internos.

 

Algumas pessoas chegam a dar como certa a saída de Lisboa do Itaú Unibanco. Mas há quem indique que trata-se apenas de reduzir o número de áreas sob sua responsabilidade, considerado exagerado.

 

Parte dos executivos acumula hoje uma série de cargos que chegam inclusive a ser conflitantes. Um dos objetivos da reforma que vem sendo conduzida por Setubal é justamente eliminar essas sobreposições.

 

Ao mesmo tempo que responde pela área de seguros, Lisboa é responsável pela ouvidoria, área que pode receber reclamações de segurados. Outro executivo que acumula uma série de funções dentro do Itaú Unibanco é o vice-presidente José Castro Araújo Rudge. O executivo é responsável pelas áreas de comunicação, marketing, pessoas e eficiência. Assim como Lisboa, Rudge é oriundo do Unibanco.

 

Parte das mudanças em curso no Itaú Unibanco está relacionada ao desempenho dos executivos. Em alguns casos, a performance vem sendo considerada abaixo da esperada.

 

A área de risco, que estava sob o comando de Werlang, é uma das que vinham recebendo bastante críticas de investidores. A operação de financiamento a veículos, por exemplo, foi tão desastrosa que o banco não conseguiu nem mesmo recuperar o capital principal investido. O Itaú teve R$ 24 bilhões em despesas de provisão para devedores duvidosos, valor 20,7% superior ao de 2011.

 

O resultado como um todo do banco vem desapontando investidores há cerca de um ano e meio, principalmente, por calotes com veículos e pequenas empresas. Só no último trimestre de 2012 é que o Itaú deu pistas de que entrou em rota de correção. O índice de inadimplência recuou para 4,8% em dezembro, mais baixo do que um ano antes. Para isso, porém, o banco precisou reformular os critérios de desembolso de crédito, tornando-os mais rígidos. Em 2012, o banco lucrou R$ 13,6 bilhões, com recuo de 7% em relação a 2011.

Entre as principais transformações registradas no mundo do trabalho ao longo das últimas décadas está a elevação dos índices de adoecimento dos trabalhadores e a variação das moléstias que os atingem. Uma grande parcela da classe trabalhadora torna-se inativa precocemente devido a doenças geradas pelo ambiente ou pelas rotinas dos processos de trabalho. Além das chamadas Ler/Dort, doenças físicas causadas pela execução de tarefas repetitivas que exigem esforço contínuo, o adoecimento psíquico atinge de maneira cada vez mais intensa os trabalhadores.

 

Desde 2000, o último dia do mês de fevereiro, é considerado Dia Internacional do Combate às Lesões por Esforços Repetitivos (LER), ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT). A intenção é difundir as causas e combater a disseminação destas doenças, que estão entre as principais responsáveis por afastamentos do trabalho.

 

A imposição de metas, a cobrança de objetivos ascendentes e inatingíveis, muitas vezes leva os trabalhadores à superação diária de
seus limites físicos e psíquicos. Fatores como a concorrência exacerbada entre colegas, remuneração variável, prêmios por  produtividade, concessão de promoções, metas coletivas e individuais,  obrigam os indivíduos a exigirem sempre mais de seus corpos e mentes.

 

Consequências do adoecimento

 

Os sintomas das Ler/Dort surgem de maneira insidiosa (sem diagnóstico aparente ou difícil de ser diagnosticado) até serem claramente percebidos. Com frequência estes sintomas são desencadeados ou agravados após períodos de maior quantidade de trabalho ou jornadas prolongadas e em geral, o trabalhador busca formas de manter o desenvolvimento de seu trabalho, mesmo que à custa de dor. A diminuição da capacidade física passa a ser percebida no trabalho e fora dele, durante as atividades cotidianas.

 

Na maioria dos trabalhadores acometidos por Ler/Dort a doença evolui para uma forma crônica e com presença permanente de dor. Quando isto ocorre, produz alterações consideráveis na vida das pessoas, impossibilitando-as de realizar, não só sua atividade profissional, mas também suas atividades diárias.

 

Segundo dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), mais de 45% dos benefícios previdenciários concedidos têm como causa as Ler/Dort. Consideradas como questão de saúde pública mundial, tais doenças são símbolo do descaso das empresas no que diz respeito à integridade física e mental de seus funcionários. As lesões são
acarretadas por atividades desenvolvidas diariamente no ambiente de trabalho, resultando em dor e sofrimento ao trabalhador, podendo inclusive atingir estágios irreversíveis.

 

 

Categoria Bancária

 

A categoria bancária é uma das que mais apresenta doenças ocupacionais, tanto mentais quanto físicas. Números do INSS mostram o alto índice de bancários que recebem auxílio-doença por incapacidade causada por doenças do sistema musculoesquelético. Além disso, doenças como estresse e depressão são comuns entre os trabalhadores do ramo financeiro.

São Paulo – Os bancários do Safra têm um motivo a mais para ficar satisfeitos. Além de receberem antecipadamente a segunda parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) no dia 19 de fevereiro – 1º de março é o último dia estabelecido para o pagamento pela CCT -, os bancários serão beneficiados com a nova tabela de imposto de renda sobre a PLR, fruto da conquista dos trabalhadores.

 

Pela nova regra, quem recebe até R$ 6 mil ao ano, incluindo programas próprios, fica isento de IR. A partir desse valor, os descontos são progressivos, mas todos pagarão menos imposto. “No caso de quem ganha mais, já na dedução acabou ganhando mais de R$ 2 mil”, explica Flavio Monteiro, diretor do Sindicato.

 

 

Adicional maior

 

Após intensa negociação entre o Sindicato e o Safra, os funcionários do banco tiveram garantido o acréscimo de 20% no valor da parcela adicional da PLR. Dessa forma, no total, os trabalhadores terão direito a R$ 3.696 em vez dos R$ 3.080 estabelecidos na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

 

“É importante lembrarmos essa conquista, pois ela foi garantida depois de intensa negociação com o banco, ainda na Campanha Nacional Unificada de 2012″, lembra Flavio.

 

PLR sem IR, reajustes salariais com aumento real, vales alimentação e refeição, licença-maternidade de seis meses, além da luta permanente para que direitos não sejam retirados, mas sim ampliados. Esses são alguns exemplos da importância de os trabalhadores lutarem pelos seus direitos ao lado do Sindicato.

 

 

90 anos

 

O Sindicato completa 90 anos de fundação no dia 16 de abril. Durante o mês, será comemorada a trajetória de lutas da entidade, que, dentre diversas conquistas alcançadas para os trabalhadores de bancos públicos e privados, ajudou na construção de uma sociedade democrática e de direitos.

 

 

Fonte: Seeb São Paulo

O Santander foi condenado a pagar dano moral coletivo de R$ 10 milhões por haver controle irregular da jornada de trabalho. A sentença foi dada pela juíza Érica de Oliveira Angoti, da 7ª Vara do Trabalho de Brasília, em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). A decisão também proíbe o banco de prorrogar a carga horária dos empregados além dos limites previstos na legislação.

 

Terceiro maior banco privado do Brasil, o Santander deve ainda cumprir adequadamente o intervalo durante o expediente. Se descumprir a decisão, terá de pagar R$ 10 mil por empregado em situação irregular. Os valores serão revertidos ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

 

Segundo a juíza Érica Angoti, os trabalhadores foram coagidos e impedidos de efetuar os registros de acordo com a jornada efetivamente trabalhada.

 

Para o procurador Carlos Eduardo Brisolla, autor da ação, o Santander modificou de maneira irregular os horários de entrada, saída e repouso de seus empregados. “Os horários assinalados nos cartões de ponto eletrônico não batem com os de abertura e fechamento das microfichas da fita do caixa. Isso demonstra cabalmente a existência de fraude no ponto eletrônico do Santander, confirmando a inidoneidade de todos os controles de jornada, sejam manuais ou eletrônicos”, destaca.

 
Fonte: MPT

O Itaú divulgou orientações aos funcionários sobre a adesão ao vale-cultura, conquistado na Campanha Nacional dos Bancários 2013 e que entrou em vigor no dia 1º de janeiro.

 
O valor mensal é de R$ 50,00 para salários até cinco salários mínimos (R$ 3.620) por mês e será repassado através de cartão magnético. Ao fazer a adesão, o funcionário terá os descontos previstos na lei e descritos no formulário apropriado.

 
O desconto e o crédito do vale-cultura serão realizados na data de pagamento do salário, no dia 27 ou no dia útil anterior de cada mês.

 
O recebimento ainda em janeiro está condicionado à adesão até o dia de fechamento da folha, o que ocorrerá no dia 17. Após essa data, o pagamento será feito somente em fevereiro. Não há possibilidade de pagamento retroativo.

 
Para receber este direito mensalmente é imprescindível fazer a adesão através do preenchimento do formulário, que deve ser enviado para:Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. ou através do fax (11) 5029-1174.

 
“O vale-cultura foi mais uma importante conquista da Campanha 2013, que registrou a maior mobilização dos últimos 20 anos e foi fundamental para garantir avanços frente à intransigência dos bancos”, salienta Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco.

 
Fonte: Contraf-CUT

Em 30 de dezembro do ano passado, de maneira sorrateira e no período das festas de fim de ano, a Caixa Econômica Federal voltou a aplicar arbitrariamente a CI Supes/Geret 293 (2006) para reduzir jornada e salários de empregados da carreira técnica que possuam reclamação trabalhista. A principal mudança é na jornada de trabalho de oito para seis horas, com redução salarial.

 
A medida atinge cerca de 250 empregados de cargos técnicos com jornada de oito horas. A reedição da normativa é contestada por Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco. “Trata-se de uma represália àqueles trabalhadores que buscaram garantir seus direitos na Justiça”, aponta.

 
Jair, que é também vice-presidente da Fenae, esclarece que a CI determina exclusivamente a alteração compulsória da jornada de trabalho e da gratificação dos empregados com cargos em comissão técnica ou de assessoramento de oito horas, que ajuizaram ação – individual ou conjunta por meio de entidades sindicais -, questionando a jornada além da sexta hora diária.

 
A medida da Caixa é classificada de inaceitável pelo representante nacional dos trabalhadores. Isto porque, entre outros motivos, o banco utilizou a questão judicial como álibi para colocar os empregados contra as entidades sindicais e associativas.

 
Diante disso, o movimento nacional dos empregados irá exigir da direção da empresa a imediata revogação da normativa, mas de antemão, conforme recentes contatos mantidos pela CEE/Caixa, o banco informou que não pretende revogá-la, por ser uma decisão de seu Conselho Diretor.

 
Jair diz que apoia a iniciativa da Apcef/SP de participar de audiência nesta sexta-feira (10), às 14h, no Ministério Público do Trabalho (MPT) de São Paulo, com a finalidade de expor e denunciar o autoritarismo da Caixa de punir empregados da carreira técnica com jornada de oito horas.

 
Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Deixando claro, mais uma vez, o seu desrespeito em relação aos trabalhadores, o Mercantil do Brasil iniciou, no fim de 2013, um processo de demissões em todo o Brasil, que vem deixando bancárias e bancários inseguros em relação ao seu futuro no banco. Em dezembro, cerca de 50 funcionários do banco na base do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e região foram surpreendidos com a carta de demissão.

 

Diante da grave situação, o Sindicato exigiu imediatamente uma explicação do Mercantil, que alegou estar realizando um processo de reestruturação e que não haveria novas demissões. Porém, o banco não apenas continuou com os cortes, como também fechou oito agências espalhadas pelo país nesta terça-feira (7).
Foram fechadas duas unidades de trabalho em Belo Horizonte, além de outras seis localizadas nos estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A medida não apenas desrespeita a categoria, como vai contra o próprio discurso do Mercantil de que pretendia avançar e atingir o número de 200 agências no país.
Além disso, mudanças de perfil em outras sete agências, situadas em Minas Gerais e também nos estados de São Paulo e Espírito Santo, têm deixado os trabalhadores apreensivos. A reestruturação é realizada para que as unidades de trabalho passem a operar com atendimento exclusivo aos beneficiários do INSS.
O Sindicato está cobrando uma reunião com o banco na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE/MG) para exigir esclarecimentos e o fim do absurdo processo de demissões.

 

Em outras ocasiões, o Mercantil já demonstrou claramente sua postura autoritária e de desrespeito aos bancários. Em manifestações realizadas em agosto de 2013, por exemplo, no Dia Nacional de Luta no Mercantil do Brasil, gestores do banco intimidaram trabalhadores e chegaram a chamar a Polícia Militar para a porta da agência, em Belo Horizonte, para forçar bancárias e bancários a entrarem na unidade de trabalho.

 

O funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, Vanderci Antônio da Silva, destacou o ambiente pesado observado nas agências do banco. “Temos visitado, constantemente, as agências e departamentos do Mercantil, onde constatamos um ambiente tenso e triste, em alguns casos, sem nenhum exagero, um clima de velório. São funcionários desolados com as demissões de companheiros e preocupados com o futuro incerto.”

 

“A famigerada reestruturação proposta pelo Mercantil está adoecendo os funcionários e piorando suas condições de trabalho. Lutaremos contra esta situação, já que os trabalhadores não são culpados e não podem ser penalizados pela má gestão do banco”, afirmou Vanderci.

 

Fonte: Contraf-CUT com Glauber Guimarães – Seeb BH

Antiga reivindicação sindical, a redução da jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais, sem redução nos salários, é um dos destaques da pauta das centrais para 2014. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, por exemplo, esta é a principal reivindicação da central, junto com o fim do fator previdenciário.

 

“Achamos que é um descalabro, num governo democrático popular, não ter resolvido estas duas questões, quando você tem várias políticas do governo federal com o intuito de manter a competitividade das indústrias nacionais e melhorar a concorrência. Para nós, é importante revitalizar o mercado interno com novos empregos, para novos trabalhadores”, aponta Vagner.

 
Segundo o Dieese, a diminuição do tempo de trabalho medida tem potencial de criação de 2,5 milhões de empregos, e é um meio de distribuição de renda. Mais do que isso, representa um ganho na qualidade de vida. Mas se para os trabalhadores reduzir a jornada pode possibilitar a criação de demanda maior por força de trabalho e reduzir a taxa de desemprego, o setor empresarial alega que a medida trará aumento de custos.

 
“É preciso levar em conta o ganho de produtividade, porque o volume de produção por trabalhador também vai aumentar, o que por sua vez faz aumentar o lucro e compensar o possível aumento de custo. Essa é a aposta que deve ser feita”, argumenta o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Ele observa que o ganho com as horas livres pode vir com a realização de cursos de formação e investimentos pessoais, que também trazem resultados positivos ao próprio empresariado.

 
Desde 1995, tramita na Câmara dos Deputados a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 231, dos ex-deputados e atuais senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Paulo Paim (PT-RS), que reduz a carga horária máxima semanal de 44 para 40 horas e aumenta o valor da hora extra de 50% para 75%.

 
“Como o setor empresarial é muito forte, tanto na Câmara como no Senado, eles não deixam pautar a matéria e ela simplesmente não é apreciada, porque falta vontade política do Parlamento”, afirma Paim. “Haveria chances reais de avançarmos se a proposta fosse colocada em pauta, mas para isso acontecer somente com grande pressão popular, de fora para dentro do Parlamento”, acrescenta.

 

 

Até virar lei 

 

Há mais de 20 anos não há redução da jornada no limite legal. A última, ocorrida na Constituição de 1988, reduziu as horas semanais de 48 para as atuais 44 horas. Apesar da forte pressão sindical, mesmo com poucos avanços nesse sentido, algumas categorias têm garantido a mudança por meio de acordos coletivos.

 

Em 2005, trabalhadores do ramo químico conquistaram em negociação coletiva, específico para o setor farmacêutico, a alteração de 44 horas para 42 horas, e em 2008 de 42 para 40 horas. Em acordos específicos com montadoras e fábricas de autopeças do ABC paulista, Taubaté, Sorocaba e São Carlos, os metalúrgicos da base da CUT também já possuem jornada reduzida.

 

Segundo a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), 15% dos trabalhadores do ramo químico no ABC paulista tinham jornada de até 40 horas, em 2012. Isso inclui os funcionários em indústrias farmacêuticas e trabalhadores em regime de turno de revezamento (petroquímicos). Em São Paulo, são aproximadamente 23 mil químicos do setor farmacêutico com a jornada menor, segundo o sindicato da categoria.

 

“A redução sempre foi um grande tabu, mas facilitou muito a vida dessas pessoas. Hoje, quando temos de fazer ponte para folgas no final do ano ou feriado, com uma hora a mais de trabalho diário, por exemplo, temos todo o cuidado para não comprometer o sábado e domingo, porque estes trabalhadores já assimilaram a cultura de estar o final de semana inteiro de folga. Os ganhos são imensuráveis”, afirma o coordenador geral do Sindicato dos Químicos e Plásticos de São Paulo, Osvaldo Bezerra, o Pipoka.

 

 

Saúde

 

Segundo a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do IBGE, em 2012 os homens tinha jornada semanal média de 42,1 horas e as mulheres, de 36,1 horas. No entanto, os cuidados com afazeres domésticos acrescentavam 10 e 20,8 horas, respectivamente.

 

Entre especialistas, não há dúvida que o primeiro impacto está associado à qualidade de vida. Quatro horas a menos de trabalho significa mais tempo livre para estar ao lado da família, se divertir, estudar, ou simplesmente descansar. Para os trabalhadores com carga horária de trabalho aos sábados, a redução da jornada pode representar o sábado livre, se a distribuição das 40 horas se concentrar somente nos dias de semana.

 

Para a médica do Trabalho, Maria Maeno, pesquisadora da Fundacentro, somar a possibilidade de fazer uma coisa que se gosta, num ritmo humanamente realizável, ao tempo livre é o que vai determinar a saúde do trabalhador. “Se o trabalho tem uma jornada enorme, que invade os finais de semana, as noites e os momentos de lazer, o trabalhador é absorvido por isso e todos os indicadores de saúde ficam prejudicados.”

 

Ela destaca que, para trabalhadores expostos à situações nocivas a saúde, quanto maior a jornada, maiores os riscos. “Em um ambiente ruidoso, por exemplo, quanto mais tempo exposto ao ruído, maior a possibilidade de ter perda auditiva, assim como para funcionários que trabalham com produtos químicos mais alta é a possibilidade de se adquirir doenças relacionadas a esses produtos”, diz a médica.

 

Ela lembra que o adoecimento não está somente relacionado às exigências de produtividade, ritmo e pressão. “É uma forma de recompensa que não tem a ver com retorno financeiro, porque ele não deve ser a única forma de reconhecimento para o trabalhador.”

 

 

Alternativas

 

Para o diretor-técnico do Dieese, o Brasil produziu e cresceu economicamente, está com o mercado interno mais vigoroso e essa redução é uma forma de redistribuir os ganhos desse crescimento. “Há também o efeito distributivo, a redução da jornada de trabalho também visa redistribuir a riqueza e a renda, gerada por meio de uma redução do tempo dedicado ao trabalho e, portanto da disponibilidade de maior tempo para as outras dimensões da vida”, afirma Clemente.

 

Os trabalhadores consideram que há setores expressivos de baixa produtividade, nos quais os efeitos da redução da jornada podem ser mais pesados, como micro e pequenas empresas. Negociar a redução da jornada de maneira gradativa até se alcançar as 40 horas, também é opção. “Pode ser uma alternativa, a CUT entende que é uma questão de negociação e se o caminho for a redução gradual, é claro que nós aceitamos negociar”, diz Vagner.

 

“É evidente que não é uma coisa simples, mas não é o fim do mundo”, observa Clemente. “Se lembrarmos as discussões em torno do crescimento do salário mínimo, vemos que os empresários falavam que não poderia ser feito porque isso teria um efeito perverso, e no entanto o salário cresceu 70% acima da inflação e o Brasil vai bem. Repartir o lucro das empresas é por meio do salário, condições de trabalho e jornada. Esse é o debate”, salienta.

 

Na próxima quarta-feira (15), as centrais sindicais vão se reunir na sede da CUT, em São Paulo, para discutir o planejamento de 2014. Na chamada agenda da classe trabalhadora, três itens se destacam: redução da jornada, combate ao Projeto de Lei 4.330 sobre terceirização e fim do fator previdenciário.

 

Fonte: Viviane Claudino – Rede Brasil Atual

O Casp (Centro Administrativo São Paulo), maior concentração do HSBC na capital paulista, será fechado. Sem entrar em detalhes, o banco inglês explicou a representantes dos trabalhadores que a interdição deverá ocorrer até 27 de fevereiro e se deve à falta de documentação exigida pela Prefeitura de São Paulo.

 

Os cerca de mil bancários e 100 terceirizados do complexo terão de readaptar suas rotinas de trabalho. Eles serão deslocados para outras concentrações do banco. Parte irá para o edifício Tower, localizado na Avenida Faria Lima, e outra parte para o Centro Administrativo Morumbi. Um terceiro grupo de funcionários deverá ser transferido para um prédio alugado na Barra Funda.
“Nós estamos cobrando para que os bancários não sejam prejudicados com essa transferência”, diz o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Paulo Sobrinho. “Até porque os funcionários do Casp já têm sua rotina adaptada àquele local de trabalho”, completa.
Infestações
O Casp está localizado em um prédio antigo que possui um histórico extenso relacionado à má conservação. Os bancários do complexo se queixam de infestação de animais como ratos, pombos e moscas e problemas na infraestrutura.

 

“No segundo andar já teve problema de infestação de pombos, que causava um fedor horrível. No terceiro e no quarto andar tem cheiro ruim de esgoto. Lá fizeram um ‘gato’ para tentar dar uma melhorada. O cheiro desparece por uns dias, mas depois volta pior. Já caiu rato vivo do teto e alguns andares têm problema de infestação de mosca”, relata um bancário do complexo.

 

Além dos problemas com pragas e odores, o prédio tem outros, relacionados à infraestrutura. Paulo conta que o Casp só tem dois elevadores em cada torre, mas é comum um deles estar quebrado.

 

“Para piorar, em 2012 uma parte do teto caiu por conta de um temporal, e bancários se feriram”, conta o dirigente sindical, acrescentando que o ar-condicionado também é alvo de queixa constante dos funcionários, principalmente por ser muito frio.

 

De acordo com Paulo, sempre que chegam denúncias de trabalhadores, o Sindicato cobra o banco, que apenas realiza reformas pontuais. “Como se não bastasse os bancários trabalharem em um prédio com histórico de problemas, eles terão de ser realocados por conta da interdição da prefeitura e vão ter de conviver com mais esse transtorno. Nós exigimos que os trabalhadores do HSBC sejam respeitados”, cobra o dirigente sindical.

 

Fonte: Seeb São Paulo

Com ousadia, unidade e mobilização, os bancários conquistaram na Campanha 2013 o direito à folga assiduidade, prevista na cláusula 24ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2013/2014. Trata-se de um dia de ausência remunerada ao empregado que não tenha falta injustificada ao trabalho no período de 01/09/2012 a 31/08/2013.

 
A folga é devida a todos os bancários com um ano de vínculo empregatício com o banco e em efetivo exercício no dia 18 de outubro de 2013, quando foi assinada a CCT.

 
O direito precisa ser exercido até o dia 31 de agosto de 2014 e a data será definida pelo funcionário em conjunto com o gestor.

 
“Cada bancário terá pelo menos um dia de folga para resolver problemas, esticar o fim de semana ou tratar de assuntos pessoais”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 
Entretanto, há bancos que ainda não orientaram os gestores sobre a utilização da folga assiduidade e, por isso, muitos bancários encontram obstáculos para usufruir o novo direito. Qualquer problema deve ser denunciado pelo bancário ao sindicato, a fim de buscar uma solução.

 
Essa nova conquista não poderá ser convertida em pecúnia, não adquire caráter cumulativo e não poderá ser utilizada para compensar faltas ao serviço. O banco que já concede folgas ao empregado, como “faltas abonadas”, “abono assiduidade”, “folga de aniversário”, fica desobrigado do cumprimento desta cláusula, sempre observando a fruição dessa folga em dia útil.

 
Confira a íntegra da redação da nova conquista:

 
CLÁUSULA 24ª – FOLGA ASSIDUIDADE

 
Os bancos concederão 1 (um) dia de ausência remunerada, a título de “folga assiduidade”, ao empregado em efetivo exercício na data da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho e que não tenha nenhuma falta injustificada ao trabalho no período de 01/09/2012 a 31/08/2013.

 

 

Parágrafo Primeiro
Para gozo do benefício, o empregado deverá ter, no mínimo, 12 (doze) meses de vínculo empregatício com o banco.

 

 

Parágrafo Segundo
O dia de fruição ocorrerá impreterivelmente no período de 01/09/2013 a 31/08/2014 e será definido pelo gestor em conjunto com o empregado.

 

 

Parágrafo Terceiro
A “folga assiduidade” de que trata esta Cláusula não poderá, em hipótese alguma, ser convertida em pecúnia, não poderá adquirir caráter cumulativo e não poderá ser utilizada para compensar faltas ao serviço.

 

 

Parágrafo Quarto
O banco que já concede qualquer outro benefício que resulte em folga ao empregado, tais como “faltas abonadas”, “abono assiduidade”, “folga de aniversário”, e outros, fica desobrigado do cumprimento desta cláusula, sempre observando a fruição dessa folga em dia útil e dentro do período estipulado no parágrafo primeiro.

 
Fonte: Contraf-CUT