Junho 07, 2025
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Bancária desmaia, passa mal e Itaú responde com demissão em São Paulo

 

 

“O banco poderia dar uma satisfação melhor ao demitir um funcionário. Ela estava doente. Existe um exagero das metas. A gestão do banco esquece os limites do ser humano, um cliente que vivencia uma situação dessa não acredita na credibilidade dessa empresa”.
O depoimento é do pai da ex-bancária de uma agência do Itaú na zona leste de São Paulo, que trabalhou no local durante cinco anos. O desabafo foi feito enquanto a filha assinava a homologação no Sindicato e ele lembrava que na época em que exercia a mesma profissão - foi bancário durante cerca de 30 anos. As metas já existiam, mas não eram abusivas como são hoje. A trabalhadora, caixa de agência, passou mal enquanto atendia um cliente, com fortes dores na região lombar, na cabeça e nuca. Após se queixar da dor, ninguém a socorreu.

 

A prioridade para a gerente, segundo a bancária, era que “alguém assumisse logo o posto do caixa”. Sem nenhum trabalhador para cumprir a função, a pressão foi grande para que ela se recuperasse e voltasse às suas atividades. Sem melhoras, ela reassumiu seu posto, sem enxergar quase nada, desmaiou.

 

“Ninguém chamou socorro. Um bancário me ajudou, se demonstrou preocupado. Precisei pedir ajuda por telefone para minha irmã e, na hora, só pensei em chamar um táxi e ir para o hospital, já que meus pais estavam viajando”, conta a trabalhadora.
Segundo ela, em nenhum momento foi cogitada a ideia de pedir uma ambulância ou presença de um médico no local. A bancária relata que ficou deitada no chão. A indisposição começou às 11h15 e somente às 15h a funcionária pediu o táxi por não ter mais condições de
permanecer no trabalho após várias tentativas.

 

Ela foi ao hospital, ainda está passando por uma bateria de exames cardiológicos e de análise clínica, com a possibilidade de ser
encaminhada a um neurologista. “O médico disse que por conta da pressão do meu cotidiano existe a possibilidade dessa indisposição ter sido o início de um infarto ou síndrome do pânico”.

 

 

Demissão

 

A surpresa foi a volta ao trabalho. Na segunda-feira, no retorno, foi demitida. “A gerente me chamou e alegou verbalmente abandono de trabalho. Me pressionou a assinar a carta de demissão. Assinei e imediatamente procurei o Sindicato. Questionei sobre o abandono, pois outros bancários sabiam que eu fui ao médico”. Além de comunicar a saída para ir ao hospital, outros trabalhadores viram o drama vivido pela bancária, o desmaio e a necessidade de ter ficado deitada no chão da agência enquanto passava mal.
A alegação sobre o abandono de emprego não faz sentindo, uma vez que a legislação trabalhista não dispõe a respeito do prazo de ausência injustificada, mas a jurisprudência trabalhista considera abandono falta de mais de 30 dias ou período inferior se houver circunstâncias evidenciadoras. E a dispensa é por justa causa.

 

 

Justiça

 

Para a bancária, a história de desrespeito ao trabalhador não pode ficar por isso mesmo. Com os documentos em mãos, ela pretende entrar com uma ação judicial pela omissão de socorro do banco e desrespeito aos seus direitos. “Quando cheguei no hospital, o médico disse que demorei muito para procurar socorro e que a situação poderia ser pior”.

 

A secretária de Saúde do Sindicato, Marta Soares, deixa claro que todo o aparato judicial será disponibilizado para que a bancária receba apoio nesse momento. “A situação é inadmissível. Para nós, a prioridade é que ela esteja com boa saúde. Em seguida, é o apoio para tomar medidas judiciais cabíveis. Vamos analisar o caso e nossos advogados estão a disposição dela e de qualquer trabalhador que se sinta injustiçado e tenha seus direitos lesados pelo empregador”.

 

 

Metas e adoecimento
Marta lembra que cada vez mais as metas abusivas adoecem trabalhadores da categoria bancária. O caso da ex-funcionária do Itaú não foi diferente. “Ela era caixa, mas era obrigada a vender produtos. É uma situação injusta com o bancário e com o cliente, que precisa de
qualidade no atendimento, não de uma loja de produtos”.
A trabalhadora afirma que entre as metas estava a venda de previdência, seguros de acidentes pessoais e seguros mini residenciais. “A pressão era diária. Mas minha nota de avaliação era a máxima”, finaliza.

 

A secretária de Saúde entrou em contato com representantes do banco para reintegrar a trabalhadora dias antes da homologação. “O retorno foi negativo, portanto, o próximo passo é apoiar a bancária no âmbito judicial”.
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

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Desconto de 50% ( cinquenta por cento ) na primeira mensalidade.
Desconto de 13% ( treze por cento ) nas mensalidades posteriores.

A Receita Federal liberou nesta segunda-feira (25) às 8h o programa gerador da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2013. Para fazer o download, o contribuinte deve acessar o site da Receita Federal na internet, no endereço www.receita.fazenda.gov.br. Os contribuintes que entregarem a declaração no início do prazo, sem erros, e tiverem direito a restituição terão a chance de receber o dinheiro nos primeiros lotes.

 

 

O mesmo ocorre com as pessoas com idade superior a 60 anos, que terão prioridade em receber a restituição, em observância ao Estatuto do Idoso. O prazo para a entrega vai de 1º de março a 30 de abril. A declaração poderá ser feita pela internet ou em disquete a ser entregue nas agências da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil.

 

Estão obrigados a declarar os contribuintes que receberam rendimentos tributáveis cuja soma foi superior a R$ 24.556,65 em 2012. O valor foi corrigido em 4,5% em relação ao ano anterior. A obrigação de declarar alcança também aqueles que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil.

 

A apresentação da declaração é obrigatória ainda para quem obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos sujeito à incidência do imposto, realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas ou obteve receita bruta com atividade rural superior a R$ 122.783,25. Quem tinha, até 31 de dezembro de 2012, posse de bens ou propriedade, inclusive terra nua, com valor superior a R$ 300 mil, também está obrigado a declarar.

 

O valor limite para a dedução com instrução será R$ 3.091,35. Por dependente, o contribuinte poderá abater R$ 1.974,72. No caso das deduções permitidas com a contribuição previdenciária dos empregados domésticos, o valor do abatimento pode chegar a R$ 985,96. Não há limite para os gastos com despesas médicas.

 

A expectativa da Receita Federal é receber 26 milhões de declarações. Em 2012, um total de 25.244.122 contribuintes enviou a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física.

 

Fonte: Agência Brasil

Valor Econômico
Alex Ribeiro e Leandra Peres 

 

O governo definiu um orçamento de R$ 15 bilhões dos bancos públicos federais para financiar concessões de rodovias e ferrovias e, agora, trabalha para criar um modelo de incentivos para atrair os bancos privados para o negócio, incluindo recursos e garantias públicos.

 

O objetivo é viabilizar a participação das instituições privadas em sindicatos com os bancos federais. Há um acerto informal para que o BNDES coloque R$ 8 bilhões nessas parcerias. O Banco do Brasil destinaria outros R$ 3,5 bilhões, e a Caixa Econômica Federal, mais R$ 3,5 bilhões.

 

Para se somar aos recursos próprios dos bancos públicos, o governo estuda criar um novo sistema de fontes de captação de recursos baratos para que as instituições privadas atuem no financiamento das concessões.

 

Os bancos privados sinalizaram ao governo que querem participar, mas ponderam que não têm fontes de financiamento baratas de longo prazo para atuar nesse mercado. Não há ainda estimativas de quanto essa participação poderia alcançar.

 

Hoje, o BNDES é o principal ator no financiamento de longo prazo, mas seu desempenho tem sido criticado pelos investidores e pelo próprio governo.

 

Para os bancos privados participarem, seria necessário achar fontes de financiamento ao custo da TJLP, hoje em 5% ao ano. O Programa de Sustentação do Investimento (PSI) prevê a TJLP acrescida de, no máximo, 1,5% ao ano para financiar as concessões.

 

O próximo passo será dado pelos bancos públicos na semana que vem, quando as suas áreas técnicas se reúnem para definir o modelo de sua atuação conjunta. O passo seguinte será procurar os bancos privados para participarem dos sindicatos de financiamento, junto com os federais.

 

Para tanto, o governo trabalha para viabilizar o funding para que as instituições privadas entrem nos negócios.

 

A solução mais adiantada é a permissão de que esses bancos saquem até R$ 15 bilhões dos depósitos compulsórios para destinar ao financiamento de infraestrutura, conforme antecipou o Valor na semana passada.

 

Além disso, há também propostas para que o Tesouro Nacional possa repassar recursos a um consórcio de bancos diretamente. A questão é como, juridicamente, a União poderá dar dinheiro para um ente privado a juros tão baixos quanto a TJLP. A área econômica ainda está trabalhando nessa solução.
Outra questão é quanto a União vai assumir do risco dos empréstimos que os bancos contratarem com as empresas que vão assumir as concessões.

 

Há alternativas sendo cogitadas em que o BNDES oferece garantias integrais aos financiamentos, outras em que a União assume o papel de fiador em parte da operação ou ainda em que a participação federal varie de acordo com o nível de captação própria que os bancos fizerem.

 

A outra ponta do programa de incentivos para o financiamento privado nas obras de infraestrutura são as debêntures e fundos de recebíveis de crédito (FIDC) com benefício fiscal.

 

Além de não ser capaz de suprir sozinho a necessidade de financiamentos para a infraestrutura, o governo vê outras vantagens na participação do setor privado. Haveria uma diversificação e diluição dos riscos e uma possível melhora na qualidade técnica dessas avaliações, ao juntar a expertise dos bancos públicos e privados. Os bancos privados também aprofundariam sua experiência nesse mercado, reduzindo a pressão sobre o BNDES e a Caixa.

 

“Os bancos privados têm interesse em emprestar para os vencedores dos leilões, que serão empresas de primeiro nível, como Camargo Correa, OAS e Odebrecht”, afirmou uma fonte de um banco federal.

 

Amanhã, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, começa um “road show” para apresentar os projetos do governo a investidores internacionais. A aposta do governo é que conseguirá atrair parceiros fora do eixo Nova York-Londres, trazendo investidores da China e do Oriente Médio.

Atualizado às 15h43

A insistente cobrança da Contraf-CUT, federações e sindicatos, junto com a Fenae, para melhorias no Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon) da Caixa surtiu efeito.

Na reunião do Fórum Paritário sobre Condições de Trabalho, realizada na terça-feira (21), em Brasília, a empresa assumiu o compromisso de atualizar a versão do sistema da chamada estação única. O objetivo é impedir que os empregados continuem trabalhando além da jornada.

Os problemas de inconsistências na implementação da estação única junto ao Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag) foram criticados pelos representados dos empregados, já que inúmeros trabalhadores continuam a exercer suas atividades na ilegalidade. Muitos saem do ponto eletrônico, mas continuam a trabalhar para cumprir o volume excessivo de trabalho.

A Caixa informou que foram feitos ajustes no Sistema, e que uma nova versão estará em piloto em duas agências do Distrito Federal. Sendo aprovado o piloto, uma nova versão da estação única será disponibilizada para toda a rede nesta quinta-feira (23).

“A estação única do ponto é um avanço fruto de reivindicação do movimento sindical que pode amenizar muitas fraudes dentro da empresa, mas ainda não contempla todas as melhorias necessárias. Uma questão urgente é a de mais contratação dos concursados para que os empregados parem de trabalhar além da jornada devido ao excesso de serviço”, destaca Fabiana Uehara, diretora da Contraf-CUT e do Sindicato dos Bancários de Brasília.

Pagamento das horas-extras

Foram debatidas ainda questões relativas ao pagamento de 100% das horas extras a empregados de agências com até 15 trabalhadores. A possibilidade do pagamento total dessas horas é uma conquista do último aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho assinado entre o movimento sindical e a empresa. Nesse sentido, a Caixa informou que divulgou comunicado interno (CE Susec/Gerel 010/2014) em 15 de janeiro, explicando qual procedimento o gestor deverá tomar para fazer o pagamento total.

Atualmente o empregado que deseja fazer essa opção deve encaminhar email para o gestor informando sobre a escolha pela compensação ou pagamento total.

A Caixa informou que a partir de março o próprio empregado terá a opção no sistema para escolher a forma de pagamento das 100% das horas extras realizadas em agências com até 15 empregados.

Segurança no trabalho

A Caixa apresentou um projeto-piloto para o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), hoje assinado por técnicos, passando a ser realizados por cipeiros. O projeto será implantado em três capitais, começando por Curitiba (PR), depois Goiânia (GO) e Belém (PA).

O piloto terá o cipeiro trabalhando juntamente com o gestor da área com objetivo de unificar as demandas do Termo de Verificação de Ambiência (TVA) e do PPRA. A Caixa também informou que foi solicitado um estudo para valorizar o cipeiro. A valorização do cipeiro é um item de reivindicação aprovado no 29º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa.

O movimento sindical reforçou a questão do fortalecimento da Gipes, da Gilog e do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt). Também foi reforçada a necessidade da contratação de mais empregados.

Fóruns regionais e critérios objetivos 

Durante o encontro, a Caixa apresentou uma proposta prévia de Fóruns regionais em várias cidades para discutir estrutura, empregados por unidade, jornada e assédio moral. Esses grupos terão representantes da Caixa e também membros indicados pela Contraf-CUT.

O movimento sindical vai avaliar a proposta e fazer as considerações dos trabalhadores sobre o tema na próxima reunião do Fórum, que está marcada para 13 de fevereiro.

Os representantes dos trabalhadores também destacaram na reunião a importância da Caixa determinar critérios objetivos de comissionamento e descomissionamentos dentro da empresa para evitar situações de violência organizacional e assédio moral.

Fonte: Contraf-CUT e Fenae

Pesquisa nacional mostra que 65 pessoas foram assassinadas em assaltos envolvendo bancos em 2013, uma média de 5,4 vítimas fatais por mês, o que representa aumento de 14,04% em relação a 2012, quando foram registradas 57 mortes, totalizando um crescimento de 32,7% nos últimos dois anos. O levantamento foi realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), com base em notícias da imprensa e apoio técnico do Dieese.

Clique aqui para ver tabelas e gráficos da pesquisa.

São Paulo (17), Rio de Janeiro (11), Bahia (7), Ceará (6), Minas Gerais (6) e Rio Grande do Sul (5) foram os estados com o maior número de casos. O estado com o maior crescimento de mortes em 2013 foi Minas, com 500% em relação ao ano anterior.

As principais ocorrências (49%) foram o crime de “saidinha de banco”, que provocou 32 mortes, o assalto a correspondentes bancários (22%), que matou 14 pessoas, e o assalto a agências (12%), que tirou a vida de 8 pessoas. Houve também mortes em assaltos a caixas eletrônicos (6), abastecimento de caixas eletrônicos (3) e assaltos a postos de atendimento (2).

Mais uma vez, as maiores vítimas (55%) foram os clientes (36), seguido de vigilantes (10), transeuntes (5) e policiais (7). Dois bancários também foram mortos, além de outras cinco pessoas, muitos vítimas de balas perdidas em tiroteios.

A pesquisa também revela a faixa etária das vítimas, quase sempre identificada nas notícias da imprensa. A idade entre 31 a 40 anos é a mais visada, com 16 mortes (25%), seguida pelos idosos com mais de 60 anos, com 14 mortes (21%), e a faixa entre 41 e 50 anos, com 11 mortes (17%).

Já o gênero das vítimas é liderado pelos homens (60), o que representa 92,3% dos casos. Também foram assassinadas cinco mulheres (7,7%).

Falta de investimentos dos bancos

Para a Contraf-CUT e a CNTV, essas mortes comprovam mais uma vez a falta de investimentos dos bancos para melhorar a segurança dos estabelecimentos e garantir um atendimento seguro para os clientes e a população.

Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander) apresentaram lucros de R$ 42,2 bilhões de janeiro a setembro de 2013. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 2,4 bilhões, o que significa 5,6%, em média, na comparação com os lucros.

Como se não bastasse essa escassez de investimentos em segurança, os bancos vivem descumprindo a lei federal nº 7.102/83, que tem mais de 30 anos e se encontra defasada diante do crescimento da violência e da criminalidade. No ano passado, a Polícia Federal aplicou multas contra 28 bancos, no total de R$ 24,3 milhões, durante as reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP).

Avaliação dos bancários e vigilantes

“Essas mortes são assustadoras e revelam o descaso e a carência de investimentos dos bancos na prevenção de assaltos e sequestros e na proteção da vida de trabalhadores e clientes”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

“Os bancos preferem gastar bilhões de reais em marketing e meios eletrônicos de pagamento a investir em equipamentos de prevenção e outros procedimentos seguros”, completa. “A segurança é encarada pelos bancos como custo que pode ser reduzido para aumentar ainda mais os lucros”.

“Esses números também revelam a fragilidade da segurança pública, pois faltam mais policiais e viaturas nas ruas e ações de inteligência para evitar ações criminosas”, salienta Cordeiro.

“Todas essas mortes são muito preocupantes e reforçam a necessidade de atualizar a lei federal nº 7.102/83,”, destaca o presidente da CNTV, José Boaventura Santos.

“Nós precisamos avançar o projeto de estatuto de segurança privada, que está em construção no Ministério da Justiça, a fim de incluir equipamentos e medidas eficazes para proteger a vida das pessoas, eliminar riscos e oferecer segurança para trabalhadores e clientes”, acrescenta.

“Além das mortes, essa violência ainda deixa inúmeros feridos e traumatizados pelo Brasil afora, acabando com os sonhos e as esperanças de muita gente”, alerta Boaventura.

Perigo da saidinha de banco

A Contraf-CUT e a CNTV defendem ações preventivas para enfrentar a “saidinha de banco”, que é o crime mais está matando em assaltos envolvendo bancos. “Esse crime começa dentro dos bancos e, para combatê-lo, é preciso evitar a ação dos olheiros na hora do saque de clientes, através de medidas como a instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, e de divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos”, defende Cordeiro.

“A instalação de biombos já virou lei em vários municípios, como João Pessoa, Belo Horizonte, Recife, Curitiba, Fortaleza e Belém, entre outros, reduzindo drasticamente a saidinha de banco”, aponta Boaventura.

“O biombo é uma das medidas do projeto-piloto de segurança bancária, que está em andamento em Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Essa medida precisa ser estendida para todo país, a fim de combater a saidinha de banco”, aponta Cordeiro.

Outra medida defendida por bancários e vigilantes é a isenção de tarifas de transferência de recursos (DOC, TED), como forma de reduzir a circulação de dinheiro na praça. “Muitos clientes sacam valores elevados só para não pagar as altas tarifas dos bancos e viram alvos de assaltantes cada vez mais atrevidos”, defende o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.

“Proibir o uso do celular nos bancos é uma medida ineficaz, pois não impede a visualização dos saques”, alerta.

Insegurança nos correspondentes bancários

A disparada das mortes em assaltos a correspondentes bancários (lotéricas, banco postal, lojas e outros estabelecimentos) não surpreende a Contraf-CUT e a CNTV. “Os bancos estão elitizando os serviços e empurrando cada vez os clientes de baixa renda para esses estabelecimentos, onde a segurança é mínima, quando existe, precarizando o atendimento, aumentando o risco e expondo perigosamente a vida das pessoas”, ressalta Boaventura.

“Queremos igualdade de atendimento para toda a população, com agências e postos de serviços, onde têm bancários e vigilantes, possibilitando um atendimento com qualidade e segurança para clientes e usuários, prevenindo assaltos e protegendo o sigilo bancário e, acima de tudo, a vida das pessoas”, propõe Cordeiro.

A vida em primeiro lugar

Bancários e vigilantes reforçam outras soluções de segurança que já salvaram muitas vidas em todo país. “É fundamental a colocação de portas de segurança com detectores de metais antes do autoatendimento, câmeras internas e externas com boa resolução de imagens e monitoramento em tempo real, escudos com assento para vigilantes e vidros blindados nas fachadas, dentre outras medidas”, reforça Boaventura.

“Os bancos e as autoridades de segurança pública têm que tomar providências para evitar novas tragédias, que acabam com o futuro de inúmeras famílias em todo país”, alerta Cordeiro. “O atendimento bancário é atividade de risco. Os bancos têm que assumir a sua responsabilidade para proteger a vida das pessoas”, enfatiza Carlos Cordeiro. “A vida tem que ser colocada em primeiro lugar”, conclui.

Fonte: Contraf-CUT com CNTV

Carolina Mandl
Valor Econômico | De São Paulo

O Itaú Unibanco acertava ontem à noite os últimos detalhes da transação para assumir o controle do banco chileno Corpbanca. Por isso a expectativa é que o negócio seja concluído nos próximos dias.

Segundo o Valor apurou, a aquisição se dará pela criação de uma holding que unirá as operações do Itaú Chile com o Corpbanca. É dessa nova instituição que o Itaú terá o controle.

O negócio dará ao Itaú a posição de quarta maior instituição financeira no Chile, com um total de cerca de R$ 82 bilhões em operações de crédito. Sozinho, o Itaú Chile tem uma presença bem mais modesta no país, com R$ 22,6 bilhões em empréstimos ou 67,4% do total que o banco tem na América Latina, excluindo o Brasil.

O Itaú admitiu, pela primeira vez, o interesse no Corpbanca em meados de dezembro. Na ocasião, o presidente do Itaú BBA, Candido Bracher, afirmou que a instituição estava na disputa pelo banco.

O Itaú já tem uma operação no Chile, com 2,5 mil funcionários e foco nos segmentos de varejo e de clientes de alta renda. Com o Corpbanca, a instituição vai avançar no varejo, mas também vai ganhar força no atacado – área em que o Itaú vem tentando expandir sua presença na América Latina.

O Itaú BBA – braço de atacado e banco de investimentos do grupo – abriu uma unidade na Colômbia no ano passado, com aporte de US$ 200 milhões. Até o fim do terceiro trimestre, espera colocar em funcionamento uma corretora no México. A instituição tem planos de oferecer serviços de banco de investimentos e, num segundo momento, crédito corporativo a empresas mexicanas.

O Corpbanca, controlado pela família do bilionário Alvaro Saieh, não é a primeira instituição adquirida pelo Itaú no Chile. Em 2006, comprou as operações do BankBoston no país. Cinco anos mais tarde, adquiriu o negócio local de varejo do HSBC e firmou parceria com a Munita, Cruzat & Claro (MCC), de gestão de fortunas.

Fonte: Valor Econômico

O juiz de Direito André Luiz Damasceno Castro Leite, da 3ª Vara Cível de Assis (SP), julgou improcedente no dia 23 de janeiro último ação movida pelo Santander contra a Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de Assis, em razão de carta aberta aos clientes distribuída pelas entidades sindicais no dia nacional de luta realizado em 11 de abril do ano passado, denunciando as demissões e a falta de funcionários no banco.

Foram igualmente julgadas improcedentes pela Justiça três ações semelhantes movidas na mesma época pelo Santander em Barretos, Araras e Presidente Prudente contra a Contraf-CUT, a Fetec-CUT/SP e os sindicatos dos bancários das três regiões, também no interior de São Paulo, na tentativa de calar os trabalhadores.

Conforme a sentença do juiz Castro Leite, o Santander pediu reparação às duas entidades sindicais, alegando ter “experimentado danos morais em decorrência de publicações feitas pelos réus em panfletos e publicações em sites da internet. De acordo com ele (o banco), os fatos constantes das publicações são inverídicos e difamatórios”.

O banco espanhol também solicitou que o Sindicato e a Contraf-CUT “se abstenham de veicular propagandas, informes e notícias ofensivas a ele, no prazo de 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00″.

Ataque à atividade sindical

Na defesa, a Contraf-CUT sustentou que “a ação é orquestrada, visando constranger e obstar o trabalho sindical, não sendo a honra ou a imagem do autor que estão sob ataque, mas sim a liberdade de expressão e o direito ao exercício da atividade sindical”. Alegou ainda que “o autor pretende a condenação da ré com o fulcro de desfalcá-la patrimonialmente para que fique impossibilitada de continuar a existir”.

O Sindicato de Assis reiterou, na defesa, a linha de argumentação da Contraf-CUT e enfatizou ainda que “o autor não fez prova das alegações narradas na inicial, considerando que o autor pratica assédio moral. Assim, não há como limitar a informação à esfera de conhecimento do empregado lesado e seu sofrimento”.

Sentença

Acatando defesa apresentada pela Contraf-CUT e pelo Sindicato de Assis, o juiz afirma na sentença que tanto a carta aberta aos clientes quanto os textos publicados no site da entidade “não têm o potencial ofensivo alegado pelo autor na inicial”.

“Não se pode ter que aquelas publicações, por si só, tenham o condão de ofender de tamanha forma a honra e o nome do autor capaz de gerar os danos ali mencionados, especialmente em relação a seus clientes”, uma vez que o Santander “tem à sua disposição ferramentas para prestar os esclarecimentos pertinentes a sua clientela”.

Na decisão, o juiz Castro Leite insiste que, “especialmente em se tratando de entidade bancária do porte do autor, que mantém contato direto com seus clientes, que por correspondência, quer por publicações na mídia, fica fácil a demonstração em contrário”.

E arremata: “No presente caso, a publicação distribuída e veiculada pelas rés nada mais demonstrou que mero cunho jornalístico, visando não só informar à sociedade fatos possivelmente verídicos, mas com o intuito também de proteger a relação de emprego dos funcionários do Banco autor. Trata-se de publicações e opiniões exteriorizadas dentro da razoabilidade do direito de crítica e opinião constitucionalmente asseguradas”.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários de São Paulo tem recebido denúncias de que o Santander, por intermédio de alguns gestores, tem reduzido as notas nas avaliações de desempenho de cargos que são elegíveis ao bônus – que é pago juntamente com a Participação nos Lucros e Resultados – para reduzir custos.

Bancários que trabalham em departamentos, centros administrativos e diretorias regionais e podem ganhar o bônus – além de alguns operadores de call-centers, que também teriam o direito – denunciaram que suas notas foram reduzidas na comparação com o semestre anterior. Os funcionários tiveram o mesmo desempenho, mas a avaliação foi rebaixada em um nível.

As notas vão de 1 a 5. Segundo um trabalhador contatado pelo Sindicato, ninguém tira a nota 1. Quem tira 2 está abaixo do desempenho esperado e, assim, passa a correr o risco de ser demitido. A partir do 3, o bancário já adquire os pré-requisitos para receber o bônus.

Os trabalhadores podem ter o bônus reduzido ou mesmo não o receber. De acordo com as denúncias, alguns gestores são claros quando justificam a diminuição da nota ao dizer que o motivo é reduzir a gratificação.

Segundo a diretora do Sindicato Maria Rosani, o banco aumenta seus lucros de duas formas: ao demitir trabalhadores e ao reduzir a remuneração. “O Santander, por meio de uma política de gestão de pessoas condenável, mostra que quer explorar o trabalhador ao máximo para maximizar seus lucros”, diz.

“O banco é duro na hora de cobrar: a sobrecarga é enorme e a pressão adoece o trabalhador. Mas, quando é para reconhecer o esforço do bancário, muda a regra para não pagar a remuneração variável. Muda critérios a todo momento e o empregado fica a ver navios”, afirma.

De acordo com a dirigente sindical, não há reclamações de que altos executivos tenham suas comissões reduzidas. “Os altíssimos lucros dos banqueiros e dos altos executivos são mantidos à custa do suor do trabalhador, constantemente pressionado por metas absurdas.”

O Sindicato cobra providências do Santander. “Exigimos que o banco reoriente os gestores para que façam a avaliação correta e não cometam mais injustiças com os trabalhadores”, completa Rosani.

Fonte: Mariana de Castro Alves – Seeb São Paulo

O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região acionou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e cobrou reunião com a direção do Mercantil do Brasil para que sejam prestados esclarecimentos sobre a atual reestruturação do banco. Esse processo já foi responsável pelo fechamento de oito agências, mudança no perfil de atendimento de sete unidades de trabalho e a demissão de diversos funcionários do banco em todo o país, inclusive de trabalhadores com estabilidade provisória de emprego e com problemas de saúde.

A reunião foi agendada para o dia 3 de fevereiro, às 14 horas, na sede do MTE em Belo Horizonte, e contará com a presença representantes de sindicatos de todo o Brasil. A mesa será mediada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Minas Gerais (SRTE-MG).

Para o funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato de BH, Marco Aurélio Alves, é necessário que o banco se explique sobre o processo de reestruturação que atinge tanto trabalhadores quanto os clientes.

“O que estamos vendo até agora são demissões e apreensão nas agências e nas demais dependências do Mercantil do Brasil, sem que o banco tenha dado explicações mais detalhadas e convincentes sobre como e onde pretende chegar. O movimento sindical e a sociedade em geral exigem uma postura humana do Mercantil e respeito para com trabalhadores e clientes”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH