Maio 23, 2025
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O Santander entrou na campanha Outubro Rosa – que visa prevenir o câncer de mama – e está oferecendo este mês a funcionárias do banco e também das empresas coligadas, assim como a suas dependentes no plano de saúde, exames preventivos sem a cobrança da coparticipação. Os exames são: ultrassonografia de mamas, mamografia, papanicolau, colposcopia, ultrassonografia transvaginal e vulvoscopia.

Rita Berlofa, secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e funcionária do banco, reforça a necessidade de exames preventivos, pois eles podem significar uma linha tênue entre vida e morte. “Exames preventivos podem nos salvar a vida. Aproveitem o “Outubro Rosa” e atualize seu checkup”, aconselhou.

A campanha Outubro Rosa é de prevenção ao câncer de mama, porém, muitas entidades e organizações têm aproveitado o mês para promover ações de prevenção a outros tipos de câncer que acometem as mulheres, como o de colo do útero, de ovário e até mesmo os mais raros: do endométrio e o de vulva. Por isso que a iniciativa do Santander também abarca outros exames e não apenas os de mama.

“É muito importante que as bancárias aproveitem o período para realizar esses exames, que são fundamentais na prevenção de tumores malignos e na promoção da saúde da mulher. A ciência já comprovou que é mais fácil curar o câncer quando ele é descoberto logo no início. Por isso é fundamental que as trabalhadoras, suas filhas e demais dependentes realizem esses exames com a periodicidade adequada. Se ainda não fizeram, que aproveitem o Outubro Rosa para fazê-lo”, destaca Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização do Empregados (COE) do Santander.

Segundo dados divulgados pelo governo federal, o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. A doença também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, sendo as maiores taxas de incidência e mortalidade nas regiões sudeste e sul do país. Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.

O Outubro Rosa no Santander prevê palestras educativas sobre saúde da mulher, como as rodas de conversa com o tema “Outubro Rosa e Novembro Azul”, nos dias 24 (na Tools Piracicaba) e 26 (na F1rst).

Fonte: Contraf-CUT

Estudos mostram que ainda existe uma grande dificuldade não só de registrar as denúncias, tendo em vista a necessidade de comprovação e evidência de que foi assédio sexual, mas também de responsabilização dos agressores. Mesmo assim, tem aumentado no Brasil o número de denúncias relativas a esta prática.

Em 2021, mais de três mil casos de assédio sexual foram registrados na Justiça do Trabalho no Brasil. Segundo os dados da Pearson, a maior parte das denúncias acabam em acordo ou decisão parcial quando não há o reconhecimento (em sua totalidade) do assédio. Somente em 1% das denúncias a Justiça reconheceu que houve o assédio.

De janeiro a julho de 2023, o Ministério Público do Trabalho registrou 831 denúncias de assédio sexual em todo o país. No mesmo período de 2022, foram 393 denúncias.

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), buscando contribuir para o combate ao assédio moral e sexual no banco público e em outros segmentos, está divulgando uma série de matérias sobre o assunto. Na primeira matéria, tratamos sobre conceito e caracterização do assédio moral. Nesta, vamos esclarecer sobre o assédio sexual.

O que é assédio sexual?

Assim como o assédio moral, o assédio sexual também está presente no ambiente de trabalho e é definido como “constrangimento com conotação sexual” e que atenta contra a dignidade humana e a integridade física e psicológica, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho. Em outras palavras, é uma outra forma de violência dentro do ambiente de trabalho ou em função das atividades no trabalho. Já tem previsões em lei que criminaliza o assédio sexual, como no artigo 216 – A do Código Penal Brasileiro, com pena de 1 a 2 anos (com agravantes).

O que caracteriza o assédio sexual?

Duas categorias caracterizam assédio sexual. Assim como assédio moral, esse tipo de violência também corresponde a comportamentos repetitivos e constantes, mas que se apresentam de duas formas:

  • Assédio sexual por intimidação: comportamentos que intimidam, humilham e que tornem o ambiente de trabalho hostil. Além de “propostas” constrangedoras e que violem à dignidade humana, a liberdade sexual e a integridade física e psicológica;
    Assédio sexual por chantagem: ocorre quando há uma exigência de conduta sexual em troca de benefícios ou para evitar prejuízos no ambiente de trabalho.

Como acontece o assédio sexual?

  • Contato físico indesejado e sem consentimento;
  • Expressões, falas, olhares, gestos, envio de imagens e mensagens, comentários, entre outras formas de constranger, intimidar e chantagear;
  • Convites insistentes e impertinentes;
  • Chantagens para obter favorecimento em ambiente de trabalho;
  • Ameaças e uso de força física;
  • Intimidações com incitações sexuais inoportunas;
  • Provocações sexuais inoportunas no ambiente de trabalho que tem como objetivo prejudicar, constranger, intimidar, humilhar uma pessoa.

Quem comete o assédio sexual?

  • Podem ser (mas nem sempre) pessoas de níveis hierárquicos superiores;
  • Podem ser fornecedores, clientes, autoridades e outros.

Fonte: Fenae

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense lamenta profundamente a morte do bispo emérito de Duque de Caxias, Dom Mauro Morelli.

Dom Mauro Morelli morreu na madrugada desta segunda-feira (9). Dom Morelli faleceu aos 88 de idade em Belo Horizonte, Minas Gerais, onde estava internado nos últimos dias.

Dom Mauro foi ordenado sacerdote em 28 de abril de 1965, e em 1974 foi nomeado bispo auxiliar de São Paulo pelo Papa Paulo VI.

Durante sua trajetória no episcopado, ele foi vigário geral da arquidiocese de São Paulo e membro da Comissão Representativa da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Exerceu o bispado em Duque de Caxias de 1981 a 2005, quando pediu a renúncia do ministério.

Marcelo Silva, diretor do Sindicato, comentou: “Dom Mauro encarnava uma visão de Igreja onde o cristão, para além dos limites físicos dos templos, deveria atuar na sociedade, anunciando o que é do Reino e denunciando o que não é. Estimulava a participação cristã, nas entidades da sociedade civil organizada: sindicatos; associação de moradores; conselhos de direitos nas diversas esferas do Poder Executivo. Por diversas vezes, abriu as portas para o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense - à exemplo do que fazia a todas organizações de trabalhadores e trabalhadoras - para a realização das grandes assembleias desde o início da década de 1980, marcada pelo processo de conquista e reabertura democrática e superação da ditadura civil/militar entre os anos de 1964 e 1985. DOM MAURO MORELLI: PRESENTE!”.

Em nota, a Diocese de Duque de Caxias, lamentou o falecimento do primeiro bispo da Diocese.

"Neste momento de dor e pesar, como Igreja Diocesana presente em Duque de Caxias e São João de Meriti, recorremos à proteção materna da Virgem Senhora do Pilar. Desejamos, ao perceber os sinais de esperança, expressar nosso louvor ao Deus sábio, amoroso e misericordioso que nos concedeu a graça de ter dom Mauro Morelli como nosso primeiro pastor. Com confiança na ressurreição, proclamamos em uma só voz: Vem, Senhor Jesus! Descanse em paz, dom Mauro!", diz a nota. 

O Sindicato presta solidariedade à família, amigos e colegas neste momento de profunda dor.

Dom Mauro Morelli, presente!

*com informações do G1

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizará, nos dias 10 e 11 de novembro, o VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro. O evento será em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, e as inscrições já estão abertas (clique aqui).

“No VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, vamos discutir o racismo na sociedade e seus reflexos no mercado de trabalho, como sempre fizemos nas edições anteriores”, explica o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar. A programação completa será divulgada nos próximos dias.

Almir explica que o principal objetivo do evento é fortalecer o debate sobre as questões raciais e as formas de atuação sindical para ampliar o número de negras e negros na categoria bancária. “O fórum também é parte importante da luta do movimento negro, para que todos os trabalhadores dos mais diversos segmentos tenham oportunidade de acesso ao emprego e salário justo, da luta contra o racismo no trabalho e na vida”, disse.

Saiba mais

VII Sétimo Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro
Quando: 10 e 11 de novembro
Onde: Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região
Endereço: Rua General Câmara, 424, Porto Alegre/RS
Link para inscrições: https://forms.gle/uW2xe2En6uso87Nz6

Entenda

Enquanto 57% da população brasileira é formada por negras e negros, a categoria bancária tem apenas 23,6% desse segmento em seus quadros. Já a parcela de brancos e brancas é de 72,6%. A remuneração da mulher preta bancária é, em média, 40,6% menor que a do bancário homem branco. As informações foram sistematizadas pela Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do IBGE e do Ministério do Trabalho. Veja o estudo completo aqui.

Na sociedade, a violência também reflete o racismo estrutural no Brasil. Conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2022, nesse ano, das 47.508 mortes violentas no país, 76,9% das vítimas eram pessoas negras e 50,2% tinham entre 12 e 29 anos. Dos 1.437 feminicídios, 61,1% foram cometidos contra mulheres negras e 71,9% contra mulheres entre 18 e 44 anos.

“Esses números são absurdos, pois mostram uma sociedade muito violenta e perigosa para todas as pessoas, mas principalmente para a juventude e a população negra”, avalia Almir. “Seja nas ruas, em casa ou no trabalho, temos que quebrar essa rotina de discriminação, para termos uma sociedade mais justa e humana”, pontua o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, filiado à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), obteve uma grande vitória na justiça.

Foi assinado no TRT, na tarde de 20 de setembro de 2023, o Acordo de Conciliação entre as Bancárias e o Banco do Brasil, referente a Ação dos 15 minutos intrajornada. Direito previsto apenas para mulheres de acordo com o artigo 384 da CLT, derrubado com a Reforma Trabalhista de 2017.

Ao todo, cerca de 77 mulheres foram beneficiadas. O Sindicato foi representado pelo escritório Souza e Freitas Consultoria Jurídica, através do Dr. Bruno Mejdalani.

Após a Ação ganha, o Banco apresentou proposta de conciliação que resultou em um acordo aceito pela maioria das bancárias substituídas o que beneficiou 77 mulheres, que receberam o valor devido, ficando cada uma das substituídas responsável caso tenha que ser efetuado recolhimento de pensão.

Para o Presidente do Sindicato dos Bancários de Macaé e Região, Paulo Alves “é de suma importância destacar a figura do Sindicato como instrumento de representatividade e de garantia dos direitos de seus trabalhadores, mesmo com a reforma trabalhista de 2017, que trouxe grandes perdas aos trabalhadores é essencial que a Luta seja diária para garantia de nossos direitos e avanço em novas conquistas trabalhistas.”

O acordo foi fechado durante a Semana Nacional da Execução Trabalhista (13ª Edição. De 18 a 22 de setembro) e a audiência foi presidida pelo juiz André Luiz Da Costa Carvalho.

O Diretor de Assuntos Jurídico do Sindicato, José Renato, lembra que “essas conquistas do Sindicato só são possíveis graças aos bancários filiados que, com suas mensalidades, ajudam a custear os Advogados e as Custas Judiciais.”

José Renato ainda destacou: “Essa vitória mostra a importância de um sindicato forte e, mais uma vez, mostramos que sindicato forte é aquele que está junto aos trabalhadores e presente em sua jornada de conquistas e manutenção de benefícios e direitos.”

Fonte: Fetraf RJ/ES

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, na terça-feira (3), um ofício ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) solicitando esclarecimentos sobre a não concessão de reajuste salarial a seus empregados.

“O banco alega que no acordo existe uma condição de eficácia, estabelecida por exigência da gestão anterior, indicada pelo governo Bolsonaro. Mas o mesmo acordo não estabelece que esta condição de eficácia esteja vinculada ao reajuste” disse o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, que representa a entidade nas negociações com o banco.

O ofício observa ainda que, na ata da audiência de mediação realizada no Tribunal Superior do Trabalho, ficou expressamente claro que tal condição não vincularia a futura/atual gestão.

“Portanto, isto significa um descumprimento do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) e logo numa direção que foi indicada pelo atual governo Lula. Esperamos que a direção do BNDES, sob o comando do Presidente Aloísio Mercadante, faça imediatamente o repasse do reajuste da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a todo o seu corpo de funcionários, que deveria ter sido creditado na folha de setembro”, concluiu o vice-presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com a direção do banco, na tarde desta terça-feira (3), em formato digital, para reivindicar mudanças nas cobranças de metas, um dos principais motivos do adoecimento bancário. Esta negociação está assegurada pela cláusula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Negociada na Campanha Nacional dos Bancários de 2022, ela determina que o tema das metas e das formas de seu acompanhamento pelos bancos deveria ter sido incluído na pauta da primeira reunião de negociações de 2023 com as comissões de organização de empregados.

Na primeira reunião de 2023, o banco informou que o conceito de metas se baseia no planejamento anual, distribuída por região, de acordo com a produtividade de cada uma. A instituição afirmou que a meta é 100% mensal. O movimento sindical informou que é contra a meta individual. “Defendemos que seja semestral e não mensal”, lembrou Magaly Fagundes, coordenadora da COE, que também reivindica metas coletivas e semestrais, além da não alteração das metas, após o início do período de vigência do prazo de cumprimento.

Auxílio Academia

A Comissão também voltou a reivindicar o benefício, mas o banco afirmou que ainda não consegue atender, porém, está estudando a possibilidade. “Relatamos a importância desse tema, visto que se trata de um investimento na saúde do bancário”, explicou Lourival Rodrigues, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.

Ponto eletrônico e Bradesco Financiamento

Na reunião, as partes também voltaram a negociar a renovação dos aditivos de Ponto Eletrônico e do Bradesco Financiamento. O banco apresentou as propostas de texto e o movimento sindical sugeriu mudanças para adequação às novas portarias que regem os temas. O assunto segue na pauta para os próximos encontros.

Plano de Saúde

O movimento sindical relatou as inúmeras reclamações que tem recebido pelo grande número de descredenciamento de médicos, clínicas e hospitais, principalmente em regiões afastadas das grandes cidades e que já têm poucas opções, dos planos de saúde e odontológico.

Uma nova reunião, em formato presencial, deve ser agendada nas próximas semanas para avançar em todas as negociações.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil tem até o dia 17 de outubro para responder uma série de questões à Justiça sobre sua participação ou fomento na escravidão no país. A data foi estipulada pelo Ministério Público Federal (MPF), em notificação sobre abertura de um inquérito civil público para investigar o envolvimento da instituição no maior crime contra a humanidade praticado no século 19.

“Em 2020, o movimento Black Lives Matter [Vidas Negras Importam], iniciou a derrubada de várias estátuas de personagens que se alimentavam do racismo nos Estados Unidos, e se estendeu até a Europa. Com essa ação do Ministério Público Federal, é preciso descortinar o processo de construção do Banco do Brasil, derrubando essas estátuas que marcaram o passado do banco, beneficiando economicamente várias pessoas com o processo de escravização no país, torturando e matando negros e negras”, avalia o Secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar. “O banco tem o dever de reconhecer os erros do passado. Inclusive, garantir formas de trazer mais negros e negras em seu quadro de funcionários, onde a porta de entrada, por ser um banco público, é via concurso”, completa.

A escravização de seres humanos foi praticada no Brasil durante quase três séculos e meio. Historiadores calculam que, durante o período, cerca de 5 milhões de pessoas foram compulsoriamente retiradas de suas terras e comercializadas no país.

O auge do crime humanitário se deu entre o século 18 e meados do século 19. Somente no período de 1830 e 1850, foram cerca de 753 mil seres humanos retirados ilegalmente do continente africado e trazidos ao Brasil. Esse dados tornam o país responsável pelo maior crime contra a humanidade do século 19.

Nota do BB sobre movimento de reparação histórica

Em nota, o Banco do Brasil afirmou que irá responder aos questionamentos do MPF e ainda que, “como empresa que busca promover a igualdade racial (…) está à disposição do Ministério Público Federal para continuar protagonizando e envolver toda a sociedade na busca pela aceleração do processo de reparação.”

O pedido de reparação histórica ao BB não é novidade e faz parte de um movimento global. Na Inglaterra e Estados Unidos, por exemplo, o Bank of England e as universidades Harvard e Brown University já foram chamados a reconheceu seu papel na escravidão e apresentarem ações de reparação.

Ainda em nota, o BB destacou que mantém grupo de discussão sobre diversidade, através do qual se reúne com movimentos representativos dentro da empresa, incluindo do BB Black Power, como forma de “unir esforços em ações direcionadas à superação da discriminação racial”.

Para Almir Aguiar, a nota do Banco do Brasil ainda é muito branda. “O banco foi construído com sangue negro. Então, o papel do BB hoje tem que ser o de criar mecanismos claros e eficientes de reparação às injustiças cometidas no passado. Uma maneira de fazer isso, por exemplo, é tirar resoluções das próprias reuniões com o BB Black Power, como formas de fomentar a participação de negros e negras nos concursos públicos. E, para com a sociedade brasileira como um todo, estabelecer ações efetivas de políticas públicas direcionada a população negra, promovendo a igualdade de oportunidades, combatendo a discriminação para que erros do passado não voltem acontecer”, resume o secretário.

“É preciso encarar essa discussão, porque esse passado e essa memória fazem parte e ainda afetam nosso presente, por meio das desigualdades sociais e do racismo estrutural. A sociedade e as grandes instituições brasileiras precisam se olhar no espelho e enfrentar esse assunto”, observou o procurador Julio Araujo, em matéria da BBC sobre o tema.

Escravizados como garantia em empréstimos

A ação civil pública que motivou a notificação do MPF ao Banco do Brasil é assinada por um grupo de pesquisadores e historiadores que lançaram à luz a forma como a instituição BB se alimentou e fomentou o tráfico de pessoas.

A primeira relação entre o BB e a escravidão se deu logo quando foi criado, em 1808, com a vinda do rei D. João 6º ao Brasil. Na época, parte do dinheiro da instituição vinha de taxas cobradas de embarcações dedicadas ao tráfico de pessoas.

Outra forma de incentivo ao comércio de seres humanos era a concessão de títulos de nobreza, pelo governo imperial, a escravocratas e comerciantes ilegais que colocavam dinheiro no banco.

Em 1829, o BB foi dissolvido por problemas financeiros. Sua refundação ocorreu em 1833, a partir dalí sua relação com a escravidão se tornou mais intensa, começando pela participação de grandes traficantes no grupo de empresários que assinaram o termo de refundação do BB, entre eles José Bernardino de Sá, maior acionista do BB, em 1853.

Estima-se que Bernardino de Sá tenha contrabandeado 20 mil africanos entre 1825 e 1851, grande parte teria passado por um barracão que manteve no norte de Luanda, capital de Angola, onde deixava os africanos sequestrados até o embarque para o Brasil.

Outros nomes de traficantes ligados ao BB são João Pereira Darigue Faro e João Henrique Ulrich, que foram, respectivamente, vice-presidente e diretor do banco.

João Pereira Darigue Faro, conhecido também como Visconde do Rio Bonito, foi um dos maiores proprietários de escravizados no Império, com 540 seres humanos detidos em nome de sua família. Enquanto João Henrique Ulrich chegou a ser flagrado pelo governo de Angola, em 1842, comandando um barracão de escravizados em Luanda.

Os historiadores descobriram ainda que foram os traficantes de pessoas que financiaram o Estado, com títulos da dívida pública e capital societário nos bancos. Mais de 3 mil execuções de dívidas no Rio de Janeiro, entre 1830 e 1860, revelaram também que escravizados eram utilizados como garantia de pagamento de empréstimos no Banco do Brasil.

*Com informações da BBC News Brasil

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em conjunto com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), está lançando a pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”. O objetivo é analisar a relação entre os modelos de gestão adotados pelos bancos e o adoecimento dos trabalhadores do ramo financeiro. A pesquisa, que é mais uma ação da Campanha Menos Metas, Mais Saúde, busca a participação ativa da categoria.

Serão analisadas condições profissionais, divisão do trabalho, as regras formais, o tempo, o ritmo, o controle e as características das tarefas; condições físicas de trabalho: a infraestrutura, tais como ambiente físico, qualidade do posto de trabalho, equipamentos e materiais, como os aplicativos e sistemas; e condições sociais, relações socioprofissionais de trabalho, como as interações hierárquicas, coletivas intra e intergrupos e externas presencial e virtual.

Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, explica que a ação busca o aperfeiçoamento das ferramentas do movimento sindical bancário para contrapor os repetidos argumentos patronais de isenção quanto ao adoecimento da categoria, frente a um crescente número de casos. “A participação dos trabalhadores é fundamental, pois suas respostas contribuirão diretamente para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável no setor bancário. Com base nas respostas, análises e estatísticas serão realizadas para identificar problemas e propor soluções. O resultado será um relatório técnico que guiará ações sindicais e organizacionais para combater riscos psicossociais e promover a saúde de todos os envolvidos”.

Como responder

A pesquisa estará disponível até o dia 31 de outubro de 2023. Os interessados em participar podem clicar aqui.

“É importante que os dirigentes sindicais divulguem nossa pesquisa massivamente, compartilhando o link para a categoria por meio de grupos de mensagens (WhatsApp ou Telegram) ou SMS, via e-mail ou, de forma mais ampla, nos meios de comunicação do seu sindicato”, orientou Mauro.

O questionário da pesquisa leva, em média, 20 minutos para ser totalmente respondido e, além das perguntas relacionadas ao ambiente físico de trabalho, busca registrar a ocorrência de adoecimento, inclusive mental, eventuais acompanhamentos médicos, uso de medicação e afastamentos do trabalho.

Todas as respostas coletadas serão preservadas com a garantia de sigilo e direcionadas automaticamente aos pesquisadores envolvidos, que terão a tarefa de estabelecer as métricas das amostras por região, por estados da federação, por indicadores socioeconômicos (sexo, escolaridade, idade, raça, escolaridade, estado civil, cargo, forma de contratação e por banco).

“É muito importante que todos os trabalhadores do ramo financeiro participem para conseguirmos estabelecer novos patamares para as negociações e melhorias nas condições de trabalho da categoria”, finalizou Mauro.

PARTICIPE!

*com informações da Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com a direção do banco, na tarde desta terça-feira (3), em formato digital, para reivindicar mudanças nas cobranças de metas, um dos principais motivos do adoecimento bancário. Esta negociação está assegurada pela cláusula 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Negociada na Campanha Nacional dos Bancários de 2022, ela determina que o tema das metas e das formas de seu acompanhamento pelos bancos deveria ter sido incluído na pauta da primeira reunião de negociações de 2023 com as comissões de organização de empregados.

Na primeira reunião de 2023, o banco informou que o conceito de metas se baseia no planejamento anual, distribuída por região, de acordo com a produtividade de cada uma. A instituição afirmou que a meta é 100% mensal. O movimento sindical informou que é contra a meta individual. “Defendemos que seja semestral e não mensal”, lembrou Magaly Fagundes, coordenadora da COE, que também reivindica metas coletivas e semestrais, além da não alteração das metas, após o início do período de vigência do prazo de cumprimento.

Auxílio Academia

A Comissão também voltou a reivindicar o benefício, mas o banco afirmou que ainda não consegue atender, porém, está estudando a possibilidade. “Relatamos a importância desse tema, visto que se trata de um investimento na saúde do bancário”, explicou Lourival Rodrigues, secretário de Assuntos Jurídicos da Contraf-CUT.

Ponto eletrônico e Bradesco Financiamento

Na reunião, as partes também voltaram a negociar a renovação dos aditivos de Ponto Eletrônico e do Bradesco Financiamento. O banco apresentou as propostas de texto e o movimento sindical sugeriu mudanças para adequação às novas portarias que regem os temas. O assunto segue na pauta para os próximos encontros.

Plano de Saúde

O movimento sindical relatou as inúmeras reclamações que tem recebido pelo grande número de descredenciamento de médicos, clínicas e hospitais, principalmente em regiões afastadas das grandes cidades e que já têm poucas opções, dos planos de saúde e odontológico.

Uma nova reunião, em formato presencial, deve ser agendada nas próximas semanas para avançar em todas as negociações.

Fonte: Contraf-CUT