Maio 22, 2025
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Pelo 12º mês consecutivo, os bancos eliminam postos de trabalho, de acordo Pesquisa do Emprego Bancário (PEB) de setembro de 2023. Entre outubro de 2022 e setembro de 2023, foram fechadas 6.163 vagas. Só no nono mês do ano, foram eliminadas 196 vagas, decorrência de 3.050 admissões contra 3.246 desligamentos. No ano, o fechamento de postos de trabalho ultrapassa 5,6 mil.

Em setembro, apenas os bancos múltiplos com carteira comercial, que engloba, por exemplo, Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander, apresentaram saldo negativo com o fechamento de 406 vagas. Em 2023, este grupo já eliminou 5.903 vagas e no acumulado dos últimos 12 meses o resultado foi negativo em 6.235 vagas.

Em setembro, 62% dos desligamentos foram por demissão sem justa causa, 31,7% por pedido do trabalhador e 3,2% por demissão com justa causa.

O salário mensal médio do bancário admitido em agosto alcançou o valor de R$ 5.701,19, enquanto o do desligado era de R$ 7.507,78. Isto é, o salário médio do admitido correspondeu a 72,94% do desligado.

O secretário da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, destaca que, mais uma vez, os bancos não se preocupam com sua responsabilidade social. “A eliminação de postos de trabalho tem sido uma política permanente dos bancos. Inclusive, demitindo trabalhadores com média salarial maior e, quando surge alguma contratação, o contrato de trabalho é rebaixado, ou seja, há uma rotatividade planejada, com foco naqueles bancários com salário maior e maior tempo de banco. Isso rebaixa a média salarial do setor financeiro e ainda impede o bancário de chegar perto da aposentadoria. Uma política totalmente nociva para a vida e para a carreira profissional de milhares de trabalhadores”.

Ramo financeiro

No que se refere ao emprego no ramo financeiro, excluindo a categoria bancária, houve saldo positivo em setembro, com a abertura de 2.151 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, foram criados 14,9 mil postos de trabalho, uma média de criação de 1,3 mil postos por mês.

Emprego geral

O emprego celetista no Brasil apresentou expansão em setembro de 2023, com saldo de 211.764 postos de trabalho. Esse resultado decorreu de 1.917.057 admissões e de 1.705.293 desligamentos, menor registro do ano. Os saldos foram positivos em todos os grandes grupamentos de atividades econômicas: Serviços (98.206 postos); Comércio (43.465); Indústria (43.214); Construção (20.941); e Agropecuária (5.942).

A PEB é realizada pela Rede Bancários do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense percorreu agências do Itaú, em Nova Iguaçu, para protestar contra a onda de demissões que vem ocorrendo nestes últimos meses.

Foi o Dia de Luta do Banco Itaú, com atos que ocorreram nas bases dos sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES).

As diretoras e diretores do Sindicato exibiram uma faixa, entregaram informativos onde mostram números e dados alarmantes do que vem ocorrendo no setor bancário. O Sindicato conversou com clientes e se colocou, como sempre, à disposição dos trabalhadores bancários. Também pediu que denunciem qualquer tipo de abuso, caso ocorra.

O fechamento de agências, além do assédio moral, também motivaram as manifestações realizadas nas agências da região.

LUCRO DE R$ 26 BILHÕES EM 2023

O Itaú Unibanco obteve lucro líquido recorrente gerencial – que exclui efeitos extraordinários – de R$ 26,217 bilhões nos nove primeiros meses de 2023, montante 13,4% maior em relação ao mesmo período de 2022. Apenas no terceiro trimestre, o resultado foi de R$ 9,04 bilhões, um crescimento de 3,4%, frente aos R$ 8,74 bilhões registrados nos três meses imediatamente anteriores.

MAS SEGUE DEMITINDO…

Mesmo com esses resultados, o banco fechou 1.082 postos de trabalho em 12 meses. No trimestre, foram 881 vagas extintas. O grupo fechou 180 agências físicas no Brasil em 12 meses e 31 em três meses. Nesse mês, o Itaú tinha 2.608 unidades no país.

QUEM LUCRA, E MUITO, NÃO DEMITE!

O segundo e último dia do VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro, realizado no sábado (11), terminou com a aprovação de seis medidas de incentivo à diversidade no setor que inclui bancos, financeiras e empresas de cartão de crédito.

“Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a população negra corresponde a 56,1% dos brasileiros. Entretanto, a população negra é a maioria entre os trabalhadores desprotegidos e com rendimento médio menor. Na categoria bancária, pretos e pardos representam apenas 24% do total de trabalhadores no setor”, explicou o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar.

Para alterar essa realidade, os participantes do evento aprovaram:

  1. Programa de incentivo a empresas que aderirem a um programa de inclusão racial corporativo;
  2. Criação de um protocolo de intenções entre o Ministério de Igualdade Racial, Ministério da Educação e Cultura (MEC) e bancos públicos, para promover a inclusão de bolsistas do Prouni (Programa Universidade para Todos) no programa de estágios;
  3. Debater junto aos bancos um novo Censo da Diversidade;
  4. Propor na mesa de negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a reserva de 30% das cotas raciais para contratação de empregados em bancos privados;
  5. Propor na mesa de negociação com a Fenaban a reserva de 30% das cotas raciais nos cargos de confiança dos bancos privados; e
  6. Propor protocolo de intenções entre o Ministério da Igualdade Racial e bancos públicos para promover a reserva de 30% para cotas raciais dos cargos de confiança dos bancos públicos, atendendo o Decreto 11.443/2023, que dispõe sobre o preenchimento por pessoas negras de percentual mínimo de cargos em comissão e funções de confiança no âmbito da administração pública federal.

“Nos bancos, à medida que os cargos vão subindo, em nível de hierarquia, a representação da população negra vai caindo”, explicou o economista e servidor do Banco Central, Rodrigo Monteiro, durante sua palestra no Fórum, conforme site do SindBancários. “Nos Conselhos de Administração, por exemplo, a presença de negros é de menos de 5%. Já no quadro de trainees o percentual aumenta para 58,2%, mostrando um possível impacto da Lei de Cotas, de 2012. Temos mais pessoas negras com nível superior disputando vagas. É resultado de uma ação afirmativa de lá atrás”, disse.

Leia também: Lei que atualiza política de cotas é sancionada

Monteiro destacou que, no Banco Central, a inserção de negros é menor do que a média registrada no sistema bancário: apenas 15,3% dos trabalhadores se autodeclaram pretos e pardos.

Por outro lado, o servidor apontou como uma mudança positiva na questão da diversidade a nomeação, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de Ailton de Aquino Santos para a diretoria de Fiscalização, se tornando o primeiro negro a assumir uma diretoria do BC em quase 60 anos de existência da instituição.

Outro exemplo positivo, levantado pelos realizadores do Fórum, é a nomeação de Tarciana Medeiros, a primeira mulher e negra a assumir a presidência do Banco do Brasil, após 214 anos de existência da instituição.

Monteiro observou que a grande desigualdade racial do sistema financeiro é reflexo do racismo perpetuado pelo regime escravagista. “O Brasil foi o último país a abolir a escravidão, não houve reparação financeira aos negros libertos, eles deixaram as propriedades rurais e criaram aglomerados urbanos nas cidades. Então ações afirmativas são ações compensatórias, não são favores”, ressaltou.

Entre as ações afirmativas mais recentes, o economista citou:

  • Lei 12.711 (2012): define percentual de cotas para ensino superior;
  • Lei 12.990 (2014): destina 20% das vagas em concursos públicos para negros;
  • Decreto 11.443 (2023): dispõe sobre preenchimento por pessoas negras de percentual mínimo de cargos em comissão e funções de confiança no âmbito da administração pública federal (mínimo de 30%);
  • Criação do Ministério da Igualdade Racial e a retomada das políticas públicas em prol das populações negras e quilombolas (2023);
  • Bancada Negra no Congresso Nacional (2023): a nova bancada é uma consequência da Emenda Constitucional 111, que adotou novas regras para a Câmara Federal. De acordo com a emenda, os votos a mulheres e pessoas negras contarão em dobro para a distribuição dos recursos do fundo eleitoral entre os partidos políticos até as eleições de 2030.

Sobre a Bancada Negra, Monteiro ressaltou que “é preciso votar em candidatos negros que lutem pela causa negra, pois não é por ser negro que está com os negros; tem que estar comprometido”. O economista defendeu ainda a necessidade de as pessoas negras ocuparem posições de liderança no sistema financeiro e no mercado de trabalho como um todo. “Temos que escrever a nossa história e não deixar que outros façam isso por nós”, decretou.

Matéria escrita pela Contraf-CUT em parceria com SindBancários (Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região)

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu nesta segunda-feira (13) com a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), para exigir tratamento humanizado para bancários e bancárias adoecidos e que buscam tratamento e afastamento pelo INSS.

“Pedimos que os bancos acolham esses bancários, levando em consideração o espírito das cláusulas acordadas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), ou seja, que não haja perda salarial e nem endividamento desses trabalhadores, por motivos de saúde”, explicou o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles. “Cobramos, especialmente, que as antecipações e complementações efetuadas pelos bancos, conforme cláusulas de nossa convenção, ocorram somente após o trabalhador receber do INSS o benefício”, completou.

O Coletivo destacou que há registros de trabalhadores que sofreram descontos significativos na folha de pagamento, mesmo tendo recorrido junto ao INSS e tido o benefício garantido judicialmente.

“Temos casos de bancários que ficaram sem recurso nenhum, porque descontos foram realizados de uma única vez, num determinado mês. Isso resultou na falta de dinheiro para remédios e para sua própria subsistência, agravando o problema de saúde por conta de todo o transtorno financeiro”, pontuou Mauro Sales.

Canal de acolhimento e combate ao assédio

Os representantes das trabalhadoras e dos trabalhadores do ramo financeiro solicitaram ainda a criação, pelos bancos, de canal de acolhimento, para atendimento específico sobre o tema de bancários adoecidos.

Outro tema levado à mesa pelo Coletivo foi a proteção de trabalhadores que denunciam assédio no trabalho. “Questionamos os encaminhamentos adotados por bancos, em várias situações, em que denunciantes vítimas de assédio foram expostos por terem denunciado”, explicou Mauro Salles.

Resposta dos bancos

Os representantes dos bancos responderam que as demandas do Coletivo serão debatidas entre as empresas, alegando que há casos em que não receberam as informações da situação dos trabalhadores adoecidos e afastados pelo INSS dos órgãos previdenciários competentes.

As demandas sobre a criação do canal de acolhimento e combate ao assédio também serão analisadas e uma devolutiva deverá ser entregue em próxima reunião bipartite, prevista para ocorrer na próxima semana, mas ainda sem data definida.

Fonte: Contraf-CUT

A nova Lei de Cotas, programa que tem como pré-requisito a reserva de vagas para estudantes que vem de escolas públicas e estudantes negros, pardos, indígenas, quilombolas e com deficiência (PCDs), foi sancionada pelo presidente Lula, nesta segunda-feira (13). A assinatura aconteceu durante cerimônia em Brasília, que reuniu diversos representantes de movimentos sociais responsáveis pela articulação do Projeto de Lei nº 5384/2020, de autoria dos deputados Maria do Rosário (PT-RS), Benedita da Silva (PT-RJ) e Damião Feliciano (PDT-PB), e que atualiza a Lei de Cotas n° 12.711/2012.

“A promulgação dessa lei (…) só é possível numa sociedade democrática, que se organiza como ela quer e tem direito de cobrar. Nem sempre, no Brasil, a gente teve o direito de cobrar. Muitas vezes ficar calado era a opção que se tinha, senão aconteceria algo pior”, declarou Lula na cerimônia.

O que muda

“O PL 5384 determina, agora, que os candidatos do sistema de cotas devem ter renda per capita familiar igual ou inferior de 1 salário-mínimo (R$ 1.320). A lei anterior, de 2012, estabelecia que as cotas deveriam ser destinadas a estudantes de famílias com renda per capita de 1,5 salário-mínimo (R$ 1.980). A atualização da lei de cotas inclui ainda pessoas quilombolas na reserva de vagas pelo sistema de cotas, além dos que já estavam incluídos desde 2012: os autodeclarados pretos, pardos e indígenas e pessoas com deficiência”, explicou o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar.  

A PL 5384 também permite que os candidatos do sistema de cotas, caso não alcancem a nota de corte, concorram pela reserva de vagas. Pelas regras da anterior, o candidato precisava escolher em qual categoria de vagas preferiria concorrer. Outra novidade que a lei traz é que estudantes em situação de vulnerabilidade sejam priorizados no recebimento de auxílio estudantil e, ainda, que as instituições federais promovam políticas de inclusão.

Por fim, a nova lei estabelece que o Poder Executivo deverá desenvolver metodologia para atualizar o percentual de pretos, pardos, indígenas, quilombolas e pessoas com deficiência em relação à população de cada unidade federativa, após três anos de divulgação de resultados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Lei que transformou universidades

“Fui a primeira da minha família a ingressar no ensino superior público, graças à política de cotas”, declarou a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirella, durante a cerimônia de sanção do Projeto de Lei 5384. “A UNE lutou gerações para que a gente estivesse aqui hoje”, completou a estudante de Engenharia Ambiental e segunda mulher negra e primeira mulher negra nordestina a presidir a entidade.

“Em 2012, quando a Lei de Cotas foi aprovada pelo Congresso Nacional, com a presidenta Dilma, estava em curso um acerto de contas do Brasil com o seu passado, um passado de violência e exclusão contra negros, negras e indígenas”, destacou a deputada Dandara Tonantzin (PT-MG). “Nesta última década as cotas foram responsáveis por alterar profundamente a cara, o cheiro, a cor, a origem da universidade brasileira. Diferentemente do que pregavam aqueles que se colocavam contrários às cotas, diziam que ela dividiria o país, hoje as cotas são importante instrumento de união, em torno de um país justo e solidário, para todos, todas e todes”, completou.

“Esse projeto de lei traz um avanço no histórico de lutas pela educação e por justiça social dos povos indígenas, dos quilombolas, dos negros e negras, das pessoas com deficiência e das camadas mais vulneráveis e de baixa renda de nossa população brasileira. O aprimoramento da lei de cotas e das ações afirmativas vem garantir o acesso e equidade desses estudantes nas instituições federais de ensino superior e técnico de nível médio, o que fortalece e confirma o compromisso deste governo com a democracia”, frisou a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara.

“A política de cotas é uma política de memória, de justiça e de não repetição de desigualdades e violências, num país que foi formado pela escravização de africanos e indígenas, em um país que mata jovens negros nas periferias, que ainda discrimina pessoas com deficiência”, explicou o ministro de Estado dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Silvio Almeida. “Os dados do IBGE mostram que as pessoas com deficiência têm sistematicamente menor acesso à educação, trabalho e a renda”, completou.

“A lei de cotas contribui significativamente para o ingresso de indígenas e negros no ensino superior, em percentuais nunca vistos nas nossas universidades. Para se ter ideia, dos 810 mil cotistas que ingressaram no SISU (Sistema de Seleção Unificada), quase 500 mil se declararam pretos, pardos e indígenas e se matricularam nas instituições de ensino superior públicas, de 2012 a 2023”, observou o ministro da Educação, Camilo Santana. “Em 2017 ocorreu mais um avanço com a inclusão de pessoas com deficiência. Desde sua implementação, foram realizadas pela lei de cotas 17.093 matrículas [de pessoas] nessa condição. A lei de cotas é uma esperança na educação pública, pois, antes de tudo, garante que metade das vagas ofertadas pela rede federal de ensino seja ocupada pelos egressos de escolas públicas, onde estão matriculados mais de 80% de todos os alunos desse nível de ensino”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco obteve Lucro Líquido Contábil de R$ 13,4 bilhões nos primeiros nove meses de 2023, queda de 30,5% em relação ao mesmo período de 2022 e crescimento, no trimestre, de 2,3%, tendo em vista que o lucro no 3º trimestre. O retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) do banco ficou em 11,0%, com decréscimo de 5,3 pontos percentuais em doze meses. De acordo com o relatório do banco, o aumento trimestral do lucro foi influenciado pelos resultados positivos das receitas de serviços, margem com mercado e redução nas despesas com PDD. Além disso, o documento destaca que a boa performance das receitas de serviços e do resultado de seguros amenizou o efeito do resultado da margem com clientes e maiores despesas com contingências cíveis, com investimentos em tecnologia e com efeitos do acordo coletivo ocorrido no 3T23.

A holding Bradesco encerrou o 3º trimestre com 86.102 funcionários, fechamento de 2.272 postos de trabalho em doze meses (e abertura de 818 no trimestre). A base de clientes diminuiu em 0,8 milhão em relação a setembro de 2022, totalizando 71,7 milhões. Em relação à estrutura física, foram fechadas 117 agências, 206 postos de atendimento e 231 unidades de negócios em 12 meses (33 agências e 24 postos de atendimento foram fechados e 34 unidades de negócios foram abertas em relação ao trimestre imediatamente anterior).

Veja aqui o destaque completo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) orientou, nesta quinta-feira (9), que todas as entidades do ramo financeiro se articulem, em suas bases de atuação, com as regionais da CUT e demais entidades sindicais e do movimento social que defendem uma reforma tributária mais justa e realizem, na próxima terça-feira (14), um “Dia Nacional de Luta pela Reforma pela Tributária que o Povo Quer”, com atos públicos nas imediações das câmaras de vereadores, de deputados, assembleias legislativas, Senado, prefeituras, sedes de governos estaduais, ou outro local público, conforme definição de cada entidade, para suscitar o debate sobre as propostas que tragam realmente justiça fiscal e tributária e contribuam com a redução das desigualdades social e econômica em nosso país.

“A reforma tributária que está em tramitação no Congresso Nacional promoverá algumas mudanças, mas não o suficiente para que haja desenvolvimento social e econômico com justiça fiscal e redução da desigualdade social e econômica em nosso país”, disse o secretário de Relações do Trabalho e responsável da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) pelo acompanhamento das pautas de interesse da classe trabalhadora no Congresso Nacional, Jeferson Meira, o Jefão.

Subsídios de apoio

Para contribuir com o debate e a reflexão pela militância social e pela sociedade de uma forma geral, a Contraf-CUT produziu uma série de vídeos, boletins, cards e uma cartilha ilustradasobre a reforma tributária. Além disso, já há alguns meses, vem realizando debates e cursos sobre o tema.

“Nossa intenção é capacitar a militância sobre o tema e difundir nosso posicionamento e propostas sobre a reforma tributária para toda a sociedade”, afirmou o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon.

“Precisamos fazer que o povo entenda a questão tributária é fundamental para melhorar a vida de todo mundo”, ressaltou o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale.

Além dos materiais produzidos pela Contraf-CUT, as mais de 70 entidades que fazem parte da Campanha Tributar Os Super-Ricos divulgaram, nesta sexta-feira (10), uma carta de “apoio ao governo para tributar os super-ricos”. Na carta, as entidades observam que “uma parte da Reforma Tributária, que trata do consumo, está avançando com várias limitações. Mas a segunda parte, que trata da renda, está apenas começando e é fundamental para um país mais justo.”

Em outro trecho, a carta ressalta que, se as propostas do governo de tributação das offshore e tributação dos fundos exclusivos de investimentos (PL 4.173/2023) e de fim da dedução sobre juros de capital próprio (PL 4,258/2023) forem aprovadas, gerará a arrecadação de R$ 30 bilhões ao ano, o que pode contribuir para melhorar a vida da população e reduzir a desigualdade.

Redes sociais

As redes sociais serão utilizadas para ampliar a visibilidade das atividades públicas e para difundir as propostas. Os militantes foram orientados a postarem fotos e textos nas redes sociais com a hashtag #GanhaMaisPagueMais.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil apresentou, nesta quinta-feira (09), o resultado do lucro líquido ajustado dos nove primeiros meses de 2023. O crescimento no período, em comparação com o mesmo período do ano passado, foi de 14,0%, totalizando ganho de R$ 26,12 bilhões. O lucro líquido ajustado do terceiro trimestre do ano ficou em R$ 8,78 bilhões – com esse valor, praticamente não houve variação em relação ao trimestre anterior.

Em nota, o BB explica que o recorde foi determinado pelo aumento de 30,4% na margem financeira bruta no período de janeiro a setembro, influenciado, principalmente, pelo desempenho positivo da carteira de crédito e dos investimentos em títulos e elevação de 32,5% no resultado que o banco obteve com a participação em controladoras e coligadas.

O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL), indicador financeiro referente à capacidade da empresa em agregar valor, chegou a 21,3%, o que, segundo o BB, representa um índice semelhante ao dos bancos privados.

“O lucro é positivo ao BB e à saúde da empresa, no cenário do sistema financeiro nacional, mas é válido ressaltar que os resultados são respostas do intenso trabalho dos seus funcionários e funcionárias”, observou a coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes. “O que temos ressaltado, em mesa de negociação com o banco, é o fim da gestão por assédio. O lucro vem subindo, período após período, mas o adoecimento de bancários não diminuiu. Portanto, queremos o fim de qualquer tipo de mecanismo que possa ser usado como assédio para o alcance de metas, e isso passa também pela nomeação e escolha de gestores, com visão mais humana”, destacou.

Agências e clientes

No período de um ano, em comparação a setembro de 2022, houve a redução de uma agência tradicional e abertura de duas agências digitais e especializadas, totalizando a manutenção de 3.171 agências tradicionais e 813 agências digitais ou especializadas.

“Além de combater a gestão por assédio, continuamos atuando para a ampliação do quadro de funcionários. Vamos lembrar que o BB só voltou a realizar concursos públicos depois de anos e de intensas manifestações nossas. Recentemente, participamos do evento de posse de cerca de 1.600 concursados e vamos continuar batendo nesta tecla. A expectativa é de contratação de 6.000 funcionários, até 2025, fruto dos concursos recentes”, completou Fernanda Lopes.

O número de clientes (correntistas, poupadores e beneficiários do INSS) também apresentou crescimento, passando de 81,269 milhões para 82,499 milhões – aumento de 1,230 milhões, em 12 meses.

Já as despesas do BB com pessoal, no período de 12 meses, apresentaram aumento de 7,9% (incluindo o pagamento da Participação nos Lucros ou Resultados/PLR), e totalizaram R$ 20,30 bilhões.

Carteira de crédito

A carteira de crédito ampliada cresceu 10,0% em 12 meses, totalizando R$ 1,066 trilhão em setembro de 2023. Outras carteiras que também apresentaram crescimento nos últimos 12 meses foram: agronegócio, +18,9% (R$ 339,94 bilhões), seguida da carteira pessoa física, +7,9% (R$ 304,15 bilhões) e carteira pessoa jurídica, +4,7% (R$ 371,45 bilhões).

Fernanda Lopes apontou como positiva a ampliação de crédito agropecuário, pensando no papel do BB como banco público e, portanto, fomentador do desenvolvimento. “Mas, reforçamos que o BB não deve, apenas, perseguir lucros. Esse não é o papel do banco público, sabendo que, ainda hoje, o BB continua com casos de assédio moral dentro de sua estrutura de gestão, principalmente assédio nas redes de agência e escritórios de negócios”, ressaltou a coordenadora da CEBB.

Inadimplência e despesas com PCLD

O BB afirma que o índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias ficou em 2,81%, aumento de 0,47 ponto percentual (p.p.) em relação a setembro de 2022 e abaixo da inadimplência média do Sistema Financeiro Nacional (3,50%).

Já as despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD), também chamada de provisões para devedores duvidosos (PDD), aumentou em 42,8% em 12 meses, totalizando R$ 22,08 bilhões até setembro deste ano. O banco aponta como principal fator para o provisionamento adicional o segmento large corporate(grande empresa), que pode ser traduzido como o caso Americanas, que entrou com pedido de recuperação judicial em janeiro, saindo do grau de risco F para G.

Confira aqui os destaques completos do balanço, apontados pela equipe da Subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Aconteceu na manhã desta sexta-feira (10) a audiência de conciliação entre o Banco do Brasil e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A entidade, que representa os trabalhadores do sistema financeiro, foi atendida pela Justiça, ainda em 2021, com uma liminar que impede até hoje que o BB prossiga com o plano de extinguir a função de caixa.

No encontro, que aconteceu na 16ª Vara do Trabalho de Brasília, o banco não apresentou proposta que proteja os trabalhadores. “Para chegar a uma conciliação, a juíza indicou que o BB deveria apresentar uma proposta de incorporação da gratificação aos caixas que exercem a função há mais de 10 anos, tendo como marco temporal a Reforma Trabalhista de novembro de 2017. Para os demais caixas, que exercem a função há menos de 10 anos, teria que haver proposta de transição de carreira que, nas palavras da juíza, protegesse também esses funcionários”, explicou a assessora jurídica da Contraf-CUT, Renata Cabral, sócia do escritório Crivelli Advogados.

Na audiência, o BB disse ainda que não é possível a incorporação da gratificação de caixas. E, diante de muita discussão com os representantes dos trabalhadores e trabalhadoras, afirmou que poderia se comprometer com esforços de recolocação dos empregados que atuam como caixas, além de garantir a gratificação por 18 meses, e não mais por 12 meses (como havia apresentado anteriormente).

Renata Cabral destacou que, como a resposta do banco foi insatisfatória aos trabalhadores, “considerando especialmente a questão de não avanço em relação à incorporação definitiva da gratificação de caixa para aqueles que a recebem há mais de dez anos, a juíza encerrou a audiência”.

O próximo passo será o julgamento, em data que ainda será marcada, quando a magistrada irá proferir a sentença sobre o caso.

“Quando a sentença for proferida, seremos intimados. Se o pedido for procedente, ou seja, favorável aos trabalhadores, corroborando a liminar vigente que obtivemos, as coisas seguirão como estão e o banco terá um prazo para apresentar recurso”, destacou a advogada. “Caso a juíza julgue improcedente o pedido dos trabalhadores, obviamente a liminar cairá e nós teremos prazo para entrar também com recurso”, completou.

Entenda

No início de 2021, o BB anunciou uma nova reestruturação, com fechamento de agências, redução de postos de trabalho e extinção da função de caixa, junto com o fim da gratificação para os escriturários que cumprem a função.

“De início, procuramos negociar nas mesas de mediação com o banco. Em seguida, tentamos mediação junto ao Ministério Público do Trabalho. Mas, como a diretoria na época não nos atendeu, buscamos a Justiça”, lembrou a funcionária do BB e coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, que representou a Contraf-CUT na audiência.

Em 18 de fevereiro de 2021, o juiz Antonio Umberto de Souza Junior, da 6ª Vara da Justiça do Trabalho de Brasília, atendeu a liminar da Contraf-CUT e proibiu o Banco do Brasil de extinguir a função de caixa. Na decisão, o magistrado também determinou a incorporação da gratificação de caixa para os empregados que a recebiam há mais de dez anos. O BB chegou a entrar com mandado de segurança e recursos subsequentes, mas o Tribunal Superior do Trabalho (TST) negou o pedido da empresa.

No início do ano, ao avaliar possível “disposição das partes para uma autocomposição”, passados dois anos desde que a Contraf-CUT ajuizou a ação que impediu banco de extinguir a função, a juíza substituta do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Audrey Choucair Vaz, agendou audiência de conciliação para o dia 10 de fevereiro, mas o Banco do Brasil solicitou adiamento e, com a concordância da Contraf-CUT, a magistrada acolheu o pedido.

Nesta sexta-feira (10), a audiência finalmente foi realizada. Entretanto, como o banco não apresentou proposta que garanta a proteção dos trabalhadores, não houve avanço.

O tema segue agora para julgamento, ainda sem data para acontecer. Enquanto isso, continua valendo a liminar obtida pela Contra-CUT e que impede, desde 2021, que o Banco do Brasil prossiga com o plano de extinguir a função de caixa, junto com o fim da gratificação para os escriturários que cumprem a função.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta sexta-feira, 10 de novembro, começou o "VII Fórum Nacional pela Visibilidade Negra no Sistema Financeiro", em Porto Alegre (RS).

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense está representado pelas Diretoras Renata Soeiro e Elizabeth Paradela, que também estão representando a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), da qual o Sindicato é filiado.

Renata Soeiro, inclusive, esteve na mesa de abertura, onde representou as duas entidades sindicais.

“Nossa expectativa é que possamos construir um debate sobre o sistema financeiro que queremos, soluções para mais contratação de negros e negras neste âmbito, e sempre pensando na igualdade de oportunidades.”, declarou Renata.

O evento vai até sábado (11/11) e está sendo transmitido em tempo real pelas páginas do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região, no Facebook e no YouTube.

Os debates incluem a conjuntura histórica das relações de trabalho e raciais no Brasil, a participação dos negros e negras no mercado de trabalho, o empoderamento da mulher negra no trabalho e na vida e políticas de inclusão de negras e negros no mercado de trabalho, entre outros temas. E os convidados são especialistas militantes da luta antirracismo.

Elizabeth Paradela destacou que “o Fórum é fundamental para debatermos as desigualdades no trabalho e na vida.”