Maio 27, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

O Itaú Unibanco S.A. terá de indenizar uma gerente de agência que, após sofrer dois graves assaltos durante o serviço e de ser vítima de sequestro, foi aposentada por invalidez decorrente de estresse pós-traumático. O motivo da condenação por dano moral foi a recusa do estabelecimento de conceder à bancária uma indenização prevista na convenção coletiva de trabalho para os casos de acidente que resultasse em morte ou incapacidade permanente para o trabalho. O banco recorreu da condenação, mas seu recurso não foi conhecido pela Segunda Turma do Tribunal Superior do Trabalho.

Os autos revelam que a bancária foi afastada do trabalho por auxílio doença acidentário em 2008, em decorrência dos transtornos psicológicos sofridos. Consta da avaliação da Previdência Social que ela não conseguia pensar na possibilidade de retornar ao serviço. Dois anos depois, foi-lhe concedida aposentadoria por invalidez.

O banco se recusou a pagar a indenização convencional alegando que, como a incapacidade permanente decorre de doença psíquica, haveria a necessidade de curatela, exigência prevista na apólice de seguro de vida em grupo. Mas o Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região (ES) manteve a sentença que o condenou ao pagamento de indenização por dano moral no valor de R$ 31 mil. Para o Regional, a bancária não se enquadrava em nenhuma das exigências legais para a curatela, previstas no artigo 1.767 do Código Civil, e a recusa do banco resultou em constrangimento, ofensa e dor.

Recurso

O banco recorreu ao TST argumentando que a empregada não está incapacitada para o trabalho, como exige a convenção coletiva para o deferimento da indenização. Mas, no exame do apelo, o ministro José Roberto Freire Pimenta, relator, ressaltou que, para afastar a conclusão do Tribunal Regional de que a empregada está aposentada por invalidez pelo INSS, seria necessária a revaloração da prova, o que não é permitido nesta instância recursal de natureza extraordinária, como disposto na Súmula 126 do TST.

A decisão foi unânime.

Processo: RR-109000-23.2011.5.17.0010

Fonte: TST

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT) e Sindicatos que integram a Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil S.A. ( BNB) estiveram reunidos com a direção do BNB, na última segunda-feira (19), dando continuidade ao processo de negociação permanente para encaminhar a resolução de pendências e demandas de interesse das partes.

As entidades representativas dos trabalhadores cobraram o banco em relação ao abono das faltas das greves gerais de 28 de abril e 30 de junho do ano passado. Tomando por base decisão já adotada pela direção da Caixa Econômica Federal, os dirigentes sindicais reivindicaram à direção do BNB a imediata suspensão dos reflexos das faltas na vida funcional dos trabalhadores. Cobraram ainda a definição sobre o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados relativa ao exercício de 2017.

Para a demanda das faltas, o Banco mostrou-se sensibilizado, mas ficou de responder oficialmente ao pleito integral das entidades (abono de faltas e compensação das horas|) tão logo tenha uma decisão da diretoria colegiada da Instituição. Sobre a PLR, informou que a Assembleia dos Acionistas que aprova o balanço do Banco e define os percentuais de pagamento de dividendos e da PLR, ocorrerá dia 26 de março deste ano. A partir daí correm os prazos legais, cuja finalização é fixado até o final de abril de 2018.

IR SOBRE AUXÍLIO CRECHE

A Diretoria Administrativa do BNB recebeu das entidades a informação de que o Banco vem recolhendo imposto de renda sobre o valor do Auxílio-Creche. Informou que irá averiguar junto ao Jurídico da Instituição o que diz a legislação em vigor para posicionar-se.

Ficou acertado entre as partes reuniões especificas para tratar, com urgência, das repercussões das resoluções do CGPAR sobre a Camed. Também será agendada reunião para expor a fórmula de cálculo da PLR.

Ao final do encontro, o Banco apresentou esboço de minuta para o Acordo do Ponto Eletrônico, o qual deverá ser assinado na próxima reunião de negociação pré-agendada para a primeira semana de abril deste ano. Esse novo Acordo de Ponto Eletrônico deve autorizar ajustes para flexibilizar os intervalos de almoço tanto para funcionários de 6h ou de 8h de jornada e a permissão para compensar horas devidas em jornadas completas de 6h e 8h, limitados a duas jornadas completas compensadas por mês. Também determinará o fim da obrigatoriedade das mulheres que trabalham 6h, ao prorrogarem jornada, de cumprirem intervalo de 15 minutos.

Fonte: Contraf-CUT

​Banco que lucrou R$ 25 bilhões poderia reconhecer esforço de seus funcionários

O banco Itaú enviou um comunicado aos seus funcionários informando que realizará o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de 2017 no dia 1º de março, de acordo com as regras previstas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da Categoria e no Aditivo específico do banco. Segundo o banco, o valor a ser pago corresponde ao máximo previsto na CCT, equivalente a 2,2 salários, limitada a R$ 26.478,55. Também serão pagas no mesmo dia a parcela correspondente à PLR Adicional no valor de R$ 4.487,16, descontados os valores pagos antecipadamente.

“Não concordamos que seja o valor máximo que o banco poderia pagar. A CCT estabelece o valor mínimo da participação nos lucros. Os funcionários se esforçaram para que o banco obtivesse o enorme lucro de quase R$ 25 bilhões em 2017. O banco deveria reconhecer esse esforço e promover uma distribuição acima do mínimo estipulado”, disse Roberto von der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

PCR
Além da PLR, os funcionários do Itaú também recebem a Participação Complementar dos Resultados (PCR), que neste ano foi de R$ 2.535,87. “Esse valor já pago antecipadamente em outubro”, lembrou Jair Alves coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e diretor da Contraf-CUT.

Citibank
Os funcionários egressos do Citibank, incorporado pelo Itaú, também receberão neste mesmo dia. “O valor referente aos 2,2 salários de PLR a ser pago aos ex-funcionários do Citibank serão pagos sobre o lucro do Itaú. Eles também receberão 2/12 avos da PCR do Itaú e os valores referentes ao programa próprio do Citibank, conforme regras estabelecidas”, detalhou o dirigente sindical.

Todos os valores são proporcionais aos meses trabalhados no ano. Considera mês trabalhado os períodos superiores a 15 dias.

Leia também:
     > Itaú lucra quase R$ 25 bi em 2017

Fonte: Contraf-CUT

No ano de 2017, o Banrisul obteve um lucro líquido de R$1,053 bilhão, ou seja, 59,6% a mais em relação ao ano de 2016 e um aumento de 134,2% na comparação com o 3º trimestre. Com isso, o retorno sobre o Patrimônio Líquido do banco (ROE) aumentou nos últimos doze meses para 13,5%. Mesmo com o lucro, a instituição fechou 698 postos de trabalho, em função da implementação do Plano de Aposentadoria Voluntária - PAV, instituído em fevereiro de 2017. Ao final de 2017, a Instituição contava com um quadro de 10.516 empregados. Já a rede de agências se manteve em 536 unidades.

De acordo com o relatório do banco, o resultado nos lucros foi influenciado, principalmente, pela expansão da margem financeira, redução das despesas de PDD, aumento das receitas de prestação de serviços e tarifas e pelo reconhecimento de créditos tributários referentes a um processo judicial relativo ao Plano Verão, de 1989 (evento extraordinário nos resultados).

Os ativos totais cresceram 6,2% em doze meses, totalizando R$ 73,3 bilhões. O patrimônio líquido também expandiu em 9,2% frente a 2016, alcançando R$ 7,0 bilhões. A carteira de crédito teve crescimento de 3,4% no período, totalizando a R$ 31,4 bilhões.

Já a carteira comercial representou 71,7% do total, somando R$ 22,5 bilhões, com alta de 10,2% em doze meses. As operações com pessoa física cresceram 7,7%, atingindo R$ 15,9 bilhões, enquanto as voltadas para pessoa jurídica tiveram queda de 0,7%, totalizando R$ 6,6 bilhões.

 O índice de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias foi de 3,56% (com redução de 1,44 p.p.). As despesas com crédito de liquidação duvidosa foram reduzidas em 13,4%, totalizando R$ 1,44 bilhão.

As despesas com pessoal, acrescidas da PLR aumentaram em 6,9% em doze meses, atingindo R$ 2,1 bilhões, enquanto as receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias cresceram 2,7% e totalizaram R$ 1,7 bilhão. Assim, a relação entre receita de prestação de serviços e tarifas e das despesas de pessoal foi de 84,55%, com queda de 4,19 p.p. em relação a 2016.

Clique aqui e veja o destaque do Dieese

Fonte: Contraf-CUT

“Um outro ponto de vista é simplesmente ver de um lugar onde você não está.” As palavras são parte do conjunto de ações publicitárias do banco HSBC. A série Na Rota do Dinheiro Sujo, produzida pela gigante do streaming audiovisual Netflix, parte deste slogan para escancarar as ações ilegais do banco em um dos melhores episódios da temporada: “O Banco dos Cartéis”.

A série trabalha com refinada linguagem documental e maestria na produção, o que a torna viciante, como muitas das produções da Netflix. As histórias reais mostram o sofrimento desencadeado por ações criminosas de grandes corporações. Para sustentar o argumento, uma grande quantidade de depoimentos, documentos e apurações jornalísticas. A série tem, até então, seis episódios que abordam, entre outros, a adulteração de motores pela Volkswagen, a indústria farmacêutica e chegam até o império financeiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O ponto central das críticas ao HSBC é sua ligação com o cartel de drogas no México. É possível citar como um problema da série o fato de terem deixado de lado a questão da falência do modelo de combate ao tráfico de drogas, por meio de repressão e proibicionismo, apesar de apresentar o caráter fraudulento da “guerra às drogas”.

Por outro lado, o documentário centraliza sua investigação em como cartéis operacionalizam as transações dentro deste mundo. Em outras palavras, como é possível lavar o dinheiro do tráfico de drogas, como injetar esta enorme quantidade de riqueza obtida de maneira ilegal no sistema financeiro, que retorna para membros dos cartéis, incluindo autoridades, de forma legal e lícita.

A maior parte do dinheiro obtido diretamente do tráfico é composta por notas de pequeno valor, usadas pelos usuários finais aos aos distribuidores locais pela droga que vão consumir. O episódio mostra que um pacote de US$ 1 milhão em notas de U$ 100 pesa aproximadamente 10 quilos. Já em notas de U$ 20, são 50 quilos; em notas de U$ 5, 200 quilos. São milhares de quilos de notas provenientes do tráfico. A circulação desta enorme quantia de dinheiro vivo se dá de forma relativamente tranquila pela fronteira, visto que norte-americanos entram sem maiores problemas no país latino.

O papel do sistema financeiro

Após este dinheiro físico chegar em solo mexicano, começa a atuação do sistema financeiro. Um dos métodos apontados pela série é a utilização deste dinheiro por integrantes dos cartéis como garantias de empréstimos junto a bancos menores, locais. Este era o caso do Banco Bital, forte especialmente na região mexicana de Sinaloa, onde a produção de narcotráficos é marcante. Essa instituição fora comprada em 2002 pelo HSBC, que desde então e por contrato,  não checa de perto as movimentações suspeitas do antigo banco.

A produção da Netflix chegou a entrevistar um ex-executivo do HSBC da área de investigação a fraudes. Everett Stern se apresenta como alguém com “o sonho de fazer o bem”. O que não aconteceu, de acordo com a própria avaliação de Stern. O executivo afirma ter percebido que o banco fraudava sistemas de investigações para favorecer transações de entidades criminosas internacionalmente conhecidas, incluindo dos cartéis mexicanos.

A Justiça dos Estados Unidos, em 2012, condenou o banco a pagar U$ 2 bilhões. Uma “pechincha” pela quantidade de dinheiro ilegal que passa pela instituição. Ainda foi feito um acordo para que não houvesse acusação criminal de nenhum dos envolvidos, sob uma promessa do banco de melhorar seu sistema de investigação. Em tal declaração, ao firmar o acordo com a Justiça, o banco confessa os crimes, mas segue sem punição. “Se o cartel de Sinaloa prometesse parar de traficar, ele seria inocentado?”, questionou um jornalista na coletiva da Procuradoria-Geral que anunciou a pena.

“Se você for pego com 30 gramas de cocaína, as chances de você ir para a cadeia são grandes. Se isso se repetir, você pode ir para a cadeia pelo resto de sua vida. Mas se você lavar bilhões de dólares para cartéis de drogas e violar sanções internacionais, sua empresa paga uma multa e você vai para casa dormir tranquilamente. Acho que está errado”, conclui sobre o caso a senadora democrata norte-americana Elizabeth Warren.

Saiba mais sobre o envolvimento do HSBC com operações criminosas no Brasil:

Fonte: Rede Brasil Atual

Para o ex-ministro de Direitos Humanos no governo FHC e professor aposentado de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) Paulo Sérgio Pinheiro, a decisão do governo Temer de intervir na segurança do Rio de Janeiro é "desastrada", "inócua" e "não vai resolver absolutamente nada".

"Os grandes traficantes estão na Avenida Atlântica, na Barra da Tijuca, ou em Miami. Quem vai pagar por essa intervenção são os moradores das comunidades, das favelas. É totalmente inócuo. As Forças Armadas não têm nenhuma competência para lidar com a criminalidade, seja o crime comum ou organizado. A curto prazo, não vai resolver absolutamente nada, só vai agravar a situação", afirmou Pinheiro à Rádio Brasil Atual nesta segunda-feira (19). 

Ele também refutou o argumento oficial que tenta dar ares civis à intervenção. "É na verdade uma intervenção militar, já que o setor de segurança passa a ser controlado pelas Forças Armadas, como na ditadura." 

Pinheiro ainda classificou como "escândalo para a democracia" a possibilidade de eventuais crimes cometidos por agentes das forças armadas venham a ser julgados pela Justiça Militar, conforme determina lei sancionada por Temer em outubro passado, assim como a proposta de utilização de mandados coletivos de busca e apreensão a ser utilizado contra as comunidades. 

Para o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST), Gilmar Mauro, que também falou à Rádio Brasil Atual, a intervenção no Rio de Janeiro serviu como "cortina de fumaça" para encobrir a derrota sofrida pelo governo na tentativa frustrada de mexer nas regras das aposentadorias. Ele também prevê que os maiores prejudicados serão "a classe trabalhadora e a população mais pobre."

Para Mauro, não se trata apenas de militarização da segurança pública, "é a militarização da política". Ele ainda prevê que o governo Temer possa fazer todo o possível para evitar a ocorrência normal das eleições em outubro, de modo a tentar salvar o projeto de desmonte do Estado, que poderia ser revertido com a escolha de um candidato popular. 

Finalizando o dia nacional de mobilização contra a "reforma" da Previdência, cerca de 20 mil pessoas protestaram na Avenida Paulista, em São Paulo, no fim da tarde desta segunda-feira (19). Se por um lado os trabalhadores comemoraram a retirada de pauta da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, por outro garantiram que não vão vacilar e seguirão mobilizados. "Continuaremos em estado de greve, alertas e pressionando os deputados. Derrotamos a Globo, o presidente (Michel) Temer, o Moro e os bancos e isso é graças aos trabalhadores", afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas.

Para o sindicalista, Temer tentou uma cortina de fumaça ao decretar intervenção federal no Rio de Janeiro. "Foi mais uma manobra do golpista. Nós somos contra a intervenção, até porque não é função do Exército cuidar da segurança pública. Tem de ficar atento, porque pode estender isso para outros estados com o objetivo de fortalecer o golpe", afirmou.

 

Roberto Parizotti/CUT ato contra a reforma da prev19fev18-1.jpg
Vagner Freitas: 'Nós somos contra a intervenção, até porque não é função do Exército cuidar da segurança pública'

 

Hoje, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), declarou que não vai haver votação de qualquer PEC durante a vigência do decreto de intervenção federal. E garantiu que não vai haver suspensão temporária. Com a decisão de Oliveira, 190 PECs deixam de tramitar, entre as quais a do fim do foro privilegiado. A decisão vale até 31 de dezembro, mesma data do decreto de intervenção. Se o decreto for revogado, as PECs podem voltar a tramitar. 

Para a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, a intervenção é uma chantagem do governo Temer para usar como moeda de troca pela aprovação da reforma da Previdência. "Uma chantagem feita com a vida é o sangue do povo pobre das favelas cariocas", afirmou. 

Ela ressaltou que, com a efetivação da retirada de pauta da reforma, a pauta principal dos estudantes seria a garantia de eleições democráticas."Não está dado que vão ocorrer eleições livres para o povo escolher o próximo presidente. É preciso lutar para garantir isso. O povo sabe o que está acontecendo, usou do carnaval para se manifestar e isso preocupou os golpistas", completou.

O coordenador nacional da Frente Brasil Popular Raimundo Bonfim foi a liderança que demonstrou maior desconfiança da decisão de Temer. "Isso pode ser mais uma jogada do governo golpista. Precisamos manter a mobilização e ficar muito atentos. Os maiores interessados na reforma são os grupos de previdência privada e os bancos", afirmou.

Para a coordenadora estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Natália Szermeta, o governo Temer está de costas para a população. "Tudo que este governo faz é contra o povo pobre e trabalhador. O que o Rio de Janeiro precisa é de pagamento do salário dos servidores em dia, intervenção social. Não vamos aceitar que a juventude do Rio pague com a vida", afirmou.

Agência Brasil – A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, entregou o cargo nesta segunda-feira (19) ao presidente Michel Temer. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto, que ainda não informou o motivo da demissão.

De acordo com a assessoria de imprensa do Planalto, o cargo será ocupado interinamente pelo subchefe de assuntos jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que passará a acumular as duas funções.

Luislinda Valois estava no posto desde fevereiro de 2017, quando Temer editou uma medida provisória dando status de ministério à  secretária especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça.

Ela era o penúltimo nome do PSDB no governo Temer desde que o então ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, pediram exoneração no fim do ano passado. O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que também é tucano, continua no cargo.

O presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (MDB-CE), determinou nesta segunda-feira (19) a suspensão da tramitação de todas as propostas de emenda à Constituição (PEC) enquanto vigorar o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, previsto até dezembro. A suspensão atinge mais de 190 propostas em andamento na Casa, entre elas a reforma da Previdência, que só pode ser feita por meio de uma PEC. 

“Nenhuma PEC tramitará, não precisa a oposição entrar com pedido de liminar, absolutamente nada, porque nenhuma PEC tramitará. O mandamento constitucional no Artigo 60, item 1º, determina que, em estado de sítio, em estado de defesa ou em intervenção, nenhuma PEC poderá tramitar, portanto não haverá mudança na Constituição”, ressaltou Eunício.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a decisão do presidente do Congresso é resultado da luta, da garra de trabalhadores e trabalhadoras, que fizeram o enfrentamento, disputaram a narrativa deixando claro que a proposta de Temer não é reforma é desmonte da Previdência pública. 

"Temos de comemorar, mas é uma comemoração momentânea. Quem está em guerra como nós estamos, tem de estar o tempo todo mobilizado pra luta", disse Vagner, ressaltando a importância das greves, atos, caminhadas e manifestações realizados em todo o país nesta segunda (19) e em todas as jornadas convocadas pela CUT e demais centrais para lutar contra essa reforma, como a maior greve geral da história do país, realizada em 28 de abril do ano passado .

Segundo ele, a suspensão da tramitação de todas as propostas de emenda à Constituição (PEC), entre elas a da Previdência, é uma derrota para os golpistas e uma vitória da militância, da classe trabalhadora que teve garra e foi persistente no enfrentamento com atos, manifestações, greves, ações nas redes sociais e fez uma pressão nos parlamentares. "Tiramos da agenda a joia da coroa, que é a reforma que os financiadores do golpe exigiam".     

Sobre a afirmação feita pelo ilegitimo e golpista Michel Temer (MDB-SP) de que se conseguisse o numero de votos necessários para aprovar a PEC (308) suspenderia a internvenção só para aprovar a reforma da Previdência, Eunício descartou essa possibilidade. Segundo ele, o Congresso não vai sustar o decreto para que a Câmara e o Senado votem a reforma da Previdência. A decisão de Eunício joga por terra as pretensões do Palácio do Planalto de votar a reforma ainda em fevereiro.

Após participar da reunião dos Conselhos de Defesa Nacional e da República, no Palácio da Alvorada, o presidente do Congresso declarou que obedecerá a legislação que impede os parlamentares de aprovarem emendas constitucionais, inclusive a da reforma da Previdência.

O presidente do Senado disse que  Temer, por ser um constitucionalista, concordou com a suspensão de todas as PECs. Segundo ele, Temer não poderia se opor ao que determina a Constituição. 

“Não há previsão constitucional de suspensão de decreto. Ele pode a qualquer momento suspender o decreto, mas como? Extinguindo a intervenção no Rio de Janeiro. Se for pra fazer uma intervenção, chamar todos nós, fazer a intervenção e daqui a cinco dias dizer que foi um equívoco porque precisa votar matéria A ou matéria B, não teria sentido ter feito a intervenção”, argumentou Eunício.

O presidente do Senado sinalizou ainda que, politicamente, não seria possível revogar o decreto e assinar outro em seguida a fim de beneficiar a aprovação de qualquer matéria no Congresso.

“Nem o presidente Temer nem ninguém fará com que o presidente do Senado e do Congresso Nacional mude a posição por conveniência. (…) Se ele revogasse [o decreto] , extingue-se a intervenção no estado do Rio de Janeiro automaticamente. Aí para fazer uma nova intervenção eu não sei se teria aí a condição política de se fazer, teria que fazer todo o trâmite novamente. Então, o que a sociedade ia dizer, o que iriamos dizer no Conselho? Que não havia a necessidade da intervenção. E ela é necessária”, completou.

Eunício afirmou que vai pautar o decreto de intervenção na segurança do Rio no dia seguinte ao da aprovação na Câmara. A previsão é que os deputados aprovem o texto entre hoje e amanhã. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que não aceitará que o texto relatado pela deputada Laura Carneiro (MDB-RJ) sofra alterações por meio de emendas.

 

Fonte: CUT BRASIL

Os bancários se uniram a milhões de trabalhadores de todo o Brasil, das mais diversas categorias, para protestar contra a reforma da Previdência e a retirada de direitos, nesta segunda-feira (19). A manifestação foi convocada pelas centrais sindicais.

Clique aqui e veja a galeria de fotos das manifestações por todo o Brasil.

“Os bancários em todo o Brasil atenderam ao chamado das centrais sindicais e amplificaram as manifestações contra a reforma da Previdência. Atos, atrasos de abertura de agências, paralisações, panfletagens, greve. Tudo somou para dizer aos parlamentares que a voz das ruas já decretou o fim da reforma da previdência. Se os deputados e senadores insistirem em votar, o povo vai lembrar deles em outubro. Não voltarão”, declarou Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT.

Sem apoio, o governo ilegítimo de Michel Temer segue com suas tramoias. A mais recente, a intervenção militar no Rio de Janeiro, que pode ser suspensa a qualquer momento, caso Temer veja condições de votar a reforma que acaba com a aposentadoria pública.

Para o presidente da Contraf-CUT, mais uma vez o governo golpista responde às duras contradições da sociedade brasileira com uma solução equivocada, teatral e oportunista. “O apelo geral por segurança e paz não pode ser atendido por uma intervenção militar paliativa e que só apresenta soluções de curto e médio prazo. Além, disso, usa novamente as Forças Armadas que, nas várias intervenções na segurança no Rio (ocupação do Complexo do Alemão e Maré em 2007 e 2010, segurança para visita do Papa Francisco em 2013, segurança das Olimpíadas e ocupação da Rocinha em 2016), teve papel importante conjuntural, mas imediatamente após o fim da intervenção a situação insegura retornou.”

Ele acredita que o governo mascara o que o Rio de Janeiro e o Brasil precisam, na verdade, de que é uma intervenção social com conteúdo de políticas públicas que gerem empregos e renda, que tragam educação e saúde para o povo. “Esta intervenção foi feita sob a evidente desconfiança quanto ao seu objetivo e eficácia, parecendo mais ser instrumento de afastamento da opinião pública do tema da reforma da previdência. Não traz nenhuma proposta de inteligência, de planejamento ou reequipamento necessários para o combate ao crime organizado. Não é uma medida transformativa nem propõem mudanças estruturais nas policias. É maquiagem, assusta a população trabalhadora e faz uma péssima sinalização para a livre expressão dos movimentos sociais. Tem caráter improvisado e, considerando as declarações de que pode ser suspenso para permitir a votação da PEC da reforma da Previdência, escancara suas reais intenções. Lamentamos que assunto de tão profunda importância seja usado para esconder ataques aos direitos dos trabalhadores”, completou Roberto von der Osten.

Fonte: Contraf-CUT