Maio 23, 2025
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Imprensa

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O Ministério Público do Trabalho divulgou recentemente protocolo com 17 recomendações para o chamado home office ou trabalho remoto. Segundo o MPT, uma das preocupações é a “com a compatibilização das necessidades empresariais” e a “vida familiar” na elaboração de escalas. E preciso separar serviço e descanso, declarou o procurador-geral do Trabalho, Alberto Balazeiro.

De acordo com o Ministério Público, o documento – destinado a empresas, sindicatos e administração pública – inclui medidas como respeito à jornada contratual, direito à desconexão e ergonomia para trabalhadores de teleatendimento e telemarketing. “A instituição também defende a adoção de etiqueta digital em que se oriente toda a equipe, com especificação de horários para atendimento virtual da demanda, assegurando os repousos legais e o direito à desconexão, bem como medidas que evitem o bullying no ambiente de trabalho.”

Saúde mental

Já existente no mundo do trabalho, o home office passou a ser mais adotado devido à pandemia. Acordos específicos começaram a ser discutidos, como no caso dos funcionários do Bradesco. Segundo o IBGE, a prática é utilizada por mais de 8 milhões de pessoas no país, exigindo mais atenção à modalidade e suas consequências. Inclusive do ponto de vista da saúde mental.

O documento cita a Norma Regulamentadora nº 17 (NR-17), do Ministério da Economia, com regras de ergonomia para o setor de teleatendimento e telemarketing. “O MPT destaca que a NR-17 prevê períodos e procedimentos adequados de capacitação e adaptação a novos métodos ou dispositivos tecnológicos que alterem a rotina de trabalho dos profissionais, além da garantia de pausas e intervalos para descanso, repouso e alimentação.”

Confira aqui a integra do documento.

Fonte: Rede Brasil Atual

Sindicatos de bancários de todo o país estão em campanha contra as demissões pelos bancos. Na sexta-feira, um tuitaço contra as demissões pelo Itaú esteve entre os assuntos mais comentados da rede. Com a hashtag #ItaúNãoDemitaMeusPais, o protesto procurou mostrar não apenas que o banco descumpriu o compromisso de não demitir funcionários durante a pandemia, mas também que a responsabilidade social pregada pelo Itaú em suas peças publicitárias nem sempre e colocada em prática por ele mesmo.

Em uma só tacada, o banco demitiu 130 funcionários na área de Veículos, além de outras que ocorram em agências bancárias.

“O banco teve lucro líquido de R$ 28 bilhões no ano o passado e nos seis primeiros meses de 2020, mesmo com a pandemia, lucrou R$ 8 bilhões. Mas, ao mesmo tempo de desenvolveu campanha publicitária para mostrar seu lado humano, demite funcionários durante a maior crise sanitária vivida pelo país nos últimos 100 anos. Tamanha incoerência não pode ficar oculta. Numa hora dessa, o banco precisa mostrar sua responsabilidade com as pessoas, com o país,” afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização de Empresa (COE) do Itaú.

Banco acusa o baque

Na própria sexta-feira o banco divulgou um comunicado interno aos seus funcionários falando sobre a atuação pessoal nas redes sociais. Para Jair, trata-se de uma tentativa de intimidar os funcionários e reduzir a participação dos funcionários nas ações dos sindicatos.

“Nossa ação de sexta-feira foi muito boa. As demissões pelo Itaú foram um dos assuntos mais comentados nas redes. Com a desculpa de que está pregando o respeito à diversidade de gênero, cultura, raça, condição social, religião, idade e até convicções políticas e filosóficas, o banco ameaça com o código de ética que deve ser cumprido pelos funcionários com as postagens em redes sociais que possam afetar a imagem do banco”, observou o dirigente. “Mas, o banco tem que tomar cuidado com suas atitudes. Além das demissões em plena pandemia, um comunicado como esse, enviado aos funcionários bem no dia de um tuitaço, pode manchar a imagem do banco bonzinho, responsável socialmente que é transmitido em suas peças publicitárias”, disse Jair.

Campanha continua

O coordenador da COE do Itaú disse, no entanto, que a campanha contra as demissões continuará, com um novo tuitaço na próxima sexta-feira (9).

“Queremos que o banco cumpra com o compromisso de não demitir durante a pandemia. Reveja estas demissões e realoque estes funcionários. Vamos continuar a campanha e contamos com a colaboração dos trabalhadores. Mesmo que, para evitar perseguições, tenham que criar perfis alternativos para não serem identificados”, ressaltou, lembrando que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sindicatos e federações da categoria orientam os funcionários a não utilizarem computadores e celulares dos bancos para atividades de uso pessoal.

No tuitaço da próxima sexta-feira os sindicatos usarão uma outra hashtag: #ItauPareDeAmeçarMeusPais.

Outros bancos

Além do Itaú, o Santandero Bradesco e o Mercantil do Brasil também estão demitindo funcionários em plena pandemia. “Todos estes bancos, haviam se comprometido em não demitir funcionários durante a pandemia. Mas, mesmo tendo lucros bilionários, desrespeitaram esse compromisso e colocaram mães e pais de família na rua da amargura, em plena pandemia”, observou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Com as demissões, os bancos contribuem para o aumento do desemprego no país, que já era alto, e dificultam a recuperação da economia”, concluiu Juvandia.

Fonte: contraf-CUT

Uma reportagem da CNN Brasil informa que o Ministério Público investiga diversas irregularidades que teriam ocorrido na gestão de Rubem Novaes no Banco do Brasil. Novaes e sua diretoria são acusados de interferir na auditoria interna, evitar apurações sobre assuntos sensíveis, não atender recomendações dos auditores, além de interferir irregularmente em nomeações para a Previ, o bilionário fundo de pensão do banco.

O procurador Lucas Furtado usou uma ampla documentação para embasar a representação que apresentou ao Tribunal de Contas da União (TCU), na qual, dentre outras medidas, pede a readmissão dos auditores demitidos e a apuração de eventuais irregularidades. A denúncia foi apresentada pouco mais de um mês depois que o Conselho de Administração do banco dissolveu a sua auditoria interna.

A Conselheira de Administração Representante dos Funcionários (Caref), Débora Fonseca, explicou que boa parte dos fatos ocorridos chegaram ao conhecimento dela não pelo Conselho de Administração do Banco, mas pela imprensa, fato que também ocorreu com o questionamento feito pelo Ministério Publico.

“Dos itens citados como possíveis irregularidades, como a retirada da campanha publicitaria ‘Selfie’, sequer houve relato no Conselho sobre a orientação de ‘não se realizar auditoria’, dada, segundo o MP, pelo presidente do conselho, o senhor Hélio Magalhaes, disse Débora. “Isso torna a denúncia ainda mais grave, pois, se comprovada, mostra que o presidente do conselho determinava medidas sem sequer nos consultar”, disse.

Projeto Sirius

Débora informou, também, que sobre o caso do Projeto Sirius (associação entre o banco e a empresa suíça UBS Group AG), quando foi pautado para aprovação no CA, não houve menção à preocupação demonstrada pela auditoria sobre o aspecto negocial, com possibilidades de perdas financeiras para o banco. “Obviamente, se uma informação como essa tivesse vindo ao conhecimento do conselho, poderia ter resultado na alteração de forma do negócio proposto, ou mesmo seu cancelamento”, afirmou.

Débora explicou que a nomeação de Claudia Kakinoff, para o cargo de Auditor Geral, foi apresentada na reunião do Conselho como uma medida temporária, para que se apurasse uma ocorrência dentro da Auditoria, sem entanto dizer sobre qual assunto ou qual tipo de irregularidade. “Só posteriormente tive conhecimento da ocorrência, também através da imprensa, que noticiou sobre a demissão do Auditor Geral, e outros membros da auditoria”, disse. “E quando questionei sobre a ocorrência no Conselho, informaram que não poderiam me dar detalhamento sobre o tema por envolver outro funcionário do banco, e que assim sendo, eles consideravam que haveria ‘conflito de interesses’ de minha parte”, completou.

Débora disse ainda que, afirmaram que o Conselho havia conduzido a ocorrência conforme mandam os tramites internos e externos ao banco, mas que, aparentemente, não foi o que ocorreu, de acordo com o que foi relatado pelo MP.

BTG Pactual

Com relação a operação junto ao BTG Pactual, a Caref informou que a transação foi tratada apenas no âmbito do Conselho Diretor e também nunca mencionada no Conselho de Administração a intenção de auditoria do caso.

Gravidade das denúncias

“São denúncias muito graves que merecem muito mais do que apuração. Havendo comprovação, os responsáveis devem responder não apenas administrativamente, mas também na Justiça Comum, como previsto no Estatuto do Funcionalismo Público”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Temos que garantir o direito de defesa dos envolvidos, mas, havendo culpados, não pode haver impunidade”, completou.

Fukunaga cita um trecho da denúncia (leia a íntegra) que diz que o vice-presidente do BB, Fábio Augusto Cantizani Barbosa, desde sua chegada, implementou ações pouco alinhadas aos objetivos estratégicos do banco, as quais foram questionadas pela auditoria. A mesma que foi afastada.

O trecho da denúncia citado por Fukunaga diz que, entre as “ações pouco alinhadas aos objetivos estratégicos do banco”, implementadas por Cantizani Barbosa, estão “direcionar contratos para aquisição de software, hardware e prestação de serviços em TI; abrir os códigos-fonte de sistemas corporativos fundamentais aos negócios (core), expondo-os a programadores externos ao banco (open source), sem regras e procedimentos de proteção a riscos e violações de segredos de informação e de negócios, apesar das resistências do Diretor de Tecnologia (não sabemos se teve êxito); opor-se ao ex-Vice-presidente Marcelo Labuto para ter sob sua responsabilidade direta as Diretorias de Meios de Pagamento e de Negócios Digitais, o que de fato aconteceu em dezembro de 2019, garantido maior área de influência e ‘oportunidades negociais’ para ele e seu grupo.”

“Cantizani é sócio fundador da Stone Meios de Pagamentos. Por si, isso é conflito de interesses”, concluiu Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários de todo o Brasil realizaram nesta sexta-feira (2) um novo tuitaço em protesto contra as demissões que o banco Itaú vem realizando em plena pandemia. O protesto começou às 11h e a hashtag #ItaúNãoDemitaMeusPais esteve entre os assuntos mais comentados do Brasil.

A ação faz parte da campanha #ItaúNãoDemitaMeusPais, lançada na semana passada, para denunciar os desligamentos, que contrariam o compromisso da direção do Itaú de não demitir durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Foram 130 demissões somente na área de Veículos, além de outras que ocorrem nas agências. O Itaú é um dos bancos, junto com o Santander, o Bradesco e o Mercantil do Brasil, que desrespeitam acordo firmado com o movimento sindical no primeiro semestre, de que não haveria demissões durante a pandemia.

As demissões contrariam a imagem que o banco tenta divulgar, de que é uma empresa com lado humano. O lucro do banco em 2019 foi de R$ 28 bilhões e de R$ 8 bilhões no primeiro semestre deste ano.

Fonte: Contraf-CUT

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, criticou as demissões que estão sendo promovidas pelos grandes bancos brasileiros em meio à pandemia do novo coronavírus. “Esses bancos estão em boa situação financeira, muito melhor do que outras empresas, mais atingidas pela crise sanitária, e mesmo assim passaram a demitir, eliminando postos de trabalho. Fazem isso depois de firmarem um acordo de não promoverem demissões durante a pandemia. Só que a pandemia ainda não acabou”, afirmou Juvandia. A Contraf-CUT e o movimento sindical têm feito campanha para denunciar a quebra de compromisso das instituições financeiras.

“Essas demissões estão acontecendo porque o governo Bolsonaro não tem compromisso com os trabalhadores. Em outros países, o governo federal não deixa que as empresas lucrativas demitam”, criticou a presidenta da Contraf-CUT. Desde o início da pandemia, o Santander demitiu mais de mil bancárixs. Outras 400 demissões foram feitas pelo Itaú e o Bradesco anuncia que também vai demitir. Nesta segunda-feira (29), o Bradesco enviou aos funcionárixs comunicado no qual informa que irá conceder um benefício adicional no desligamento sem justa causa. O documento alertou xs bancárixs para demissões.

“O Bradesco foi a companhia aberta com os maiores lucros da América Latina nesse primeiro semestre. Foram mais de R$ 7 bilhões; o Itaú é a marca mais valiosa do Brasil avaliada em R$ 24,5 bilhões e o Santander tira do Brasil seu maior lucro no mundo”, lembrou a presidenta da Contraf-CUT.

Marketing

Um dos grandes bancos que descumpre o acordo firmado no começo da pandemia é o Itaú. Foram cerca de 400 demissões, principalmente no setor de Veículos. “Depois que a gente fechou a campanha nacional dos bancários, o Itaú começou a demitir. O banco doou 1 bilhão na pandemia, mas demite. Isso era só marketing? Como fica sua imagem sabendo que a marca Itaú é a mais valiosa do país e está demitindo?”, questiona Juvandia.

O campeão das demissões em 2020 é o Santander. Foram cerca de mil bancárixs demitidxs desde maio, quando o banco começou a escalada de demissões. O lucro do banco no país representa 32% de todo seu lucro mundial. O Santander fez uma reserva de R$ 10,4 bi, para cobrir possíveis calotes que reduziu o lucro de R$ 7,749 bilhões para R$ 5,989 bilhões. Sem as provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD), a queda no lucro do Santander viraria crescimento de 8,8%. O Banco Central havia liberado as PDDs, mas mesmo assim os grandes bancos provisionaram. “Não existe qualquer justificativa econômica para as demissões nesses bancos. São instituições com comprovada saúde financeira”, avalia a presidenta da Contraf-CUT.

Eficiência?

Nos balanços financeiros, os grandes bancos divulgam o chamado “Índice de Eficiência Bancária”, que resulta da divisão entre as despesas não decorrentes de juros, entre as quais se destacam as despesas com pessoal e tributárias e as receitas auferidas pelos bancos, entre elas, a receita de prestação de serviços. Por exemplo, um banco com índice de eficiência de 41% é aquele que, para obter uma receita de R$ 100,00, gasta R$ 41,00. Na lógica do Índice de Eficiência Bancária, esse banco deverá obter os mesmos R$ 100,00 com menos despesas.

Entre os grandes bancos que estão desrespeitando o acordo da pandemia, o atual campeão das demissões, o Santander, de acordo com os balanços de junho de 2020, tem o índice de 35,7%, considerado no setor o de melhor desempenho. Itaú vem em segundo lugar, com 45,4%, em seguido está o Bradesco, com 47,8%. “Esse capitalismo financeiro chama de eficiência não o bom atendimento à população, menores taxa ou melhores serviços. Chama de eficiência um termo técnico para dizer apenas que ganham mais gastando menos, empregando menos, com menos retorno para a sociedade”, avalia Juvandia Moreira.

Luta contra as demissões

A Contraf-CUT cobra a suspensão das demissões e continua com a campanha para denunciar a quebra de compromisso dos bancos de não demitir durante a pandemia, articulando as várias campanhas contra as demissões que já vem ocorrendo em cada banco. Serão organizadas manifestações e ações pelas redes sociais para mostrar que demissões não combinam com os bons resultados financeiros dos bancos em 2020.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou um ofício ao Banco do Brasil exigindo o cumprimento da cláusula 23ª do Acordo Coletivo de Trabalho, que define que os bancos, no monitoramento de resultados, não exporão publicamente o ranking individual dos seus funcionários. A cláusula 39ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária também proíbe a exposição do ranking individual dos funcionários.

Mas, em descumprimento ao ACT e à CCT em vigência, o banco expõe os nomes de seus funcionários no sistema de Classificação do Programa de Desempenho Gratificado (PDG), alerta o ofício.

“A exposição do ranking individual dos funcionários deve ser corrigida de imediato”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Os nomes e classificações dos funcionários são expostos nas telas do sistema, acessível a qualquer funcionário. Conquistamos essa proibição na Campanha Nacional (dos Bancários) de 2011 para reduzir o assédio moral e cobranças excessivas aos funcionários, que acabam levando ao adoecimento. E vamos continuar defendendo saúde e melhores condições de trabalho para os funcionários”, disse o coordenador da CEBB, ao exigir que o banco responda formalmente o ofício, indicando a responsabilização pela determinação do procedimento.

Fonte: Contraf-CUT

Conquista da Campanha Nacional 2020, os empregados com jornada de 8h já podem negociar com o seu gestor sobre a diminuição do intervalo de descanso/alimentação para 30 min. A implantação do intervalo flexível estava prevista para março de 2021 e foi antecipada para agora.

“A possibilidade de fazer intervalo de descanso/alimentação de 30 min é uma reivindicação dos colegas, inclusive, para poderem antecipar o cumprimento de sua jornada e consequentemente sair mais cedo. Esperamos que de fato os empregados possam usufruir desse direito. Pedimos que, da mesma forma, a Caixa antecipe também a possibilidade de parcelar as férias em três vezes, pois a implementação está prevista para março de 2021”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da CEE/Caixa.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reivindica a valorização dos trabalhadores CCB, antigo banco BIC. A instituição informou que não que não irá efetuar o pagamento da antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), pois não obteve lucro. Por isso, o movimento sindical pede a abertura de negociação de um valor de pagamento linear a todos os funcionários.

“Todos os trabalhadores se esforçaram muito para manter os serviços do banco em meio a uma pandemia mundial. Eles colocaram as suas vidas e das pessoas com quem convivem em risco em prol da instituição. Este tipo de heroísmo precisa ser reconhecido em momento como esse”, afirmou Jair Alves, que coordena as negociações com o banco.

Fonte: Contraf-CUT

O país eliminou 849.387 vagas com carteira assinada neste ano, de janeiro a agosto. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (30), são do “novo” Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, referentes ao mês de agosto. O estoque de empregos formais está pouco abaixo de 38 milhões. Em agosto de 2014, eram 41,1 milhões de postos de trabalho.

Entre os setores de atividade, três mostram resultado positivo no ano: agricultura, com saldo de 98.320 vagas (6,6%), administração pública, com 67.982 (1,4%), e construção, com 58.464 (2,7%). Os que mais cortaram foram serviços (menos 489.195, -2,7%) e comércio/reparação de veículos (409.830, -4,4%). A indústria eliminou 107.024 (-1,4%).

O saldo é resultado de 9,2 milhões de contratações e 10 milhões de demissões. Em relação a 2019, as admissões caíram 16,7% e os desligamentos recuaram 3,9%.

“Reforma” trabalhista

Ainda no acumulado do ano, o chamado trabalho intermitente abriu 35.767 vagas, enquanto o parcial fechou 12.431. Já os desligamentos “por acordo” somaram 116.356. Essas modalidades surgiram com a “reforma” trabalhista de 2017.

Apenas no mês de agosto, o “novo” Caged teve saldo de 249.388 vagas. A indústria abriu 92.893 e a construção, 50.489. Também abriram postos de trabalho o comércio (49.08), os serviços (45.412) e a agricultura (11.213).

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) soltou um comunicado informando que não negociará mais a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho dos empregados do sistema BNDES com os trabalhadores na mesa de negociações bipartite e que as negociações somente ocorrerão com a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

“Lamentamos essa decisão da diretoria do BNDES. Pedimos a mediação do TST, mas dissemos ao banco, em mesa de negociações, que não queríamos encerrar as negociações na mesa bipartite e que a busca da intermediação era apenas o cumprimento de um trâmite formal para a continuidade do diálogo em busca da solução”, explicou o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “E, em momento algum, o banco disse que se pedíssemos a intermediação do TST o banco encerraria as negociações bipartites”, completou.

Postura do banco

Para o vice-presidente da Contraf-CUT, desde o início, o BNDES busca atacar os direitos dos trabalhadores e as organizações de representação sindical. “Estávamos e estamos dispostos a manter as negociações. Encerrar as negociações é um desrespeito com os empregados, que aguardam ansiosos pelo desfecho da mesa”, ponderou. “Buscamos conversas para tentar encontrar uma solução. Mas, desde o início, uma parcela da diretoria do banco, que não são de carreira, manteve uma postura de não resolver a situação. Estão lá apenas para garantir que fosse cumprido o que o governo quer. Não nos restou alternativa a não ser buscar essa mediação, pois estava vencendo os 30 dias de manutenção da ultratividade dos direitos que conseguimos na Justiça”, argumentou Vinícius, ressaltando que a mediação do TST não significa a judicializarção do processo de negociações.

“A diretoria precisa dizer a verdade para o funcionalismo do BNDES. Não pode confundir e dizer que sentou na mesa com disposição de encontrar soluções, o que não vem acontecendo. São 2 meses e até agora o que avançou? Só as cláusulas econômicas e mesmo assim seguindo a Fenaban, que também tem presença na mesa e nada resolveu”, completou o vice-presidente da Contraf-CUT.

Veja abaixo as matérias com o histórico das negociações

03/08 – Bancários do BNDES autorizam comissão a negociar ACT
05/08 – Entrega da Minuta de reivindicações, aprovada na assembleia
12/08 – BNDES: Agendada primeira reunião de negociações
13/08 – Trabalhadores entregam proposta de pré-acordo ao BNDES
18/08 – BNDES veta representantes dos funcionários e negociação não acontece
20/08 – Bancários do BNDES cobram respeito aos seus representantes nas negociações da Campanha Nacional 2020
24/08 – Funcionários do BNDES referendaram comissão de negociação
24/08 – Hoje tem negociação com o BNDES
25/08 – BNDES não aceita assinar pré-acordo e quer analisar proposta ponto a ponto
26/08 – BNDES ataca organização dos trabalhadores
27/08 – Ataques continuam no BNDES
28/08 – BNDES apresenta mais ataques nas negociações desta 6ª feira (28)
29/08 – BNDES: 97% dos funcionários rejeitaram proposta do banco
01/09 – BNDES insiste em corte de direitos
02/09 – BNDES: Funcionários rejeitam proposta de retirada de direitos
02/09 – TST prorroga vigência de ACT do BNDES
10/09 – Funcionários cobram disposição do BNDES para o acordo
14/09 – Empregados do BNDES deliberam nesta terça (15) sobre cláusulas econômicas do ACT 2020
15/09 – Empregados do BNDES aprovam acordo com o banco
18/09 – Comissão do funcionalismo volta a se reunir com o BNDES para negociar demais cláusulas da ACT
22/09 – Negociações com o BNDES foram retomadas na 2ª e devem continuar nesta 3ª (22).

Fonte: Contraf-CUT