Agosto 14, 2025
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“Os efeitos sobre a redução da desigualdade são substancialmente potencializados se a redistribuição se der dos mais ricos para os mais pobres por meio da tributação da renda”, afirmam os professores Laura Carvalho, Rodrigo Toneto e Theo Ribas. Eles analisam, em nota, alternativas para políticas de transferência de renda no Brasil. O texto marca o lançamento do site do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made), da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP).

Laura, por sinal, integra a lista de “detratores” do governo, que veio à tona ontem (1º). Em relatório, a recomendação sobre ela é “monitorar preventivamente” tuítes da economista. Isso para identificar supostos equívocos e publicar posts de esclarecimento. “Surreal”, definiu a professora, em tuíte.

Do meio para a base

Na nota, os economistas analisam propostas sugeridas pelo governo e apresentam alternativas para redução da desigualdade. “Nossas simulações sugerem que remanejar recursos dos benefícios sociais já existentes, recebidos pelos estratos intermediários de renda da população, implica uma transferência de renda do meio para a base, mantendo essencialmente inalterada a renda dos mais ricos.”

Eles observam que, com limites impostos pelo teto de gastos, as primeiras propostas do governo para ampliar o Bolsa Família tinham como base a revisão de benefícios sociais. E afirmam, em contrapartida, que há espaço fiscal para ampliação significativa de programas de transferência de renda. “Desde que a redistribuição ocorra dos estratos mais ricos para os mais pobres.”

Tributação progressiva

Uma sugestão, por exemplo, é estabelecer uma tributação mais progressiva. Com isso, sustentam, “é possível criar programas de transferência mais robustos, beneficiando os 30% ou 50% mais pobres com valores substancialmente maiores que os atuais”. Por esse cálculo, uma transferência mensal de R$ 125 per capita aos 50% mais pobres traria redução significativa (8,9%) do índice de Gini, um indicador de desigualdade. Assim, a arrecadação cresceria por meio de aumento do Imposto de Renda de Pessoa Física dos 20% mais ricos. “Com espaço de ampliação da alíquota efetiva, especialmente entre o 1% mais rico da população”.

Na análise, os professores afirmam que o auxílio emergencial compensou a perda de renda da parcela mais pobre da população durante a pandemia. Além disso, evitou aumento da desigualdade no mercado de trabalho. Eles observam, ainda, que o índice de Gini baseado na renda per capita do trabalho subiu de 0,64 para 0,67 (5%), mas cai para 0,56 se considerado o auxílio emergencial. Quanto mais perto de zero, menor a desigualdade.

Face cruel da pandemia

Eles alertam, no entanto, para os risco da redução e do fim do auxílio emergencial e a dificuldade de expandir programas sociais. Isso poderia trazer à tona “uma das faces mais cruéis” da pandemia. “As mesmas desigualdades que agravaram seus efeitos por elevarem o risco de contágio e o número de mortes pelo vírus poderão sair ainda mais profundas dessa crise, prejudicando as perspectivas de recuperação do Brasil e deixando o país em uma posição ainda mais vulnerável para absorver novos choques.” Destacam ainda que propostas de financiamento de “um aumento substantivo das transferências de renda por meio da tributação” não são compatíveis com o teto de gastos atual.

“No desenho de uma expansão da atual rede de proteção social, será necessário escolher entre ampliar o universo de beneficiários dos programas de transferência de renda ou aumentar o valor destinado a cada um”, afirmam os professores. Segundo eles, as alternativas sugeridas no texto “também podem servir como um seguro de renda aos trabalhadores informais, aos que exercem atividades de cuidado não remuneradas, e a outras profissões cuja remuneração é incerta e instável”.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco informou à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) que a testagem para Covid-19 poderá ser feita por dependentes no plano de saúde de funcionários de todo o país. Após cobranças do movimento sindical, o banco havia informado na segunda-feira (30) que os testes poderiam ser feitos pelos dependentes dos funcionários da Cidade de Deus, em Osasco (SP), onde se localiza a matriz do banco. Assim como ocorre em São Paulo, a testagem poderá ser feita até 19/12. Os testes também podem ser feitos pelos funcionários. Mesmo aqueles que já fizeram o teste podem fazer novamente.

“Foi importante que a extensão do direito para todo o país tenha sido feita com agilidade. Sabemos que São Paulo é o estado com o maior número de casos registrados de Covid-19, mas também que em outros estados o risco é tão grande quanto, ou até maior, se analisarmos a proporcionalidade da população. E isso deixa os funcionários de todo o país apreensivos”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Magaly Fagundes.

Magaly ressaltou, ainda, que não se trata de um benefício, dado pelo banco, mas de uma conquista da mobilização dos funcionários e do movimento sindical. “Esta era uma das nossas reivindicações deste o início da pandemia e, por isso, precisamos valorizar esta conquista”, observou.

Fonte: Contraf-CUT

Os lucros somados dos cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) nos nove primeiros meses de 2020 foram de R$ 53,383 bilhões. O resultado poderia ser ainda maior se não fosse o crescimento do provisionamento para o risco de créditos de liquidação duvidosa (as PDDs). Na média dos cinco bancos, o crescimento das despesas com PDD foi de 44,7%.

“Mesmo com a taxa de inadimplência muito baixa e em queda, os bancos aumentaram absurdamente o volume das provisões para cobrir os possíveis calotes. Estes valores são subtraídos do montante de lucro e prejudicam os resultados dos bancos”, explicou a economista Vivian Machado, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Na ponta do lápis

Mesmo após a subtração dos valores de PDD, o lucro somados dos cinco maiores bancos do país nos nove primeiros meses 2020 é próximo a tudo o que foi investido (R$ 68,7 bilhões) pelo governo federal em educação até setembro. Com a alta da PDD, a queda média de lucro dos cinco maiores bancos do país no terceiro trimestre foi de 33,7%, na comparação com o mesmo período de 2019. Mesmo assim, o lucro obtido pelos bancos, em pleno período de pandemia representa quase a metade (43%) de todo o orçamento federal de recursos para a Saúde. Se comparado aos R$ 60,1 bilhões previstos no orçamento para pagamento do Benefício de Prestação Continuada durante todo o ano, os R$ 53,383 bilhões obtidos de lucro pelos bancos em nove meses já representa 89% do valor previsto para BPC.

“Com certeza, os bancos não têm do que reclamar. Mesmo após o aumento das PDDs, eles tiveram o lucro estrondoso de mais de R$ 53 bilhões”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “Em nove meses eles já lucraram mais do que todo o montante de R$ 40,6 bilhões, previsto para o pagamento do seguro-desemprego. E, repito, sem contar os bilhões de provisões para os calotes. É muito dinheiro para pouca gente”, criticou a presidenta da Contraf-CUT.

Lucros dos bancos

Caixa Econômica obteve um lucro de R$ 7,5 bilhões, com uma rentabilidade de 12,7%. No Itaú, o lucro foi de R$ 13,1 bilhões, com rentabilidade de 14%. No Bradesco, o lucro totalizou, aproximadamente, R$ 12,7 bilhões, com rentabilidade de 12,9%. O Banco do Brasil, por sua vez, obteve um lucro de R$ 10,2 bilhões no período, com rentabilidade de 10,3%; e, por fim, o Santander alcançou um lucro de R$ 9,9 bilhões, com uma rentabilidade que alcançou os 18,5%. Cabe destacar, no Santander, o crescimento do lucro do banco no 3º trimestre em relação ao trimestre anterior, de mais de 82%. Desconsiderando a provisão extraordinária por conta do cenário futuro previsto em função da pandemia, o lucro líquido chegaria a R$ 11.651 bilhões, representando uma alta de 7,6% em doze meses.

Os cinco ativos somados totalizaram R$ 7,93 trilhões, com alta média de 17,9% em relação a setembro de 2019. Grande parte desse crescimento se deve às carteiras de crédito desses bancos. A carteira de crédito total dos cinco bancos juntos atingiu, aproximadamente, R$ 3,5 trilhões, com alta de 13,4% no período. No segmento de Pessoa Física, os itens com as maiores altas são empréstimos consignados / crédito pessoal e veículos. Para Pessoa Jurídica, o segmento das grandes empresas voltou a apresentar variações positivas significativas.

A maquiagem

Estes cinco bancos divulgaram queda nos resultados na comparação com o terceiro trimestre de 2019. O resultado foi influenciado, principalmente, pelo crescimento médio de 44.7% do provisionamento para o risco de créditos de liquidação duvidosa (as PDDs).

“O crescimento das carteiras de crédito já apontava para um crescimento do provisionamento, mas, a perspectiva de deterioração no cenário econômico do país, com a paralização abrupta de grande parte das atividades, ao final do 1º trimestre do ano, propiciou elevações mais significativas”, afirmou a economista do Dieese.

A exceção foi a Caixa, que reduziu seu provisionamento em 7,2% em relação a setembro de 2019, totalizando R$ 8,5 bilhões. No Bradesco, as PDDs cresceram 68,9%, totalizando R$ 20,7 bilhões; no Itaú, 74,8%, chegando a R$ 24,4 bilhões; no Santander 39,2%, totalizando R$ 13,5 bilhões; e, no Banco do Brasil as despesas com PDD cresceram 31,9%, somando R$ 19,4 bilhões.

Os bancos argumentam que há uma forte expectativa, diante do cenário, de alta significativa das taxas de inadimplências para os próximos meses. No entanto, no período, ainda não se observa essa alta esperada. As taxas de inadimplência para atrasos superiores a 90 dias, apresentaram queda em relação a setembro de 2019 e seguem baixas: 1,9% na Caixa; 2,1% no Santander; 2,3% no Bradesco; 2,4% no Banco do Brasil e 2,6% no Itaú.

O cliente paga a conta

As receitas com prestação de serviços e tarifas dos cinco bancos somadas, nos nove primeiros meses do ano de 2020, totalizaram R$ 100,4 bilhões. Estas receitas secundárias, que representam um valor irrisório frente ao que os bancos arrecadam com as demais transações, cobriram, com folga (exceto a Caixa), as despesas de pessoal dessas instituições, incluindo-se nessa conta o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A cobertura das despesas de pessoal, mais PLR por essa receita secundária dos bancos ficou em: 99,8% na Caixa; 130,5% no Banco do Brasil; 135,4%, no Bradesco; 163%, no Itaú; e 194,9%, no Santander.

Mas, o cliente, que é quem paga essa conta toda, é prejudicado. Os cinco bancos juntos fecharam 9.499 postos de trabalho, em doze meses. O saldo foi positivo somente no Itaú, com 736 novos postos abertos, em relação a setembro de 2019, contudo, com saldo negativo em relação ao trimestre anterior (71 postos fechados). Parte disso em função da aquisição da empresa de tecnologia Zup, que contava com 1.448 trabalhadores em seu quadro no momento da aquisição e estes foram agregados ao banco. No Bradesco foram fechados 3.338 postos de trabalho, no período; no Banco do Brasil, foram fechados 1.766 postos; na Caixa, foram fechados 796 postos e o Banco Santander, por sua vez, fechou 4.335 postos de trabalho bancário em doze meses.

“Cabe ressaltar que os cinco bancos firmaram um acordo com o Comando Nacional dos Bancários de não demissão enquanto durar a pandemia e o Estado de Calamidade pública que se instaurou no país, o que parece não estar valendo mais para eles”, observou Vivian. Os dados da pandemia mostram que o país voltou a ter aumento de casos de mortes e contaminação pelo novo coronavírus e o Estado de Calamidade só se encerra, de acordo com o decreto, em 31 de dezembro de 2020.

Quanto à rede de agências, o único banco com saldo positivo foi o Banco do Brasil, com 67 agências abertas em doze meses. O Bradesco, por sua vez, fechou 772 unidades, entre setembro de 2019 e setembro de 2020, enquanto o Santander fechou 149 agências no período. No Itaú, foram fechadas 203 agências físicas no período. A Caixa fechou duas unidades. Juntos, os cinco bancos fecharam 1.059 agências no país em doze meses.

“Com as demissões e fechamentos de agências, os clientes sofrem para serem atendidos. Primeiro para encontrar uma agência, depois, precisa enfrentar filas intermináveis e os funcionários sofrem com as demissões em plena pandemia e aqueles que permanecem ficam sobrecarregados”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Bancárias e bancários do Itaú da base do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, participarão de assembleia remota, para deliberar sobre acordo de teletrabalho (home office).

A assembleia ocorrerá das 8h do dia 3 de dezembro (quinta) até as 20h do dia 4 de dezembro (sexta).

Para votar e participar, basta acessar o link de votação: https://bancarios.votabem.com.br/

O link estará, também, disponível em nosso site (http://www.bancariosbaixada.org.br/)

IMPORTANTE: O Sindicato indica a aprovação da proposta.

O acordo que será deliberado pelos bancários do Itaú regulamentará o teletrabalho de milhares de trabalhadores, denominado pelo banco de ¨First Remote¨, no qual o bancário tem o compromisso de comparecer ao local de trabalho quatro vezes no mês. 

Confira abaixo os principais pontos do acordo. 

Ajuda de custo:

A proposta prevê ajuda de custo semestral, que não integra na remuneração, no valor de R$ 480,00, totalizando R$ 960 anuais. Para o ano de 2020, tendo em vista a assinatura do acordo, será pago parcela única de R$ 160,00, referente aos meses de novembro e dezembro.

Equipamentos:

Será disponibilizado pelo banco equipamentos a serem retirados pelos trabalhadores (notebook, cadeira, teclado e mouse). 

Saúde:

O banco deverá promover orientação aos trabalhadores sobre as medidas de prevenção de doenças e acidentes de trabalho.

Vale-transporte:

O banco concederá valor proporcional a necessidade de deslocamento presencial do trabalhador, que terá que estar presente no local de trabalho quatro vezes ao mês. O bancário poderá escolher o local mais próximo da sua residência ou de melhor acesso.

Vales refeição e alimentação

Serão mantidos, da mesma forma como prevê a Convenção Coletiva de Trabalho, os vales refeição e alimentação. 

Jornada:

A jornada será controlada através do ponto eletrônico e ficam garantidos os intervalos de almoço e descanso. 

Benefícios:

O banco firmará convênio com operadoras de internet, academias, fast foods, restaurantes, entre outros. 

Outros pontos: 

Estão incluídos no acordo também o ponto eletrônico, que já é praticado; e a quitação das horas extras, garantindo que os trabalhadores recebam as horas extras de acordo com o previsto na lei, não impactando nas 7º e 8º horas.

Nesta segunda-feira (30), houve manifestações no Brasil inteiro contra as demissões no Bradesco. Os atos foram em agências e departamentos do banco, em mais um Dia Nacional de Luta contra as demissões. Em dois meses, o Bradesco demitiu mais de 2.500 funcionários, desrespeitando o compromisso assumido no começo do ano com o movimento sindical de não realizar demissões enquanto durar a pandemia.

“As manifestações foram no país todo. Nossa luta é para preservar o emprego e reverter as demissões. Teve cidades no interior do Brasil onde fomos para a frente das agências e conversamos com os clientes. Eles reconheceram e apoiaram nosso movimento”, relatou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Magaly Fagundes.

A coordenadora destacou a atuação dos sindicatos e federações da categoria em todo o Brasil, que participaram do movimento. No começo da pandemia, o movimento sindical bancário se reuniu com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e firmou acordo para que não acontecessem demissões enquanto durasse a pandemia. “O decreto do governo para medidas de apoio à população na pandemia vai até 31 de dezembro. Sabemos que a pandemia não acaba dia 31, mas esperávamos, pelo menos, que o Bradesco não demitisse até essa data. A direção do banco já disse que vai fechar esse ano 1.200 agências. Como é que pode haver recuperação da economia se o Bradesco está falhando? E ainda mais com a segunda onda que está chegando”, criticou Magaly.

Demissões e lucro

Os atos contra as demissões do Bradesco são uma forma de protesto e fazem parte da campanha nacional organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e sindicatos de bancários de todo o país. Se este ano o Bradesco já demitiu mais de 2.500 trabalhadores, no mesmo período obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020.

Há mais de um mês funcionários do banco, apoiados pelo movimento sindical realizam paralisações de agencias, atos na frente de departamentos do bancos e tuitaços para denunciar o Bradesco. “O saldo do movimento foi positivo. A gente espera que o banco tenha encerrado esse processo de demissão” afirmou Magaly Fagundes.

Para ver fotos das manifestações, clique aqui.

Fonte: Contraf-CUT

Com o objetivo de promover a sensibilização de seus empregados a respeito de políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres, a Caixa publicou no ‘Portal Pessoas’, no dia 25 de novembro, material alusivo ao Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.

Na publicação, foi divulgado o canal de denúncia 180 – central de atendimento à mulher em situação de violência. Um serviço gratuito e confidencial (onde preserva o anonimato) de utilidade pública, oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres, desde 2005. Segundo o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), neste momento de isolamento social, causado pela pandemia da Covid-19, já nos primeiros dias, o Ligue 180 teve um aumento de 9% das ligações.

O documento destaca a importância do enfrentamento à violência contra a mulher na Caixa, que tem um histórico de compromissos com o Estado brasileiro para apoiar tais ações e trazer esse tema para empregadas e empregados do banco público.

“A ação demonstra que a luta da categoria no combate à violência contra as mulheres se fortalece cada vez mais. A categoria bancária sempre teve uma forte atuação nas questões de gênero, tanto que foi a primeira a conquistar a Cláusula de Igualdade de Oportunidades em acordo coletivo e uma mesa de negociação permanente. Aos poucos vamos vencendo os obstáculos nos locais de trabalho, mas ainda há muito para avançarmos, pois sabemos que a violência doméstica afeta a habilidade e produtividade da vítima no emprego. Por isso, temos que combater esse mal não só em datas alusivas ao combate da violência contra a mulher, mas todos os dias”, destacou a coordenadora da omissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Uma das mais recentes conquistas ocorreu em março deste ano, com a assinatura de acordo nacional entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários que garante a prevenção, apoio e acompanhamento à mulher vítima de violência doméstica e familiar. Esse debate sempre fez parte da reinvindicação da categoria nas mesas de negociações e a orientação é que seja intensificado banco a banco.

Nesta semana, além da Caixa, vimos avanços nas ações nos locais de trabalho no Banco do Brasil.

Enfrentamento à violência contra as mulheres

O comunicado apresentou dados sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres, no qual ressalta que, segundo a Lei Maria da Penha, a violência contra mulheres constitui-se em uma das principais formas de violação dos seus direitos humanos, atingindo-as em seus direitos à vida, à saúde e à integridade física. Contudo, a saúde emocional das mulheres é direta e substancialmente comprometida quando ela se encontra em uma situação de violência, geralmente em âmbito doméstico e muitas vezes invisível fisicamente.

A publicação, ainda, menciona dados de pesquisa realizada em 2016, em Salvador, sobre Condições Socioeconômicas e Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Segundo a pesquisa, 22% das mulheres afirmam que a violência sofrida interferiu em seu trabalho, resultando em queda de rendimento e faltas. Essas faltas geraram descontos nos salários e demissões, aprofundando a vulnerabilidade dessas mulheres. Além disso, 23% das mulheres vítimas de violência doméstica afirmam já terem recusado ou desistido de alguma oportunidade de emprego porque o parceiro era contra.

“Esses dados são estarrecedores, pois impactam toda a sociedade. Todos perdem com a violência e com o feminicídio. Por isso, o diálogo e a conscientização devem ser permanentes em nossas vidas e principalmente nos locais de trabalho. Ainda há muita luta adiante, principalmente no que diz respeito à valorização da igualdade entre homens e mulheres no universo do trabalho no ramo financeiro”, concluiu Fabiana.

Fonte: Contraf-CUT

Após cobranças do movimento sindical, o Bradesco informou que a partir de desta segunda-feira (30) até 19/12 fará testes de Covid-19 nos dependentes dos seus funcionários no plano de saúde. Os testes começarão a ser realizados na Cidade de Deus, em Osasco (SP), onde se localiza a matriz do banco. A expansão da iniciativa para os demais estados será informada ao movimento sindical, assim que definido o cronograma.

“Esta era uma das reivindicações do movimento sindical. Precisamos valorizar esta conquista. Mas, vamos continuar lutando para que o banco interrompa a política de demissões em plena pandemia e, mais do que isso, que reveja as demissões já realizadas”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Magaly Fagundes.

Em abril, o banco assumiu o compromisso com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e o Comando Nacional dos Bancários de que não demitiria funcionários durante a pandemia. Mas, no dia 28 de setembro, em desrespeito ao compromisso assumido, o banco iniciou um processo de demissões e, em menos de dois meses, já demitiu mais de 2.500 funcionários, segundo levantamentos da COE do Bradesco.

“Isso é demissão em massa em plena pandemia! Conseguimos conquistar uma séria de medidas que resguardam os bancários do contágio pelo novo coronavírus, mas as demissões está deixando o pessoal numa grande tensão, por medo do desemprego em plena pandemia. É uma total falta de compromisso com seus funcionários e com a sociedade de forma geral, que vê aumentar o desemprego e também as filas nas agências”, criticou a coordenadora da COE do Bradesco.

“E isso depois de o banco ter apresentado um lucro de quase R$ 13 bilhões nos primeiros nove meses do ano”, concluiu.

Campanha contra demissões

Coordenados pela Contraf-CUT, sindicatos de todo o país realizam uma campanha Nacional contra as demissões pelo Bradesco. Nesta segunda-feira (30) foi realizado mais um Dia Nacional de Luta contra as demissões realizadas pelo banco, com manifestações nas imediações de agências e departamentos do Bradesco de todo o país. Além disso, são constantes também as manifestações nas redes sociais, com as hashtags #QueVergonhaBradesco e #QuemLucraNãoDemite.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários de todo o Brasil realizam nesta segunda-feira (30) mais um Dia de Luta contra as Demissões que estão sendo feitas pelo Bradesco. São atos em agências e departamentos para denunciar o desrespeito do banco para com o acordo firmado com o movimento sindical bancário no começo do ano, de não haver demissões durante a pandemia.

O Bradesco já demitiu este ano mais de 2.500 trabalhadores, de acordo com cálculos da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, mesmo tendo registrado Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020.

As ações, que fazem parte da campanha organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e sindicatos dos bancários de todo o país, não irão parar até que o banco pare de demitir e sejam revertidas as demissões realizadas.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Mercantil do Brasil se reuniu remotamente nesta sexta-feira (27), para traçar estratégias de mobilizações e ações políticas e urbanas contra as medidas desumanas do banco, que continua a demitir pais e mães de família em plena pandemia. O encontro contou com a participação de sindicatos de todo o país. Na segunda quinzena de novembro o banco demitiu mais de 30 funcionários.

“O Mercantil precisa rever essa política desumana de exploração de clientes e funcionários e reassumir o compromisso de não demissão firmado no início do ano. Enquanto não houver essa reversão, continuaremos com nossas ações, tanto nas redes sociais quanto nas imediações das agências e departamentos do banco”, afirmou Marco Aurélio Alves, coordenador da COE do Mercantil.

Desrespeito aos clientes

“Enquanto o banco demite trabalhadores, as agências continuam registrando longas filas e sofrimento de clientes por falta de atendimento bancário. Os funcionários ainda tem que lidar com o assédio moral e a cobrança exacerbada por metas cada vez mais absurdas”, disse o coordenador da COE do Mercantil.

O Mercantil também vem sendo alvo de reclamações de clientes contra a venda casada de produtos, o que infringe o Código de Defesa do Consumidor.

A COE já denunciou essa situação junto ao Recursos Humanos do banco, mas até o momento não houve uma resposta convincente.

Diante ao atual momento adverso enfrentado pelos funcionários do Mercantil, os sindicatos de todo o país vão realizar um Dia Nacional de Lutas em repúdio às demissões e em solidariedade às dezenas de pais e mães de famílias que perderam seus empregos em meio à pandemia do coronavírus (Covid-19). A data, programada para ocorrer no início de dezembro, será marcada por intervenções urbanas, atos nas portas das agências, distribuição de cartas abertas à população, mensagens em carros de som e mobilizações virtuais.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil enviou na quarta-feira (25) um comunicado interno para seus funcionários ressaltando o papel do banco e de cada um de seus funcionários (inclusive dos terceirizados, estagiários e aprendizes) no combate à violência contra a mulher.

Na nota, o banco ressalta que “a violência contra a mulher é um problema social e de saúde pública que atinge pessoas de todas as etnias, religiões, escolaridades e classes sociais. É uma violação de direitos humanos e liberdades fundamentais e precisa ser denunciado por toda a sociedade.”

O banco informa, ainda, que o dia 25 de novembro foi internacionalmente instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher.

O comunicado também apresentou dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que afirma que, durante a pandemia, caíram os registros nas delegacias relacionados a agressões em decorrência de violência doméstica (-9,9%), mas aumentaram as chamadas para o 190 (3,8%) e cresceu o número de feminicídios (1,9%). Informa ainda que, em nível mundial, a ONU advertiu que seis meses de restrições sanitárias poderiam ocasionar 31 milhões de casos adicionais de violência sexista no mundo, sete milhões de gravidezes não desejadas, além de colocar em risco a luta contra a mutilação genital feminina e os casamentos arranjados.

“A fim de auxiliar a combater esses dados, a Convenção Coletiva de Trabalho, assinada em setembro deste ano entre Fenaban e entidades sindicais, possui cláusula específica sobre a prevenção à violência contra a mulher que se destina a auxiliar as bancárias que necessitam de ajuda para superar situações de violência doméstica e familiar, com o objetivo de romper o ciclo dessa violência”, diz outro trecho da nota, que traz ainda formas de denunciar a violência e orientações para que todos os funcionários se engajem na luta contra a violência às mulheres, seja criando redes de solidariedade, contribuindo para o rompimento do silêncio e da barreira de isolamento.

“Converse, se posicione, faça sua parte. Compartilhe informações caso tome conhecimento de situações da espécie”, conclui o Banco do Brasil em sua nota.

As mulheres que fazem parte da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), órgão que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações de na relação com o banco, destacam que sempre cobram o banco quando o mesmo tem posturas com a qual não concordam, mas, desta vez, parabenizam a ação realizada.

Consideram importante que o banco tenha tido essa iniciativa, inclusive divulgando que o movimento sindical construiu, junto à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), um canal para atender as bancárias vítimas de violência doméstica. Acreditam, também, que o comunicado do BB as ajudará a cobrar dos gestores de cada agência e departamento o compromisso e outras ações contra a violência às mulheres para reforçar o canal de atendimento às bancárias vítimas de violência.

Mas, acreditam que, além do comunicado, é importante que o banco faça um treinamento para que os gestores entendam como tratar possíveis demandas, garantindo sigilo e encaminhamento adequado. Também avaliam que ainda há muito que se avançar, principalmente no que diz respeito à valorização da igualdade entre homens e mulheres no que diz respeito à ascensão profissional e de carreira, uma vez que ainda se constata no banco que quanto mais altos os cargos, menor o número de participação de mulheres. Este também é um tipo de violência contra as mulheres que precisa ser corrigido. Contamos com o banco para a correção deste problema.

Mulheres da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil
Ana Smolka – Fetec/PR
Bianca Garbelini – Fetrafi/RS
Elisa Ferreira – Feeb-SP/MS
Fernanda Lopes Contraf-CUT
Luciana Bagno – Fetrafi/MG
Marianna Coelho – Fetec/CN
Rita Mota Fetraf-RJ/ES
Sandra Trajano – Fetrafi/NE

Fonte: Contraf-CUT