Junho 06, 2025
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O juiz Bráulio Gabriel Gusmão, da 4ª Vara do Trabalho de Curitiba, negou o pedido de interdito proibitório feito pelo Banco do Brasil. Em despacho emitido na última sexta-feira, dia 20, o magistrado observou que não vislumbrava ameaça à posse alegada pelo BB e que “qualquer transgressão para uso dos passeios (calçadas) e vias públicas deve ser analisada pelo órgão de fiscalização do trânsito ou de policiamento”. O banco afirmara que os grevistas estariam impedindo o acesso de empregados, clientes e usuários às suas dependências.

 

“Ora, não é o banco quem vai trabalhar ou acessar serviços, mas são as pessoas! A posse não está e nunca esteve ameaçada”, destacou Gusmão. Ele ainda reafirmou o direito de greve dos bancários ao dizer que “entender de modo diverso é provocar a destruição ou esvaziamento do conteúdo do próprio direito fundamental ao exercício de greve que possui, como corolário, o efeito de causar prejuízo ao empregador e, por consequência, afetar sua atividade econômica”, enfatizou o juiz.

 

Clique aqui para ler a íntegra da decisão do juiz.

 

A decisão judicial desmonta um dos argumentos do banco, que vem ameaçando os funcionários desde o início da greve. No boletim publicado no site de negociação coletiva do BB, no dia 19, primeiro dia da greve nacional dos bancários, o diretor de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas do BB, Carlos Eduardo Neri, afirmou que “o interdito proibitório é o instrumento legal que, nessa hipótese, visa garantir o direito de acesso à Empresa para aqueles funcionários que, legitimamente, não concordem com uma paralisação”.

 

Para a Contraf-CUT, o posicionamento do juiz comprova o quanto o BB está errado em persistir com práticas antissindicais e em recorrer a essa manobra jurídica, que vem sendo cada vez mais recusada pela Justiça do Trabalho.

 

“O BB faz coro com os banqueiros ao intimidar os funcionários em relação ao exercício do seu legítimo direito de greve, em vez de negociar seriamente a pauta de reivindicações específicas, que busca melhorar as condições de trabalho e garantir respeito e valorização profissional”, ressalta William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba

Durante a greve no Centro Administrativo Santander 2, na zona sul, e no CA Brigadeiro, do Itaú, na região da Avenida Paulista, trabalhadores que prestam serviços para os bancos alertaram a categoria para a ameaça que a terceirização representa para os direitos garantidos pela CLT e pela convenção coletiva dos bancários.

 

Dentre os relatos coletados na última sexta 20, estão dificuldades para manter a qualidade de vida. Uma das queixas relatadas no Casa 2 é o valor do tíquete para alimentação, agravado pelo fato de a região onde a concentração se localiza não ter opções além dos dois restaurantes do próprio prédio.

 

“Meu tíquete diário é de R$ 12, mal dá para duas semanas. Então, um dia almoço e em outro trago lanche. Assim vou esticando o vale até onde der”, disse um trabalhador.

 

Outro afirma ter apenas horário para entrar. “Quando o serviço aperta, que é quase todos os dias, as pessoas dizem que não posso sair antes de terminar. Às vezes recebo horas extras por isso, mas em outras ocasiões, não”, disse.

 

Um ex-bancário, hoje terceirizado, recorda que quando estava na categoria recebia vale-refeição maior, tinha cesta-alimentação e previdência complementar. “A maioria aqui era funcionário de banco que por extrema necessidade ficou nessa situação, perdendo todos esses direitos. Quando ingressei na categoria, nos anos 90, a gente saía de um banco e logo entrava em outro. Hoje são apenas seis, sendo que dois deles só se entra por meio de concursos públicos. Jamais poderiam ter permitido uma concentração bancária como essa, a categoria começou a sofrer a partir daí”, disse.

 

 

Não ao PL 4330

 

O ex-bancário adverte para os riscos de a terceirização aumentar ainda mais – com a possível aprovação do PL 4330, atualmente em trâmite na Câmara dos Deputados -, reforçando a necessidade de a categoria se mobilizar para que isso não ocorra.

 

“Se esse projeto que anda por aí for aprovado (PL 4330), não vai sobrar ninguém. Os bancários passaram a ser iguais aos dinossauros que, apesar de grandes e fortes, foram extintos”, conclui.

 

 

Problemas comuns 

 

O valor baixo para o vale-refeição, além de outros direitos reduzidos em relação aos dos bancários, também afetam terceirizados que prestam serviços a outros bancos, como no CA Brigadeiro, concentração do Itaú que tem cerca de 1,2 mil terceirizados e 800 bancários.

 

Lá, a reclamação de uma prestadora de serviços é contundente: “Faço as mesmas tarefas que os funcionários do banco e às vezes trabalho até mais do que eles, mas o salário não tem nem comparação, fora os benefícios. Eu só tenho plano de saúde e R$ 13 por dia de vale-refeição”, conta a terceirizada.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

Diante do silêncio dos bancos, a greve nacional dos bancários entrou na segunda semana ainda mais forte, e continua crescendo em todo o território nacional. Nesta segunda-feira 23, quinto dia do movimento, as paralisações atingiram 9.015 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados nos 26 estados e Distrito Federal, um crescimento de 23,8% em relação à sexta-feira 20.

 

As informações foram enviadas à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) até as 18h15 pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários. No primeiro dia de greve, na quinta-feira 19, haviam sido fechadas 6.145 unidades. Já no segundo dia as paralisações alcançaram 7.282 dependências, um salto de 18,5%.

 

“Os bancários estão cada vez mais indignados com o silêncio da Fenaban. Por isso o movimento se amplia rapidamente a cada dia em todo o país. Os banqueiros não atenderam as reivindicações da categoria na mesa de negociação e agora estão sentindo a força da mobilização”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

“Os bancos são o setor mais rentável da economia brasileira graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. As seis maiores instituições, que empregam mais de 90% da categoria, tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões só no primeiro semestre. Mais de 84% das categorias que fecharam acordo este ano conquistaram reajustes acima da inflação, mesmo nos segmentos com menor rentabilidade. Os bancários não sairão dessa greve sem aumento real de salário, valorização do piso e melhores condições de trabalho”, adverte Carlos Cordeiro.

 

Confira aqui o aumento da produtividade dos bancários.

 

Os bancários aprovaram a greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, com reajuste de 6,1% (que apenas repõe a inflação), rejeitada pelos bancários em assembleias em todo o país.

 

 

As principais reivindicações dos bancários

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 
Fonte: Contraf-CUT

Subiu para 7.282 o número de agências e centros administrativos de bancos públicos e privados fechados nesta sexta-feira 20, segundo dia da greve nacional dos bancários, conforme balanço realizado pela Contraf-CUT com base nos dados enviados até as 18h pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional da categoria. Os bancários pararam até o Centro Administrativo do Bradesco, na Cidade de Deus, em Osasco. Foi um crescimento de 18,5% na greve em relação à quinta-feira, quando 6.145 unidades haviam sido fechadas.

 

“O movimento está se ampliando rapidamente no Brasil todo, o que demonstra a insatisfação dos bancários com a postura intransigente dos bancos. Os trabalhadores aumentaram a produtividade, contribuindo para que as empresas tivessem lucros recordes – somente as seis maiores instituições lucraram R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre – e a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial, mas os banqueiros ignoram as nossas reivindicações”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

Os bancários querem 11,93% de reajuste (inflação mais 5% de aumento real), valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades. Eles aprovaram a greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro, com reajuste de 6,1% (que apenas repõe a inflação), rejeitada pelos bancários em assembleias em todo o país.

 

“Os bancos disseram na mesa de negociação que não pretendem conceder aumento real. Mas como é que pode se, segundo o Dieese, 84,5% dos acordos salariais feitos este ano no Brasil têm aumento real de salário, e os bancos, o setor que mais lucra, se recusarem a acompanhar essa tendência?”, questiona Carlos Cordeiro.

 

 

Desconcentrar a renda

 

Para o presidente da Contraf-CUT, lutar por aumento real de salário é combater a concentração de renda no país. “Apesar de ser a sexta maior economia do planeta, o Brasil ocupa ainda o vergonhoso 12º lugar no ranking dos países mais desiguais do mundo. E no sistema financeiro a concentração de renda é ainda maior”, ressalta.

 

Estudo do Dieese com base no Relatório Social da Febraban mostra que a distribuição do valor adicionado nos bancos entre acionistas, governo (impostos) e trabalhadores vem se alterando, aumentando a fatia do capital e reduzindo a participação do trabalho. Veja aqui o estudo comparativo entre 2004 e 2012.

 

A concentração de renda pode ainda ser medida por outro ângulo. Segundo trabalho do Dieese com base no Censo de 2010, os 10% mais ricos no Brasil têm renda média mensal 39 vezes maior que a dos 10% mais pobres. Ou seja, um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha durante 3,3 anos para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico.

 

No sistema financeiro a concentração é ainda maior. No Itaú, por exemplo, os executivos da diretoria recebem em média R$ 9,05 milhões por ano, o que representa 191,82 vezes o que ganha o bancário do piso. No Santander, os diretores embolsam R$ 5,6 milhões, o que significa 119,25 vezes o salário do caixa. E no Bradesco, que paga R$ 5 milhões anuais a seus executivos, a diferença é de 106,09 vezes.

 

Ou seja, para ganhar a remuneração mensal de um executivo, o caixa do Itaú tem que trabalhar 16 anos, o do Santander 10 anos e o caixa do Bradesco 9 anos.

 

 

As reivindicações gerais dos bancários

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 
Fonte: Contraf-CUT

O desrespeito dos bancos ao direito de greve dos bancários virou caso de polícia. Nesta sexta-feira (20), dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo estavam ao lado de trabalhadores em greve, em frente à agência do Santander na Avenida Rio Branco, no centro da capital paulista, quando um homem, que se identificou como bancário, exigiu entrar na unidade.

 

Enquanto os dirigentes sindicais conversavam com o suposto bancário, perceberam que estavam sendo gravados e desconfiaram da postura de quem era, na verdade, um advogado contratado pelo banco espanhol. O objetivo era gravar para, provavelmente, forjar uma liminar, como se os diretores do Sindicato estivessem proibindo a entrada dos trabalhadores.

 

Os sindicalista pediram que a gravação feita indevidamente e de forma manipulada fosse apagada, mas o advogado se recusou. A confusão foi presenciada por um policial à paisana que acabou acionando outros PMs.

 

Tanto o advogado quanto os dirigentes do Sindicato foram levados à delegacia, para prestar esclarecimentos. “Nada disso teria acontecido se os bancos respeitassem o direito de mobilização dos bancários”, afirma o secretário jurídico do Sindicato, Carlos Damarindo.

 

As comissões de esclarecimento são inclusive previstas pela Lei de Greve (lei 7.783/89), que em seu artigo sexto assegura ao grevista utilizar “meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem”.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

O Centro Administrativo Brigadeiro (CA Brigadeiro), do Itaú, em São Paulo, onde trabalham cerca de 2 mil pessoas, entre bancários e terceirizados, amanheceu “misteriosamente” vazio, em plena sexta-feira 20, segundo dia de paralisação da categoria bancária. Os poucos que apareceram no local, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, relataram que desde a véspera foram convocados a trabalhar em outro lugar.

 

Os bancos fazem isso para evitar o contato dos trabalhadores com as comissões de esclarecimento, que exercem o legítimo direito, previsto da Lei de Greve (lei 7.783/89), de convencer os colegas a aderir ao movimento. A lei, em seu artigo sexto assegura ao grevista o direito de empregar “meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem à greve”.

 

Esse é um dos muitos exemplos de prática antissindical das direções das instituições financeiras, que pressionam, de todas as formas para que os bancários não participem do movimento.

 

 

Cartório

 

Os funcionários do HSBC estão sendo obrigados a registrar em cartório que foram impedidos de entrar no banco por conta da greve da categoria, mesmo que não tenham sidos. A denúncia partiu de um bancário, que não será identificado para evitar represálias.

 

Segundo ele, ordens de cima chegam aos gerentes gerais das agências paralisadas para que eles escolham um funcionário para cumprir a missão. “Os bancários não querem ir, mas estão sendo forçados”, conta o trabalhador.

 

Segundo o diretor do Sindicato e funcionário do HSBC, Nelson Nascimento, a prática é comum no banco, que já usou desse artifício contra a paralisação em anos anteriores. “O banco força esses ‘depoimentos’ para depois usar como falso embasamento para interditos proibitórios, que são uma forma de impedir o direito de greve dos trabalhadores”, explica.

 

 

Interdito

 

O interdito proibitório é uma ação judicial prevista no Código de Processo Civil que visa repelir algum tipo de ameaça à posse. Mas é usada de forma inapropriada pelos bancos, que a utilizam com o único propósito de impedir que os trabalhadores exerçam seu direito constitucional de greve.

 

“O interdito proibitório é um instrumento totalmente estranho à relação do trabalho. Querem impedir a presença dos grevistas como se fossem tomar os prédios ou como se os próprios trabalhadores fossem propriedade dos banqueiros”, argumenta o advogado trabalhista Ericson Crivelli.

 

 

Circulando 

 

Outro artifício muito utilizado durante a greve é transferir os bancários de agências ou departamentos paralisados para outros locais do banco que estejam funcionando. Foi o que aconteceu na Regional Centro do Santander, que funciona em prédio da Prefeitura de São Paulo.

 

“Os gerentes têm de ficar circulando pela cidade até achar um lugar onde possam trabalhar. E eles ficam pressionando pelo celular, ameaçando funcionários, cobrando metas. Isso é um atentado ao direito de greve e um desrespeito da empresa espanhola ao trabalhador brasileiro. Há pouco tempo encontrei uma gerente que chorou na minha frente, devido à pressão”, conta o diretor do Sindicato e funcionário do banco, Marcelo Gonçalves, o Marcelinho.

 

Denúncias chegaram ao Sindicato de que a direção do Casa 2, concentração do Santander, teria distribuído notebooks para que os bancários trabalhassem em casa ou em outros locais do banco, assim como já aconteceu no Itaú e no Banco do Brasil.

 

 

Paulista 

 

A reportagem também encontrou na Avenida Paulista, durante o primeiro dia de greve, diversos bancários que saíam de uma agência fechada pelo movimento com a orientação de procurar outro local para trabalhar. Duas delas, do Bradesco, estavam em pé no autoatendimento sem nada para fazer. “Aqui não temos nem mesa pra trabalhar, mas não podemos sair”, contou a trabalhadora.

 

 

Cidade de Deus

 

Neste segundo dia de greve, os funcionários da concentração Cidade de Deus, do Bradesco, aderiram ao movimento. Mas o banco já havia providenciado o contingenciamento.

 

“Os funcionários do Fone Fácil, SAC e outros departamentos estão sendo obrigados a vir para Santa Cecília, onde não há estrutura nenhuma para nos abrigar, péssimas condições de trabalho, lugares apertados e quem não viesse pra cá foi ameaçado de perder o

emprego ou sofrer retaliações por participar da greve”, denunciou uma bancária por e-mail ao Sindicato.

 

 
Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro está convocando a categoria para a caminhada em protesto contra a intransigência dos bancos nas negociações com a categoria e contra o Projeto de Lei 4330/2004, do deputado e empresário Sandro Mabel (PMDB-GO), que amplia as terceirizações no país e ameaça toda a classe trabalhadora.

 

A atividade começa a partir das 18 horas na próxima terça-feira (24). Os bancários se concentram na Candelária e vão percorrer toda a Avenida Rio Branco até a Cinelândia.

 

“As negociações só vão avançar se houver uma ativa participação da categoria na greve e em todas as atividades do Sindicato”, afirma o presidente da entidade Almir Aguiar.

 

A vice-presidente do Sindicato, Adriana Nalesso, também convoca os bancários e as bancárias a participarem do movimento. “É preciso aumentar a pressão sobre os bancos para conquistar vitórias na campanha salarial”, destaca.

 

A greve da categoria cresceu em seu segundo dia nesta sexta-feira, dia 20, no Rio. O número de unidades fechadas no Centro saltou de 180 para 209. A adesão atingiu cinco centros administrativos: Sedan (Banco do Brasil), Barroso (Caixa), Realzão, além de dois prédios do Santander e um do Bradesco.

 
Nas demais regiões da cidade, também cresceu a adesão, especialmente nos bancos públicos. Nesta segunda-feira (23) haverá nova assembleia para avaliar e organizar a greve, às 18 horas, no auditório do Sindicato (Avenida Presidente Vargas, 502 – 21° andar).

 

Com a caminhada, os sindicalistas voltarão a protestar contra o PL 4330 dialogando com a população sobre os riscos que o projeto representa para os trabalhadores.

 
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio

Os bancários fecharam pelo menos 6.145 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal nesta quinta-feira 19, primeiro dia da greve nacional da categoria por tempo indeterminado. São 1.013 unidades paralisadas a mais que no primeiro dia da greve do ano passado (5.132), um crescimento de 19,73%. Os bancários reivindicam 11,93% de reajuste, valorização do piso salarial, PLR maior, mais empregos e fim da rotatividade e das terceirizações, melhores condições de saúde e trabalho, mais segurança nas agências e igualdade de oportunidades.

 

O balanço foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) com base nos dados enviados até as 18h30 pelos 143 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários, que representa cerca de 95% dos 490 mil bancários do país.

 

“Os bancos empurraram os bancários para a greve com sua postura intransigente – e vão se surpreender. A forte paralisação, inclusive nos bancos privados, mostra a indignação da categoria com a recusa dos banqueiros em atender nossas reivindicações, propondo apenas 6,1% de reajuste, enquanto seus altos executivos chegam a receber até R$ 10 milhões por ano”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 

“Condições financeiras os bancos têm de sobra para atender às reivindicações dos bancários, uma vez que somente os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre, alcançando a maior rentabilidade do sistema financeiro internacional, graças principalmente ao aumento da produtividade dos bancários. Não aceitamos a postura dos bancos, de negar aumento real para reduzir custos”, acrescenta Cordeiro.

 

Para o presidente da Contraf-CUT, apesar dos lucros, “os bancos estão fechando postos de trabalho e piorando as condições de trabalho, com aumento das metas abusivas e do assédio moral, o que tem provocado uma verdadeira epidemia de adoecimentos na categoria. Por falta de investimento em segurança, também cresce o número de assaltos, sequestros e mortes. Mas os banqueiros se recusam a discutir esses problemas”.

 

Os bancários aprovaram greve por tempo indeterminado nas assembleias realizadas em todo o país no dia 12 de setembro, depois de quatro rodadas duplas de negociação com a Fenaban. Os bancos apresentaram a única proposta no dia 5 de setembro.

 

 

As reivindicações gerais dos bancários

 

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.

 
Fonte: Contraf-CUT

Conforme informações recebidas pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba, o HSBC está usando helicópteros para transportar seus funcionários já no primeiro dia de greve, nesta quinta-feira, dia 19. O transporte aéreo, que obriga os bancários a trabalharem, parte do Parque Barigui até o Centro Administrativo HSBC Xaxim.

 

Além de prática antissindical, que desrespeita o direito de greve, o HSBC coloca seus trabalhadores em risco. Em anos anteriores, o Sindicato recebeu muitas reclamações dos moradores, que afirmavam que o barulho era insuportável e começava bastante cedo.

 

Em retaliação, já houve, também em anos anteriores, disparo de fogos de artifícios nos helicópteros por parte dos moradores da região.

 

Vale lembrar que os Centros Administrativos não realizam atendimento ao público, ou seja, o banco não pode se utilizar da justificativa de que não quer prejudicar a população.

 

 

Centros administrativos fechados

 

Os 13 centros administrativos amanheceram fechados nesta quinta-feira. São 9 mil bancários de braços cruzados só nesses locais, responsáveis por processos internos administrativos (sem atendimento ao público).

 

O Sindicato estima que também estarão fechadas todas as agências do Centro de Curitiba, dos bairros Portão, Centro Cívico e da região do Mercado Municipal. Já estão confirmadas como fechadas as agências BB e Caixa no bairro Bacacheri. Na região metropolitana, Lapa, Araucária e São José dos Pinhais estão com as agências paradas.

 

Confira os centros administrativos fechados:

 

 

HSBC

 

C. A. Palácio Avenida (Travessa Oliveira Belo, 34 – Centro)
C. A. Xaxim (Rua Des. Estanislau Cardoso, 870 – Xaxim)
C. A. Kennedy (Av. Presidente Kennedy, 3080 – Água Verde)
C. A. Vila Hauer (Rua Tem. Francisco Ferreira de Souza, 645 – Hauer)

 

 

Caixa Econômica Federal

 

C. A. Sede 1 (Rua José Loureiro, 195 – Centro/Praça Carlos Gomes)
C. A. Sede 2 (Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro/Caixa Cultural)

 

 

Banco do Brasil

 

C. A. CSO Palladium (Av. Presidente Kennedy, 4121 – Portão/Shopping Palladium)
C.A. CSO Estação (Av. Sete de Setembro, 2775 – Centro/Shopping Estação)
C. A. Banco do Brasil CSL (Praça Tiradentes, 410 – Centro/Praça Tiradentes)
Central de Atendimento do Banco do Brasil (Rua Joinville, 3.816 – São José dos Pinhais)

 

 

Bradesco

 

C.A. Bradesco Pólo (Av. Presidente Afonso Camargo, 177 – Jardim Botânico)
C. A. Centro (Rua Marechal Deodoro, 558 – Centro)

 

 

Santander

 

C. A. Santander (Rua Marechal Deodoro, 474 – Centro)

 
Fonte: Contraf-CUT com Seeb Curitiba

SARDINHADA NO SANTANDER

Setembro 17, 2013

Bancários de São Paulo promovem sardinhada contra abusos do Santander

 

Um poço de crueldades e abusos. É dessa forma que uma agência do Santander localizada na zona norte da capital paulista pode ser descrita, de acordo com relatos de bancários que trabalham ali. Por esse motivo, o Sindicato dos Bancários de São Paulo organizou uma sardinhada nesta terça-feira 17 para denunciar as práticas desumanas que os gestores daquela unidade impõem aos funcionários.

 

Segundo apuração do Sindicato, das 19h às 23h, portanto após o horário do expediente, os bancários são obrigados a peregrinar nas portas das faculdades em busca de abertura de contas universitárias.
Mas os abusos não param por aí. De acordo com depoimentos dos trabalhadores, quando a agência está sem movimento, a gerente de atendimento designa os caixas para vender produtos do banco aos clientes e ainda são estipuladas metas para esse serviço, que ultrapassam os 100%.
Essas posturas podem ter origem na falta de funcionários. Nos últimos 12 meses, segundo balanço próprio, o Santander cortou 3.216 postos de trabalho.
Desumanidade
De acordo com a denúncia de uma bancária da agência, há alguns dias uma funcionária sentiu fortes dores no rim e os demais funcionários foram impedidos de socorrê-la.
“Ela se retorcia de dor, mas quando os colegas se ofereceram para levá-la ao hospital, a gerente-geral proibiu, pois o atendimento ao cliente não podia ficar ainda mais defasado por causa da falta funcionários, e muito menos seria possível diminuir a quantidade de trabalhadores para ajudar no atingimento de metas absurdas e abusivas”, critica a bancária, acrescentando que a colega teve de ir de táxi, sozinha, procurar atendimento no hospital.
Heptacampeão em reclamações
Se em uma ponta os funcionários do Santander são tratados com tamanho desrespeito e falta de humanidade, do outro lado os clientes também não se sentem satisfeitos. A instituição espanhola liderou pelo sétimo mês seguido o ranking de reclamações do BC, que considera as instituições com mais de um milhão de clientes.

 

O BC considerou que 2.195 reclamações feitas contra as instituições de grande porte em agosto foram procedentes. Em agosto, o Santander registrou um índice de 1,81, número que considera as reclamações procedentes divididas pela quantidade de clientes multiplicada por 100 mil.

 

A diretora executiva do Sindicato Rita Berlofa lembra que o presidente do Santander recentemente reafirmou que o foco do banco tem de ser o cliente. “Mas como focar no cliente se o banco não respeita seu principal artífice, que é o trabalhador? Há uma distância entre discurso e a prática. Como falar em foco no cliente se o responsável pelo atendimento não é valorizado, não é respeitado? Como focar no cliente se não há trabalhadores suficientes nas agências para bem atendê-los? Como falar em foco no cliente se os trabalhadores estão adoecendo devido às pressões violentas pelo cumprimento de metas abusivas? Como falar em foco no cliente se os funcionários são obrigados a vender produtos que não interessam aos clientes para poder cumprir a meta estipulada? Como falar em foco no cliente com essas práticas vigentes?”, questiona a dirigente.

 

Um dos bancários que denunciou a pressão na agência concorda. “Passamos a maior parte do nosso tempo nos dedicando ao banco, onde os próprios gestores, se é que assim os podemos chamar, dizem que são a nossa segunda família e dizem que temos de ser felizes! Como ser feliz trabalhando com pessoas tão carrascas e que só pensam em números, e onde os funcionários são apenas mais um número e são tratados como ninguém, como nada?”, desabafa.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo