Maio 24, 2025
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Valor Econômico
Fernando Torres

 

Com seus mais de 200 anos de história, o Banco do Brasil deve fazer nas próximas semanas seu primeiro pagamento de remuneração de executivos em ações. O banco estatal paga participação nos lucros e resultados aos diretores estatutários desde 2002 e começou a dar bônus em 2010.

 

A mais recente mudança na estrutura de remuneração é consequência da adequação antecipada do banco à resolução 3.921 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi editada em 2010, mas que passou a ser obrigatória para as instituições financeiras somente neste ano. Entre os grandes bancos do país, o BB é um dos que deve ser mais afetado pela nova regra, uma vez que possui um sistema de remuneração baseado em salário fixo e em uma parcela variável apenas de curto prazo, paga em espécie. Itaú Unibanco e Santander já praticavam modelos mais próximos ao exigido pela autoridade monetária, mas também terão que fazer ajustes.

 

O Bradesco, que até 2011 pagava eventualmente uma “gratificação” à diretoria (para todos os diretores ou para nenhum), decidiu acabar com a prática. Esse valor foi incorporado aos salários, e o banco passou a ter apenas remuneração fixa, o que lhe desobriga de seguir uma série de regras da nova resolução. Para 2012, o orçamento para despesa total com os mais de cem administradores foi mantido em R$ 556 milhões (inclui R$ 56 milhões de INSS), depois de ter subido 47% em 2011.

 

Conforme a nova regra, sempre que a instituição pagar algum tipo de remuneração variável aos administradores (leia-se conselheiros de administração e diretores estatutários), no mínimo 50% dessa parcela deve ser “em ações ou instrumentos baseados em ações, compatíveis com a criação de valor a longo prazo e com o horizonte de tempo do risco”. Até 2010, o BB não usava pagamento baseado em ações. No Itaú, esse percentual tinha sido de 26% naquele ano, e, no Santander, de 17%. A resolução diz também que no mínimo 40% da remuneração variável “deve ser diferida para pagamento futuro, crescendo com o nível de responsabilidade do administrador”.

 

Até 2009, o BB tinha uma remuneração baseada majoritariamente em salário fixo e benefícios, com a participação nos lucros representando perto de 25% do total pago aos diretores estatutários, num total de pouco menos de 40 pessoas. A partir de 2010 foi introduzida a política de pagamento de bônus, em espécie, que teve peso de 5% na remuneração da diretoria, além dos 29% de PLR.

 

E embora a obrigação de se cumprir a regra do CMN só entre em vigor para os pagamentos referentes ao exercício de 2012, o banco quis se antecipar para se acostumar com a nova filosofia de remuneração. “Desde que saiu audiência pública, em março de 2010, o banco já vem trabalhando em cima desse assunto. Algumas coisas já fizemos e outras ainda precisamos fazer para completar o processo de transição”, afirmou Amauri Sebastião Niehues em meados de janeiro, quando ainda era diretor de gestão de pessoas do BB, pouco antes de se aposentar.

 

Uma das medidas que o CMN exige é a criação de um comitê de remuneração estatutário. No caso do BB, ele será formado por quatro membros. Três deles serão do conselho de administração, sendo que já foi definido que um deles será o presidente da instituição, Aldemir Bendine. Um segundo componente será indicado pelo Ministério da Fazenda, que representa o controlador, e um terceiro representará os minoritários. Não foram definidos ainda os nomes dos conselheiros, nem a origem do ocupante da quarta vaga, que pode ser de dentro ou fora do banco, mas sem ligação com a administração.

 

Em relação ao pagamento em ações, Niehues disse que o banco preferiu esse sistema ao de opções. “Comprar o papel era mais fácil e mais simples de administrar”, explica o executivo.

 

Pelo sistema, o banco vai reservar uma parcela do que seria pago como bônus para a compra de ações, que será feita em até 30 dias, pelo preço de mercado. A partir desse momento esse valor fixo se transforma em ações, que ficam bloqueadas. A liberação para venda ocorre paulatinamente, sendo um terço a cada ano.

 

Falta ainda o BB adaptar seu modelo de avaliação de resultados ao que pede a resolução. O banco já leva em conta o resultado da instituição e o da equipe para determinar o pagamento da fatia variável, mas precisa agora desenvolver um modelo de avaliação individual. O executivo disse que o banco já tem mecanismos que medem o desempenho de cada funcionário, mas que eles não são aplicados hoje para remuneração.

 

A norma exige ainda que se crie um sistema separado de remuneração para executivos da área de risco, que não pode ser atrelado ao desempenho do banco.

 

Itaú e Santander enviaram apenas notas dizendo que vão cumprir a resolução do BC. O Bradesco não quis se pronunciar.

A presidente Dilma Rousseff assinou nesta sexta-feira (23) o decreto que determina o valor de R$ 622 para o salário mínimo a partir de janeiro de 2012.
O reajuste representa aumento de 14,13% em relação ao valor atual, de R$ 545. O decreto será publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira (26).

O método de reajuste do salário mínimo foi definido no início de 2010 por meio de uma medida provisória aprovada pelo Congresso Nacional. O valor é calculado com base na inflação dos dois anos anteriores, acrescido do percentual de crescimento da economia do ano anterior de sua validade. Pela primeira vez, o valor do reajuste obedece a esses critérios.

Essa regra de reajuste foi negociada entre as centrais sindicais e o governo Lula, contribuindo para a recomposição do poder de compra do mínimo

A MP também determina que até 2015 todas as definições sobre o valor do mínimo serão feitas por meio de decreto presidencial.

Impacto

O valor de R$ 622 terá impacto de R$ 23,9 bilhões nos gastos públicos em 2012. A maior parte desse montante corresponde aos benefícios da Previdência Social no valor de um salário mínimo, que serão responsáveis pelo aumento de R$ 15,3 bilhões nas despesas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Fonte: Agência Brasil


Cliente da Caixa já pode consultar contribuição ao INSS no site do banco
Postado em 13 de fevereiro de 2012em Notícias / 0 Comentário(s)
Folha de São Paulo

 

Os trabalhadores que têm conta-corrente na Caixa Econômica Federal agora também podem, por meio do site do banco na internet, acessar seu extrato de informações previdenciárias.

 

Com isso, podem conferir se todas as contribuições feitas para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) pelo empregador estão em dia.

 

Se o segurado notar que algum período de contribuição não está registrado nos cadastros da Previdência, pode solicitar a correção.

 

Se houve falha por parte do empregador, o trabalhador não poderá ser prejudicado.

 

O serviço é decorrente de um convênio assinado entre o banco e o Ministério da Previdência Social. O próximo passo da parceria é disponibilizar as informações em outros pontos, como caixas eletrônicos e casas lotéricas.

 

De acordo com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, 4,8 milhões de beneficiários do INSS, de um total de 29 milhões, são correntistas da Caixa.

 

O mesmo serviço já é oferecido, desde 2009, para correntistas do Banco do Brasil.

 

Já os segurados que não têm conta na Caixa ou no BB podem acessar o extrato de informações previdenciárias por meio do portal da Previdência. Nesse caso, é preciso ter uma senha fornecida nas agências do INSS. O agendamento pode ser feito pelo 135.

Lançada pela Contraf-CUT e Fenae, em parceria com a Caixa Econômica Federal e a Funcef, a campanha “Um convite a um futuro seguro” busca estimular a adesão ao Novo Plano da Funcef de empregados da Caixa que ainda não são participantes da Fundação. Essa campanha, definida por ocasião da Campanha Nacional 2011, entrou no ar no último dia 8 de dezembro e está avançando.
A finalidade dessa iniciativa é demonstrar ao empregado da Caixa que ter um plano de previdência complementar é uma atitude de cuidado com o presente e o futuro, ajudando a programar padrão de vida com segurança, no futuro.

No texto dessa campanha, a Contraf-CUT e a Fenae esclarecem que o Novo Plano é uma importante conquista dos empregados da Caixa, “fruto de um intenso e prolongado processo de negociações, que resultou na construção de um avançado plano de benefícios de previdência complementar, o que foi possível em função da decisiva participação das entidades sindicais e associativas e da disposição da empresa em oferecer melhores condições de aposentadoria ao seu pessoal”.

Como nem todos os empregados da Caixa participam de um plano de previdência complementar, a Contraf-CUT, a Fenae, a Caixa e a Funcef decidiram juntar forças para chamar a atenção de quem ainda não tem a cobertura do Novo Plano.

Acesse o hot-site www.funcef.com.br/adesão e inscreva-se no Novo Plano, pois ele é uma garantia para o empregado da Caixa e sua família construírem um futuro seguro.

Fonte: Contrafc-CUTcom Fenae

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Folha de São Paulo

 

A nova administração do banco PanAmericano, encabeçada pelo BTG Pactual, estuda mudar o nome da antiga instituição financeira de Silvio Santos, que frequenta o noticiário policial após um rombo de R$ 4,3 bilhões.

 

Com os ex-executivos do banco banidos do sistema financeiro e correndo risco de serem presos, a nova equipe chegou à conclusão de que é inviável utilizar o nome PanAmericano, especialmente para empréstimos imobiliários destinados à classe média alta, público-alvo da Brazilian Mortgages, financeira adquirida no final de 2011.

 

O novo nome só será definido após estudos de “recall” de marca, que serão feitos nos próximos meses.

 

O assunto está a cargo do novo presidente do banco, José Luiz Acar Pedro, indicado pelo BTG Pactual.

 

Uma das possibilidades em análise é manter a marca BM Sua Casa, bandeira de varejo da Brazilian Mortages.

 

A BM Sua Casa tem cerca de cem lojas no país e é a maior financiadora independente de crédito imobiliário operando fora das regras do SFH (Sistema Financeiro da Habitação), que utiliza recursos da poupança.

 

Totalmente brasileiro após a saída dos suíços do UBS, o Pactual também não quer um nome estrangeiro como o da Brazilian Mortgages.

 

A única dúvida dos executivos é quanto o escândalo contaminou a marca PanAmericano nas classes C e D -foco da área de financiamento ao consumo, principal negócio do PanAmericano.

 

Para esse público, talvez a marca PanAmericano ainda seja forte. “Temos que ver o que significam 20 anos de Silvio Santos falando no ar sobre o banco PanAmericano. O assunto está em estudo”, disse André Esteves, presidente do BTG Pactual.

 

ANTECEDENTES

O escândalo do PanAmericano é lembrado como a “Enron brasileira”, em referência à gigante energética que enganou o mercado com maquiagem de balanço, ocasionando a quebra da Arthur Andersen, à época a mais prestigiada auditoria do mundo.

 

Para salvar o PanAmericano, Silvio Santos vendeu 35,5% do banco para a Caixa Econômica Federal, em dezembro de 2009. Com o anúncio do rombo, o Fundo Garantidor de Créditos negociou a venda do controle do Pan-Americano ao BTG Pactual.

 

Na semana passada, a Polícia Federal concluiu inquérito em que indiciou 22 ex-executivos do Grupo Silvio Santos por crimes que levaram a instituição ao rombo. (TONI SCIARRETTA)

O drama de duas ex-funcionárias do Itaú, em Contagem, na Grande Belo Horizonte, que foram demitidas por justa causa após uma delas ter sido sequestrada foi tema de longa reportagem na Rede Record. Elas denunciam a crueldade do banco, que ignorou o risco a que estavam submetidos os reféns e ainda as puniu porque optaram por preservar a vida de familiares ameaçados pelos revólveres dos assaltantes.

 

Clique aqui para ver o vídeo da Rede Record.

 

Clique aqui para ver a reportagem no Jornal da Record.

 

O Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte realizou ato de protesto (foto) na terça-feira (7), na porta do Itaú, em Contagem, protestando contra as demissões e cobrando segurança e melhores condições de saúde e trabalho.

 

Uma história de descaso com a vida

 

Uma gerente operacional teve, em janeiro, seus familiares sequestrados e mantidos em cativeiro enquanto parte do bando de assaltantes obrigou que ela fosse até sua agência para buscar o dinheiro sob ameaça de morte de seu marido e filhos.

 

Após o assalto, o banco cometeu uma série de erros de procedimentos. A médica do trabalho do Itaú, por exemplo, emitiu CAT (Comunicado de Acidente de Trabalho) sem atender pessoalmente as funcionárias. O banco também se recusou a prestar acompanhamento médico e psicológico às funcionárias e seus familiares, e o que é pior, demitiu as duas por justa causa, sob a alegação de que não cumpriram as Regras de Segurança do banco.

 

Do ponto de vista do banco que as demitiu sem qualquer direito, elas deixaram de ser vítimas e passaram a ser “culpadas”, já que o Itaú entendeu que elas não deveriam ter entregue o dinheiro aos sequestradores que ameaçavam seus familiares de morte. E mais: o Programa do Itaú, Fique OK, que deveria prestar assistência às funcionárias, sequer sabia que elas tinham sido demitidas.

 

O Sindicato não aceita esse desrespeito e exige que o banco corrija essa enorme injustiça cometida com estas funcionárias e seus familiares que passaram pelo trauma que poderá afetá-los pelo resto de suas vidas. Ao invés de priorizar os lucros cada vez mais altos como o registrado de R$ 14,6 bilhões no ano de 2011, o banco deveria valorizar mais a vida daqueles que constroem o seu patrimônio.

 

O funcionário do Itaú e diretor do Sindicato, Ramon Peres, ressalta que é inadmissível que o banco Itaú, após registrar o maior lucro de sua história, demita as funcionárias que passaram pelo trauma do assalto e que deveriam ser assistidas com acompanhamentos médico e psicológico.

 

“Estas funcionárias não sofreram o assalto sozinhas e ainda tiveram seus familiares vitimados pelos bandidos, porque o banco economiza com sua própria segurança obrigando os gerentes e chefes de serviços guardarem as chaves das agências em suas casas ao invés de contratar empresas de segurança privada. O Sindicato não aceita isso e vai exigir que o banco mude estes procedimentos e respeite seus funcionários, tratando-os com dignidade, porque foram eles que contribuiram com este lucro de R$ 14,6 bilhões em 2011. Afinal de contas, a vida vale mais que o lucro”, afirma Ramon Peres.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb BH e Rede Record

O Globo
Gabriela Valente e Martha Beck

 

BRASÍLIA – As altas taxas de juros cobradas pelos bancos entraram na mira da presidente Dilma Rousseff. Em reuniões com a equipe econômica, ela tem dito que não vê justificativa para que o custo dos empréstimos ainda se mantenha tão elevado no Brasil, especialmente num momento em que o Banco Central (BC) está reduzindo a Taxa Selic. Por isso, a presidente já encomendou aos técnicos um estudo sobre a composição do spread (diferença entre o que o banco paga para captar dinheiro e quanto ele cobra para emprestar) e o que pode ser feito para que ele seja reduzido. O pedido vem num momento em que os bancos batem recordes de lucros.

 

- A presidente quer reabrir logo essa agenda do spread bancário – disse um integrante da equipe econômica.

 

Para Dilma, como o BC já sinalizou que vai manter as taxas básicas de juros em queda (hoje estão em 10,5% ao ano), deixando-as mais próximas do padrão internacional, estaria na hora de pressionar as instituições financeiras a baixarem o que cobram tanto de empresas quanto de pessoas físicas, especialmente nos cartões de crédito. O maior acesso da população ao crédito é uma das armas com as quais o governo conta para turbinar a atividade econômica em 2012.

 

Os técnicos admitem que os bancos são obrigados a considerar no cálculo do spread seus custos com uma carga tributária alta e também com inadimplência, mas também lembram que a margem de lucro dessas instituições não é pequena. Dados do BC consolidados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostram que a inadimplência dos clientes responde por 30% do spread no país. Os impostos diretos equivalem a pouco mais de 20%, enquanto a margem líquida de lucro mais erros e omissões está em 32%.

 

O cardápio de medidas que poderiam ser adotadas é vasto e vai desde a regulamentação do chamado cadastro positivo (que reúne os bons pagadores e poderia ajudar os bancos a darem tratamentos diferenciados de acordo com o histórico de crédito de cada cliente) até uma redução de tributos que incidem sobre o crédito, como Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e PIS/Cofins. Também haveria a possibilidade de reduzir o compulsório, dando às instituições mais liberdade de emprestar seus recursos. Mas nada foi decidido ainda.

 

Segundo o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, o Brasil reúne ineficiências que fazem com que os bancos repassem custos aos tomadores de crédito. Mesmo assim, ele destaca que o spread bancário vem caindo no país. Embora tenha sofrido uma alta diante das turbulências internacionais (com risco de aumento da inadimplência e recuo da oferta de crédito), ele já voltou a recuar. No caso das pessoas físicas, ele está em 34 pontos, tendo chegado a quase 45 pontos em dezembro de 2008. Sendo que, para cheque especial, os juros chegam a 188% ao ano, enquanto para financiamento de automóveis está em 26 pontos. Para as pessoas jurídicas, é de 19 pontos.

 

Para Sardenberg, o mais eficaz para baixar o spread seria a regulamentação do cadastro positivo, a desoneração tributária e a redução dos compulsórios.

A expectativa dos analistas de que o Banco do Brasil atinja R$ 1 trilhão em ativos totais este ano e a aproximação entre os indicadores de Bradesco e Itaú – segundo balanço a ser divulgado terça-feira (14), o Itaú atingiu em dezembro de 2011 R$ 851,3 bilhões em ativos totais, enquanto o Bradesco ficou com R$ 761,5 bilhões – evidenciam o aumento da concentração no setor. Há dez anos, diz o especialista em setor bancário Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, os dez maiores bancos brasileiros detinham 65% dos ativos totais do setor. No ano passado, a parcela era de 85%.

 

O movimento de consolidação do setor bancário brasileiro, iniciado a partir da queda da inflação com o Plano Real em 1994, acelerou-se a partir da primeira década do século 21 com a entrada dos conglomerados estrangeiros, o acirramento das operações de fusões e aquisições entre bancos e a própria crise econômica em 2008 nos Estados Unidos e na Europa.

 

E não só na intermediação de recursos que os bancos se concentram. Segundo levantamento da CardMonitor, empresa de pesquisa do mercado de meios eletrônicos de pagamentos, os cinco maiores bancos emissores de cartões detinham 68% do mercado em 2005. No ano passado, a fatia subiu para 81%.

 

Ainda assim, Rodrigues afirma que este movimento de consolidação ainda está longe de ter se esgotado. Os pequenos e médios bancos brasileiros, que cresceram em número por conta da popularização do crédito consignado, ainda não se recuperaram completamente do encurtamento do crédito após a crise e das regras mais restritivas impostas pelo Banco Central.

 

- O mercado caminha para mais concentração porque os menores não estão totalmente livres de problemas de capitalização e seus controladores não têm fôlego para isso. Prevemos fusões e aquisições nesta faixa – diz Rodrigues.

 

Tal concentração e aumento da concorrência não foram capazes de trazer para baixo nem as taxas de juros cobradas em empréstimos, cheques especiais ou cartões, nem as tarifas cobradas pelas instituições por seus serviços. As diferenças, observa o consultor e ex-economista-chefe da Febraban, Roberto Luis Troster, são gritantes e evidenciam, de um lado, problemas de eficiência das instituições e, de outro, desequilíbrios tributários, de regulamentação e de política monetária, como os compulsórios.

 

- Enquanto a taxa básica de juros, a Selic, cresceu 0,25 ponto percentual em 2011, os juros do crédito pessoal, sem contar os empréstimos consignados, subiram 45 vezes mais. O Itaú cobra 8,84% pelo cheque especial, enquanto a Caixa cobra 7,98%. A concentração é apenas parte dos problemas – diz Troster.

 

Há quem discorde. O professor do Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares da Universidade de Brasília, Newton Marques, ex-analista econômico do Banco Central, afirma que os grandes bancos competem entre si por ativos, mas o BC, com uma regulamentação frouxa, permite que bancos façam acordos tácitos que inibem a concorrência do ponto de vista dos clientes.

 

- São táticas de oligopólio. – diz ele.

 

Na avaliação da professora do Instituto de Economia da UFRJ Jennifer Hermann, a concorrência não aumentou:

- Os spreads e a lucratividade dos bancos não caem porque a concorrência não aumentou. O custo para mudar de banco é gigantesco no país, as taxas mal explicadas pelos bancos e não temos uma legislação antitruste capaz de evitar, por exemplo, uma fusão entre o Itaú e o Unibanco, que acabou acelerando o movimento de concentração de outros bancos.

 

A aproximação entre o Bradesco e o Itaú em termos de ativos totais é o resultado de uma estratégia agressiva de crescimento que o Bradesco adotou no dia seguinte ao anúncio da fusão entre Itaú e Unibanco e que focou, segundo o professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ Luiz Fernando de Paula, no aumento de agências e funcionários – seguindo a tradição do banco de ter uma presença geográfica enorme – e na captação, para sua base de clientes, de gente que nunca teve uma conta bancária na vida, surfando na emergência das classes C e D.

 

Além disso, também avançou em pequenas e médias empresas, um segmento onde o Bradesco é líder em empréstimos. O Itaú, por sua vez, não desprezou os segmentos onde é líder, como private banking, banco de investimento e as soluções para grandes empresas.

 

Bancos públicos também ampliaram atividades

A estratégia mais agressiva dos bancos comerciais privados nos últimos anos também foi compartilhada pelos bancos públicos, especialmente o Banco do Brasil e a Caixa, que pelo menos desde meados da década, observam os economistas, vêm ampliando suas ações em atividades bancárias que vão bem além das suas tradições – o crédito agrícola e o financiamento às exportações, caso do Banco do Brasil, e o financiamento imobiliário e o crédito à microempresa, caso da Caixa.

 

- Os bancos públicos também se dedicaram a operações bancárias típicas de instituições privadas, como administração de recursos de terceiros, captação e aplicação em fundos de investimento e venda de outros produtos, como seguros. Mas tudo isso foi feito sem que eles perdessem de vista suas expertises nas áreas em que são tradicionais – afirma o professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UERJ Luiz Fernando de Paula.

 

Para ampliar seus ativos, os bancos estatais também se meteram numa onda de fusões e aquisições que só fizeram reforçar seus ativos. Entre 2008 e 2009, o BB incorporou os bancos estaduais Besc e BEP, comprou o controle da Nova Caixa e uma fatia de 49% no Banco Votorantim. A Caixa, por sua vez, entrou na desastrada operação de compra de 49% do capital do Banco PanAmericano em 2009, um negócio que o banco estatal espera resgatar do limbo com a entrada no BTG Pactual no capital da instituição.

 

Contribuiu também para o avanço decisivo do Banco do Brasil rumo ao patamar de R$ 1 trilhão de ativos totais este ano a própria crise, lembram os economistas. Para que o mercado de crédito não fosse estrangulado por um excesso de cautela das instituições privadas, Banco do Brasil, Caixa e BNDES foram incentivados pelo governo a emprestarem, de forma a manter a economia aquecida. Os dois bancos estatais mantiveram também a estratégia de crescimento geográfico, abrindo centenas de agências pelo país, incluindo a Caixa, que já se beneficia do movimento das lotéricas

 

Fonte: Agência O Globo

A Contraf-CUT enviou nesta quarta-feira (8) ofício ao presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, solicitando o pagamento, “com a maior brevidade possível”, da segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Cada empregado deve receber a regra básica e a parcela adicional da PLR, nas mesmas regras previstas na convenção coletiva dos bancários, além da PLR Social, conquista da Campanha Nacional dos Bancários de 2010 e consolidada em 2011.

 

Conforme o balanço de 2011, divulgado na terça-feira (7), a Caixa obteve lucro de R$ 5,2 bilhões, 37,7% maior do que o resultado do ano passado. O número total de empregados cresceu de 83.185 para 85.633, um saldo de 2.448 novos postos de trabalho.

 

“O lucro da Caixa é grande, mas fica abaixo dos outros grandes bancos brasileiros por conta de sua função social. O que não quer dizer que seus empregados trabalhem menos que seus colegas de outras empresas. A PLR Social é um instrumento que ajuda a corrigir essa distorção”, avalia Plínio Pavão, empregado da Caixa e secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

 

De acordo com o acordo aditivo da Caixa à convenção coletiva, a empresa tem até o dia 31 de março para realizar o pagamento da segunda parte da PLR.

 

O que o empregado da Caixa vai receber:

1. Regra básica da PLR

Cada bancário deve receber o restante da regra básica da PLR, cujo valor total corresponde a 90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29.

Do pagamento da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, com teto de R$ 4.696,37.

2. Parcela adicional da PLR

Cada bancário também deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse montante é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável.

Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, limitada a R$ 1.400.

3. PLR Social

Além disso, os trabalhadores conquistaram no acordo aditivo o pagamento da PLR Social, que corresponde à distribuição linear de 4% do lucro líquido do exercício de 2011.

Do montante será deduzido o valor já antecipado, que foi calculado com base em 4% do lucro líquido obtido no primeiro semestre do ano passado.

 

Fonte: Contraf-CUT

Embora o número de homicídios tenha caído no Estado do Rio de Janeiro em 10,1% no ano passado, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, a prática criminosa chamada “saidinha de banco” cresceu 15,5% em 2011. Foram registrados 1.988 casos contra 1.721 do ano anterior. Isso significa uma média assustadora de 5,44 casos por dia.

 

“Esta forma de assalto a clientes que retiram dinheiro nos caixas ou terminais eletrônicos das agências é de responsabilidade dos bancos e do poder público. Os banqueiros só se preocupam em proteger seu patrimônio e não garantem a segurança dos clientes e funcionários”, critica o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, André Spiga.

 

O sindicalista defende o projeto de lei que prevê a instalação de biombos entre a fila de espera e os caixas, bem como as divisórias opacas e individualizadas entre os caixas, incluindo os eletrônicos. “Esse projeto, elaborado pela Contraf-CUT e Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), garantirá mais privacidade e proteção, pois ninguém poderá ver a retirada de dinheiro pelos clientes nos guichês”, destaca Spiga.

 

Ele criticou a Lei 5.939 /2011, de autoria do deputado estadual Domingos Brazão (PMDB), que proíbe o uso de celulares nas agências. “O crescimento das saidinhas prova que esta lei não resolveu e ainda agravou o problema”, conclui.

 

Fonte: Contraf-CUT com Seeb Rio