Maio 31, 2025
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Carolina Mandl e Vinícius Pinheiro
Valor Econômico | De São Paulo

Em tempos em que o crédito cresce de forma moderada no país e a taxa básica de juros pressiona as margens financeiras, os quatro maiores bancos do país com ações listadas na bolsa ampliaram os ganhos com tarifas e serviços prestados neste começo de ano.

Juntos, Banco do Brasil (BB), Itaú Unibanco, Bradesco e Santander faturaram R$ 19,5 bilhões no primeiro trimestre com serviços, que incluem de tarifas com cartões e contas correntes a taxas de gestão de fundos de investimento.

A cifra representa um crescimento de 11,5% em relação ao mesmo período de 2013. É um aumento superior à inflação de 6,15% medida pelo IPCA nos últimos 12 meses até março, o que contribuiu para aumentar o lucro dos bancos nos três primeiros meses do ano.

Mais correntistas e clientes de cartão de crédito são fatores que os bancos citam como responsáveis pelo desempenho. No primeiro trimestre, a indústria de cartões movimentou R$ 213,73 bilhões em transações, com crescimento de 18,7% ante igual período do ano passado. O número considera as três maiores empresas do setor, mais de 99% do mercado. Explicitamente, as instituições não falam em aumento nos preços cobrados, mas dão pistas de que isso deve ter acontecido.

O Bradesco, que ganhou 760 mil novos correntistas ativos na sua base, diz que fez um “realinhamento” de tarifas. As receitas do banco com tarifas e prestação de serviços alcançou R$ 5,3 bilhões, com alta de 14,9% na comparação com igual período de 2013. Procurado pelo Valor, o banco não explicou o movimento.

Sem abrir números, o Itaú Unibanco afirma que o crescimento da base de clientes também colaborou para a receita de R$ 6,1 bilhões no primeiro trimestre, com aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado foi impulsionado pelos números da Credicard, que começaram a ser incorporados no trimestre passado. Mesmo sem esse efeito, porém, o crescimento seria de 13,8%.

O maior banco privado do país também diz que vendeu mais serviços de “maior valor agregado”, o que colaborou para o faturamento mais polpudo. Só em serviços de conta corrente o Itaú faturou R$ 1,14 bilhão no primeiro trimestre deste ano, com alta de 16,2% em relação a igual período do ano passado.

Os números do Santander sofreram o impacto da venda da área de gestão de fundos e da mudança na contabilização de renovações de apólices de seguros. Sem esse efeito, o banco apresentou um crescimento de 11% com prestação de serviços e tarifas. Em serviços de conta corrente, o banco angariou R$ 459 milhões, com uma expansão de 10,6% sobre o primeiro trimestre do ano passado.

O BB também expandiu os ganhos, mas em ritmo menor que seus principais concorrentes. Ainda sob os efeitos de mudanças nos pacotes de tarifas feitas em 2013, a instituição apresentou uma alta de 6,6% no faturamento com serviços, com R$ 5,7 bilhões. O resultado ficou abaixo da projeção do banco para o ano, que é de um aumento de 9% a 12%.

Em abril do ano passado, o BB lançou uma ferramenta que permite aos clientes analisar seu histórico de consumo de tarifas. De acordo com o seu uso dos serviços, os correntistas podem aderir ao pacote que seja mais econômico a seu perfil.

Depois das mudanças feitas pela clientela, o serviço trouxe uma queda de 5,23% nas rendas com conta corrente em um ano, para R$ 959 milhões. “Num primeiro momento, há uma redução de tarifa. Mas esse cliente é muito fiel à proposta de transparência. É isso que vamos capturar no futuro”, disse Ivan Monteiro, vice-presidente de finanças do BB. Por isso a expectativa do banco é que o faturamento com serviços alcance o intervalo das projeções até o fim do ano.

Com exceção do BB, o aumento nas receitas com tarifas dos bancos superou o crescimento das despesas administrativas e de pessoal no período. As instituições financeiras passam por um período de forte ajuste em seus gastos. No Bradesco e no Santander, por exemplo, as despesas tiveram expansão abaixo da inflação.

O saldo da carteira de financiamentos dos grandes bancos cresceu 12,7% no primeiro trimestre. O desempenho foi puxado pelo BB, que registrou um avanço de 17,6% no crédito.

O aumento da Selic até o momento não resultou em avanço nos spreads bancários, de acordo com os dados dos balanços. Os bancos atribuem o movimento a uma mudança no perfil dos empréstimos para linhas com margens e riscos menores. Além disso, os repasses para os juros das linhas de crédito não se dá de forma tão imediata.

Apesar de os spreads se manterem, a redução da inadimplência e das provisões para calotes aumentou o resultado dos bancos privados nas operações de crédito, também contribuindo para a expansão do lucro.

Somados, esses fatores levaram o grupo dos quatro maiores bancos listados do país a lucrar R$ 11,1 bilhões no primeiro trimestre deste ano, com crescimento de 15,7% na comparação com igual período do ano passado. Apenas o Santander mostrou um lucro menor nesse intervalo.

Fonte: Valor Econômico

Leandro Modé
O Estado de S. Paulo

 

Os dois maiores bancos privados brasileiros, Itaú e Bradesco, preparam novas reduções das taxas de juros cobradas de empresas e pessoas físicas. No dia seguinte à eclosão de nova polêmica entre o governo e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ambos procuraram demonstrar convergência com a agenda da presidente Dilma Rousseff para baixar o custo do dinheiro no País.

 

“Revisamos nossas taxas de juros de empréstimos, fizemos ajustes e somos competitivos. Continuaremos ajustando à medida que a Selic (taxa básica de juros) caia”, afirmou ao Estado o presidente do Itaú, Roberto Setubal. O banco prepara uma nova rodada de queda de taxas de juros. As duas próximas áreas que devem ser contempladas são financiamento de automóveis e crédito pessoal.

 

“Nós compartilhamos as preocupações da presidente Dilma com a estrutura de juros do País. Às vezes existem cobranças, que absorvemos com naturalidade. Estamos trabalhando, analisando as opções e caminhos”, disse ao Estado o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. “Nosso esforço está endereçado na meta de reduzir o peso da estrutura do custo de capital para consumo e investimentos.”

 

Há exatamente três semanas, os dois bancos anunciaram, no mesmo dia, cortes de taxas de juros em algumas modalidades de financiamento. O processo foi detonado no início de agosto pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.

 

Aos poucos, os bancos privados aderiram ao movimento. Mas, até agora, o BB e a Caixa já implementaram três reduções, enquanto os privados fizeram apenas um comunicado. Alguns analistas observaram também que os bancos privados foram menos agressivos do que os públicos em seus cortes.

 

O tom de Setubal, ontem, foi mais suave do que o adotado na sequência do primeiro corte do banco. “Estamos procurando expandir a oferta de crédito para acelerar e fortalecer a recuperação da economia. A inadimplência vai se reduzir com a queda dos juros e a recuperação da economia”, afirmou ontem.

 

Há três semanas, ele afirmara que o Itaú Unibanco “gostaria de poder reduzir mais as taxas”. “Mas, neste momento, identificamos um cenário de inadimplência mais elevado que o normal. É desejável diminuí-la para que tenhamos juros mais baixos.”

 

Poupança

O Itaú prepara uma campanha publicitária para ir ao ar a partir do próximo fim de semana sobre a caderneta de poupança. A ideia é dizer que a tradicional aplicação financeira continua sendo uma ótima opção de investimento.

 

“A solução que o governo deu para o rendimento da poupança foi tecnicamente adequada e bem recebida pelos poupadores. Vamos fazer campanhas para ajudar a população entender as novas regras.”

 

Trabuco também elogiou as mudanças adotadas pelo governo. “As novas regras na poupança são corajosas e coerentes com esse cenário de união e esforço pela redução dos juros e ampliação do crédito”, afirmou. “O melhor é que a poupança mantém-se como investimento seguro, rentável e com liquidez.”

 

Trabuco foi um dos banqueiros que ligaram ontem para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para desfazer o mal-entendido criado após um relatório do economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg.

 

Em um texto em que analisava o potencial efeito dos juros mais baixos sobre a oferta de crédito, Sardenberg escreveu que “você pode levar um cavalo até a beira do rio, mas não conseguirá obrigá-lo a beber água”.

 

A frase foi recebida com estranheza no governo e os bancos correram para explicar que não era uma provocação, mas apenas uma análise técnica que não expressava a opinião do setor sobre a agenda de Dilma.

 

Desde o início do processo, os bancos têm sido cautelosos nas declarações públicas sobre as demandas do governo. O único que destoou no processo foi o presidente da Febraban, Murilo Portugal, que, após uma reunião com autoridades em Brasília, disse que a bola estava com o governo.

 

Ele se referia às propostas apresentadas pela entidade para permitir uma queda sustentada dos juros bancários no País.

 

Fonte: O Estado de S.Paulo

 

A Contraf-CUT realiza nesta sexta-feira (5), às 11h, a quarta reunião específica para a construção da mídia da Campanha Nacional dos Bancários 2013, na sede da Confederação, em São Paulo. No encontro anterior foi definido um novo conceito, ficando os sindicatos e federações com a tarefa de aprofundar os debates nas entidades.

 

“Trata-se de um processo muito dinâmico, participativo e democrático, que busca elaborar uma proposta ofensiva e que ajude a mobilização da categoria e potencializar a marca da campanha em todo o país”, ressalta o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

 

“A exemplo dos anos anteriores, queremos definir juntos uma mídia nacional que seja capaz de dialogar com os bancários, os clientes e a sociedade, a fim de pressionar os bancos, visando obter o atendimento das reivindicações dos trabalhadores”, salienta o dirigente sindical.

 

Todas as reuniões são abertas à participação de dirigentes do Comando Nacional, sindicatos e federações, especialmente diretores de comunicação e profissionais de imprensa das entidades.

 

A proposta de mídia será apresentada na 15ª Conferência Nacional dos Bancários, a ser realizada nos dias 19, 20 e 21 de julho, em São Paulo.

 

Fonte: Contraf-CUT

Após mais de quatro meses, a Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram nesta quinta-feira (4) o processo de negociações com o Santander, durante o Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), em São Paulo. A última reunião tinha sido realizada no dia 27 de fevereiro. O fim das demissões foi a principal cobrança feita pelos dirigentes sindicais.

 

A pauta específica de reivindicações, aprovada no Encontro Nacional dos Funcionários e entregue ao banco no dia 26 de junho, não chegou a debatida, frustrando a expectativa de todos. O novo superintendente de relações sindicais do Santander, Luiz Cláudio Xavier, que assumiu o cargo há 40 dias, alegou que ainda não conseguiu examinar todas as demandas, propondo discuti-la em nova reunião do CRT, agendada para o próximo dia 22, às 14h.

 

A pauta contém propostas de emprego, condições de trabalho, remuneração, saúde suplementar e previdência complementar, além das pendências de reuniões anteriores do CRT. “Esperamos que o novo negociador do Santander traga respostas concretas e que atendam as reivindicações dos trabalhadores, principais responsáveis por 26% do lucro mundial do banco espanhol”, ressalta Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT.

 

 

Demissões não param

 

A Contraf-CUT apresentou os números assustadores das homologações no primeiro semestre de 2013, a partir de informações enviadas ao Dieese pela maioria dos sindicatos através do “survey on-line”. O banco efetuou 2.604 desligamentos, dos quais 1.820 foram demissões sem justa causa, 670 a pedido, 43 demissões por justa causa e 71 por outros motivos.

 

Confira os números das dispensas imotivadas:
- janeiro: 491;
- fevereiro: 183;
- março: 188;
- abril: 256;
- maio: 381;
- junho: 381;
- total: 1.820

 

Esses números, embora parciais, superam as demissões sem justa do primeiro semestre de 2012, conforme os dados do Caged entregues pelo Santander ao Ministério Público do Trabalho (MPT), durante as mediações sobre as demissões em massa ocorridas em dezembro. Nos primeiros seis meses do ano passado, o banco demitiu 1.175 funcionários sem justa causa.

 

“Cobramos o fim imediato das demissões e da política de rotatividade e terceirização, mais contratações e remanejamento dos funcionários atingidos por fusão de agências e extinção de funções”, destaca Ademir.

 

Foi também reivindicado o fim das homologações por prepostos terceirizados. Para a Contraf-CUT, trata-se de atividade-fim de uma empresa e, portanto, não pode ser entregue a terceiros.

 

 

Caixas sem metas individuais

 

Na reunião, o Santander entregou aos dirigentes sindicais o texto de um comunicado interno, que está sendo distribuído aos gerentes na rede de agências, sobre as atividades do caixa. Nele, consta que “as atividades do caixa devem ter como foco principal o atendimento eficiente ao cliente, sendo responsável pelas operações efetuadas nas terminas de caixa”.

 

O texto destaca que “esses profissionais não podem estar sujeitos ao cumprimento de metas individuais de venda de produtos bancários. E a avaliação deve ser baseada pelo atendimento”.

 

“Isso foi um avanço porque, embora o banco afirmasse não haver esse problema, ele nunca tinha se comprometido por escrito, o que aconteceu após muita cobrança do movimento sindical”, afirma Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander. Ela orienta que os bancários devem procurar o sindicato caso os caixas continuem com metas individuais.

 

 

Combate ao assédio moral

 

O problema do assédio moral também foi discutido. Os dirigentes sindicais apontaram que ele está ligado à violência organizacional e às precárias condições de trabalho, pois há falta de funcionários, sobrecarga de serviços e metas abusivas.

 

“Nada justifica as reuniões diárias nas agências e a cobrança de metas ao longo de todo dia, assediando e estressando os trabalhadores”, critica Vera Marchioni, diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo. “O banco tem que acabar com esses procedimentos e combater o assédio moral em todas as áreas”, defende.

 

 

Fim das práticas antissindicais

 

Os dirigentes sindicais voltaram a cobrar o fim das práticas antissindicais, exigindo a retirada imediata das ações judiciais movidas pelo banco contra a Contraf-CUT, sindicatos, federações e Afubesp em função de protestos na final da Copa Libertadores de 2011 e no Dia Nacional de Luta em abril deste ano. “Não abrimos mão do direito de liberdade de expressão e repudiamos a tentativa de calar o movimento sindical”, enfatiza Ademir.

 

“Ao invés da judicialização dos conflitos, o banco deveria valorizar o diálogo, a negociação coletiva e o respeito aos trabalhadores e suas entidades sindicais e de representação”, salienta o diretor da Contraf-CUT. “Esperamos que o banco traga uma resposta positiva à reivindicação na próxima reunião”, conclui.

 

 

Outras reuniões

 

O banco também se posicionou a favor da retomada de reuniões específicas, fórum e grupo de trabalho, previstos no acordo aditivo à convenção coletiva, que estavam travadas.

 

Ficou agendada uma reunião sobre funcionários com deficiência (PCD) para o próximo dia 12. Também serão marcados e realizados ainda em julho o Fórum de Saúde e Condições de Trabalho, que tratará do programa de reabilitação profissional, o grupo de trabalho do SantanderPrevi e a reunião sobre Call Center.

 

Fonte: Contraf-CUT

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O presidente da CUT, Artur Henrique, e o secretário de Finanças, Vagner Freitas, participaram nesta terça-feira (8) da primeira reunião do ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, com representantes de centrais sindicais, em Brasília.

 

Brizola disse que, para ele, era importante abrir a agenda de trabalho ouvindo as lideranças sindicais porque sabia da preocupação dos representantes da classe trabalhadora com relação a tramitação da pauta de reivindicações dos trabalhadores.

 

Além disso, segundo o ministro, nos últimos dias vários dirigentes pediram a ele que resgatasse o protagonismo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e retomasse questões fundamentais para os trabalhadores. E como quer fazer uma gestão democrática e participativa, decidiu ouvir primeiro os sindicalistas.

 

“Senti a preocupação do movimento sindical com relação ao protagonismo do ministério com relação aos temas do mundo do trabalho e queria ouvir e construir com vocês uma proposta para algumas questões, como, por exemplo, o registro sindical”, disse Brizola Neto.

 

O ministro falou sobre a necessidade de discutir alteração do modelo e disse que a necessidade de representatividade efetiva dos sindicatos talvez possa ser o caminho.

 

O presidente da CUT concordou. “Não podemos criar sindicatos sem representatividade, precisamos de regras republicanas, imparcialidade e clareza de que não é possível ter sindicato com meia duzia de pessoas ou sem sócios”.

 

Quanto ao protagonismo do MTE, Artur disse que é preciso “recolocar o ministério a frente dos enormes desafios do mundo do trabalho, pois, apesar dos avanços conquistados nos últimos anos, ainda está faltando muito”.

 

Para o presidente da CUT, “a pauta dos trabalhadores é outro item fundamental que deve ser debatido pelo ministro. Aprovamos duas convenções da OIT – 151 e 158 – no governo Lula. Falta ratificar a 158. Mas, o papel do governo no sentido de dar visibilidade a pauta dos trabalhadores é absolutamente essencial”.

 

Para Vagner Freitas, “o fortalecimento dos sindicatos e das centrais sindicais contribuem para a valorização do MTE. Sem isso, o ministério não vai recuperar o protagonismo”. Segundo o dirigente da CUT, o ministério tem de garantir que as regras sejam obedecidas e, mais importante, o MTE não pode ter poder discricionário.

 

Ao final da reunião, Brizola deu um prazo de 15 dias para as lideranças sindicais apresentarem sugestões quanto às mudanças que precisam ser feitas nas regras de registro sindical. Quando as propostas forem enviadas ao ministério, serão analisadas, consolidadas e, só então, será marcada uma nova reunião.

 

Fonte: CUT

Levantamento da consultoria EY nos países da América Latina mostrou que os brasileiros são os segundos em número de reclamação contra as instituições financeiras, perdendo apenas para os chilenos em número de queixas.

Segundo a pesquisa, no Brasil 43% dos clientes tiveram de procurar seu banco nos últimos 12 meses para resolver problemas como cobranças indevidas ou bloqueios injustificados de compras no cartão de crédito. No Chile, esse percentual ficou em 45%.

Outro dado do estudo mostra que mesmo depois de procurar os bancos, os brasileiros continuam descontentes. A insatisfação com as “soluções” apresentadas pelas instituições chega a 43% no país, acima da média mundial que é de 33%.

Fonte: Seeb São Paulo com Revista Exame

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) pretende estender, a partir de 2014, o Banco Postal à sua rede de agências franqueadas. Apenas lojas próprias da estatal dispõem atualmente do serviço, que é operado pelo Banco do Brasil. O plano desperta apreensão entre donos de franquias e interessados em abrir novas unidades, que temem o aumento dos custos operacionais.

 

A abertura do Banco Postal na rede franqueada faz parte das regras da licitação que os Correios querem fazer no segundo semestre, para ampliar o número de lojas. Essa licitação vai abranger “em torno de 500 agências”, conforme revelou a vice-presidente de clientes e operações, Glória Guimarães, em reportagem publicada na edição desta terça-feira (2) do jornal Valor Econômico.

 

 

Na contramão

 

“Esse plano é mais um que está totalmente na contramão da história. O BB tem que chamar os concursados e melhorar o atendimento nas agências e postos de atendimento, em vez de estender o Banco Postal para a rede franqueada dos Correios, onde não tem bancários nem vigilantes”, protesta William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

“Esse modelo de precarização e insegurança não é bom para todos, contrariando a propaganda milionária do banco”, destaca. “O banco público que queremos e defendemos não pode se pautar pela lógica do lucro fácil, obtido na base da redução dos custos, mas sim na garantia de um atendimento de qualidade e seguro para todos os clientes do banco e a população”, salienta William.

 

 

Licitações

 

Conforme a notícia, o reforço das lojas se daria em estados como Rio de Janeiro, Bahia e Paraíba, que tiveram grande concentração de licitações “desertas” ou “fracassadas”. No total, 288 unidades não despertaram interesse do mercado ou os concorrentes não conseguiram preencher as exigências dos Correios. Agora, a estatal pretende licitar boa parte das franquias que “micaram” da última vez, além de ampliar o número de lojas. Atualmente existem cerca de 1,1 mil agências franqueadas no país, que equivalem a 31% do faturamento global da ECT.

 

Na última licitação, cujos contratos foram assinados no ano passado, já havia a perspectiva de abertura do Banco Postal nas franquias. Só que isso jamais foi colocado em prática, deixando de fazer parte da lista de preocupações imediatas dos operadores. Por enquanto, o serviço financeiro funciona em 6.167 das 6,3 mil lojas próprias da estatal.

 

O assunto voltou à tona com essa nova licitação. A minuta do edital, que está em audiência pública, vai ganhar sua versão definitiva até outubro. Glória se mostra otimista com o sucesso da nova concorrência e destaca seus pontos atrativos, como maior liberdade na oferta de serviços e flexibilização das exigências, incluindo o tamanho dos imóveis necessários para instalar as agências e até mesmo os documentos para comprovar sua titularidade.

 

Nos últimos contratos da rede franqueada, a possibilidade de abertura do Banco Postal não foi efetivada porque, segundo Glória, vivia-se um momento de transição. O BB pagou R$ 2,3 bilhões, só como valor básico, para substituir o Bradesco como parceiro dos Correios no negócio a partir de janeiro de 2012. Agora, conforme avalia a executiva, já se pode considerar esse processo de transição bem encaminhado.

 

“O nosso objetivo agora é padronizar a rede”, afirma Glória, referindo-se aos serviços oferecidos pelas agências próprias e pelas franqueadas. Isso motivou a decisão de liberar, de vez, o funcionamento Banco Postal também nas franquias. “A perspectiva é que, no início de 2014, possamos ter pelo menos um projeto-piloto”, diz a vice-presidente.

 

Ela ressalta que a decisão de onde e quando implantar o serviço financeiro nas lojas franqueadas será tomada “em conjunto” com o BB. Já o BB, procurado pelo jornal, afirma que a implantação do projeto-piloto e do serviço em outras unidades “depende de conversas com os franqueados”.

 

 

Enquadramento dos trabalhadores

 

Ainda conforme a reportagem, há temor entre os donos de lojas e interessados na nova licitação. O presidente da Associação Brasileira das Franquias Postais (Abrapost), Chamoun Joukeh, cobra mais detalhes sobre a abertura do Banco Postal nas lojas. Ele diz que até a categoria profissional à qual vão pertencer os funcionários responsáveis pelo futuro atendimento da área financeira das agências causa apreensão.

 

Ninguém sabe se serão carteiros, comerciários ou bancários, por exemplo. “Temos muitas dúvidas. Podem ser questões aparentemente pequenas, mas que se traduzem em custos muito importantes no dia a dia das operações.”

 

A Associação Nacional das Entidades Regionais de Agências de Franquias Postais (Apost), que representa outros 479 franqueados em todo o país, também demonstra inquietação. O presidente da Apost, José Jorge de Moraes Filho, coloca até questões tributárias entre suas preocupações. “Hoje, 80% da rede franqueada está no Simples. Será que poderemos continuar recebendo esse tipo de tratamento com o serviço de banco?”, questiona.

 

 

Insegurança

 

Moraes Filho diz que, além de aspectos trabalhistas, como o piso salarial de quem faz o atendimento financeiro, a abertura do Banco Postal nas lojas traz outras perguntas. Haverá necessidade de instalar portas giratórias nas agências? Quem cobrirá o seguro contra assaltos? Será preciso ter segurança armada nas agências?

 

“Gera insegurança participar de uma licitação sem essas definições”, diz Moraes Filho. Para o empresário, dono de uma franquia na região de Ribeirão Preto (SP), a melhor saída é deixar a implantação do Banco Postal como uma “escolha” do franqueado, não como exigência da matriz.

 

Em shopping centers bem abastecidos com serviços bancários, segundo ele, pode simplesmente não ser vantajoso. Já em lojas de cidades pequenas do interior, acredita o presidente da Apost, o serviço pode se tornar uma possibilidade de incrementar receitas.

 

 

Negociação

 

Essa nova estratégia de atendimento será levada ao debate na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, visando pautá-la em futura negociação com o banco. “Vamos avaliar esse conjunto de informações e intensificar a pressão sobre a direção do banco para que ela mude essa gestão privada que não leva em conta o atendimento de qualidade para os clientes e a sociedade brasileira”, conclui William.

 

Fonte: Contraf-CUT com Valor Econômico

A Caixa Econômica Federal comunicou a Contraf-CUT, na última sexta-feira (4), que manterá decisão de abrir as 500 principais agências em todo o Brasil neste sábado (12). O banco decidiu manter a decisão, mesmo após a Contraf-CUT ter questionado o anúncio da abertura. “Esta é uma decisão ilegal e inadmissível. Não vamos ficar quietos”, afirma Plínio Pavão, diretor da Contraf-CUT.

 

No mesmo dia do anúncio, o Comando Nacional dos Bancários, reunido na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, repudiou a iniciativa da Caixa e orientou os sindicatos de todo o país a denunciar a medida junto às Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego (SRTE) e demais órgãos competentes.

 

A Contraf-CUT já tinha se reunido no dia 26 de abril com o diretor de Recursos Humanos da Caixa, Nelson Antônio de Souza, em Brasília, quando manifestou posição contrária à abertura das agências. Na ocasião, a Caixa alegou que, com a política de redução dos juros, a abertura nesse dia seria mais uma oportunidade para a sociedade conhecer a nova política de crédito da instituição e receber orientações sobre aplicações financeiras.

 

Apesar de o movimento sindical apoiar a queda dos juros, a abertura de agências da Caixa num sábado não se justifica. “Se o banco entende que os empregados atuais não são suficientes para dar conta das demandas criadas pela redução das taxas de juros, deve contratar novos trabalhadores, e não aumentar a sobrecarga de trabalho, piorando o atendimento aos clientes”, defende o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro.

 

A medida da Caixa parece estar mais para uma ação de marketing do que para uma prestação de serviços à sociedade. “Não vemos necessidade. Temos a preocupação de que a estratégia se repita. É uma questão que precisamos combater”, conclui Plínio.

 

Desta forma, a Contraf-CUT chama mobilização nacional dos sindicatos para combater essa ofensiva da Caixa que agride o direito ao descanso dos bancários.

 

Fonte: Contraf-CUT

 

Com objetivo de obter respostas à pauta específica de reivindicações entregue ao HSBC no último dia 19 de junho, a Contraf-CUT, federações e sindicatos se reuniram na manhã desta terça-feira (2), com a direção do banco inglês, em São Paulo

 

Durante a negociação, a instituição financeira apontou concordância com demandas como a criação da Comissão Paritária de Saúde, treinamentos internos oferecidos aos funcionários somente no período da jornada de trabalho, adiantamento de férias entre duas e cinco parcelas, bolsa auxílio-educação, folga nas datas de aniversário do funcionário e de tempo de casa, e planos (com mínimo de duas operadoras) de saúde e odontológico.

 

Essas conquistas já estavam em vigor, mas graças à pressão das entidades sindicais o banco concordou pela primeira vez em formalizá-las num Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários, possibilitando a fiscalização efetiva do movimento sindical.

 

Segundo o secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, Miguel Pereira, o banco justificou que as essas reivindicações foram recebidas positivamente, pois não causam impacto econômico à instituição. Ele salienta que a pauta específica foi apresentada em momento propício, já que o banco está elaborando proposta de orçamento para o exercício de 2014.

 

O dirigente sindical ressalta que o banco se comprometeu a debater a viabilidade dos demais itens da minuta em nova rodada de negociação agendada para o próximo dia 30, já que o conjunto das reivindicações requer estudos de impactos econômicos.

 

 

Emprego

 

O HSBC não assegurou proteção nem garantias ao emprego, alegando que é uma medida que o banco não tem neste momento condição alguma de atender. Entretanto, a instituição acenou com a possibilidade de iniciar alguma tratativa nos moldes do comitê de clientes para debater questões relativas às condições de trabalho e atendimento.

 

“É inadmissível o banco continuar com a política de demissões, rotatividade e corte de vagas e não fazer as contratações necessárias, piorando as condições de trabalho e impactando na qualidade dos serviços”, critica a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Liliane Fiúza. “O emprego permanece sendo uma prioridade”, enfatiza.

 

Outro problema que permeia a legislação trabalhista e a Contraf-CUT está focada em combater é a terceirização, que está sendo expandida pelo banco. “Identificamos o aprofundamento no processo de terceirização no HSBC, como os correspondentes bancários que cresceram 600% em período recente, conforme dados do Dieese”, alerta Miguel.

 

 

PPR

 

Em relação ao Programa de Participação nos Resultados (PPR), o HSBC solicitou que o assunto não fosse abordado na reunião, pois ainda não concluiu a análise do tema com o responsável pelo programa. O banco se comprometeu a agendar durante o mês de julho uma reunião específica para tratar da questão.

 

Segundo Miguel, além da importância da discussão do programa de remuneração, a Contraf-CUT se empenha para assegurar o compromisso de não compensação do programa próprio com a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), prevista na Convenção Coletiva Nacional dos Bancários, conforme foi anunciado em 2012.

 

 

Desafios

 

Na avaliação do secretário de assuntos jurídicos da Contraf-CUT, Alan Patrício, o fato de o banco ter concordado com a formalização de um acordo aditivo é um significativo passo na questão da segurança jurídica dos atuais e futuros funcionários do banco. “Agora, os direitos não ficarão mais como mera liberalidade da empresa, podendo ser alternados ou suprimidos a qualquer momento. A partir de agora, o desafio será agregar novas conquistas”, comenta Alan.

 

Para o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, Carlos Alberto Kanak, é importante retomar a mesa de negociação com seriedade e obter os primeiros encaminhamentos concretos neste momento em que o banco está elaborando a sua proposta orçamentária para 2014. “Isso é fruto da mobilização, cujo calendário de luta vai continuar para que possamos avançar muito mais”, aponta.

 

Para o diretor da Fetec Centro Norte e do Sindicato dos Bancários de Campo Grande, Valdecyr Pereira Rios, o início das negociações sinaliza novas conquistas. “É fundamental também resolvermos os graves problemas relacionados às péssimas condições de trabalho existentes no banco”, concluiu.

 

Fonte: Contraf-CUT