Os conselheiros eleitos do Instituto Economus divulgaram um documento público cobrando avanços no processo de isonomia de direitos entre trabalhadores oriundos de bancos incorporados pelo Banco do Brasil, como o antigo Banco Nossa Caixa, e os demais empregados do banco público, tanto da ativa quanto aposentados.
A discussão sobre a isonomia se arrasta há mais de 15 anos, desde a incorporação do Banco Nossa Caixa pelo BB, e ganhou novo impulso com a conquista da Campanha Nacional dos Bancários 2024, que estabeleceu o prazo de 31 de julho para que o Banco do Brasil apresente uma proposta concreta sobre questões ligadas à previdência e saúde dos bancários incorporados.
O documento reforça que a busca pela isonomia — por meio da adesão à Cassi e à Previ, da inclusão da participação do banco no pós-laboral e da implementação da nova tabela PIP — representa uma demanda legítima e alinhada aos princípios constitucionais da igualdade. Para os conselheiros, é essencial que o BB trate de forma equitativa todos os seus funcionários, sem distinções baseadas na origem bancária.
A coordenadora da Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, reforça a cobrança por parte das representações sindicais. “Nos somamos aos conselheiros eleitos do Economus nessa luta que já dura mais de uma década. É inaceitável que ainda existam trabalhadores com direitos distintos dentro de uma mesma empresa pública. A isonomia não é apenas uma reivindicação histórica dos colegas incorporados, mas uma questão de justiça. Cobramos que o Banco do Brasil honre o compromisso assumido na mesa de negociação da Campanha Nacional 2024 e apresente, até o fim deste mês, uma proposta que contemple de forma efetiva as reivindicações desses bancários e bancárias.”
O posicionamento dos conselheiros eleitos do Economus também destaca a necessidade de uma análise técnica da proposta a ser apresentada, de forma que ela assegure a sustentabilidade da previdência e da assistência médica para os trabalhadores incorporados, sem comprometer os direitos já consolidados dos demais.
O documento ainda alerta que as diferenças de tratamento geram distorções que afetam tanto os direitos individuais quanto a coesão do corpo funcional do BB. Os conselheiros cobram uma postura transparente, responsável e célere por parte do banco, que demonstre real comprometimento com a igualdade de direitos entre todos os seus funcionários.
Por fim, os conselheiros convocam todos os trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Brasil, independentemente da origem — seja do BB, Banco Nossa Caixa, BESC ou BEP — a se unirem em torno da luta por isonomia plena, reafirmando que o diálogo e a solidariedade são fundamentais para a construção de um futuro mais justo e equilibrado para toda a categoria.
Fonte: Contraf-CUT