Julho 05, 2025
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Anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro(PSL), o fim do horário de verão deve não apenas deixar de economizar energia como vai em sentido contrário aos necessários esforços ambientais. A avaliação é de Wagner Ribeiro, professor do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) e do Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental. Para ele, a decisão é um grande erro no contexto de crise ecológica mundial.

“É mais uma patacoada. Se diz que aquilo que se economiza de energia não é mais o mesmo de antes, mas de qualquer forma há uma economia, é evidente, não há como negar. Qualquer economia que puder fazer é bem-vinda. O horário de verão causa incômodo em algumas pessoas pela adaptação, mas é uma ação coletiva onde todos estão usando melhor as possibilidades que a natureza oferece. Saber usar a luz solar ao nosso favor é uma medida inteligente”, explica, em entrevista à jornalista Marilu Cabãnas, na Rádio Brasil Atual.

O professor  questiona a quem interessa o fim do horário de verão. Para ele, o maior beneficiado será o setor de telecomunicações, pois para canais de televisão há um transtorno em transmitir programas em rede nacional em horários diferentes, conforme a região do país, considerando que estados do Nordeste e do Norte não adotam o horário. Coincidentemente, Bolsonaro tem privilegiado a TV Record e o SBT para dar entrevistas, além de estar aumentando a verba de propaganda para ambos os canais.

“É uma medida ambientalmente incorreta e pouco inteligente, que não usa ao nosso favor as diferenças regionais e a distribuição de luz no Brasil”, afirma Wagner Ribeiro.

Além do fim do horário de verão, ele critica o fim dos conselhos que garantiam a participação social na elaboração de políticas públicas. Segundo ele, o Brasil era visto como referência na participação popular em temas do governo federal. “Traz muita preocupação esse esvaziamento da participação da sociedade civil na tomada de decisões ambientais.”

Fonte: Rede Brasil Atual

Bancárias e bancários de todo o país estão respondendo ao questionário da Consulta Nacional. As respostas contribuirão com a definição das ações da categoria até que se inicie a próxima Campanha Nacional dos Bancários, em 2020.

“É fundamental que toda a categoria se envolva e responda ao questionário, para que a pesquisa retrate com maior precisão a posição dos bancários e bancárias de todo o território nacional referente aos temas tratados”, ponderou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, entidade que aglutina quase a totalidade dos sindicatos e federações de bancários das mais diferentes correntes políticas que atuam no movimento sindical bancário.

“Os dirigentes estão em contato com a categoria durante todo o ano. Mas, a Consulta é o momento de escuta-la oficialmente. Por isso, os dirigentes precisam ter na ponta da língua a resposta para cada pergunta que lhes forem feitas sobre o questionário e os temas que eles tratam. Os bancários precisam responder à Consulta com conhecimento de causa, com consciência”, explicou a presidenta da Contraf-CUT.

Como, em 2018, a categoria firmou acordo que garante a manutenção de todos os direitos previstos na sua Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e aumento real para os salários, vales refeição e alimentação e demais cláusulas econômicas, neste ano a categoria ajudará a definir as prioridades da atuação do movimento. Por isso, além de responder questões referente aos bancos públicos e saúde e condições de trabalho, as questões buscam captar a opinião da categoria sobre a reforma da Previdência. “É importante ter conhecimento da posição do bancário sobre este tema que afetará todos os trabalhadores, seja de empresas públicas ou privadas”, completou Juvandia.

O levantamento será realizado durante os meses de abril e maio. Ao final, sindicatos e federações vão tabular as informações e enviar para a Contraf-CUT, que juntará os dados de todo o país. O resultado será divulgado durante a Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada de 2 a 4 de agosto, em São Paulo.

Reforma da Previdência

Para contribuir com o debate e a reflexão da categoria, a Contraf-CUT produziu uma cartilha de bolso sobre a reforma da Previdência. De uma forma simples e didática o material explica os principais pontos da proposta do governo, que pretende dificultar o acesso e reduzir os valores da aposentadoria.



Fonte: Contraf-CUT

Mais de 150 pessoas assassinadas por mês pela polícia do Rio de Janeiro. Este é o saldo do início do mandato do governador Wilson Witzel (PSC). Sem políticas públicas para as demandas sociais, entidades também questionam o discurso do governador, apontado como ilegal e responsável pelo aumento da letalidade da polícia no estado.

segurança pública foi o foco de toda campanha eleitoral do governador e a pasta que mais recebeu atenção, nos primeiros meses de governo. Witzel acabou com a Secretaria de Segurança, deu maior autonomia às polícias e adotou um discurso com medidas de maior repressão.

No entanto, os resultados são desastrosos no que se refere à garantia de direitos humanos. A letalidade policial, em 2019, é a maior dos últimos 16 anos. Apenas nos meses de janeiro e fevereiro, 305 pessoas foram mortas pela polícia no estado.

"O que ele está propondo abertamente é ilegal. Os setores que defendem esse tipo de abordagem estão propondo uma modificação legal no Congresso, a chamada Lei do Abate. Mais cedo ou mais tarde, os policiais acusados de execução sumária, no Rio de Janeiro, vão ser julgados e as defesas deles vão dizer que estavam cumprindo ordens do governador. Vamos ver se o Ministério Público irá processar o Witzel como mandante das mortes", questionou Ignácio Cano, sociólogo do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), à repórter Viviane Nascimento, no Seu Jornal, da TVT.

Diante da afirmação de Witzel de que os atiradores de elite já estão atuando, uma representação foi enviada ao Ministério Público e às polícias, solicitando informações sobre as operações com esses profissionais.

“Quando a gente olha na Constituição Federal e nas nossas leis, não existe pena de morte, e o governador está praticando a pena de morte, no chão da favela todos os dias. É um crime contra a humanidade", criticou a deputada estadual Renata Souza (Psol), presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Passados pouco mais de 100 dias de Wilson Witzel no comando do Rio de Janeiro, a população se vê diante de um estado estagnado. Com problemas nas áreas de saúde, educação e infraestrutura, o Rio ainda vive a angústia de poucas propostas para a mudança desse quadro.

"Nós temos um nível de paralisação há muito agoniante em relação a educação, saúde, ciência e tecnologia. As três universidades estaduais estão paralisadas. Em 100 dias temos um quadro instantâneo do que nós tínhamos em 2017 e 2018", explicou Paulo Baía, sociólogo e cientista político da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A grande dificuldade é a baixa arrecadação do estado, reflexo da situação ruim da economia nacional, além do regime de recuperação fiscal, assinado com a União, no final de 2017, que congela investimentos e engessa a atuação do governo.

"A dificuldade do Witzel é muito grande, porque ele mantém a ideia de que quer renegociar, mas não tem esse aceno de renegociação por parte da equipe econômica do governo federal", acrescentou Baía.

Assista à reportagem https://www.youtube.com/watch?v=TUrIlavjFNk

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) ficou praticamente estável de 2016 para 2017, passando de 0,776 para 0,778, sendo 1 a maior unidade. Apesar de uma tendência de avanço, há uma "inflexão" no ritmo de crescimento causada pela diminuição da renda, "que veio acompanhada do aumento da pobreza no país", aponta relatório divulgado nessa terça-feira (16). Os dados mostram leve redução da renda domiciliar e aumento da proporção de pessoas na extrema pobreza, com estagnação do índice de Gini, que mede a desigualdade, em 0,55 – quanto mais perto de zero, menor a desigualdade. 

Divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, pela Fundação João Pinheiro (FJP) e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base em dados do IBGE, o Radar IDHM mostra queda de 0,92% no valor da renda per capita em 2017 (para R$ 834,31), o que levou a uma leve retração do índice relativo à renda, de 0,748 para 0,747. Já o índice de longevidade subiu de 0,845 para 0,850, com o aumento da esperança de vida para 75,99 anos. E o da educação também cresceu, de 0,739 para 0,742. 

A proporção de pessoas na extrema pobreza aumentou de 5,15% para 5,96%. E a de "vulneráveis a pobreza" subiu de 24,47% para 24,98%.

As entidades destacam "avanços importantes" nos indicadores de desenvolvimento humano entre 2000 e 2010, período que compreende o final da gestão FHC e todo o governo Lula. 

"No Brasil, por exemplo, ainda que ótimos resultados tenham sido alcançados na redução da pobreza, é possível identificar uma nova tendência, de aumento desta, ou seja, de redução da renda per capita da população, com o ingresso de pessoas na situação de pobreza e uma estagnação no índice de Gini. No país, embora tenha ocorrido a redução das desigualdades entre os diferentes grupos sociais, ainda é bastante evidente a existência das disparidades regionais", afirma o relatório.

Houve pequena redução na desigualdade entre brancos e negros, de acordo com o relatório. O IDHM da população branca recuou de 0,819 para 0,817, enquanto o da negra subiu de 0,728 para 0,732. Mesmo assim, o primeiro grupo continua ganhando quase duas vezes mais, em média: R$ 1.144,76 entre os brancos, ante R$ 580,79 entre os negros.

No recorte por sexo, caiu a renda média do trabalho tanto de homens (calculada em R$ 1.543,21) como de mulheres (R$ 1.165,59). A esperança de vida da população masculina era de 72,46 anos e da feminina, 79,56 anos.

Seis das 27 unidades da federação tiveram queda em 2017. Uma dessas quedas foi registrada no estado mais rico, São Paulo, que perdeu 0,005 e foi a 0,837. Mas as entidades lembram que "as disparidades interestaduais e regionais ainda são grandes, com o IDHM atingindo 0,850 no Distrito Federal e e 0,837 em São Paulo e 0,687 no Maranhão e 0,683 em Alagoas. 

"Espera-se que os resultados trazidos pelo Radar IDHM e pela análise de tendências deles decorrente estimulem o desenho e a implementação de políticas públicas que contribuam para gerar avanços na realidade social e econômica do país, com redução das desigualdades socioespaciais, de gênero e de raça, bem como a ampliação das oportunidades de inclusão social, visando ao desenvolvimento humano sustentável da população brasileira", afirmam as entidades no final do relatório, cujo conteúdo pode ser acessado aqui.

Fonte: Rede Brasil Atual

fim da política de valorização do salário mínimo, anunciada nesta segunda-feira (15) pelo governo Bolsonaro, é uma medida que penalizará principalmente os mais pobres, de acordo com análise do diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. "Acabou esse instrumento importante de elevação do poder de compra dos menores salários da economia brasileira", adverte, em comentário na Rádio Brasil Atual.

Com a descontinuidade dos reajustes anuais baseados na variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes e pela inflação do ano anterior, a remuneração básica para 2020 está prevista pelo governo em R$ 1.040. Na prática, Bolsonaro confirmou os ataques que já vinham sendo feitos à política de valorização.

Clemente lembra que sem a política implementada em 2004, hoje a remuneração poderia ser de R$ 573, um valor R$ 425 menor que os R$ 998 estabelecidos como o mínimo. "Esses R$ 425 de aumento colocam na economia R$ 265 bilhões ao ano", destaca. "É uma política fundamental para diminuir as desigualdades e essencial para que o mínimo, crescendo, se aproxime do valor do salário necessário calculado pelo Dieese, que hoje é de R$ 4.300", justifica o diretor técnico.

Fonte: Rede Brasil Atual

Dirigentes do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense estiveram na Praça Rui Barbosa na manhã desta terça-feira (16), no centro de Nova Iguaçu, recolhendo assinaturas contra a proposta apresentada de Reforma da Previdência, que somente prejudica os trabalhadores. O abaixo-assinado é iniciativa das principais centrais sindicais do país.

Foram montadas mesas para a coleta de assinaturas e, também, um palanque onde diretoras e diretores do Sindicato falaram sobre os malefícios e perdas que essa reforma representa. Também foi citada a importância de uma mobilização popular, no intuito de impedir a aprovação deste projeto.

O SindBaixada continuará a percorrer os municípios de sua base para recolher mais assinaturas, para tirar dúvidas e alertar bancários e população.


A economia nacional encontra-se diante de ciclo profundamente vicioso instalado a partir de 2015, com a mais grave crise do capitalismo brasileiro. Quatro anos depois, o Produto Interno Bruto (PIB) segue 5,1% inferior, sendo os investimentos menores em 23,4% e o consumo das famílias em 5,3%.

A reorientação imposta ao papel do Estado ajuda a entender a perversidade e a longevidade do ciclo vicioso na economia nacional. Isso porque um dos principais responsáveis pela acentuada baixa na Formação Bruta de Capital Fixo foi a brutal redução em 42,5% das despesas do governo federal com investimentos públicos, uma vez que a diminuição nas despesas de consumo na administração pública foi de 2%.

Assim, a economia persiste sem fontes de dinamismo, distante, portanto, de qualquer horizonte possível de recuperação no nível geral de atividades. Dos três grandes setores do sistema produtivo, somente o agropecuário fechou o ano de 2018 com nível de atividade 6,6% superior ao de 2014, enquanto o secundário situou-se 9,9% menor e o terciário em 3,6%.

A relação comercial com o exterior se mostrou positiva, embora a força das exportações tenha sido compensada pela queda nas importações. Entre os anos de 2014 e 2018, por exemplo, as importações decaíram 11,8% para a elevação de 15,5% nas exportações.

A situação geral desfavorável da economia nacional tem sido acompanhada por significativa regressão na estrutura produtiva nacional. Simultaneamente à sequência na queda relativa da presença da indústria na produção nacional, seguiu o processo de terciarização da produção estimulado intensamente pela força do inchamento nas atividades de serviços provocado por inúmeras estratégias de sobrevivência populacional que se reproduzem nas condições gerais de reprodução da pobreza.

Com isso, o país passou a substituir setores econômicos de maior expansão na produtividade pelos de rebaixados ganhos de produtividade. Considerando ainda a importante heterogeneidade instalada no interior do sistema produtivo, percebe-se o persistente aprofundamento nas diferenças de produtividade entre as firmas de excelência e as de contida produtividade, sobretudo no mesmo setor econômico.

Por consequência, evolui a troca regressiva dos melhores postos de trabalho, com mais alta remuneração por ocupações cada vez mais precarizadas. E, com isso, o rebaixamento das condições de vida e trabalho dos brasileiros.

Ademais da massificação do desemprego, a contaminação crescente da subutilização da força de trabalho numa economia estagnada. O resultado disso tem sido a ampliação no grau de polarização no interior do mercado de trabalho, com a queda acentuada dos postos de classe média assalariada e a difusão das ocupações precárias na base da pirâmide social.

Em paralelo, o avanço das posições de alta e média renda não assalariadas associada à proliferação de ocupações por conta própria, autônoma e consultores. Todas cada vez mais distantes do sistema de proteção social e trabalhista, bem como contribuintes do sistema público de aposentadoria e pensão.

A tendência da especialização produtiva segue cada vez mais forte. Dessa forma, a concentração na produção e exportação de bens primários (agronegócio), enquanto o país torna-se dependente das importações de produtos manufaturados. Exemplo disso ocorreu em 2018, quando o nível de produção estava 5,1% menor e a produção industrial quase 10% abaixo do ano de 2014, ao passo que o saldo comercial de produtos manufaturados foi 12,7% superior, o maior já registrado, diga-se de passagem, desde o ano 2000.

Em síntese, o Brasil regride rapidamente ao passado longínquo da República Velha (1889-1930), quando o padrão de consumo do “andar de cima” da sociedade encontrava-se totalmente descolado da estrutura produtiva do país, dependente da importação de mercadorias tecnologicamente avançadas a serem financiadas pela exportação de matérias primas animais e vegetais.

Para a parte restante da população restaria o regime da quase servidão e o subconsumo no mercado interno subutilizado, conforme parece ter sido impulsionado inicialmente por Temer e agora intensamente pelo governo Bolsonaro.

Marcio Pochmann

 
 

Na primeira negociação da mesa permanente após a reunião com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), buscou garantir oficialmente os assuntos abordados com o executivo.

Por isso, a contratação de empregados, a retirada da participação da Caixa no Conselho Curador do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) e o ataque da direção contra a imagem do banco público dominaram a pauta desta sexta-feira (12), em Brasília (DF).

A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) cobrou que a Caixa cumpra o compromisso, assumido pelo presidente do banco, de fazer novas contratações até atingir o teto estabelecido pelo SEST de 87 mil empregados. A posição dos representantes da Caixa foi de que não há nenhuma posição oficial sobre contratações e que o assunto ainda está em estudo, mas que havendo algo será trazido para ser acordado em mesa.

Para Dionísio Reis, coordenador da CEE, as medidas adotadas pela atual gestão contradizem com as declarações do presidente Pedro Guimarães de que defende o banco. “O presidente do banco assumiu o compromisso em reunião com a entidade representativa dos trabalhadores de fazer novas contratações, mas a informação que nos foi dada na mesa é de que estão sendo feitos estudos, mas não tem nada de concreto. Enquanto isso, nas unidades, a rotina é de sobrecarga de trabalho ”

Os empregados também protestaram contra a redução da participação dos trabalhadores no Conselho Curador do Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS) e a retirada da representação do banco nesta instância. Com uma faixa em defesa do fundo, os representantes dos empregados destacaram a falta de posicionamento da direção da Caixa sobre a medida. Na reunião, os representantes dos empregados voltaram a cobrar melhorias nas condições de trabalho dos tesoureiros, respeito a jornada de trabalho nas agências digitais e melhorias no Saúde Caixa.

A Caixa alegou que foi cumprida uma determinação do Ministério da Economia. “ O FGTS é o principal fundo de investimento do país, são mais de 500 bilhões e a Caixa que centralizou as contas a partir dos anos 1990, tornando-se agente operadora, não pode ser condizente com este desmando do governo, ameaçando um patrimônio que é o povo brasileiro”, avaliou o dirigente.

A Comissão também protestou contra exposição da imagem da empresa. Segundo os representantes dos trabalhadores, antes mesmo dos números do balanço terem sido divulgados oficialmente, a imprensa já divulgava informações, cogitando inclusive provisionamento que implicaria na redução do lucro do banco. “Isso foi uma manobra midiática, que fragiliza o banco. Cobramos mais uma vez transparência na gestão”, disse o coordenador da CEE. Os representantes lembram ainda a redução nos investimentos em marketing, que fortaleceram muito a imagem da empresa nos últimos anos. “Em 2018, a Caixa foi o banco brasileiro com o menor investimento em publicidade. “ Apesar disso o presidente alegou que estava gastando muito e cortou o investimento para 2019 desvalorizando a imagem do banco”

Intervalo 30 minutos

A Caixa anunciou que foi adiada do dia 15 para 22 de abril a implantação do intervalo de 30 minutos para os empregados com jornada de seis horas. A ampliação do descanso, que antes era de 15 minutos, foi uma conquista do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2020, com objetivo garantir a saúde dos trabalhadores. A CEE levou para mesa a reivindicação dos empregados de que o cumprimento do intervalo seja opcional.

Ficou definido que o tema voltará a ser debatido na próxima reunião, par avaliar o impacto da aplicação do intervalo e eventuais demandas dos trabalhadores.

Agências digitais

A principal reivindicação da CEE foi o respeito a jornada de trabalho dos gerentes gerais dessas unidades, que segundo denúncias encaminhadas aos sindicatos, chegam a trabalhar até 12 horas. A comissão cobrou o registro de ponto desses trabalhadores.

Em resposta a questionamentos sobre as condições de trabalho nas agências digitais, a Caixa informou que estão sendo cumpridas as normas previstas na NR 17.

SAÚDE CAIXA

Os representantes do banco se comprometeram a apresentar na próxima reunião do GT Saúde Caixa, que deve ocorrer em maio, os demonstrativos financeiros mais detalhados do plano de saúde. “É compromisso da Caixa que os comitês funcionarão por Gipes e Repes e servirão para ajudar os empregados nas demandas de atendimento não resolvidas. O compromisso é de que até o final da próxima semana o banco encaminhará a relação dos comitês de credenciamento e descredenciamento que estão instalados. Nossa reivindicação é que esses comitês sejam fortalecidos e nas regiões que não tiver que a Caixa providencie sua imediata instalação. Queremos taposentados”, explicou Dionísio Reis.

As condições de trabalho dos tesoureiros também foram ser debatidas na mesa de negociação permanente. Representantes dos empregados relataram vários problemas, entre eles a redução absurda do encaixa das unidades, meta de redução de carro forte, o desvio de função e penalização dos trabalhadores que descumprem normas relativas às suas atribuições por seguirem ordem da chefia. A Caixa se comprometeu a encaminhar aos gestores comunicado orientando que o normativo seja devidamente cumprido.

A comissão orienta os sindicatos a realizarem reuniões com os tesoureiros para debater propostas de melhorias das condições de trabalho, a serem encaminhadas à mesa de negociação.

A CEE/Caixa também protestou contra o descomissionamento dos gerentes de Atendimento e Negócios PJ.  Por conta do processo de verticalização, estes empregados que eram gerentes de Pessoa Jurídica, foram prejudicados. “Estão fazendo as mesmas atividades e ganhando menos”, denunciou o coordenador da comissão. “Agora, o requinte de crueldade do banco é abrir PSI para as funções que foram retiradas naquela restruturação” complementou.

Cobrada sobre o fim da dotação de orçamentária de horas extras e do impedimento de empregados de agências ditas não doadoras participarem dos Processos Seletivos Internos (PSIs), a Caixa informou que as duas medidas serão mantidas.

“Os empregados devem se manter mobilizados em defesa da Caixa 100% publicar e por melhores condições de trabalho e prontos para fazer um Conecef de muita luta”, finalizou Dionísio, ao se referir ao 35º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), que será realizado em 15 e 16 de junho em SP.

Fonte: Contraf-CUT

Se o sistema de capitalização para aposentadorias for aprovado, como desejam o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro da Economia, Paulo Guedes, os trabalhadores vão enfrentar a velhice na mais completa miséria, avalia o presidente da CUT, Vagner Freitas. Ele considera a medida como uma das mais perversas entre as previstas no projeto de "reforma" da Previdência enviado ao Congresso.

“A capitalização significa acabar com o atual modelo solidário e de repartição, que garante aos brasileiros o direito à aposentadoria no final da vida, para jogar o futuro dos trabalhadores nas mãos dos bancos. Isso não podemos permitir”, diz Vagner, em reportagem da jornalista Tatiana Melim, publicada no portal da central.

O modelo de capitalização funciona como uma espécie de poupança pessoal de cada trabalhador, que tem de depositar todos os meses um percentual do seu salário em uma conta individual para conseguir se aposentar. A conta é administrada por bancos, que cobram taxas de administração e ainda podem utilizar parte do dinheiro para especular no mercado financeiro.

No Brasil, o atual modelo de Previdência é chamado de repartição, ou seja, quem está no mercado de trabalho contribui mensalmente ao INSS e garante o pagamento dos benefícios de quem já se aposentou. E todos contribuem: trabalhador, patrão e governo. Já no modelo de capitalização não existe a contribuição do empregador e nem a do Estado.

Para o presidente da CUT, se já não é fácil se aposentar com as regras atuais, que garantem a contribuição do trabalhador, do governo e da empresa, será praticamente impossível conseguir fazer uma poupança sozinho, ainda mais com as regras perversas do sistema financeiro que usa o dinheiro do trabalhador para especular.

“Imagina o trabalhador que precisa se virar em um mercado de trabalho informal e desregulamentado pela reforma Trabalhista, com empregos precários e longos períodos de desemprego. Como ele conseguirá fazer uma poupança se falta dinheiro no final do mês?”, questiona Vagner.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O economista Eduardo Moreira avisa: você vai ser absolutamente prejudicado se for aprovada a reforma da Previdência 2019, do governo Jair Bolsonaro.

"Trabalhador apoiar essa reforma é como a barata apoiar o chinelo", afirma. "E o único motivo que o trabalhador poderia imaginar para apoiar, é pensar que se a economia melhorar vão contratar mais pessoas e talvez consiga emprego. Mas nem isso vai acontecer."

Assista ao vídeo https://www.facebook.com/joaopereiragarcia/videos/vb.100004620361476/1185310808299587/?type=2&video_source=user_video_tab

 Ex-sócio do banco Pactual, Moreira entende bem os meandros que alimentam o sistema financeiro no Brasil e avisa: o R$ 1 trilhão que o governo afirma querer economizar via reforma da Previdência vai parar na mão de meia dúzia de banqueiros e grandes investidores que são os detentos da dívida pública brasileira que hoje está em mais de R$ 5 trilhões. 

"Esse dinheiro vai para o pagamento de juros. Hoje, o dinheiro que é pago pela Previdência para os beneficiários, volta para a economia imediatamente. As pessoas gastam o que ganham. Quase 4 mil municípios no Brasil têm a economia girando em função dos benefícios da Previdência", afirma. "Querem deixar de pagar essas pessoas para pagar juros e esse dinheiro vai pra parcela mais rica da população e vira poupança. Deixa de ser fluxo, vira estoque e faz parar a economia brasileira. Você vai ganhar menos e vai ter menos emprego."

 

Fonte: Rede Brasil Atual