Maio 20, 2025
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Com 17 votos a favor e 9 contrários, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou  no início da tarde desta terça-feira (1º) o parecer do relator, Tasso Jereissati (PSDB-CE), sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, de “reforma” da Previdência. Não houve abstenções. Depois da votação das emendas, o texto seguirá para o plenário, o que deve ocorrer ainda hoje.

Em declarações antes da sessão, Tasso enfatizou o esforço para garantir a aprovação do texto de forma a evitar retorno da PEC para a Câmara. A proposta precisa passar em dois turnos no plenário – são necessários dois terços dos votos, 49 dos 81 senadores.

Para agilizar a tramitação, uma PEC “paralela” (133/2019) traz alterações, como inclusão de servidores de estados e municípios, item que foi objeto de divergência na Câmara. Essa PEC também será relatada por Tasso.

Paulo Paim (PT-RS) chegou a apresentar um voto em separado, com mudanças mais profundas, que poderiam obrigar o retorno da PEC à Câmara. Mas esse “relatório alternativo” nem chegou a ser avaliado.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O que deveria ser celebração corre o risco de se tornar uma data simbólica do ataque a direitos dos aposentados. Nesta terça-feira (1º), Dia Internacional do Idoso, devem ser votadas no Senado as propostas de emenda à Constituição (PEC 6/2019 e PEC 133/2019), que tratam da reforma da Previdência, projeto que reconhecidamente ataca o direito à aposentadoria dos trabalhadores.

Esse fato foi lamentado hoje (30) pelo senador Paulo Paim (PT-RS), durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado. “Exatamente amanhã está prevista na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e provavelmente aqui no plenário, a votação da reforma da Previdência. Previdência está ligada diretamente ao idoso, porque quem não é idoso, sonha em ser um dia e quer ter o direito a envelhecer com qualidade de vida. Consequentemente, eles estão olhando, todos eu diria, à medida que vamos envelhecendo, para uma aposentadoria adequada, que permita a todos, na reta final da viagem que todos nós vamos fazer um dia, fazê-la com muito equilíbrio e, repito, com muita qualidade de vida. Todo mundo sonha com isso”, afirmou.

“Não é o envelhecimento da população que vai trazer o caos à Previdência, mas, sim, a ineficiência do sistema, a má gestão, o desvio das verbas da seguridade, apropriação indébita, sonegação. Será que há motivos para os idosos celebrarem o dia de amanhã? Creio que não. E, muito pior, se o resultado for a aprovação da reforma”, disse o senador.

A proposta principal da reforma (PEC 6/2019) aguarda a votação de emendas de plenário na CCJ. Se houver mudanças no Senado, o texto deverá voltar à Câmara dos Deputados. Para evitar o retorno da matéria, no entanto, um grupo de senadores apresentou uma PEC paralela (PEC 133/2019), que reúne pontos não incluídos na proposta original. Crítico da medida, Paim defende o aprofundamento da discussão, já que alterações na Previdência interferem na vida de todos os brasileiros.

Paim e a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) já declararam que vão tentar aprovar destaques ao texto durante a discussão no plenário. Entre os pontos que podem sofrer destaques estão as restrições ao abono salarial, benefício atualmente pago a quem ganha menos de dois salários mínimos (R$ 1.996) e tem pelo menos cinco anos de cadastro no PIS ou no Pasep. O texto da reforma assegura esse direito apenas a quem tiver renda mensal igual ou menor que R$ 1.364,43.

O corte no PIS/Pasep atingiria em cheio os trabalhadores. Conforme a RBA mostrou em fevereiro deste ano, essa mudança vai significar prejuízo para 23,4 milhões de trabalhadores, que devem perder o benefício anual. Ao promover essa mudança, o governo elimina o abono para 91,5% do total de pessoas que podem recebê-lo.

Críticas à PEC paralela

Para o advogado Diego Cherulli, que participou do debate de hoje na CDH, a PEC paralela é inconstitucional e resultará em aumento das judicializações. Ele classificou o projeto de “o maior engodo jurídico do país” e considerou o texto um “atestado de incompetência” assinado pelo Senado. Para Cherulli, trata-se de uma tentativa de os parlamentares corrigirem a proposta original a qualquer custo.

“O Senado está falando: ‘A PEC 6 está errada, mas, mesmo assim, eu vou aprovar e mandar uma proposta paralela para consertar o erro que eu estou aprovando’. Isso aqui não é saco de pão para ficar escrevendo poesia, minha gente. É a Constituição Federal, e os senadores têm que acordar para isso”, alertou.

Para a coordenadora-geral da Auditoria Cidadã da Dívida Pública, Maria Lúcia Fattorelli, a PEC paralela traz insegurança jurídica flagrante, acabando com todos os direitos dos servidores públicos. Ela disse que os trabalhadores não atentaram para os prejuízos do texto. Ao declarar que são falsos os dados do Executivo para justificar a nova Previdência, a debatedora criticou as negociações para que o Congresso agilize a votação da matéria. “Qual é o preço desse Senado para aprovar essa reforma? Que absurdo destruir a seguridade social em troca de um dinheirinho de emendas. Não podemos aceitar isso.”

*Com informações da Agência Senado

Fonte: Rede Brasil Atual

Realizada na última terça-feira (24), em Brasília (DF), a reunião da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa analisou a atual conjuntura política do país e definiu um calendário de lutas contra o desmonte da empresa pública e contra a retirada de direitos dos trabalhadores da instituição.

“O atual momento político em que o país se encontra favorece o aprofundamento de medidas que visam o desmonte da empresa e no cerne da manutenção de todos os nossos direitos está a defesa da Caixa 100% pública. Por outro lado, os privatistas que se colocam na direção das estatais brasileiras tem como etapa no processo de privatização o corte de custos, e a consequente retirada de direitos como os planos de saúde e fundos de pensão. Por isso, a luta do movimento dos empregados deve se intensificar, com a participação e engajamento no calendário de lutas”, ressaltou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis.

Na ocasião foi debatido os ataques na área da Saúde e no ‘Saúde Caixa’, na Previdência e na Funcef e os acelerados desmontes programados para a Caixa e para privatização dos bancos públicos. Segue a definição do calendário de luta.

Calendário de luta

  • 4 de outubro – Dia Nacional em Defesa dos Bancos Públicos.
  • 15 de outubro – Ato Nacional pela Soberania Nacional em São Paulo.
  • 16 de outubro – Lançamento da Cartilha sobre Gestão pelo terror na Caixa, Assédio moral, o descomissionamento arbitrário, o GDP e o Revalida.
  • 18 e 19 de outubro – Começa o pagamento das contas ativas e inativas para quem não tem conta na Caixa. Distribuição de material que destaca a importância do FGTS e de sua gestão ser centralizada na Caixa.
  • Dia 22 de outubro – Ato em defesa da Caixa 100% Pública com ênfase na defesa das loterias.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Brasil assiste a explosão da desigualdade de renda, jamais identificada desde o ano de 1960, quando o IBGE passou a captar informações acerca do rendimento da população nos censos demográficos. O novo padrão de concentração da renda que emerge dos governos da segunda metade da década de 2010 transcorre de forma inédita, pois combina o decréscimo econômico com a desestruturação do mundo do trabalho e a elevação acelerada da pobreza.

Entre os dois golpes de Estado de 1964 e 2016 que comprometeram o regime democrático no país, encontram-se três distintos padrões de elevação da desigualdade da renda registrada pelo IBGE e medido pelo Índice de Gini (desigualdade variando de 0 a 1, sendo 1 a desigualdade extrema e zero ausência de desigualdade na distribuição pessoal dos rendimentos). Todos os três padrões possuem características próprias, conforme demonstrado a seguir.

No primeiro padrão registrado durante a ditadura civil-militar houve rápido crescimento econômico aliado à expansão significativa do emprego formal e à queda acelerada na taxa de pobreza. Apesar disso, o índice de Gini cresceu em média 0,8% cano ano entre 1960 e 1980, passando de 0,50 para 0,59.

Nesse mesmo período de tempo, a economia nacional cresceu ao ritmo médio de 7,1% ao ano e o PIB per capita em 4,3%, enquanto o emprego formal subiu 8,6% ao ano e a taxa de pobreza caiu 2,2% ao ano, em média. A taxa de inflação média anual registrada entre 1960 e 1980 foi de 40,7%.

Trabalho sem carteira cresce e bate recorde

No segundo padrão de elevação na desigualdade de renda, transcorrido durante a transição da ditadura para a democracia, destacaram-se a drástica crise da dívida externa, a desorganização das finanças públicas e a aceleração inflacionária. Entre 1979 e 1989, por exemplo, o índice Gini aumentou 0,9% como média anual, saltando de 0,58 para 0,64, respectivamente.

Em 15 anos de superinflação (1979-1994), o patamar médio de aumento anual no custo de vida foi de 734,4%, ou seja, 18 vezes superior ao vigente anteriormente (de 1960 a 1980). Durante esse mesmo período, a economia nacional registrou desaceleração com variação média de apenas 2,3% ao ano e de 0,9% ao ano no PIB per capita, que indicou praticamente uma fase de semi-estagnação da renda por habitante.

Ao mesmo tempo, a taxa de pobreza aumentou 1,1% como média anual e o emprego formal manteve-se relativamente estabilizado. Em compensação o desemprego aberto cresceu substancialmente durante a fase de superinflação.

Baixa criação de emprego formal vem marcada por renda menor

Por fim, o terceiro padrão de elevação na desigualdade de renda que se apresentou explosivo desde 2015, com elevação média anual de 6,1% no índice de Gini que pulou de 0,49, em 2014, para 0,63, em 2019. Nesse período em referência, a economia decresceu 0,8% como média anual e o PIB per capita acompanhou a queda média de 1,5% ao ano.

Em sequência, a taxa de pobreza cresceu ao ritmo de 10,4% como média anual, enquanto a taxa de desemprego aumentou 20,1% ao ano, na média dos anos de 2015 a 2019. Para esse mesmo período de tempo, o emprego formal decaiu 1,6% como média ao ano, enquanto a taxa média de inflação foi decadente, pois passou de 6,4%, em 2014, para 3,4% esperado para o ano de 2019.

Em síntese, o governo Bolsonaro conduz o Brasil no momento de crescimento espalhafatoso na elevação da desigualdade de renda. Diferentemente dos anos da ditadura militar e da transição para democracia, quando o aumento no índice de Gini variou entre 0,8% e 0,9% como media anual, o crescimento da desigualdade atual tem sido de 6,1% ao ano, em média, ou seja, quase sete vezes mais rápido que nos dois padrões anteriores.

Do golpe ao caos: as perdas do país no emprego, nos direitos, na soberania


Depois da cobrança da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e do Comando Nacional dos Bancários, a Caixa Econômica Federal declarou, na tarde desta quinta-feira (26), que irá liberar o acesso dos empregados para responderem ao questionário do 3º Censo da Diversidade Bancária.

De acordo com a direção do banco, a atualização do arquivo com a base de empregados já foi atualizada e enviada à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A expectativa, segundo eles, é que o acesso seja liberado nesta sexta-feira (27) ou na segunda-feira (30).

“É uma vitória dos empregados, pois o Censo é uma conquista da categoria. Cada trabalhador é peça fundamental nesse processo que vai culminar na criação de políticas de diversidade”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis. “Agora, vamos cobrar da Fenaban a prorrogação do Censo para que todos os empregados consigam participar”, completou.

Igualdade de oportunidades

O levantamento visa traçar o perfil da categoria bancária por gênero, orientação sexual, raça e pessoas com deficiência (PCDs) com o objetivo de analisar as políticas de inclusão dos bancos e promover a igualdade de oportunidades no setor bancário.

O 3º Censo da Diversidade é uma das conquistas da categoria na Mesa de Negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os levantamentos anteriores foram realizados em 2008 e 2014.

Fonte: Contraf-CUT

Os funcionários do Banco do Brasil realizam, no próximo sábado (28), um encontro nacional de saúde para discutir sobre a situação da Caixa de Assistência (Cassi) e os sistemas de saúde privado e em autogestão. O encontro será realizado na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“A Cassi é muito mais do que um plano de saúde. Ela traz benefícios aos funcionários, mas também ao banco. Os funcionários precisam conhecer e debater sobre a atual situação e se mobilizar para manter essa conquista histórica”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Calendário de atividades

A atividade faz parte do calendário em defesa da Cassi, definido durante o 30º Congresso Nacional dos Funcionários do BB, ocorrido nos dias 1 e 2 de agosto, em São Paulo.

Reuniões específicas nos locais de trabalho, plenárias e encontros estaduais/regionais foram realizados durante todo o mês de setembro. O objetivo foi o de mostrar aos funcionários do banco e, principalmente, para os associados, o que está acontecendo com a Cassi, que está sob intervenção da ANS, aumentando os valores de coparticipação e em risco iminente de ser liquidada.

Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do BB

28 de setembro de 2019
Programação:
9h às 13h
– Abertura CEBB
– Painel 1: Auto-Gestão e atenção primária de saúde
Palestrantes:

  • Gonzalo Vecina
  • Carlos Célio – GEAP
  • Vera Marchioni – Cabesp
  • Representante do Saúde Caixa

13h – Intervalo Almoço

14h – 16h
– Painel 2: Desafios da autogestão com atual cenário político
Palestrantes:

  • Anderson Mendes – Presidente da Unidas
  • José Luiz Toro da Silva – Assessoria Jurídica Unidas
  • Erica Kokay – deputada federal (PT/DF)

16h – 18h
– Painel 3 – Histórico e situação atual da Cassi
Palestrante:

  • Wagner Nascimento

 

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal é o único banco que compõe a mesa única de negociações entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários que não aderiu ao 3º Censo da Diversidade. O levantamento visa traçar o perfil da categoria bancária por gênero, orientação sexual, raça e pessoas com deficiência (PCDs) com o objetivo de analisar as políticas de inclusão dos bancos e promover a igualdade de oportunidades no setor bancário.

Os empregados da Caixa não tiveram suas senhas de acesso liberadas. Portanto, não conseguem responder. “A verdade é que a Caixa está descumprindo o que foi acordado na mesa de negociações. Ela concordou em participar do censo e agora nega a possibilidade de seus empregados responderem ao questionário”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) Caixa, Dionísio Reis.

O Censo da Diversidade é uma conquista da luta da categoria bancária por igualdade de oportunidades e por respeito dentro dos bancos. Nesse sentido é fundamental que os bancários e bancárias de todas as instituições financeiras participem, respondam ao questionário. “A participação do maior número possível de bancários é importante para aumentar a precisão dos dados sobre a realidade nos bancos e, assim, definir estratégias que fomentem a diversidade nos locais de trabalho. Lamentamos que a Caixa tenha adotado essa postura antidemocrática que vai na contramão da maioria dos bancos”, destacou a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim.

A pesquisa é uma das conquistas da categoria na Mesa de Negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Realizado nos anos de 2008 e 2014, o Censo fornece resultados que refletem a realidade do setor bancário e possibilitam a criação de estratégias de inclusão e promoção da diversidade no ambiente de trabalho. “A intransigência da direção da Caixa em diversos pontos é absurda. O banco mostra total desrespeito com as questões negociadas. Mesmo que a Caixa tenha diversas políticas de diversidade, não participar do Censo da Diversidade é uma insensibilidade”, afirmou Dionísio.

Fonte: Contraf-CUT

Debater a necessidade urgente do estabelecimento, de uma política de prevenção de adoecimento físico e mental na Caixa Econômica Federal é um dos objetivos do 1º Seminário sobre Saúde Mental dos Trabalhadores da Caixa. Realizado pela Fenae, nesta quarta-feira (25), em Brasília (DF), o evento reúne empregados do banco, representantes de sindicatos, Apcefs, do Conselho de Usuários do Saúde Caixa e do GT Saúde do Trabalhador.
Sujeitos a sobrecarga e a um modelo de gestão que estimula a pressão por produtividade e o assédio moral, transtornos psicológicos e emocionais se tornaram problemas cada vez mais comuns entre os trabalhadores.
Na abertura do seminário, o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, defendeu que a saúde do trabalhador tem que ser uma pauta perene do movimento sindical e associativo. “Precisamos envolver todas as entidades e representações dos trabalhadores, para juntos construirmos ferramentas para combater esse grave problema. Essa luta tem de ser de todos nós”, reforçou o dirigente.
Na Caixa, conforme Jair Ferreira, o modelo de gestão propicia o adoecimento da categoria. Redução do número de empregados, reestruturação e metas abusivas são apontados como alguns dos fatores que precarizam as condições de trabalho. “Em 2014, tínhamos 4 mil agências e 101 mil empregados concursados. O volume de trabalho aumentou de lá pra cá e nós perdemos 19 mil vagas de trabalho. O risco de privatização é outro problema que afeta os trabalhadores. É preciso mudar esta política de gestão da direção da Caixa, que não respeita os trabalhadores e deixam as pessoas doentes”, disse o presidente da Fenae.
O presidente do Conselho Deliberativo Nacional (CDN) da Fenae, Paulo Moretti, lembrou que o adoecimento afeta não só os trabalhadores que estão atuando na Caixa, mas também os aposentados. “As condições do trabalhador que está nas unidades e dos aposentados são cada vez mais preocupantes. Estão sofrendo com problemas de saúde mental”.
Para diretora de Relações do Trabalho da Fenae, Rita Lima, a realização do seminário revela o compromisso da entidade com a defesa da saúde e sobretudo a qualidade de vida dos trabalhadores da Caixa. “Temos assistido quase a uma epidemia de transtornos e adoecimentos na empresa”, alertou.
Fabiana Uehara, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), na Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), disse que o debate é fundamental para gerar subsídios visando a mobilização dos trabalhadores e das entidades sindicais contra a precarização das condições de trabalho, o assédio moral e outras formas de pressão sobre os empregados.


Pesquisa


Os números apontados por uma pesquisa, encomendada pela Fenae em 2018, confirmam o que o movimento dos trabalhadores já denunciava, que era o aumento dos transtornos psíquicos e outros graves problemas de saúde entre os empregados da Caixa.
Os dados do estudo foram apresentados pela diretora de Saúde e Previdência da Fenae, Fabiana Matheus, durante o seminário. Conforme ela, um em cada três empregados da Caixa, ouvidos no período de 2 a 30 de maio, diz ter apresentado algum problema de saúde em decorrência do trabalho.
Entre os que tiveram algum problema, 10,6% relataram depressão. Doenças causadas por estresse e doenças psicológicas representam 60,5% dos casos. Entre os que tiveram problemas, 53% precisaram recorrer a algum medicamento. Os remédios mais usados foram os antidepressivos e ansiolíticos (35,3%), anti-inflamatórios (14,3%) e analgésicos (7,6%).
“Isso revela o quanto o modelo de gestão do banco, a sobrecarga de trabalho e a ausência de uma política de saúde do trabalhador estão prejudicando a vida de milhares de pessoas e provocando um verdadeiro quadro de adoecimento crônico na categoria”, ressaltou Fabiana Matheus. A diretora de Saúde e Previdência da Fenae informou que um novo estudo deve ser realizado em novembro para avaliar a saúde dos trabalhadores da Caixa.


Debate


Painéis sobre saúde do trabalhador e assédio moral marcaram o início dos debates no I Seminário Saúde Mental dos Trabalhadores da Caixa. A pesquisadora no campo da saúde do trabalhador, Cristiane Queiroz, fez um panorama sobre a organização do trabalho e como ela tem interferido na vida dos indivíduos.
Segundo ela, o foco da Saúde no Trabalho deve estar direcionado dentre outros objetivos na manutenção e promoção da saúde dos trabalhadores e de sua capacidade de trabalho, e o melhoramento das condições de trabalho, para que elas sejam compatíveis com a saúde e a segurança. “Precisamos falar sobre adoecimento e priorizar na pauta a questão da saúde do trabalhador”.
O professor da Universidade de São Carlos (UFScar), Eduardo Pinto e Silva, falou sobre assédio moral e as “novas” ferramentas de gestão do trabalho. Segundo ele, o processo de precarização do trabalho atinge todas as categorias profissionais.
“Estão estraçalhando com a subjetividade do trabalhador. É preciso dar um basta a essa demolição da criatividade do trabalho”, argumentou. Eduardo Pinto disse que o assédio moral precisa ser visto como fenômeno social e organizacional e que está institucionalizado no modelo de gestão das empresas que precisa ser revisto.

Fonte: Contraf-CUT

Começa nesta quarta (25), o 1º Seminário sobre Saúde Mental dos empregados da Caixa. O evento em Brasília vai debater sobre saúde do trabalhador, assédio moral e suicídio na categoria bancária.

Na ocasião, a pós-doutora, psicóloga e professora da UnB, Ana Magnólia Mendes, vai apresentar projeto de prevenção ao adoecimento mental na Caixa.  O projeto faz parte das ações da campanha “Não Sofra Sozinho”, iniciativa para conscientizar e alertar para os altos índices de suicídio e adoecimento mental dos trabalhadores da Caixa. Além de incentivar a prevenção, a campanha também busca despertar a solidariedade e fomentar o debate acerca do tema.

Para professora Ana Magnolia Mendes e a pesquisadora Fernanda Sousa Duarte, o sofrimento se acumula e depois se manifesta no adoecimento físico ou psíquico, provocando diversos transtornos inclusive depressão, que pode levar ao suicídio, considerado uma das patologias mais radicais do atual mundo do trabalho.

Leia a entrevista completa com as duas especialistas para entender as causas do adoecimento em massa dos trabalhadores e sua íntima relação com o discurso capitalista colonial e modelo de gestão.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco do Brasil firmou um memorando de entendimentos com o banco suíço UBS para prestar serviços de banco de investimento e de corretora de valores no segmento institucional no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.

Os termos e condições definitivos a serem estabelecidos no Acordo de Associação estabelecem que o UBS será acionista majoritário (50,01%) da parceria e terá acesso à base de relacionamento do BB, segundo texto publicado no site Infomoney.

“Já vimos isso antes. Uma parceria entre o Banco do Brasil e o Deutsche Bank acabou em um prejuízo de R$ 200 milhões para o banco brasileiro”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, lembrando do MaxBlue, um dos maiores fiascos do mercado financeiro no país.

Criada em 2001, durante o governo FHC, em menos de dois anos o MaxBlue gerou prejuízos de R$ 200 milhões para o BB. Em pouco mais de um ano presente no país, a “boutique de investimentos” tinha conseguido apenas 7.000 clientes, número muito abaixo dos 20 mil a 30 mil esperados para os primeiros 12 meses de operação. O ambicioso plano de ampliar a atuação para outros países começou a afundar dias depois de receber o milionário investimento do BB. O BB teve que assumir o prejuízo depois que o Deutsche desistiu do projeto.

“O Banco do Brasil tem 100% das ações do Banco de Investimento e quer vender mais de 50% ao UBS. Essa é uma maneira de fugir da lei de licitações. É o mesmo processo já realizado com outras subsidiárias do BB, como a Brasilprev, por exemplo”, informou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Para Fukunaga, o UBS vai ganhar de graça o imenso canal de distribuição do BB, com 4.700 agências, 90 mil funcionários e 36 milhões de clientes. “O Banco do Brasil não ganha nada com esta parceria, apenas divide o lucro de sua subsidiária com um sócio ‘estratégico’. Mais do que privatização, é a entrega de um patrimônio construído pelo banco a um sócio que, a meu ver, não tem nada a acrescentar, pois o banco já possui expertise suficiente para continuar atuando de modo autônomo neste mercado”, observou.

A concretização da parceria depende da finalização das negociações entre as partes, da formalização de eventuais instrumentos vinculantes, bem como de aprovações internas e de todos os órgãos e instâncias competentes.

Fonte: Contraf-CUT