Julho 08, 2025
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Uma multidão foi às ruas de Brasília, nesta quarta-feira (30), para protestar contra a política econômica do governo de Jair Bolsonaro (PSL). Com cartazes e palavras de ordem, num ato pacífico, trabalhadores de bancos públicos e empresas públicas se somaram à movimentos sociais para dar o recado: Não mexam nos bancos públicos e nas empresas públicas!

Crédito: Augusto Coelho/Fenae

Durante a manifestação, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, enfatizou a importância da luta em defesa do patrimônio público. “Hoje fizemos o Dia Nacional de Mobilização e Luta contra a política do ministro da Economia, Paulo Guedes, que está entregando as estatais, desmontando o serviço público, como a educação e a saúde. Estamos lutando para reverter esse quadro e, nós, os bancários de todo o Brasil, estamos aqui porque sabemos a importância de fazer essa luta em defesa do patrimônio brasileiro”, disse.

Juvandia alertou ainda sobre a situação de grande parte dos trabalhadores e trabalhadoras no país. “O Brasil possui mais de 12 milhões de desempregados e tem quase 28 milhões de pessoas que estão em subemprego, no desalento, precarizados. Não podemos permitir que entreguem as estatais, tudo isso vai causar prejuízo para população brasileira. Por isso, queremos emprego e renda”, reafirmou a presidenta da Contraf-CUT.

De acordo com o presidente da CUT Nacional, Sérgio Nobre, o governo desrespeita a população quando propõe a privatização das empresas públicas e dos bancos públicos. “As estatais brasileiras são patrimônio do povo e instrumentos de desenvolvimento do nosso país e nós não podemos permitir que, de maneira nenhuma, eles vendam as estatais”, disse.

Em um país como o Brasil, onde a iniciativa privada e as empresas multinacionais não fazem investimentos, a única possibilidade de o país crescer é com investimento do Estado, do BNDES, das empresas estatais que eles querem destruir, explicou o presidente da CUT.

Para a deputada federal Erika Kokay, que é bancária, “o país pensado por Jair Bolsonaro é um país onde não cabe o povo brasileiro. O povo está excluído do orçamento e de qualquer tipo de programa e de desenvolvimento nacional. Esse país é um país que entrega as nossas riquezas para outros países, abre mão dos seus instrumentos estratégicos, como os bancos públicos, a energia e o petróleo”, afirmou.

Erika reafirmou a importância da resistência na luta em defesa da soberania nacional. “Esse país vai ter a nossa resistência porque entendemos que o Brasil se faz Brasil e respeita o seu povo com as empresas públicas fundamentais para o seu desenvolvimento. Não pode ser um paraíso do capitalismo financeiro. O Brasil tem que ser o paraíso para o seu povo.  Por isso não toque nos bancos públicos, nas empresas públicas”, disse.

A presidenta do PT e deputada Federal, Gleisi Hoffmann, acrescentou que este governo vem atacando vários pontos da Constituição Federal e reforçou a importância das estatais para o desenvolvimento do país e para os brasileiros e brasileiras que precisam de acesso garantido à saúde e educação gratuitas e de qualidade, a saneamento básico e todos os serviços públicos que o estado tem obrigação de oferecer. Para ela, é muito importante fazer o diálogo com o povo mostrando de onde vêm os recursos para investir nessas áreas e trazer mais gente para a luta.

“Nós temos a obrigação de conversar com o povo brasileiro e esclarecer que quando lutamos contra privatização não é só pelo salário e, sim, pela democratização da informação, acesso ao sistema financeiro diferenciado e pela inclusão de todos e todas”, afirmou.

Carta aberta ao povo brasileiro

Durante o ato foi distribuída uma carta à população explicando os motivos desta mobilização. Confira a íntegra da nota abaixo.

CARTA ABERTA AO POVO BRASILEIRO

Nós, brasileiros e brasileiras, trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, mulheres, jovens, negros e negras, construtores e construtoras do movimento sindical e das lutas populares do nosso país, nos mobilizamos nesta quarta-feira, 30 de outubro de 2019, nas ruas da capital federal, para manifestar nossa indignação com o governo Jair Bolsonaro e sua política econômica que agrava a crise econômica, não gera empregos, ataca nossos direitos sociais e a soberania do nosso país.

As ações e as reações do governo – e a falta delas – só fazem piorar a situação do povo brasileiro. A economia não cresce. Os desempregados já são 12,6 milhões. Somando desempregados, trabalhadores desalentados e aqueles que só conseguem trabalhos com jornadas parciais, o Brasil tem hoje 27,8 milhões de trabalhadores subutilizados.

A desigualdade social só aumenta. O 1% mais rico do país, que são 2,1 milhões de pessoas, ganham 34 vezes mais do que os 104 milhões de brasileiros que compõem a metade mais pobre da população. Os rendimentos dessa parcela mais rica cresceram 8%, enquanto o dos mais pobres caiu 3%. De toda a renda do Brasil, 40% estão nas mãos de apenas 10% da população, dados que revelam recordes históricos de desigualdade.

Temos um governo que assiste e promove a destruição do país. O ano iniciou com mais um crime da Vale, matando 251 trabalhadores em Brumadinho e vemos, até agora, a inércia do Estado na responsabilização e punição dos envolvidos. Assistimos, depois, a escalada criminosa das queimadas na Amazônia e, agora, o óleo que mancha e polui o litoral do Nordeste sem que o presidente Bolsonaro se digne sequer a visitar a área. É sempre o lucro acima da vida.

Não podemos mais aceitar que o povo trabalhador seja tratado como responsável por essa crise, como querem Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes. Para eles, a “solução” é tudo para os ricos e patrões e a destruição, o corte e a comercialização dos direitos da maioria do povo. Assim foi com a reforma da Previdência, com os cortes na educação, o congelamento dos investimentos sociais e as propostas de reforma administrativa, tributária e de mais cortes nos direitos dos trabalhadores.

Fonte: Contraf-CUT

Os trabalhadores do Itaú saíram otimista da reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde, realizada na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo, nesta quarta-feira (30).

A direção do banco se comprometeu a ter como prioridade as reivindicações apresentadas pelo movimento sindical, desde 2016. “Quando nós convencionamos as cláusulas de antecipação salarial e a do salário emergencial é justamente para que esse trabalhador consiga pagar seus compromissos num momento de dificuldade de saúde. Não faz o menor sentido gerar uma dificuldade financeira para ele, depois de um período tão difícil”, explicou Carlos Damarindo, coordenador do GT de Saúde do Itaú.

Quanto ao endividamento do trabalhador afastado depois do retorno, o banco se comprometeu a analisar uma fórmula que não permita que o holerite fique zerado até quitar a dívida, como acontece atualmente.

Outro ponto importante é a o descritivo dos descontos nos holerites, que confunde muito o trabalhador. O Itaú buscará, via sistema, uma solução. O banco reconheceu ainda que há problemas no processo desde o primeiro dia de afastamento, para entrega de documentos, até o fechamento da folha de pagamentos e isso contribui para que os valores sejam confusos. Para a próxima reunião, marcada para a segunda semana de dezembro, o banco ficou de fazer uma apresentação do novo programa de readaptação do trabalhador.

 

Fonte: Contraf-CUT

A segunda mesa de debates do seminário “O Brasil é nosso – Em defesa dos bancos públicos e da soberania nacional”, realizado nesta terça-feira (29), no teatro do Sindicato dos Bancários de Brasília, trouxe a visão de economistas e representantes de movimentos sociais sobre a importância dos bancos públicos e das políticas operacionalizadas por eles.

“Temos que ocupar as ruas e debater com a população sobre os efeitos nefastos que esta política neoliberal está causando à população brasileira”, disse o secretário de Finanças da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidente da Federação Nacional das Associações de Empregados da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto.

O dirigente também lembrou que, durante quase 14 anos, o Brasil viveu um período em que as políticas públicas eram voltadas para a inclusão social, para as regiões mais carentes. “E agora, em tão pouco tempo, vemos a destruição de sonhos que construímos. Mas, precisamos resgatar nossos sonhos e voltar a ter utopia. A utopia e os sonhos geram esperança. Por isso, vamos lutar, ocupar as ruas, voltar a construir sonhos e resgatar a democracia em nosso país”, completou.

Importância histórica

O professor de economia e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, ressaltou a importância dos bancos públicos em vários ciclos da história do Brasil. “Se olharmos para traz na história mais recente, vamos ver que os bancos públicos foram fundamentais no ciclo econômico de 1955 a 1959, nas primeiras hidrelétricas, rodovias e industrias”, disse.

Ele afirmou ainda que, posteriormente, tiveram um papel muito importante, em 1973, na expansão da habitação social, em energia, em infraestrutura, em indústria pesada, em telecomunicações e na pretroquímica. “O desenvolvimento do país, especialmente em infraestrutura interna, requer financiamento do governo e requer, portanto, que o Brasil tenha capacidade de transformar as bases da soberania nacional”, destacou.

Lógica do mercado

O economista chefe do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Luiz Alberto Esteves, observou ainda que o sistema financeiro funciona com a lógica de mercado. “O Banco do Nordeste é ineficiente na lógica do mercado, por fazer exatamente ao contrário que o mercado faz. Não fechamos a porta para aquele empreendedor que tem ideia boa e não tem garantia”, explicou.

O também economista, professor da PUC-SP e membro do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Antônio Correa Lacerda, reforçou ainda que a visão do Estado mínimo, dos governos neoliberais, é um equívoco, e que as críticas que são feitas aos bancos públicos não têm fundamento, pois os papeis desempenhados por estas instituições são imprescindíveis. “Ao contrário do consenso que é retratado diariamente na grande mídia, existem alternativas para o desenvolvimento brasileiro e para todos os bancos públicos, que é fundamental para o projeto de desenvolvimento”, disse.

A fala do deputado Assis Carvalho (PT/PI), também foi nesta mesma linha. Para ele, o nosso papel neste momento é lutar contra essa crueldade que estão impondo ao povo brasileiro. “Essa lógica do neoliberalismo é o absurdo da ganância. A nossa soberania está sendo ameaçada e o nosso meio ambiente sendo destruído. Tudo isso nos sufoca e deixa claro o risco que estamos correndo com a perda da nossa democracia e soberania”, destacou.

Campo e cidade contra o avanço do neoliberalismo

Alexandre Conceição, da direção Nacional do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), ressaltou a importância da defesa dos bancos públicos e dos trabalhadores das empresas estatais. “São eles que fazem o Brasil crescer e são eles que fazem a resistência neste momento. A resistência dos sindicatos, dos camponeses, das camponesas, dos indígenas, dos quilombolas, construindo uma grande unidade em defesa do povo brasileiro. “Temos que derrotar essa pauta privatista, essa pauta de entrega dos bancos públicos, de entrega do nosso pré-sal e de entrega da nossa soberania”, disse.

O coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, lembrou da resistência dos povos latino-americanos contra o neoliberalismo. “Do Chile nós temos que importar a resistência e não o modelo de capitalização”, disse. Raimundo destacou também que, sem a Caixa, o Brasil não tinha implantado com êxito o Programa Minha Casa, Minha Vida. “Defender moradia popular é defender os bancos públicos. É muito importante ter esse desafio de cada vez mais somar toda a população e associar esta luta dos bancos públicos à questão da soberania e da democracia, defendendo emprego e políticas públicas”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil anunciou nesta segunda-feira (28) que fará nova rodada de remoções compulsórias que atingirá 467 funcionários. Como a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) já havia anunciado, as remoções extrapolam os limites da região metropolita e seus municípios limítrofes. A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com o banco nesta terça-feira (29), na sede do Sindicato dos Bancários de Brasília, para tratar do assunto.

“É preciso deixar claro que o banco está descumprindo acordo firmado com as entidades de representação dos trabalhadores. Tínhamos acertado que não seriam realizadas remoções compulsórias para municípios que não fossem o da origem dos funcionários”, observou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“O acordo previa remoções para localidades até 30km de distância do local de origem, podendo, no máximo, chegar a 50km quando não houvessem vagas em distância inferior. Mesmo assim, haveria uma consulta ao trabalhador antes de definida a remoção”, lembrou o coordenador CEBB.

Alegações

Segundo o banco, o parágrafo terceiro do artigo 469 da nova CLT dá respaldo para as transferências compulsórias que estão sendo realizadas.

O banco alega que abriu várias vezes a possibilidade de remoção voluntária, inclusive pelo Sistema Automático de Concorrência à Remoção (SACR) especial em âmbito nacional. Como não conseguiu preencher as vagas existentes e permanecem funcionários em excesso em várias praças, o banco precisou fazer as remoções compulsórias.

O banco diz ainda que todos os funcionários que foram removidos compulsoriamente poderão concorrer a outras vagas pelo (SACR) especial.

“Isso é uma falácia. As pessoas estão sendo removidas de suas cidades de origem porque, segundo o banco não existem vagas para elas lá. O SACR não dará a elas a possibilidade de voltarem para suas cidades”, criticou a representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), Bianca Garbelini. “Sem contar que as remoções geram custo para o banco e para as pessoas transferidas”, lembrou a dirigente.

O banco disse ainda que haverá outras rodas de transferências de funcionários e que as Gerências de Pessoas estão orientadas a passar informações e atender os sindicatos de forma local para tratar sobre esses casos.

Outras remoções

Na rodada anterior de remoções compulsórias, o público-alvo era 577 funcionários. Destes, 206 foram removidos compulsoriamente. Os demais foram excluídos da lista de remoção por serem Pessoas com Deficiência (PCDs), terem problemas de saúde, entre outros motivos.

Com a legação de precisa preencher vagas existentes, o banco também está convocando funcionários que estão em licença-interesse.

“Deixamos claro nossa discordância com essa política de gestão, que menospreza o ser humano e leva as pessoas ao desespero e que tomaremos todas as medias possíveis para proteger os direitos dos funcionários”, concluiu Fukunaga.

“O banco está fazendo uma escolha triste e equivocada. E que precisamos lembrar que não faz muito que houve reestruturações, agências foram fechadas e pessoas precisaram reorganizar suas vidas, agora passam por remoção compulsória. Como será daqui há um ano? São pessoas, não peças de um jogo de xadrez que o banco pode jogar de um lado para outro como se isso não interferisse em suas vidas”, criticou Bianca.

Ressarcimento dos gastos

parágrafo 3º do artigo 469 da CLT, que o banco usa como respaldo para as transferências, diz que, em caso de necessidade de serviço, o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% dos salários do empregado enquanto ele for mantido fora de sua localidade de origem.

Além da CLT, a Cláusula 44 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos Funcionários do Banco Brasil estabelece que no caso de movimentação de pessoal a pedido do banco para dependências localizadas em outro município, o banco deverá ressarcir as despesas com transporte de móveis, passagens, abonar os dias de trânsito (para preparativos e instalação), na forma regulamentar estabelecida para as remoções concedidas no interesse do serviço e o crédito de valor equivalente a 30 verbas-hospedagem para cobrir despesas eventuais ou imprevistos. O banco, também tem que pagar mais 30 verbas-hospedagem aos funcionários removidos no curso do período letivo, desde que possuam filhos cursando o ensino fundamental, ou que tenham filhos excepcionais de qualquer idade que estejam sob acompanhamento de escolas especializadas. Tais pagamentos também são devidos aos funcionários transferidos nos casos de fechamento de unidades.

Fonte: Contraf-CUT

A campanha Outubro Rosa acontece todos os anos com o objetivo de conscientizar a população, empresas e entidades para a prevenção do câncer de mama. Porém, de acordo com a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis, é preciso alertar as mulheres sobre a doença todos os dias do ano.

“A luta contra o câncer acontece todos os dias. As mulheres têm de lidar com dores, preconceitos e uma mistura de sentimentos para vencer a doença. Por isso, é tão importante que a gente divulgue informações sobre a prevenção e para um diagnóstico precoce durante o ano todo e não apenas em um mês, como acontece em outubro”, afirmou Elaine.

A cada ano surgem 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). O câncer de mama é causado por um tumor maligno que se desenvolve na mama com consequência de alterações genéticas e em decorrência disso, ocorre o crescimento anormal das células mamárias, que passam a se dividir descontroladamente.

O diagnóstico precoce da doença é fundamental para o sucesso do tratamento. Exames como mamografia, ressonância magnética, ecografia são importantes para que alterações suspeitas possam ser identificadas.

Fonte: Contraf-CUT

Trabalhadores de várias categorias vão protestar nesta quarta-feira (30), em Brasília, para cobrar mudanças na política econômica e pedir uma agenda de desenvolvimento para o país. O ato, marcado para as 10h, deverá receber caravanas de outros estados, com bancários, metalúrgicos, petroleiros, professores e servidores públicos, entre outros, e também desempregados. O chamado Ato em Defesa da Soberania, Direitos e Empregos é convocado por centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. A concentração será no Teatro Nacional, seguida de passeata até a Esplanada dos Ministérios e ao Congresso.

Em entrevista na semana passada, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, afirmou que o objetivo do ato é chamar a atenção para o fato de que o país está no rumo errado – e que, se mantido, vai comprometer o futuro. “Se a população já percebeu que o Bolsonaro não é uma pessoa em condições de governar o país, o (ministro) Paulo Guedes não é uma pessoa em condições de dirigir a economia. Se ele levar a cabo seu plano de abertura comercial, esse liberalismo exacerbado, vai comprometer o futuro. O país precisa mudar de rota.”

Recentemente, as centrais, com elaboração do Dieese, atualizaram a chamada agenda do desenvolvimento, destacando 23 itens para que o país retome o rumo do crescimento econômico com justiça social. Segundo Sérgio Nobre, eleito há 20 dias para a presidência da central, apenas com investimento público o país voltará a crescer. “Todos os períodos de crescimento econômico que nós tivemos foi com intervenção do Estado, com investimento dos bancos públicos, em especial BNDES e das empresas estatais, como fez a Petrobras que ao decidir pela construção de plataformas no Brasil recuperou o setor naval brasileiro, gerando milhares de empregos”, argumenta.

A secretária-adjunta de Relações de Trabalho da CUT, Amanda Corsino, diz que a presença de desempregados na manifestação ajuda a mostrar que a venda de estatais não atinge apenas uma categoria específica, mas toda a população, prejudicada com aumento de tarifas e piora no atendimento. “O trabalhador que não puder ir, avise a família e os amigos desempregados sobre a importância da participação deles. Estamos defendendo a soberania nacional e isso passa pela manutenção das empresas públicas. Este governo estagnou a economia, não gera emprego, nem renda e o problema não é só dos trabalhadores das estatais, é de todo brasileiro que vai pagar a conta”, diz Amanda, também presidenta do Sintect-DF, o sindicato dos trabalhadores nos Correios do Distrito Federal.

As manifestações no Chile e o resultado da eleição na Argentina são fatores que animam também os sindicalistas brasileiros, ao apontar que a população deseja outro rumo. “No dia 30 de outubro daremos um recado a Bolsonaro e ao Paulo Guedes de que este país e as empresas estatais são dos brasileiros e das brasileiras e que não abrimos mão do patrimônio do povo brasileiro e do nosso futuro”, afirma o presidente da CUT, com mais uma convocação: “Quem é normal e não acredita que a Terra é plana tem de ir pra rua no dia 30 e participar das mobilizações”.

Com informações da CUT

Em sua participação no Jornal Brasil Atual na manhã desta terça-feira (30), o diretor do técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio baseia-se no filme Em Guerra (2018), dirigido por Stéphane Brizé, para ilustrar a necessidade, na sua avaliação, de as representações sindicais buscarem novas formas de organização dos trabalhadores, a fim de resistir  e garantir direitos ante a velocidade das mudanças sociais e econômicas. A disputa entre poder do dinheiro e a luta por condições de trabalho dignas não mudou, mas o cenário em que ela está presente é diferente, explica Clemente.

“Dentro dessa nova situação econômica, trabalhadores e sindicatos precisam se reorganizar e repensar a forma de atuação. O filme traz o debate que fazemos com as organizações mostrando as mudanças da sociedade e a importância que os sindicatos vejam como isso altera suas ações”, disse à jornalista Marilu Cabañas.

No filme, acionistas decidem fechar uma fábrica de uma empresa alemã instalada na França, dois anos depois desta ter firmado um acordo com os sindicatos dos trabalhadores. Pela negociação, foi estabelecido aumento da jornada de trabalho sem aumento dos salários, mas com o compromisso de preservar os empregos. Os trabalhadores cumprem o acordo, mas os acionistas – em busca de aumentar seus lucros – e decidem que ganhariam muito mais se a fábrica for fechada. 

“O sindicato (no filme) procura atuar frente à nova condição da empresa, que busca só privilegiar os acionistas. Com isso, mostram-se os desafios dos sindicatos, tanto na organização dos trabalhadores, quanto na relação com o governo. Também aborda como a negociação coletiva, que tem o valor de uma lei, pode ser quebrada pela empresa”, explicou Clemente.

Para Clemente, o atual cenário econômico e político mundial faz com que as empresas busquem se afastem ainda mais dos sindicatos. “A estrutura sindical trabalha na negociação coletiva e é provável que haverá mais ações para prejudicar a atuação, através de novas reformas. Com essa redução de capacidade de resistir, é necessário ter uma iniciativa para valorizar e fortalecer os sindicatos”, acrescentou.

Assista ao trailler de Em Guerra:

Fonte: Rede Brasil Atual

 

Centrais sindicais e movimentos sociais se unem e vão às ruas nesta quarta-feira (30) para defender a classe trabalhadora e toda a sociedade brasileira da política econômica neoliberal do governo de Jair Bolsonaro (PSL), implantada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Uma caravana de sindicalistas e militantes de movimentos sociais vinda de vários estados está chegando a Brasília para participar do ato convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), CTB, Força Sindical, UGT, CSB e Intersindical e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

O ato, que acontece a partir das 10h, na esplanada, em frente ao Ministério da Economia, tem como mote a defesa da soberania, dos direitos e dos empregos, contra as privatizações, pelo fim da política econômica neoliberal do governo Bolsonaro que não promove o desenvolvimento, nem gera emprego.

O presidente da CUT, Sérgio Nobre, ressalta que ir para as ruas, é defender o Brasil, a geração de emprego para mais de 30 milhões de trabalhadores e trabalhadoras desempregados e subempregados que querem empregos de qualidade. Ir para ruas é dar um basta nas políticas neoliberais.

“Todos os períodos de crescimento econômico que nós tivemos foi com intervenção do Estado, com investimento dos bancos públicos, em especial do BNDES e das empresas estatais, como fez a Petrobras que, ao decidir pela construção de plataformas no Brasil, recuperou o setor naval brasileiro, gerando milhares de empregos”, disse o presidente da CUT.

Para o dirigente, a política de privatização do ministro da Economia, o banqueiro, Paulo Guedes, de entregar o nosso minério e nossa água aos estrangeiros, será um caso de estudo porque o Brasil será a única Nação no mundo a entregar suas riquezas para outro país sem nenhuma guerra.

Defesa dos bancos públicos

Na tarde desta terça-feira (29) já tem atividade em protesto contra a política neoliberal implementada pelo governo Bolsonaro. Também em Brasília, bancários e bancárias de todo debatem a importância dos bancos públicos para a sociedade brasileira no seminário “O Brasil é nosso”. Promovido pelas frentes parlamentares mistas em Defesa da Soberania Nacional e em Defesa dos Bancos Públicos como parte da campanha em defesa dos bancos públicos, da soberania nacional, do crédito, do emprego e do desenvolvimento, a atividade conta com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações dos Empregados da Caixa (Fenae).

“Os bancos públicos são instrumentos estratégicos. Quando bem usados pelo governo, dispõem crédito para o desenvolvimento e, consequentemente, geram emprego e renda para os trabalhadores”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

“Mais do que isso, os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento igualitário do país, como determina a Constituição Federal e a legislação específica do sistema financeiro. São os bancos públicos que concedem crédito para as regiões mais carentes. Os privados concentram sua atuação na região Sudeste”, completou a presidenta da Contraf-CUT, lembrando que somente os bancos públicos investem onde os privados não têm interesse. “Os bancos privados têm como objetivo o lucro. Os públicos visam o retorno para a sociedade”, concluiu.

Aqui como lá

Os últimos acontecimentos no Chile, em que a população foi para as ruas protestar contra a política econômica do governo daquele país, e a volta da esquerda à presidência da Argentina são um alerta para o povo brasileiro de que a política econômica neoliberal de Bolsonaro e Guedes não dá certo.

Segundo o presidente da CUT, Paulo Guedes ajudou a implantar no Chile o sistema de capitalização da Previdência, que acabou com direitos trabalhistas, enfraqueceu os sindicatos e culminou com as manifestações que estão sendo realizadas no país.

“O que está acontecendo no Chile é a revolta do povo contra a política econômica neoliberal, onde tudo é privatizado. Não tem ensino superior gratuito, não tem acesso à saúde gratuita. É a mesma política que Bolsonaro quer aqui, a que destrói os direitos sociais e previdenciários. O Brasil precisa acordar para não chegar a esse ponto”, analisou a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios e Telégrafos do Distrito Federal e Região do Entorno (SINTECT/DF), Amanda Corsino.

Já Sérgio Nobre acredita que tudo o que está acontecendo no Chile teve o dedo do ministro da Economia brasileiro, mas que, agora o povo quer outro rumo.

“O desespero é tanto que o presidente, Sebastián Piñera, pediu desculpas para o povo porque o que foi feito de ruim, não pode se recuperar em dois, três anos. Não é isso que queremos. Não podemos permitir que o que está acontecendo no Chile aconteça com o Brasil. Ainda há tempo para mudar”, avalia o presidente da CUT.

Fonte: Contraf-CUT, com CUT Nacional

O Comando Nacional dos Bancários se reúne neste momento na sede do Sindicato dos Bancários de Brasília para debater sobre a estratégia em defesa dos bancos públicos na atual conjuntura.

A reunião é uma prévia do seminário “O Brasil é nosso”, que acontecerá nesta tarde, no mesmo local.

A atividade faz parte da campanha em defesa dos bancos públicos, da soberania nacional, do crédito, do emprego e do desenvolvimento.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, nesta terça-feira (29), percorreu agências do Banco Santander em Duque de Caxias e Nova Iguaçu, para denunciar as demissões em massa que estão ocorrendo.

O lucro dos cinco maiores bancos do Brasil, juntos, somaram R$ 50,5 bilhões, no 1º semestre de 2019. Um crescimento médio de 20,7% em doze meses e rentabilidade variando entre 15,6%, na Caixa e 23,6% (no Itaú Unibanco).

No caso do Santander, a unidade brasileira foi responsável por 29% do resultado global do banco. Só ele lucrou R$ 7,120 bilhões neste 1º semestre, num crescimento de 21,0% em relação ao mesmo período de 2018, e de 4,3% no trimestre. 

O SindBaixada continuará lutando para que bancárias e bancários sejam mais respeitados, tenham melhores condições de emprego e de vida. Seja denunciando, repudiando ou se manifestando a favor de quem ele representa.