Maio 22, 2025
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A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, que assessora a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) é veementemente contra a postura do banco público de cobrar metas dos empregados em plena pandemia de coronavírus (Covid-19) e enquanto acontece o pagamento do Auxílio Emergencial. O anúncio foi feito em reunião virtual, na tarde de quarta-feira (3), pela vice-presidência da Rede de Varejo (Vired) em conjunto com a vice-presidência de Varejo (Vimov).

“O banco trata as metas como se estivéssemos em situação de normalidade e não em meio a uma pandemia. Os empregados já estão bastante desgastados com o atendimento para a população, em especial devido ao auxílio emergencial, que é bastante esgotante e paralelo a isso ainda tem o medo de serem contaminados e de contaminarem os seus familiares”, afirmou a secretária de Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com a Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Fabiana lembra que a postura contraria os compromissos firmados pelo banco público, desde o início da pandemia. Em março, a direção da Caixa havia se comprometido a suspender a cobrança de metas durante a pandemia de coronavírus. Já no começo de abril, em documento, a vice-presidência de Varejo havia afirmado que “nenhuma unidade ou empregado terá impacto na sua carreira em razão dos resultados observados enquanto durar esta fase de confinamento”. Depois, no início de maio, havia comunicado a suspensão da GDP.

“Gerentes têm chegado nas unidades antes das sete horas, os empregados passam o dia todo gerando token para pagamento de Auxílio Emergencial, como os colegas vão cumprir as metas?”, questionou a secretária da Cultura.

Relaxamento das medidas de segurança

Ao mesmo tempo em que volta com a cobrança das metas, a Caixa também relaxa as medidas de segurança relacionadas à saúde de seus empregados, com o retorno de trabalhadores de áreas-meio que estavam em sistema de teletrabalho e mudanças nas regras de afastamento dos terceirizados.

Fonte: Contraf-CUT

Na contramão da luta contra a discriminação e o preconceito racial que acontece em todo o mundo, após o assassinato de George Floyd pela policia americana, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, se referiu ao movimento negro como “vagabundos” e “escória maldita”, durante uma reunião com assessores, no dia 30 de abril.

O motivo da reunião era tratar do desaparecimento de um celular corporativo de Camargo. Na gravação ele se mostrou irritado com a cobrança do ressarcimento do aparelho.  Nas falas, ele afirma que estava afastado judicialmente do cargo quando o celular sumiu e sugeriu que algum dos “vagabundos” do movimento negro tivesse planejado o furto proposital com o objetivo de prejudicá-lo.

“Qualquer um. Eu exonerei três diretores nossos assim que voltei. Qualquer um deles pode ter feito isso. Quem poderia? Alguém que quer me prejudicar, invadindo esse prédio aqui pra me espancar. Quem poderia ter feito isso? Invadindo com a ajuda de funcionários daqui. O movimento negro, os vagabundos do movimento negro, essa escória maldita”, afirmou o presidente da Fundação Cultural Palmares.

Para o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, a Fundação Cultural Palmares é uma entidade pública brasileira instituída pela lei e tem em suas finalidades: promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira; certificar quilombos; participar do licenciamento de obras de infraestrutura; e fomentar a cultura afro-brasileira.  

Mas, o novo presidente nega racismo no Brasil. “Infelizmente, o presidente da Fundação Palmares foi colocado neste cargo para retroceder a luta do povo negro. Enquanto o mundo vem debatendo o racismo e a violência policial contra negros, ele surge contra as cotas raciais, chama o movimento negro de escória maldita, xinga o Zumbi dos Palmares, é contra o Dia Nacional da Consciência Negra e disse que a escravidão foi benéfica. Esse negro que assumiu o papel sujo proposto por Jair Bolsonaro, foi promovido ao posto de “capitão do mato”, e teve a ousadia de criar um selo de “não racista” que, segundo o próprio, será concedido às pessoas que são injusta e criminosamente tachadas de racistas. Eu proponho que nossos parlamentares façam algum tipo de representação no Ministério Público Federal, para ele ressarcir os cofres públicos, todo o valor gasto nessa imundice de selo”, afirmou Almir Aguiar.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou, nesta quarta-feira (3), às entidades de direitos humanos e de trabalhadores, uma nota de repudio ao assassinato de George Floyd, vítima de violência policial e racismo, nos Estados Unidos.

No documento, a Confederação se solidariza com o movimento negro americano contra a violência policial contra os negros e também denuncia a discriminação, o preconceito racial no Brasil e a violência policial constante.

Segundo o Anuário da Violência, que compila e analisa dados de registros policiais sobre criminalidade, sistema prisional e gastos com segurança pública no Brasil, em 2019 o levantamento indicou que 75,4% das vítimas pelas polícias brasileiras eram negras.

De acordo com o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, é preciso combater a desigualdade e o preconceito existentes no mundo. “São negros e negras que são assassinados todos os dias por policiais. Tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil, os dados de crimes contra o povo negro são alarmantes e revelam ainda mais a desigualdade e o preconceito”, afirmou.

Veja a nota enviada pela Contraf-CUT à A Philip Randolph Institute (APRI), United Steelworkers (USW), Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais (AFL-CIO) e demais entidades de direitos humanos.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), através de sua Secretaria de Combate ao Racismo, vem através desta, manifestar a nossa solidariedade à família, aos amigos e a todo o povo negro americano pela morte de George Floyd, assassinado em um triste episódio que é fruto da violência policial e do racismo, levando a morte de mais um cidadão negro.

Acompanhamos no Brasil com grande consternação as cenas dessa violência que levou George ao óbito. Situações similares têm se repetido ao longo da história, como nos casos das mortes de Michael Brown em 2014, Walter Scott e Freddie Gray em 2015, Philando Castile em 2016 e tantas outras pessoas da raça negra.

A nossa Confederação, representante da categoria bancária em nosso país, repudia toda forma de violência contra o povo negro e lembramos que no Brasil, a situação também é extremamente grave, com números ainda mais estarrecedores da polícia que mais mata no mundo. Segundo o Anuário da Violência, que compila e analisa dados de registros policiais sobre criminalidade, sistema prisional e gastos com segurança pública no Brasil, em 2019 o levantamento indicou que 75,4% das vítimas pelas polícias brasileiras eram negras, situação claramente agravada pela postura e política discriminatória e violenta contra as comunidades mais pobres do Governo Bolsonaro.

Encerramos esta nota de pesar e repúdio, recorrendo às celebres palavras do pastor americano Martin Luther King, reafirmando a importância da luta em defesa do fim da violência policial e do racismo no mundo:

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.

Nossos sentimentos e solidariedade,

Almir Aguiar

Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT

Juvandia Moreira

Presidenta

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) assinou nesta semana um “Protocolo de Intenções” com o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Federal e a Caixa Econômica Federal para a adoção de práticas na prevenção de contaminação da COVID-19 no acesso aos serviços bancários.

“A celebração deste protocolo de intenções é um grande avanço, uma vez que o banco precisará cumprir uma série de medidas que cobramos desde o início das negociações sobre as ações de prevenção à Covid-19, em todo o Brasil, sem nenhuma diferenciação por estado ou região. O que nivela as ações no país todo”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “O documento impede ainda adoção de práticas prejudiciais à saúde dos empregados e que o movimento sindical é radicalmente contra, como a ampliação do horário de atendimento nas agências e o trabalho aos sábados e domingo frequentemente”, completou.

A Caixa irá melhorar as práticas já existentes. Caso haja aglomerações e o banco precise elaborar cronograma de abertura antecipada das agências, estender o horário de funcionamento ou atendimentos aos sábados e feriados, o banco deverá observar a jornada legal ordinária dos bancários e os termos previstos no Acordo e na Convenção Coletiva de Trabalho, ou dialogadas nas comissões de crise.

“Isso é importante, pois existem casos de bancários trabalhando até 15 horas por dia, em total desacordo com a legislação vigente e os acordos coletivos estabelecidos” observou a secretária de Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com a Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Todo o cenário reforça a importância da Caixa 100% pública e o quão necessária ela é para a sociedade. Mas, temos preocupação com os empregados e a forma de trabalho até então adotada está levando os trabalhadores à exaustão e ao adoecimento, sem contar o risco ao coronavírus”, concluiu Fabiana.

Veja abaixo as medidas que a Caixa deve adotar ou, se preferir, leia a íntegra do Protocolo de Intenções” firmado entre o MPT, o MPF, a Caixa e a Contraf-CUT.

PROTOCOLO DE INTENÇÕES Nº 01/2020

Protocolo de Intenções que entre si celebram o MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO, o MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e CAIXA ECONÔMICA FEDERAL visando à adoção de boas práticas na prevenção de contaminação da COVID-19 no acesso aos serviços bancários.

CLÁUSULA SEGUNDA DAS OBRIGAÇÕES DOS PARTÍCIPES

  • 2. Para fins de consecução do objeto do presente Protocolo de Intenções, os partícipes assumem os seguintes compromissos:
  • 2.1. Pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, envidar esforços no sentido de melhorar constantemente as práticas atualmente já existentes, e outras aqui previstas, dentro de suas possibilidades, no sentido de:
  • 2.1.1. Revisar, por agência, plano de aquisição de Equipamentos de Proteção Individual para seus empregados;
  • 2.1.2. Revisar os Planos de Prevenção de Riscos Ambientais, por agência, prevendo as reformas de engenharia necessárias para a prevenção de riscos, como redimensionamentos de áreas de trabalhos ou instalação de barreiras.
  • 2.1.3. Adotar medidas efetivas para a proteção dos empregados e terceirizados das agências bancárias, tanto para as atividades internas como externas, adotando, entre outras, principalmente aquelas que sejam mais efetivas ou que venham ser desenvolvidas e receituadas pelos organismos nacionais e internacionais de saúde, como:
  • 2.1.3.1. Disponibilização de álcool gel 70, máscaras de proteção e proteção acrílica nas áreas de atendimento, e luvas a depender das atividades exercidas, que exijam este tipo de proteção;
  • 2.1.3.2. Afastamento de adolescentes menores de idade, com ou sem trabalho remoto, sem prejuízo de vencimentos, principalmente estagiários, considerando-se a insalubridade e o risco de contaminação decorrentes do quadro pandêmico de COVID 19;
  • 2.1.3.3. Afastamento, ou colocação em trabalho remoto, de empregados e terceirizados, sem prejuízos de vencimentos, que estejam entre o denominado grupo de risco, como pessoas idosas, obesas, com problemas respiratórios 3 crônicos, problemas renais crônicos e outras comorbidades que agravem os riscos decorrentes da COVID 19;
  • 2.1.3.4. Afastamento imediato de empregados e afastamento ou recomendação de afastamento de terceirizados, sem prejuízo de vencimentos, que apresentem sintomas, testem positivo ou apresentem indícios de contaminação, de acordo com os protocolos médicos, com higienização imediata da respectiva agência bancária;
  • 2.1.3.5. Limitação de ingresso de clientes e usuários nas agências e locais de autoatendimento, possibilitando a distância preconizada pelos organismos de saúde nacional e internacional;
  • 2.1.3.6. Manutenção da distância mínima preconizada pelos organismos de saúde nacional e internacional no atendimento dos clientes pelos bancários, em simultaneidade com as demais medidas de proteção;
  • 2.1.4. Em casos excepcionais, como hipóteses de grandes aglomerações que destoem do movimento normal, elaborar planejamento e cronograma de abertura antecipada de agências, extensão de horários e/ou atendimentos em sábados e feriados.
  • 2.1.4.1. Em qualquer hipótese, deverá ser observada a jornada legal ordinária dos bancários, bem como aquelas decorrentes de acordos e convenções coletivas ou dialogadas nas comissões de crise.
  • 2.1.5. Definir horários/dias de atendimento prioritário a grupos por faixa etária ou outro critério de modo a evitar aglomerações;
  • 2.1.6. Garantir atendimento preferencial, às pessoas assim qualificadas por lei, bem como àquelas componentes de grupo de risco da COVID 19, como idosos, obesos, pessoas com problemas respiratórios, com doença renal ou qualquer outra comorbidade considerada agravante da doença.
  • 2.1.7. Divulgar campanhas publicitárias de desestímulo à ida às agências, e com enfoque nas probabilidades de contaminação por COVID 19, e necessidade de autocuidado e de medidas preventivas, valendo-se de panfletos a serem entregues aos usuários, cartazes nas agências, carros de som e, quando necessário, de outros meios alternativos, além da difusão em televisão e rádio.
  • 2.1.8. Envidar esforços na sensibilização do Ministério da Cidadania para que este avalie a possibilidade da celebração de convênios entre o órgão e entes/entidades parceiros, com a finalidade de viabilizar o cadastramento de beneficiários por meio dos CRAS.
  • 2.1.9. Envidar esforços para implementar, por ação própria, ou mediante convênio ou termo de cooperação técnica ou ação articulada com os Municípios e Prefeituras para a organização das filas, com:
  • 2.1.9.1. A demarcação (sinalização material) de lugares, dentro e fora das agências, inclusive locais de autoatendimento, como a marcação no chão, com distância de segurança definida pelos organismos nacionais e internacionais de saúde;
  • 2.1.9.2. Solicitar às autoridades locais a liberação das vias públicas, e desvio do trânsito, para garantir a segurança dos usuários, conforme a dimensão das filas e a quantidade de usuários;
  • 2.1.9.3. Utilização de espaços, como ginásios esportivos ou locais, para o atendimento, total ou parcial em relação aos serviços, observadas as normas de proteção quanto à Covid19 em relação aos bancários, usuários e demais pessoas envolvidas no processo de organização e atendimento;
  • 2.1.9.4. Concessão de cadeiras/assentos para os usuários durante o tempo de permanência na fila;
  • 2.1.9.5. Adoção de medidas para garantia de proteção e abrigo contra luz solar, chuvas ou outras intempéries climáticas;
  • 2.1.10. Utilizar, dentro dos limites de segurança, pessoal de vigilância ou similar para a organização das filas, envidando-se esforços para a garantia de presença de, no mínimo dois vigilantes por agência;
  • 2.1.11. Promover o acesso controlado da entrada e saída de clientes nas agências, casas lotéricas e correspondentes bancários, para limitar o fluxo de pessoas, de modo que seja possível manter a distância mínima de 2 (dois) metros entre elas.
  • 2.1.12. Disponibilizar para o acesso às agências e instituições conveniadas álcool em gel 70 por cento para todos os usuários;
  • 2.1.13. Orientar, verbal ou por escrito, como distribuição de panfleto explicativo nas filas, sobre quem tem direito ao benefício, requisitos e formas de cadastramento. Após o atendimento do item 2.1.8, para que contemple a informação quanto à possibilidade de cadastro nos Centros de Referência em Assistência Social (CRAS);
  • 2.1.14. Articular com as prefeituras a divulgação dessas informações para prevenir aglomerações, inclusive com exposição sonora nos municípios que estiverem com restrição de circulação.
  • 2.1.15. Desenvolver mecanismos de distribuição de senhas e divulgação de tempo de atendimento em tempo real ou filas virtuais, ou com lapso temporário demarcado, nas agências e localidades onde tecnicamente viável.
  • 2.1.16. Promover o atendimento remoto ao público para o esclarecimento de dúvidas, disponibilizando números de telefone de acesso gratuito;
  • 2.1.17. Desenvolver rotas de atendimento para os “Caminhões Caixa” priorizando comunidades carentes e prevenção de aglomerações;
  • 2.1.18. Envidar esforços para auxiliar, por ação de seus empregados e meios próprios, quando possível, na realização do cadastramento;
  • 2.1.19. Envidar esforços, como convênio com outras instituições financeiras e utilização de sua rede de correspondentes e casas lotéricas para fins de descentralização do pagamento do auxílio emergencial do Governo Federal, na forma da lei, orientando-se para observância nos seus respectivos locais e estabelecimentos das mesmas condições constantes deste Protocolo de Intenções;
  • 2.1.20. Envidar esforços para promover alterações no aplicativo “CAIXA TEM” e nos canais de atendimento virtual para que conste de forma mais clara o motivo de indeferimento do benefício;
  • 2.1.21. Reforçar os canais de comunicação, com possibilidade de criação de canais específicos, conforme acordado entre as partes, entre a Superintendência da CEF e Departamento Jurídico com o Ministério Público do Trabalho e com o Ministério Público Federal para recebimento de comunicação sobre notícias, denúncias, instauração de Notícia de Fato ou de qualquer procedimento investigatório, para a tomada das providências pertinentes em prazo razoável e compatível com a gravidade da situação.

Fonte: Contraf-CUT

Em entrevista publicada pelo jornal O Globo no domingo (31/5), o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, confirma seu “sonho” de privatizar a instituição e a concordância do presidente Bolsonaro a realização. Segundo o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, o presidente do BB mais uma vez foi contraditório em suas próprias afirmações, ao reconhecer o papel fundamental exercido pelo Banco para a concessão de crédito mas, ao mesmo tempo, rechaçar a importância do banco público.

“Assim como ele mostra estar perdido, sem saber o que fazer e apenas ‘torcendo’ para que o pico da pandemia já tenha passado, a contradição de suas afirmações também vai no mesmo sentido. Ele está perdido e não sabe o que fala”, disse o coordenador da CEBB.

Na entrevista ao O Globo, Novaes voltou a usar a necessidade de concorrência pelas folhas de pagamento como justificativa para privatizar o banco. Na reunião ministerial do dia 22 de abril, ele já havia dito que o Banco do Brasil não enfrenta problemas de liquidez e de higidez e que tem a felicidade de contar com folhas de pagamento de empresas públicas e das forças armadas. Mas, logo em seguida, para defender seu “sonho” de privatizar o banco, disse que as folhas de pagamento das empresas públicas antes “vinham naturalmente para o Banco do Brasil ou para a Caixa”, assim como a administração dos depósitos judiciais. “Hoje, isso tudo é processo de concorrência. Nós temos que pagar muito caro por esses antigos privilégios”, reclamou.

“Rubem Novaes fala em privilégios. Uma visão típica de administrações que tomam um bem público como se fosse um bem pessoal, como fez Carlos Bolsonaro, que interveio no Banco do Brasil sem sequer ter cargo no banco. Simplesmente por ser filho do presidente se achou no direito de interferir para que o Banco do Brasil continuasse anunciando em sites de fake news. E o filho do (vice-presidente, Hamilton) Mourão, que, em uma carreira meteórica atingiu a gerência executiva do banco e comanda o departamento de Marketing, obedece ao filho do Bolsonaro”, criticou Fukunaga.

“Além disso, são inúmeros os exemplos que mostram que as empresas públicas, quando têm à sua frente administradores competentes, conseguem oferecer serviços de qualidade, com tarifas justas, e ainda trazer benefícios para a sociedade. Não há a necessidade de se privatizar uma empresa, basta colocar à sua frente uma pessoa competente para administrá-la”, completou.

Ataques ao funcionalismo

Fukunaga diz ainda que, ao criticar os concursos públicos, o presidente do Banco do Brasil continua com os ataques aos funcionários do Banco do Brasil e o funcionalismo de uma forma em geral.

“Como parte da campanha de difamação do funcionalismo público, Novaes tenta fazer as pessoas acreditarem que o bancário do Banco do Brasil não sofre pressões e cobrança de metas. Mas, basta lembrarmos os cortes dos comissionamentos de cargos que veremos o contrário”, observou o coordenador da CEBB. “Como o próprio Novaes disse, os concursos do Banco do Brasil são para escriturário, com salários mais baixos. Daí, os funcionários são pressionados e ameaçados de perder sua comissão que, muitas vezes, representa a maior parte de sua remuneração”, completou.

“O que ele quer, na verdade, é permitir que a pessoa, além de ser assediada e ameaçada de corte de comissão, também seja ameaçada de demissão, como acontece nos bancos privados”, explicou Fukunaga.

Importância do BB

Assim como já tinha feito na reunião ministerial de 22 de abril, quando destacou a importância do Banco do Brasil para o desenvolvimento do econômico do país, Novaes volta falar sobre a importância do banco na concessão de crédito.

Segundo afirmou na entrevista ao O Globo, o BB concedeu R$ 129 bilhões de crédito, desde 16 de março. Do total, R$ 60,7 bilhões foram desembolsos de novos recursos e R$ 68,4 bilhões, renovações para empresas e pessoas físicas.

“O Banco do Brasil tem forte atuação no setor agropecuário, que há muitos anos é responsável por grande parte do Produto Interno Bruto de nosso país, mas também junto às micro, pequenas e médias empresas, que são as responsáveis por cerca de 80% dos empregos”, destacou Fukunaga. “Se o Banco do Brasil for privatizado, como sonha Rubem Novaes, quem vai atuar nestes segmentos? Como confidenciou (o ministro da Economia) Paulo Guedes, os bancos privados não têm interesse em ‘perder dinheiro’ com os pequenos. Querem somente ganhar com os grandes. E a prova é anunciada pela imprensa todos os dias: os pequenos empresários não conseguem ter acesso ao crédito nos bancos privados, mesmo após a liberação de R$ 1,2 trilhão para os bancos pelo Banco Central”, explicou.

“O Banco do Brasil exerce papel fundamental para a economia do país e precisa manter seu caráter público para continuar exercendo esta tarefa”, concluiu o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT

No boletim desta terça-feira (2) sobre a situação da pandemia de covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que 1.262 novas mortes foram oficialmente registradas em decorrência da infecção nas últimas 24 horas. É o maior número de óbitos contabilizados em um só dia desde a chegada do novo coronavírus ao país, em fevereiro.

O recorde negativo anterior foi em 21 de maio, com 1.188 mortes em 24 horas. O Brasil totaliza agora 31.199 óbitos e está, na prática, a um dia de ultrapassar a Itália – com 33.530 – em número de vítimas. Quando isso ocorrer, o país passará a ser o terceiro do mundo em total de mortos pela covid-19 e ficará atrás apenas do Reino Unido (atualmente com 39.451 mortes) e Estados Unidos (104.043).

Em número de novos casos registrados, também recorde, foram 28.936 de ontem para hoje. Agora o país soma 555.383 casos confirmados. Cerca de 223 mil pessoas contraíram o vírus, mas se recuperaram da doença.

‘Destino’, diz Bolsonaro

A diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) Carissa Etienne alertou hoje que a curva de contaminação do novo coronavírus nas Américas segue em crescimento acentuado e que “os governos deveriam pensar duas vezes” antes de decidir flexibilizar as medidas de isolamento, que seguem sendo a atitude mais eficaz para conter a contaminação. “Pensem duas vezes antes de flexibilizar medidas de distanciamento social. O distanciamento social continua sendo nossa melhor estratégia para conter a propagação do vírus”, declarou a especialista, em entrevista coletiva pela internet.

Por sua vez, ao sair do Palácio do Planalto na manhã de hoje, Bolsonaro atendeu ao pedido de uma apoiadora para que dissesse uma mensagem de conforto para as famílias em luto pelos seus mortos: “A gente lamenta todos os mortos, mas é o destino de todo mundo”, afirmou, sem esboçar nenhuma estratégia para enfrentar a pandemia. Completaram-se 18 dias que o governo não tem ministro da Saúde, desde a saída de Nelson Teich.

São Paulo

O estado de São Paulo registrou 327 mortes causadas por coronavírus nas últimas 24 horas, o maior número em um dia desde o começo da pandemia, e acumula 7.994 óbitos, também segundo os dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O número de novos casos também foi o mais alto da crise de covid-19: 6.999, totalizando 118.295 pessoas contaminadas no estado, que segue sendo o epicentro da doença no país. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 73,5% no estado e de 85,3% na Grande São Paulo, segundo a Secretaria Estadual de Saúde.

A expansão da contaminação, na região metropolitana da capital e também no interior e litoral, já era esperada, mas não foi suficiente para fazer o governador João Doria (PSDB) desistir de anunciar, na semana passada, um plano de flexibilização por regiões, a partir desta segunda-feira (1º). No primeiro dia da reabertura, o índice de isolamento foi de 47% no estado e de 49% na capital.

Fonte: Rede Brasil Atual

Enquanto um inimigo invisível ameaça e atinge centenas de milhares de pessoas, o país está “brincando de mocinho e bandido”, lamenta o senador Paulo Paim (PT-RS), apontando a posição “extremada” do governo brasileiro, que tem causado sua exclusão de fóruns internacionais. “Temos uma crise gravíssima na saúde, na economia, no social e também, infelizmente, na política. Ele (Bolsonaro) vai para o quarto ministro da Saúde em época de pandemia”, afirmou, durante debate virtual realizado ontem (1º) à noite.

O evento era para marcar os 10 anos de fundação da Fitmetal, federação interestadual de metalúrgicos, vinculada à CTB. Também participaram o economista e professor Marcio Pochmann, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e o secretário de relações internacionais da central, Nivaldo Santana.

Paim citou casos como a alta incidência de covid-19 em frigoríficos de Lageado (SC), a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) para garis e o crescimento da violência doméstica durante a pandemia. E lembrou da tramitação da Medida Provisória (MP) 936, aprovada na semana passada na Câmara e agora em discussão no Senado. Elogiou o relator, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que apresentou mudanças no texto, mas mostrou preocupação com o conteúdo da proposta original do governo.

“Uma das coisas que me deixa indignado é essa história do acordo individual”, afirmou o senador, referindo-se à possibilidade de redução de jornada e salário por meio de “acordo” direto com o empregador, como permite a medida provisória. “É uma forma de massacrar o trabalhador.” Ex-sindicalista metalúrgico e um dos fundadores da CUT, Paim lamenta os ataques de setores “atrasados” ao movimento sindical, que “cumpre papel fundamental na relação empregado-empregador”.

Asfixia da democracia

Pochmann observou que em janeiro a economia brasileira estava 3% menor em comparação a 2014, enquanto a renda média diminuiu 7% e o Brasil perdeu 3 milhões de postos de trabalho com carteira assinada. O país vive um período de alta da exclusão social e do desemprego, além de “asfixia da democracia”. Em 40 anos, são praticamente duas décadas perdidas, assinalou.

“O que estamos vivendo é uma espécie de desistência histórica”, definiu o professor. “A elite não tem projeto de futuro, quer administrar o presente, a emergência”, lamentou. Pochmann também citou a reunião ministerial de 22 de abril: “Eles não têm compromisso nenhum com o o futuro”. Mesmo assim, manifestou esperança no sentido de construção de um “projeto civilizatório” para o país. “Será que não podemos reconstruir as bases de uma nova maioria política?”, questiona.

Nivaldo Santana disse que o Brasil é um país de “industrialização tardia” que vive uma desindustrialização precoce. Para ele, o “subdesenvolvimento tecnológico” levou não apenas ao desemprego, mas principalmente ao trabalho precário. “O Brasil tem 17 milhões de trabalhadores em aplicativos, plataformas digitais”, afirmou, apontando a presença de um “novo capataz digital, que fiscaliza o trabalhador 24 horas por dia.”

Fonte: Rede Brasil Atual

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários e o Coletivo Nacional de Saúde se reuniram por videoconferência, nesta terça-feira (2), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para debater questões de saúde e condições de trabalho no contexto da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

Já no início da reunião a representação da categoria reiterou a cobrança para que seja implementada uma estratégia de teste que atinja o máximo de bancários para poder rastrear o nível de contágio e adotar medidas protetivas. Os representantes dos bancários cobraram também uma postura mais rígida dos bancos junto às empresas de vigilância e prestação de serviços, que têm obrigado a volta ao trabalho de todos os profissionais, mesmo daqueles que fazem parte de grupos de risco.

“Nosso papel é proteger todos os trabalhadores do sistema financeiro. Não podemos aceitar que os profissionais que prestam serviço para os bancos não sigam os mesmos protocolos dos bancários. Isso coloca em risco todo o trabalho de proteção a saúde dos trabalhadores que temos feito desde o início da pandemia”, Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários,

CCT

Depois dessas cobranças, o debate partiu para a cobrança do cumprimento pelos bancos da cláusula 29 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que trata de complementação de auxílio doença previdenciário. Isso porque, as alterações nas regras da concessão de benefícios previdenciários –conforme a lei 13.982– que garante somente o direito a uma antecipação do auxílio doença no valor de um salário mínimo mensal por três meses (1.045,00), durante a pandemia.

“A cláusula impõe aos benefícios complementares o valor já recebido do INSS, como também adiantar o auxílio-doença enquanto este não é pago pela previdência”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Para o secretário, o espírito da cláusula é inequívoco: a intenção de assegurar a irredutibilidade dos salários em momento de incapacidade laborativa, justamente quando se encontra em condição de vulnerabilidade. “Com a Covid-19, aumenta a necessidade dessas garantias, pois muitos bancários estão sendo acometidos pela doença e precisam dessa tranquilidade de não perder renda”, disse.

Outro problema levantado pelo Comando Nacional é o encaminhamento administrativo para o INSS. Quando o agendamento de perícia presencial é feito pelo banco, por vezes não são anexados todos os documentos. E o bancário fica sabendo disso somente quando recebe um e-mail pedindo os documentos faltantes. “Isso tem prejudicado o bancário, pois, por falta de documentação, ele tem seu pedido negado e é prerrogativa do bancário o encaminhamento da solicitação de benefício ao INSS”, completou Mauro Salles.

Alta do INSS

Os representantes dos trabalhadores também informaram aos bancos que, diante da suspensão da realização dos exames ocupacionais, clínicos e complementares – causados pela aprovação da Medida Provisória 927 – os bancários estão recebendo alta do INSS sem sua condição de saúde restabelecida, com benefício cessado.

“Muitos bancários estão tendo que voltar sem condições de saúde, comprovado por laudos e atestados médicos. Outra Medida Provisória isenta os bancos de realizar os exames ocupacionais, como o exame de retorno. Assim, os trabalhadores acabam ficando no ‘limbo’, sem remuneração nem benefício, enquanto aguarda recurso na Previdência e muitas vezes tendo que retornar ao trabalho sem condições, em um momento de aumento dos riscos pela pandemia”, salientou o secretário de Saúde da Contraf-CUT.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Ivone Silva, foi além “Não adianta a pessoa estar em casa, doente e ainda preocupada que não tem como sobreviver”, disse.

Emissão de CAT

O Comando Nacional dos Bancários reivindicou também a abertura da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) de todos os empregados com contaminação comprovada, ou mesmo na suspeita, no prazo de 24 horas a partir do diagnóstico ou início da incapacidade. Isso porque, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu que a contaminação pelo novo coronavírus se caracteriza como acidente de trabalho.

Juvandia Moreira disse que o assunto não depende do entendimento da categoria ou da Fenaban, pois já foi julgado pelo STF. “É inegável o aumento do risco de contaminação pelo vírus, decorrente da obrigação de se trabalhar fora da sua casa. Isso já é suficiente para que se presuma que o adoecimento dos trabalhadores submetidos a esta situação está relacionado ao trabalho. A caracterização do nexo causal entre a contaminação e o trabalho cabe à Previdência Social. Aos bancos cabe emitir a CAT, conforme a legislação determina.”

A Fenaban ficou de dar um retorno sobre todas as reivindicações até a próxima semana, quando o Comando e a Fenaban voltam a se reunir.

Fonte: Contraf-CUT

A UNI Américas Finanças realiza nesta quinta-feira (4), a partir das 18h, o Fórum Internacional de Previdência em tempos de Covid-19. O evento vai abordar a situação atual da seguridade social no Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Paraguai, Colômbia, México, Costa Rica e El Salvador. A transmissão será ao vivo na página da UNI Américas no Facebook.

A live contará com a participação de José Ricardo Sasseron, especialista Previdenciário da Contraf-CUT, no Brasil; Luis Mesina Marin, secretário Geral da Confederação Bancária do Chile; Claudia Ormachea, secretária Nacional dos Direitos Humanos, Gênero e Igualdade de La Bancária e Deputada da Argentina; Fabio Arias Giraldo, dirigente sindical da Colômbia; e Eduardo Larralde, do Conselho de Aposentadorias e Pensões Bancárias do Uruguai.

Durante o evento, também serão discutidos os efeitos combinados da reforma trabalhista, a reforma da Previdência patrocinada pelo governo Bolsonaro, a crise econômica e o impacto da pandemia do novo coronavírus na vida dos trabalhadores. “Toda essa situação que o país está vivendo mostra ainda mais a importância da Previdência Social para garantir a sobrevivência da população e mostra a falência do modelo neoliberal, que procura destruir o papel social do Estado”, afirmou José Ricardo Sasseron.

Para assistir a transmissão, basta acessar a página da UNI Américas no Facebook (facebook.com/uniamericas).

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reúne por videoconferência nesta quinta-feira (4), às 15h, com a direção do banco. Na pauta, o movimento sindical irá cobrar a realização de realização de testes laboratoriais para identificar o Covid-19 em todos os trabalhadores.

A COE Bradesco irá reivindicar ainda o fim da cobrança de metas durante a pandemia e pedir explicações sobre o fechamento de agências. “É importante valorizarmos o processo negocial que construímos e mantemos durante todo este período. Por isso, vamos buscar este canal oficial para esclarecer as dúvidas que sugiram por denúncias dos trabalhadores”, explicou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

Fonte: Contraf-CUT