Setembro 03, 2025
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Imprensa

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A partir de segunda-feira (1º), começa o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda, que vai até 30 de abril. As regras foram divulgadas pela Receita Federal na última quarta-feira (24), inclusive com a liberação do programa gerador. A Receita espera receber 32 milhões de declarações. Se o governo corrigisse a tabela, como seu mandatário prometeu, o número seria bem menor.

O presidente da República vem descumprindo promessa de campanha sobre esse tema. Chegou a falar em isenção para quem ganhasse até R$ 5 mil e depois reduziu para R$ 3 mil, culpando a pandemia. Agora, no início deste mês, falou que dava “pra dar uma mexidinha”, mas a tabela seguiu intacta. 

Correção “com certeza”

Em maio de 2019, ele declarou em entrevista que o governo corrigiria a tabela no ano seguinte. Falei para o Paulo Guedes que, no mínimo, este ano temos que corrigir de acordo com a inflação a tabela para o ano que vem. (…) Espero que ele cumpra, que orientação não é ordem. Mas, pelo menos, corrigir o Imposto de Renda pela inflação, isso, com toda a certeza, vai sair.”

Em janeiro, a RBA informou que, com a inflação de 2020, a defasagem acumulada em 24 anos na tabela do IR chegou a 113,09%. O cálculo foi divulgado pelo Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). Os governos Lula e Dilma fizeram aumentos contínuos de 2005 a 2015, às vezes sem acompanhar a inflação do período, mas ao menos mantendo algum nível de correção.

Redutor de renda

Já outras gestões, incluindo a atual, não mexeram na tabela, uma medida que ao mesmo tempo reduz o poder aquisitivo e aumenta a carga tributária. O próprio presidente admitiu, na mesma entrevista: “Hoje em dia, o Imposto de Renda é redutor de renda”.

Apenas a faixa de isenção está acumulada em 111,29%. Se esse índice fosse aplicado, o valor passaria dos atuais R$ 1.903,98 para R$ 4.022,89. Pelo menos 10 milhões de pessoas escapariam.

Fonte: Rede Brasil Atual

A sessão desta sexta-feira (26) foi novamente de turbulência para as estatais. De acordo com informações do jornal O Globo, que cita fontes do Palácio do Planalto, o presidente do Banco do Brasil (BBAS3) André Brandão, colocou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro. Com isso, as ações BBAS3 intensificaram a queda na reta final do pregão, fechando com baixa de 4,92%, a R$ 28,05, após chegarem a ter perdas de 5,39% na mínima do dia.

Os papéis, que já registravam uma certa volatilidade durante a sessão, intensificaram as perdas um pouco antes das 16h, quando foi publicada a notícia. Confira no gráfico abaixo:

(Fonte: B3)

No início da semana, aponta o jornal, Brandão teve uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, quando manifestou o desconforto em permanecer no cargo, depois dos rumores de que Bolsonaro queria substitui-lo. 

Segundo a publicação, foi pedido a ele que permaneça à frente do BB por mais um tempo até que se encontre um substituto. Entre os cotados, o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, o secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto, e o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

Brandão já enfrentava uma situação bastante delicada desde o início do ano, quando anunciou um plano de reestruturação do banco envolvendo fechamento de agências do banco e do plano de demissão voluntária que desagradou o presidente Jair Bolsonaro, que buscou forçar uma demissão do executivo, bem avaliado pelo mercado. Contudo, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, conseguiu convencer Bolsonaro a não tirá-lo do cargo.

Na ocasião, Campos Neto, que tem alta estima com o presidente, o alertou de que uma demissão seria avaliada como interferência política em uma empresa pública que tem ações na Bolsa.

Segundo o jornal O Globo, Brandão tomou a decisão de colocar o seu cargo à disposição depois de observar o destino do presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Roberto Castello Branco, demitido por Bolsonaro. “O executivo, que assumiu o cargo em setembro do ano passado, quis evitar esse tipo de constrangimento”, aponta a publicação.

Conforme destaca o Credit Suisse, Brandão é bem visto pelo mercado e estava avançando nas iniciativas de reestruturação. “Se confirmado, o foco deve ser em seu potencial sucessor, aumentando a incerteza”, avaliam os analistas.

Fonte: Valor Econômico

Vamos conversar sobre o plano de reestruturação lançado pelo Banco do Brasil em janeiro desse ano? Estão previstas 5.000 demissões, o fechamento de 112 agências, 242 postos de atendimento e sete escritórios do banco, com alteração unilateral no contrato de trabalho dos bancários, extinção de cargos, funções e descomissionamentos.

Quais os impactos imediatos, a médio e longo prazos dessas medidas? Quais as ações administrativas e judiciais foram tomadas? O que cada bancário e cada sindicato tem que fazer?

Fique por dentro deste assunto e saiba quais são os possíveis desdobramentos das ações judiciais em andamento! Participe do bate papo, envie perguntas e tire suas dúvidas!

O bate-papo será na segunda-feira (1º/3), a partir das 18h, com transmissão ao vivo pelo Youtube e Facebook da Contraf-CUT e também pela página do Crivelli Advogados no Facebook. Para passar as informações e esclarecer as dúvidas da categoria, foram convidados o coordenador da Comissão de Empresas dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, o diretor Jurídico do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ernesto Izumi, e os advogados Renata Cabral, assessora jurídica da Contraf-CUT, e Marco Aurélio dos Anjos, ambos sócios do Crivelli Advogados.

Bate-papo sobre liminar contra a reestruturação do BB

Segunda-feira, 1º de março
A partir das 18h
Nas páginas da Contraf-CUT no Youtube e Facebook e do Crivelli Advogados

Fonte: Contraf-CUT

Um novo modelo de autenticação de acesso está sendo implementado pela Caixa. A justificativa do banco é aumentar a segurança no acesso dos empregados aos sistemas corporativos, porém a nova ferramenta prevê o uso de um smartphone para autenticar o acesso aos sistemas e o aparelho não será disponibilizado aos empregados.

Ciente do problema, a Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), solicitou à Caixa uma mesa de negociação urgente para tratar o assunto, além de imediata suspensão da implementação do sistema. “Mais uma vez, a Caixa desrespeita os empregados. Não houve debate sobre a decisão de implementação desta nova ferramenta. Essa decisão é incoerente, não podemos prejudicar os empregados fazendo com que eles usem o próprio celular ou outros custos intrínsecos a esse acesso. Por isso pedimos uma mesa de negociação urgente”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

A Caixa não informou aos empregados uma orientação completa sobre a implementação da ferramenta, e a conclusão é de que os empregados deverão utilizar os aparelhos pessoais. Os comunicados do banco não preveem reembolso ou contraprestação aos empregados pelo uso de seus recursos pessoais para o trabalho.

As entidades já receberam diversos relatos, por parte dos empregados, de problemas de acesso neste primeiro dia de aplicação do MFA. “A implementação deste dispositivo já está causando diversos problemas. Por isso, enviaremos um ofício à Caixa requerendo a suspensão de sua aplicação até que haja negociação com as entidades. É um absurdo que a empresa transfira para o empregado a responsabilidade de possuir equipamentos para que desenvolva seu trabalho”, afirmou o presidente da Apcef/SP e membro da CEE/Caixa, Leonardo Quadros.

Múltiplo Fator de Autenticação

A nova ferramenta Múltiplo Fator de Autenticação, ou MFA, é a combinação de dois ou mais métodos de autenticação, onde o usuário é solicitado a confirmar a identidade no acesso a algum serviço. Na Caixa, a confirmação será em duas etapas: login e senha da rede Caixa; e a aprovação do acesso por meio de aplicativo no smartphone.

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco apresentou o seu canal de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e seus familiares, com acolhimento psicológico, social e financeiro, em reunião realizada na tarde desta quinta-feira (25), por videoconferência.

O tema foi um pedido da Comissão Organização dos Empregados (COE) do Bradesco por transparência no cumprimento do acordo incorporado à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em setembro de 2020, que garante a criação de um canal em todos os bancos, entre outras ações de caráter preventivo para lidar com a questão.

“As ações apresentadas hoje pelo banco são muito importantes, pois mostram claramente o compromisso com esta luta que é de todas nós. Ter o acolhimento é fundamental para que a mulher bancária sinta-se segura e fortalecida para enfrentar essa situação difícil”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da COE Bradesco.

Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que também participou da reunião, enalteceu a importância do banco atender à reivindicação do movimento sindical. “Só com esse tipo de clareza que conseguiremos discutir melhorias em cada uma das ações realizada pelo banco, para melhor atender as bancárias vítimas de violência.”

Fechamento de agências

Outro tema debatido na reunião, foi o fechamento das agências, anunciadas pelo presidente do banco, Octavio de Lazari, há algumas semanas. “Reforçamos mais uma vez com a direção do banco que o nosso compromisso e a nossa prioridade é a garantia dos empregos. Nós vamos sempre lutar pelo fim das demissões, principalmente durante a pandemia”, esclareceu Magaly.

Teletrabalho

O movimento sindical questionou quando começará a valer o acordo de teletrabalho, aprovado em 2020. O banco esclareceu que o acordo só passa a valer depois da pandemia. No momento, as equipes estão em home-office ou em situação de rodízio por conta as restrições da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), como acertado com o movimento sindical.

Fonte: Contraf-CUT

Foi lançada nesta última quarta-feira (24) a campanha “Não deixem vender o Brasil”, promovida pela CUT e entidades filiadas, em defesa das empresas estatais brasileiras. A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, participou do debate junto com dirigentes sindicais e parlamentares.

A live foi mediada pelo secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa, que informou que a campanha vai apresentar a partir desta quinta-feira (25) peças publicitárias em emissoras de TV e rádio, além das redes sociais da central e das entidades que apoiam a luta.

Bancos públicos

“Essa é uma campanha em defesa do povo brasileiro. Quando falamos que defender a Caixa é defender o Brasil, também queremos dizer que defender a Petrobras, defender a Eletrobras e os Correios também é defender o Brasil. São empresas lucrativas. No caso dos bancos públicos, são responsáveis por 80% do crédito de quase todas as regiões do país, 69% do credito imobiliário está na Caixa, que também atendeu a população no auxilio emergencial. O Banco do Brasil ofereceu na pandemia crédito para pequenas e medias empresas, com o crédito direcionado. O Banco do Brasil atendeu 110 mil medias e pequenas empresas na pandemia. O Itaú atendeu 47 mil. Os bancos públicos são ferramentas importantes para o crescimento econômico e geração de emprego e renda”, falou a presidenta da Contraf-CUT.

O objetivo de alertar a população para a ameaça da privatização foi destacado pelos participantes da live “Vivemos um momento de ameaça com a entrega de um bem valioso. O objetivo da campanha é despertar na sociedade brasileira a necessidade de defender as empresas públicas. Que as empresas públicas sejam de todos e não de uns poucos empresários”, alertou Ariovaldo de Camargo, secretário de Administração e Finanças da CUT.

Petrobras

A importância das empresas públicas para a economia brasileira e a geração de empregos foi outra questão levantada pelo coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar. “Sabemos as riquezas geradas por essas empresas geram empregos e renda. Sabemos da importância da Petrobras, criada a partir de uma grande mobilização social. Nós já temos algumas sinalizações de vitórias, como a queda de Roberto Castelo Branco (presidente da Petrobras) nos demonstra que as mobilizações que foram feitas, principalmente sobre o preço justo dos combustíveis. Isso chamou a atenção da sociedade e fez o governo recuar em alguns temas”, ressaltou o coordenador da FUP.

Os males que a privatização causa na vida da população foi o alerta feito pela deputada federal Gleisi Hofmann (PR), presidenta nacional do PT. “Estamos preocupados porque a cabeça do governo é de que precisa entregar tudo para o privado. Um exemplo é o que estão fazendo com a Petrobras, que sofre uma intervenção do mercado. A Petrobras mudou sua política de preços e agora sofre a venda fatiada. Agora, a gasolina está alta, o diesel e o gás de cozinha. A margem de lucro do diesel na Petrobras chegou a 150%. Outra ameaça é a privatização da Eletrobras. Energia elétrica é estratégica”, destacou a deputada.

População de baixa renda

O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sérgio Takemoto, também participou da live. Ele lembrou que a Caixa completou em janeiro 160 anos e destacou que o banco sempre foi o local onde as pessoas de baixa renda depositaram suas esperanças. “Na pandemia, mais uma vez a Caixa se mostrou fundamental para atender a população de baixa renda, principalmente com o pagamento do auxílio emergencial. Metade da população brasileira passou pela Caixa nesse período. O governo já manifestou interesse de vender o setor de cartões de crédito e outras áreas do banco, Tudo isso para enfraquecer a Caixa. É ataque à população de baixa renda”, ressaltou Takemoto.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reúne na tarde desta quinta-feira (25) com a direção do banco para debater teletrabalho, fechamento de agências e garantias de emprego e violência contra a mulher.

Emprego

No mesmo dia em que o Bradesco anunciou um lucro líquido recorrente de R$ 19,458 bilhões, o presidente do banco, Octavio de Lazari, disse em entrevista que deve reduzir em mais de um terço a sua rede de agências. O corte faz parte de um plano de reestruturação de despesas que o banco já vem implementando desde o ano passado, quando fechou 7.754 postos de trabalho e 1.083 agências em 2020. A estimativa para este ano é encerrar as atividades de mais 450 agências. Somado ao corte efetuado no ano passado, o número significa uma redução de 34,2% em relação ao tamanho da rede em 2019, que contava com 4.478 agências.

“Queremos saber como fica o emprego nesta nova reestruturação. Pois, mesmo durante a pandemia e com um acordo para não demitir, o banco reduziu seu quadro de funcionários”, questionou Magaly Fagundes, coordenadora da COE.

Teletrabalho

A COE irá cobrar dos bancos os dados de trabalhadores que estão em home-office. Em dezembro, o Comando Nacional dos Bancários cobrou da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) a interrupção do retorno da categoria ao trabalho presencial, que estava acontecendo naquele momento. A fiscalização ficou por conta das comissões por banco.

Canal de violência

A COE Bradesco vai pedir transparência sobre o Canal de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. Esse acordo foi incorporado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), em setembro de 2020.

Na CCT assinada em setembro, está estabelecido um programa de combate à violência. Além da criação do canal, a cláusula trata de ações de caráter preventivo para lidar com a questão como, por exemplo, o treinamento de gestores para lidar com a situação e identificar sinais de que uma bancária possa estar sendo vítima de violência.

“Queremos saber os que o banco vem fazendo, não só na implementação do canal, como também outras ações que estão fazendo. Onde a gente pode construir e avançar ainda mais ferramentas contra a violência”, disse Elaine Cutis, secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Fonte: Contraf-CUT

Bancários vêm realizando, por todo o país, mobilizações contra as medidas de reestruturações propostas pela direção do banco e pelo governo Bolsonaro. Como fruto do debate com membros da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o Comando Nacional dos Bancários decidiu, na segunda-feira (22), manter as ações.

“Definimos um calendário de atividades e mobilizações, além da elaboração de materiais e estudos que visam o maior engajamento dos funcionários do banco e da sociedade na luta pela defesa dos direitos dos bancários e do Banco do Brasil como instituição pública a serviço do desenvolvimento nacional”, explicou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

O calendário, com atividades diárias e semanais, foi encaminhado para todas as entidades sindicais da categoria. Para esta quinta-feira (25), às 11h, foi definida a realização de um grande “tuitaço”, que seja capaz de estourar a bolha social das entidades de trabalhadores e mostre para a sociedade a importância do BB e os ataques que o banco vem sofrendo. Para isso, convocam a categoria a se manifestar nas redes sociais com a #BBoBancoDeTodos.

Privatização iminente

O foco, além dos debates já realizados pelas entidades e pela CEBB se volta, também, à atuação dos parlamentares, particularmente os deputados federais, em decorrência da apresentação do Projeto de Lei 461/21, de autoria do deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP), que abre a possibilidade de privatização do Banco do Brasil, com sua inclusão no Programa Nacional de Desestatização.

“É preciso que não apenas os funcionários do BB, mas toda a categoria, seus familiares e amigos participem das atividades em defesa do Banco do Brasil. Uma instituição de fundamental importância para a toda a sociedade brasileira”, disse a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, Fernanda Lopes. “Contamos com a participação de todo mundo no tuitaço desta quinta, assim como nas demais atividades que serão realizadas”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

A maioria da população brasileira segue com posição contrária à privatização da Caixa Econômica Federal e de outras empresas públicas do país. Chega a 59,8% o índice de cidadãos no Brasil que são contra a entrega ou venda do patrimônio público para a iniciativa privada. Enquanto 28,6% dos entrevistados disseram ser a favor de estatais privatizadas, 11,6% não souberam opinar ou não responderam. Os dados são de pesquisa da MDA, instituto de opinião pública contratado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O resultado do estudo foi divulgado nesta segunda-feira (22).

Com percentual de 30,1%, e na condição de banco 100% público, a Caixa lidera ainda a lista de empresas públicas que a sociedade menos quer ver privatizada. A pesquisa CNT/MDA foi realizada com 2.002 pessoas, em 137 cidades de 25 estados brasileiros, entre os dias 18 e 20 de fevereiro.

Os entrevistados foram ouvidos também sobre as privatizações de estatais como o Banco do Brasil, a Petrobras, a Eletrobras, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e a Casa da Moeda, com posição de resistência a qualquer proposta de privatização. A exceção ficou com os Correios, cuja venda para a iniciativa privada teve o apoio de 64,2%, ante número contrário de 8,7%. Em relação à Petrobras, entre os contrários e os favoráveis ao processo de privatização da estatal, o registro é de empate técnico: 50% para um lado e o restante para o outro.

De um modo geral, porém, o resultado do estudo aponta para a situação de que, quanto mais as pessoas têm a empresa pública como parte do dia a dia, menos elas querem privatizar

Brasil: de mal a pior

O levantamento CNT/MDA revela, por fim, que os brasileiros estão pessimistas em relação à situação do país. Para entre 68% e 76% dos entrevistados, as condições de emprego, da renda, da saúde, da educação e da segurança pioram a cada dia. Essas posições estão apoiadas na ideia de que o pacote de privatizações do governo Bolsonaro não se apresenta como um bom negócio e tampouco traz benefícios para o país e para a população, privilegiando apenas as elites econômicas e políticas.

Fonte: Fenae

Faz 89 anos que as mulheres brasileiras conquistaram o direito ao voto. Em 24 de fevereiro de 1932, com decreto do governo, o voto feminino foi assegurado. A conquista foi fruto de intensas lutas, tanto no país como em outras nações, onde as mulheres desenvolveram campanhas pelo direito ao voto. Mas cinco anos antes, a professora Celina Guimarães Viana* conseguiu o registro para votar, ao solicitar a inclusão de seu nome na lista de eleitores da cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Papel importante também teve a advogada Berta Lutz, que participou das primeiras entidades de defesa dos direitos das mulheres no Brasil. Das campanhas das sufragistas e participação das trabalhadoras em grandes greves e mobilizações, desde o começo do século passado, as mulheres se empenharam em lutas não só pelo direito ao voto, mas para o reconhecimento da cidadania integral, com igualdade de direitos. Uma luta que se ampliou pelas dimensões política, social, econômica e comportamental.

As mais prejudicadas com a crise

“Nossa luta é permanente e ainda temos muitos desafios pela frente. Começamos 2021 com uma crise econômica e sanitária que prejudicam as mulheres de forma mais grave. Desde o início da pandemia, aumentaram os registros de violência doméstica. O desemprego nos atinge de forma mais aguda e agora são as mulheres que têm de manter milhões de famílias atingidas pelo fim do auxílio emergencial, que precisa voltar, mas não menos do que era antes de ser cancelado pelo governo”, afirmou a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis.

Plenárias

O 24 de fevereiro antecede o início da campanha Março, Mês da Mulher, que a Contraf-CUT vai desenvolver em conjunto com outras entidades. As atividades começam esta semana. A primeira delas é uma plenária virtual da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP), que vai debater a luta das mulheres e o voto feminino. Será no próprio dia de comemoração da conquista, na quarta-feira (24), às 17h, pelo Facebook e pelo Youtube da CUT-SP. Participam a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e a vereadora Juliana Cardoso (PT-São Paulo), com mediação da secretária da Mulher da CUT-SP, Márcia Viana.

A segunda plenária virtual será na quinta-feira (25), pela página da Contraf-CUT no Facebook, das 18h às 19h30. Com mediação de Elaine Cutis, o encontro vai definir propostas de atividades a serem feitas em março. Também vai debater a mobilização das mulheres no atual contexto político brasileiro e a atuação feminina no parlamento. Participam as dirigentes sindicais Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT; Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região; Suzineide Rodrigues, presidenta do Sindicato dos Bancários de Pernambuco; Adriana Nalesso, presidenta do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro; Tatiana Oliveira, presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, e Magali Fagundes, presidenta do Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi-MG).

Categoria bancária

“A categoria bancária sempre teve um forte protagonismo na luta em defesa dos direitos das mulheres. Fomos a primeira categoria que conquistou, em negociação com o setor patronal, uma cláusula sobre igualdade de oportunidades. Temos uma mesa de negociação específica e permanente, onde debatemos de forma cotidiana questões relativas ao direito das mulheres. Agora criamos um canal específico nos bancos para dar auxílio às mulheres vítimas de violência doméstica e para romper o círculo da violência. Temos muitas coisas a discutir nessa plenária, para preparar nossas atividades em março”, afirmou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.

Março será o mês de lutas das mulheres na Contraf-CUT, com diversas atividades. Acompanhe as atividades pelo nosso site e nossas redes sociais e participe da mobilização das mulheres bancárias, que são referência à luta pelos direitos das mulheres trabalhadoras no Brasil.

Fonte: Contraf-CUT