Maio 10, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

O lançamento da campanha nacional de vacinação, que aconteceu na tarde da última segunda (27), no Distrito Federal, fugiu dos padrões de outras campanhas oficiais de governo. Ao lado do personagem Zé Gotinha, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu a dose bivalente da vacina contra o coronavírus, pelas mãos do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Dados divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), mostram que a taxa de vacinação infantil sofreu no Brasil uma queda brusca, de 93,1% para 71,49%, entre 2019 e 2021, e isso colocou o país entre as dez nações com a menor cobertura vacinal do mundo.

“Como um país, que se tornou referência em vacinação, comprometeu, em tão pouco tempo, esse legado?”, questiona o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles. “Precisamos lembrar que foi o Brasil que implementou, em 1973, uma das maiores plataformas de vacinação do mundo, o PNI ou Programa Nacional de Imunizações”, lembra. “Foi graças ao PNI que, entre 1974 e 2014, o número de mortes de crianças menores de 5 anos de idade despencou 90%. Foi graças ao PNI que o país conseguiu eliminar doenças como poliomielite, Rubéola Congênita e tétano neonatal. Então, o que aconteceu foi uma grande desarticulação que enfraqueceu essa política de saúde tão importante”, acrescenta. “Nós, da categoria bancária, lutamos durante toda pandemia para garantir vacinas, e, se o governo passado não tivesse atrasado a aquisição dos imunizantes, muitas vidas teriam sido salvas”, completa Mauro Salles.

Outro ponto que também contribuiu para o enfraquecimento da imunização no país foi a disseminação de informações falsas pelas redes sociais, e a partir de quem estava sentado na cadeia da presidência da República. “Por diversas vezes, o então mandatário, Jair Bolsonaro, durante o enfrentamento da pandemia pelo coronavírus, menosprezou e colocou em dúvida a eficácia das vacinas. Essa comunicação, transmitida por alguém que era o presidente, também contribuiu para que o Brasil, até então com um histórico de sucesso nas políticas de imunização, passasse a liderar o número de mortes por covid-19. Tanto que, no início de 2022, quando finalmente o programa de vacinação contra esta doença já estava em andamento, 80% dos internados em UTI por covid-19 eram pessoas não imunizadas“, completou.

O ex-presidente, além de colocar em dúvida a eficácia das vacinas contra o coronavírus, incluiu no sigilo decretado de 100 anos a sua própria carteira de vacinação. Há cerca de dez dias, graças ao fim do sigilo, determinado pelo atual presidente Lula, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, confirmou que o militar reformado recebeu dose da vacina Janssen no dia 19 de julho de 2021. Naquele mês, o Brasil chegou a registrar mais de 1.700 óbitos a cada 24 horas por covid-19.

Fique atento

O calendário de vacinação contra a covid-19 entra na segunda etapa, a partir do mês de março. Em fevereiro, o público-alvo que recebeu o reforço do imunizante bivalente foi formado por pessoas:

  • Com mais de 60 anos,
  • Gestantes e puérperas,
  • Pacientes imunocomprometidos,
  • Pessoas com deficiência,
  • Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILP),
  • Povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas,
  • Trabalhadores da saúde.

Na segunda etapa, que acontece a partir deste mês, o público-alvo será:

  • Toda a população com mais de 12 anos.

Na terceira etapa, prevista para ocorrer ainda em março:

  • Crianças e adolescentes de 6 meses a 17 anos.

Fonte: Contraf-CUT

O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) deve encerrar, nesta quarta (1º), a audiências com as vinícolas envolvidas no uso de mão de obra análoga à escravidão. Mais de 200 trabalhadores foram resgatados na semana passada em Bento Gonçalves (RS). A empresa responsável pela contratação de mão de obra também será ouvida.  Na segunda-feira (27), segundo o MPT, a empresa efetuou a maior parte do pagamento de verbas rescisórias. Já havia sido feito um adiantamento, no valor de R$ 500, para o retorno de 194 trabalhadores à Bahia. A Fênix também pagou o transporte, em quatro ônibus fretados. O restante das verbas foi calculado em aproximadamente R$ 1 milhão. O MPT gaúcho reúne-se com as três vinícolas envolvidas no caso (Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton). A Procuradoria vai discutir responsabilidades das empresas contratantes. Outra decisão foi formar uma força-tarefa para discutir ações contra esse problema.

Hoje também, a Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa gaúcha deve se reunir para discutir o caso. No caso da Assembleia, uma audiência pública foi solicitada pela deputada Luciana Genro (Psol). Ela é autora de projeto (PL 50/2021), que propõe punição mais rígida para empresas que exploram mão de obra. Representantes de órgãos públicos e entidades foram convidados a participar da reunião.

Discriminação

Mesmo com todo o processo de responsabilização dos culpados caminhando de forma célere, o Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves (RS), entidade que representa as vinícolas que usavam trabalho análogo à escravidão no Rio Grande do Sul, tentou tirar das empresas a responsabilidade pela contratação de profissionais em situação desumana. Mais que isso, o CIC tenta colocar no que chama de “assistencialismo” a responsabilidade pelas centenas de pessoas expostas a condições degradantes.

Em texto que mistura desumanidade com pitadas de surrealismo, a entidade afirma que há “uma larga parcela da população com plenas condições produtivas e que, mesmo assim, encontra-se inativa, sobrevivendo através de um sistema assistencialista que nada tem de salutar para a sociedade”, em clara referência a programas como o Bolsa Família.

De acordo com a entidade, a falta de mão de obra e o benefício do Bolsa Família que paga R$ 600 por família são os maiores responsáveis pelo aliciamento dos “escravos do vinho” que foram resgatados por fiscais do trabalho.

Um trecho da nota diz: “Situações como esta, infelizmente, estão também relacionadas a um problema que há muito tempo vem sendo enfatizado e trabalhado pelo CIC-BG e Poder Público local: a falta de mão de obra e a necessidade de investir em projetos e iniciativas que permitam minimizar este grande problema”.

Em nenhum momento os comerciantes da cidade se solidarizaram com as vítimas, mas defenderam a “idoneidade” das vinícolas que se beneficiaram da mão de obra escrava. “Da mesma forma, é fundamental resguardar a idoneidade do setor vinícola, importantíssima força econômica de toda microrregião. É de entendimento comum que as vinícolas envolvidas no caso desconheciam as práticas da empresa prestadora do serviço sob investigação e jamais seriam coniventes com tal situação… A elas, o CIC-BG reforça seu apoio e coloca-se à disposição para contribuir com a busca por soluções de melhoria na contratação do trabalho temporário e terceirizado”, diz a nota do CIC-BG.

Ou seja, para os comerciantes locais o mais importante é resguardar os nomes das empresas as isentando de toda e qualquer responsabilidade com os maus-tratos e o horror vivenciados pelos trabalhadores, aliciados com o sonho de um bom emprego, mas que ao chegarem na cidade ficaram sem salários, endividados e ainda eram impedidos de deixar o trabalho, sem pagar uma suposta dívida com o mercadinho com preços abusivos, onde eram obrigados a fazer compras.

Eles contaram que trabalhavam diariamente, das 5h às 20h, com folgas somente aos sábados. Isso representa uma absurda jornada de 15 horas de trabalho. Também denunciaram que representantes da empresa ofereciam a eles comida estragada, e que os patrões ameaçavam os familiares que vivem na Bahia.

Os comerciantes de Bento Gonçalves além de não terem nenhuma empatia pelos trabalhadores, ainda se abstêm de enfrentar o problema, que segundo os fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), é recorrente na região. Além de Bento Gonçalves foram vistoriadas este ano 24 propriedades rurais nas cidades de Nova Roma do Sul, Caxias do Sul, Flores da Cunha onde foram identificados 170 trabalhadores sem registro, principalmente, baianos, argentinos e indígenas, alguns, inclusive, com menos de 18 anos de idade.

O site com a integra da nota do comércio de Bento Gonçalves, foi retirado do ar.

Fonte: Contraf-CUT

O rendimento do trabalhador brasileiro caiu 1% em 2022 em relação a 2021. A redução foi constatada na edição mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (28).

Segundo o levantamento, cada trabalhador recebeu, em média, R$ 2.715 por mês no ano passado. Isso é R$ 28 a menos do que em 2021. De acordo com o IBGE, o rendimento do trabalhador brasileiro segue praticamente estagnado desde 2012. A média do ganho mensal cresceu só 1,3% em dez anos, apesar de a inflação oficial no país ter acumulado alta de 81% no período.

Isso significa que, apesar de os preços no Brasil terem quase dobrado desde 2012, o ganho do trabalhador manteve-se praticamente o mesmo.

10 milhões de desempregados

Ainda segundo o IBGE, o Brasil encerrou 2022 com cerca de 10 milhões de trabalhadores desempregados. Isso corresponde a uma taxa de desemprego média de 9,3%. Na comparação com 2021, houve uma redução de 3,9 milhões no número de desempregados, ou seja, 27,9% de queda no ano.

No entanto, o número de pessoas em busca de trabalho está 46,4% mais alto do que em 2014, quando o mercado de trabalho tinha o menor contingente de desocupados da série histórica da Pnad Contínua: 6,8 milhões.

Em 2022, 56,6% das pessoas com idade para trabalhar estavam ocupadas. Em 2013 e 2014, eles representavam 58,1%. Cerca de 24,1 milhões de pessoas consideravam-se subutilizadas em 2022. Em 2014, eram aproximadamente 15,6 milhões de pessoas.

Em 2022, 4,3 milhões de pessoas estavam desalentadas – situação em que a pessoa gostaria de trabalhar, porém não procura emprego por achar que não vai encontrar. Em 2014, eram 1,5 milhão.

Emprego sem carteira cresce mais

De acordo com a pesquisa, o total de ocupados chegou a 98 milhões, maior média anual da série, com crescimento de 7,4% sobre 2021. Mas o número de empregados sem carteira no setor privado (12,9 milhões) cresceu mais que o de trabalhadores com carteira (35,9 milhões). Os aumentos foram de 14,9% e 9,2%, respectivamente.

Já o número médio de trabalhadores por conta própria subiu 2,6%, para 25,5 milhões. Por sua vez, os empregados no setor doméstico, onde predomina a informalidade, aumentou 12,2%, somando 5,8 milhões.

Com esses resultados, a taxa média de informalidade oscilou de 40,1%, em 2021, para 39,6%. Mas fica acima das taxas registrada em 2016 (38,6%) e mesmo em 2020 (38,3%).

Fonte: Contraf-CUT

A indicação de João Luiz Fukunaga para presidir a Previ, fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil (BB), foi divulgada na tarde da última sexta-feira (24), após aprovação do Conselho Deliberativo da entidade, conforme previsão estatutária.

Na segunda (27), a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), entidade pública responsável por gerenciar as operadoras de previdência privada no país, concedeu para Fukunaga o atestado de habilitação de dirigente, após ele cumprir todos os requisitos. O próximo passo agora é a tomada de posse, como presidente da Previ, que ocorre nesta terça-feira (28). 

Fukunaga é funcionário de carreira do BB desde 2008. Em 2018, assumiu a coordenação da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), que representa os trabalhadores na mesa de negociações com o BB. Em 2020, se tornou auditor sindical, função prevista no Acordo Coletivo de Trabalho que, entre as várias responsabilidades, realiza a auditoria dos valores da Participação nos Lucros e Resultados do banco. 

Na avaliação da presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, a trajetória de Fukunaga, “de compromisso com os funcionários e funcionárias e com a defesa do banco público, bem como a defesa da reconstrução do Brasil, mostra que ele está preparado para assumir mais este desafio”.

“João apresentou, ao longo desses anos, capacidade de liderança, de mediação e de resolução de conflitos. Nossa expectativa é de uma administração ainda mais preparada para atuar em favor dos trabalhadores e trabalhadoras do Banco do Brasil, associados à Previ, que é uma entidade que foi criada com luta e para garantir aposentadoria digna para os funcionários e proteção aos seus familiares”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta terça-feira, 28 de fevereiro, é o Dia Internacional de Combate às LER/Dort. A data foi instituída pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 2000, devido ao crescimento das doenças entre os trabalhadores.

As Ler/Dort – lesões por esforços repetitivo/distúrbios osteomoleculares – são um grupo de doenças (tendinite, bursite, mialgias etc.) fundamentalmente relacionadas ao trabalho. As doenças se caracterizam por dores crônicas que atingem principalmente os membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços, ombros e braços), membros inferiores e coluna vertebral (pescoço, coluna torácica e lombar), decorrentes de sobrecarga do sistema musculoesquelético no trabalho.

Mauro Salles, secretário de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), lembra que as Ler/Dort são um grave problema de saúde em nossa categoria. “A intensificação do trabalho com condições inadequadas gera uma legião de adoecidos. A cobrança de medidas preventivas e garantia de atenção aos portadores de lesões é uma pauta permanente do movimento sindical bancário. Esta data é referência para lembrarmos de forma permanente nossos direitos. Acima de tudo o direito à saúde e condições de trabalho dignas”.

Entre 2012 e 2016, 89% de todos os acidentes reconhecidos pelo INSS para bancários e financiários eram transtornos mentais e Ler/Dort, sendo que 45% eram LER/Dort, 44% eram transtornos mentais e 11% outros acidentes. Entre 2017 e 2021, 90% dos acidentes reconhecidos foram também de LER/Dort e transtornos mentais (46% Ler/Dort, 44% transtornos mentais e 10% outros acidentes).

Dos afastamentos não reconhecidos como acidentes, ou seja, os benefícios comuns, entre 2012/2016, as LER/Dort e os transtornos mentais somavam 47% do total. Entre 2017/2021 esse número subiu para 55%.

Fonte: Contraf-CUT

Na noite da última segunda-feira, 27 de fevereiro, ocorreu uma reunião do do Comitê de Lutas Sindical e Popular da Baixada Fluminense, na Sub-Sede do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense. 

A reunião, que contou com a presença de mais de 30 Sindicatos dos Trabalhadores, selou a unificação das lutas e ações dos movimentos sindicais e sociais da região.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esteve representado pelos diretores Pedro Batista e Renata Soeiro.

Também foi criado um grupo executivo para organizar as agendas de atividades coletivas na Baixada Fluminense.

No próximo sábado, 4 de março, às 9 horas, no Calçadão de Nova Iguaçu, haverá um Ato Público pelos 60 dias do Governo Lula.

Juntos Somos Mais Fortes!

 

Na última segunda-feira, 27 de fevereiro, em visitas de rotina realizadas pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense nas agências bancárias localizadas em Miguel Couto, em Nova Iguaçu, foram identificadas irregularidades nos bancos Bradesco e Itaú.

Os Coordenadores-Gerais Pedro Batista e Renata Soeiro, durante as visitas, constataram que as agências citadas possuíam problemas referentes ao ar condicionado.

No Banco Bradesco, o problema estava na parte interna da agência, na retaguarda, exclusiva para funcionários e funcionárias.

Já no Banco Itaú, o problema era geral. Tanto clientes, quanto funcionários, sofriam com a falta de manutenção e funcionamento do aparelho de ar condicionado.

O Sindicato cobrou uma posição, e foi informado que já foi solicitada uma reparação para solucionar os problemas apresentados.

Até o fim da semana, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense irá voltar nas agências, para ver se os problemas foram solucionados.

Nesta terça-feira, 28 de fevereiro, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) realizou Sistema Diretivo que contou com a participação de representantes dos sete sindicatos filiados: Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região, Três Rios e Região.

É a primeira vez que a modalidade híbrida (on-line e presencial) é utilizada para a realização do Sistema Diretivo. Com uma estrutura de transmissão disponibilizada pela Federação, diretoras e diretores de Sindicatos distantes, ou que não puderam estar presentes, também participaram, virtualmente, da reunião.

Foi o quarto Sistema Diretivo da nova gestão da Fetraf RJ/ES, realizado no auditório da entidade, localizada no Centro do Rio de Janeiro.

Confira as fotos:

A situação no litoral norte de São Paulo segue muito difícil, por causa dos desastres provocados pelas chuvas durante o Carnaval. Até o fechamento desta matéria, na tarde desta sexta (24), a Defesa Civil Estadual havia confirmado 54 mortes (53 em São Sebastião e uma em Ubatuba), 30 pessoas desaparecidas e mais de 4 mil desalojados. Outras cidades, como Bertioga e Ubatuba, também foram atingidas.

As campanhas humanitárias estão concentradas na arrecadação e distribuição de alimento, água, roupa e material de higiene, como também em cuidados aos atingidos. Entidades em ação nos locais afetados pedem o máximo possível de doação de água potável no momento. Veja abaixo caminhos para se solidarizar e fazer doações.

O Sindicato Solidário está em ação junto a entidades sindicais, de governo e da sociedade civil, em mobilização de solidariedade e ajuda às vítimas. Como explica a secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes, “o trabalho está concentrado na organização de parcerias com ONGs, sindicatos e entidades que estão atuando no socorro de vítimas, em atenção a desalojados e todo o tipo de apoio para resolver essa situação muito triste”.

Os trabalhos da Defesa Civil continuam para resgate de pessoas e liberação de espaços para a circulação em segurança e devem seguir por muito tempo. A atenção também está voltada ao tempo, pois há previsão de mais chuvas nos próximos dias. “A situação de calamidade pode se estender por dias, então a solidariedade tem que se fortalecer a cada hora, por isso também estamos nos comunicando com a categoria e com entidades sindicais parceiras no sentido de fortalecer essa rede de ajuda humanitária”, conclui a secretária.

A Contraf-CUT também está em diálogo institucional com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), para que os bancos participem das ações humanitárias. Também estão sendo encaminhadas ações junto a órgãos públicos, das esferas municipais, estadual e federal, tanto para iniciativas de solidariedade no momento atual, como para ações no sentido de se evitar que desastres parecidos se repitam.

Para o secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Elias Jordão, “quando acontece uma tragédia como essa, a sociedade toda tem que se mobilizar para prestar ajuda humanitária, reconstruir os estragos e se preparar para evitar que desastres semelhantes voltem a acontecer”. O secretário lembra que o litoral norte paulista ainda está no momento mais forte da crise, com muitos desabrigados com necessidade de assistência. “A solidariedade é o que mais conta agora, temos que ajudar as vítimas, que se encontram numa situação que mais parece um cenário de guerra”, completa.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, reafirma a importância do envolvimento de bancárias e bancários na campanha de solidariedade. “Somos uma categoria organizada, presente em quase todas as cidades do Brasil, consciente de sua força e sua importância na sociedade e capaz de se mobilizar por seus direitos e por uma sociedade mais humana”, diz. Para ele, no momento é importante atrair mais apoio ao movimento humanitário. “Vamos todos atuar junto aos sindicatos e como cidadãos, oferecendo a ajuda que cada um puder e também divulgando esta iniciativa em busca de mais solidariedade”, incentiva o secretário.

CUT de São José dos Campos

A subsede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de São José dos Campos está na campanha de solidariedade, inclusive como posto de doações, em especial alimento, água, roupa e produtos de higiene e limpeza. O que é arrecadado está sendo transportado para São Sebastião de helicóptero pelo Fundo de Solidariedade da cidade. A CUT fica na avenida São José, 488, no centro.

Seeb/Mogi das Cruzes

Os bancários e bancárias de Mogi das Cruzes estão promovendo uma campanha de ajuda solidária, com arrecadação de comida, produto de higiene e limpeza e roupas, até o dia 3 de março, que serão enviados aos atingidos. As doações devem ser entregues no ponto de arrecadação, à rua Dr. Deodato Wertheimer, 2.319, na Vila Mogi Moderno.

Instituto Verdescola

A Contraf-CUT apoia o Instituto Verdescola, que atua com voluntários para ajudar desabrigados e feridos no litoral norte paulista. Doações podem ser feitas pelo PIX Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo., por depósito em conta (banco Itaú, agência 8499, conta 28366-4, CNPJ 07.707.869/0001-10) ou por cartão de crédito, por meio deste link no site da entidade. A organização Gerando Falcões está trabalhando em parceria com a Verdescola.

Pets

Muitas outras entidades também estão com ações, algumas em questões específicas, como proteção de animais de estimação. Esse é o caso das organizações Grupo de Resgate de Animais em Desastres (GRAD) e Amparanimal, por exemplo.

Sindicato Solidário

O Sindicato Solidário surgiu na pandemia de covid-19, com o objetivo de “preservar vidas”, como diz a mensagem inicial da página do movimento. A iniciativa da Contraf-CUT, com a parceria de entidades como CUT, Intersindical e CTB, busca mobilizar entidades sindicais do ramo financeiro, em especial da categoria bancária, por uma postura humanitária de todos.

Dezenas de federações e sindicatos do ramo, em diversos estados, fazem parte do Sindicato Solidário (veja lista). No site do Sindicato Solidário também há informações sobre como integrar a iniciativa e indicar entidades para receber doações, além de notícias sobre ações anteriores.

Fonte: Contraf-CUT

Empregados da Caixa Econômica Federal estão denunciando a dilapidação sofrida pelo banco nos últimos anos e apontam caminhos para que a empresa pública volte a ser forte e contribua com a reconstrução do país. “Em toda agência que visitamos tem trabalhador que chega até nós para falar dos problemas causados desde o governo Temer até o ano passado, quando Pedro Guimarães e Daniella Marques, indicados por Bolsonaro, ocuparam a presidência da Caixa”, disse o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e também empregado da Caixa, Rafael de Castro. “Estes mesmos empregados apresentam possíveis soluções e se colocam à disposição para contribuir. Ou seja, a Caixa tem um quadro de funcionários extremamente qualificado e comprometido, mas administrações anteriores quiseram usar o banco apenas para interesses particulares, o que levou à perda de mercado para a concorrência”, completou.

“Não vai ser fácil arrumar tanta coisa errada, mas, com essa nova gestão, esperamos ter abertura para que os empregados participem da reconstrução do banco e, consequentemente do país. Na prática, são eles que farão a mudança acontecer, são eles que ajudarão a reconstruir o Brasil que a gente quer”, avaliou o diretor da Contraf-CUT, ao acrescentar que a Caixa é fundamental para que o governo consiga realizar as mudanças que farão com que o país retome o desenvolvimento econômico e sustentável.

Irresponsabilidade

Rafael lembra que, antes do segundo turno da eleição para a Presidência da República, a Caixa passou a conceder crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. “Todos os especialistas do mercado e da imprensa disseram que era uma medida irresponsável e os demais bancos acharam a operação arriscada, pois não havia garantia e o beneficiário acabaria entrando em uma dívida que não teria como pagar. Assim, os empréstimos com as altas taxas de juros impostos pelo Banco Central acabam levando ao aumento do endividamento das famílias”, observou. “Era unânime a avaliação de que a concessão de crédito pela Caixa se tratava de uma medida eleitoreira, numa tentativa de melhorar a aceitação de Bolsonaro nos segmentos sociais, onde as pesquisas indicavam que ele tinha o pior desempenho”, recordou o dirigente da Contraf-CUT, ao acrescentar que, passada a eleição, o banco parou de oferecer o crédito e, mais do que isso, não tinha mais recursos para conceder financiamentos. Na época, a Caixa era presidida por Daniella Marques.

Para o diretor da Contraf-CUT, a Caixa deixou de fomentar o crédito ao desenvolvimento do país. “Com a política implementada pelas administrações passadas, sobretudo no segundo semestre de 2022, o que se via era refinanciamento, com as pessoas apenas ‘rolando’ a dívida”, criticou. “E as empresas que tomaram crédito no início da pandemia, a pouco mais de 3%, hoje estão pagando 20% de juros por causa da alta da Selic estabelecida pelo Banco Central para agradar o mercado financeiro. Esta política de juros altos incentiva a especulação financeira, restringe o investimento no setor produtivo e aumenta o risco de inadimplência”, completou ao observar que as empresas dão sinais de que precisam de mecanismos pra renegociar os contratos e conseguir quitar suas dívidas. “As mudanças precisam acontecer para que tudo isso seja consertado”, disse.

Descapitalização

Além da concessão irresponsável de crédito, o governo Bolsonaro promoveu uma grande descapitalização dos bancos públicos.

Após a aprovação da lei das estatais, houve uma criação desenfreada de subsidiárias, que diferentemente das empresas mães, não precisam de aprovação do Congresso Nacional para serem privatizadas. “A intenção com essa lei é vender as operações mais rentáveis dos bancos. Na Caixa, as subsidiárias passaram de apenas três para 12”, observou Rafael.

Mas, além da venda das operações mais rentáveis, que tira capital dos bancos, o processo de enfraquecimento da capacidade de os bancos públicos financiarem o desenvolvimento do país também se deu pela exigência da antecipação da devolução dos recursos dos chamados Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs), utilizados pelos governos petistas para reforçar o capital dessas instituições financeiras, para que elas pudessem financiar o desenvolvimento do país.

“O governo Bolsonaro agiu de forma contrária, enfraquecendo os bancos públicos e sua capacidade de financiamento”, ressaltou Eliana Brasil.

É pra já!

Rafael de Castro frisou que muitas das mudanças que precisam ser feitas na Caixa não são fáceis e levarão algum tempo para que as medidas para mudar o cenário façam efeito. “Mas, precisamos ser ágeis com algumas mudanças. Algumas delas são pra já”, completou.

Fonte: Contraf-CUT