Maio 15, 2025
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Imprensa

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A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco Santander se reúne por videoconferência com o banco nesta quarta-feira (27), a partir das 10h, para tratar sobre o banco de horas negativo que foi implementado pelo banco, a pretensão do banco de promover o retorno do home office com rodízio de trabalhadores, a cobrança de metas mesmo em período de pandemia, o não pagamento da remuneração variável e a mudança nos procedimentos em casos de suspeita de contaminação por Covid-19.

“O banco tem tomado algumas medidas sem que haja negociação e nem ao menos comunicado prévio com a representação dos trabalhadores, que ficam sabendo dessas ações pela imprensa, ou somente depois que as mesmas são implementadas. Nosso Acordo Coletivo de Trabalho prevê que haja, pelo menos, comunicação prévia à representação dos trabalhadores”, explicou o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Mario Raia. “Vamos tratar destes temas e reforçar a necessidade da manutenção das relações entre o banco e as entidades sindicais”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal negou a tentativa de acordo judicial à Justiça do Trabalho, por meio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania de Brasília (Cejusc), na tarde desta segunda-feira (25), com o Ministério Público do Trabalho, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), para contratação do cadastro geral do concurso de 2014.

A Caixa negou a possibilidade de conciliação, por entender que a Justiça do Trabalho não é competente para apreciar a matéria.

Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, reforçou que “nunca saiu de pauta da mesa de negociação permanente a necessidade de mais contratações por parte da Caixa. Um ofício enviado recentemente pela Contraf-CUT, inclusive, cobrou novamente essas contratações.”

Agora, o processo retornará a pauta de julgamento da Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. “As entidades sempre lutaram pela Caixa 100% pública e isso passa também por termos mais empregados já que a demanda de trabalho não diminuiu e o banco tem lucro. Temos colegas com ações judiciais trabalhando de forma precária e que deveriam ser efetivados em definitivo e muitos outros concursados aguardando a admissão. É necessário a disposição por parte da Caixa de negociar e compor soluções coisa que não temos observado a anos”, afirmou Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e presidente da Fenae

Histórico

No início do mês, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/TO) encaminhou a Ação Civil Pública (ACP) que pede a suspensão, por 90 dias, da contratação dos aprovados no concurso de 2014. A ideia era fazer acordo judicial, por meio do Cejusc, com a Caixa Econômica Federal e o Ministério Público do Trabalho.

A ACP foi julgada procedente em primeira instância, postergando a validade do concurso até o trânsito em julgado da decisão e condenou a Caixa a apresentar, no prazo de seis meses, um estudo de dimensionamento do quadro de pessoal e, em seguida, promover a convocação de pelo menos 2 mil novos empregados, considerando-se o total de trabalhadores na época da confecção da cláusula 50 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2014/2015.

Em março de 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a competência para julgar tais ações seria da Justiça Comum. A decisão do Supremo ainda não foi publicada e ainda cabe questionamento quanto à modulação dos seus efeitos, ou seja, se a dimensão de sua aplicação alcançaria a ACP dos concursados gerais.

O concurso de 2014 foi um dos maiores realizados pelo banco, com quase 1,2 milhão de inscritos. Foram considerados aprovados 32.879 candidatos. Porém, foram contratados menos de 8% do total.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reúne por videoconferência, na próxima quinta-feira (28), às 15h, com a direção do banco. Os representantes dos trabalhadores levarão à mesa de negociação as denúncias de descumprimento do acordo feito durante a pandemia do coronavírus (Covid-19).

Um dos problemas mais recorrentes é a cobrança indevida de metas durante a pandemia. Outro tema acordado que não tem sido seguido pelos gestores é o banco horas dos trabalhadores.

A COE Itaú vai aproveitar o encontro para discutir o Trilhas de Carreira, mecanismo de avaliação trimestral dos caixas do Itaú. O debate também vai girar em torno do protocolo de saúde e segurança contra a Covid-19.

Fonte: Contraf-CUT

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do Banco Central, aponta que 42% dos municípios do país não possuem nenhuma agência bancária. Em 7% não existe qualquer tipo de atendimento bancário. Os dados mostram que, de janeiro a abril de 2020, foram fechadas 283 agências bancárias no país. Destas 194 foram fechadas após o início da pandemia no país.

“Os bancos alegam que o atendimento é realizado por meios eletrônicos e pela internet. As filas de pessoas que procuram atendimento presencial para receberem o auxílio emergencial de R$ 600 nos mostra que as pessoas mais necessitadas e os idosos não são contemplados pelos meios eletrônicos e pela internet. Assim, ao fechar agências, os bancos deixam de cumprir sua obrigação social, que é oferecer serviços bancários para todos” alerta a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

“E não me venha dizer que o atendimento destas pessoas é obrigação da Caixa. O serviço bancário é uma concessão pública regulada por lei. Todo o sistema financeiro tem a obrigação de garantir o atendimento para todo cidadão brasileiro. Mas, os bancos privados concentram sua atuação apenas na região Sudeste, especialmente no estado de São Paulo e, ainda assim, nos bairros mais centrais, onde está a população de maior poder aquisitivo”, critica a presidenta da Contraf-CUT.

A série histórica mostra que, de dezembro de 2012 a abril de 2020, os cinco maiores bancos do país fecharam mais de 3.000 agências bancárias e que, naquela época, os bancos atendiam em 66% dos municípios. Atualmente, atendem apenas 58%.

Situação crítica

O levantamento do Dieese ainda mostra que, em alguns estados, a situação é extremamente crítica, como em Roraima, onde dos 15 municípios, apenas quatro contam com agências bancárias. Em três deles existem apenas agências de bancos públicos. Bancos privados, apenas na capital. “As pessoas precisam se deslocar por longas distâncias, indo para outras cidades para poder contar com os serviços de um banco. Em grande parte das vezes, quando encontram, precisam enfrentar longas filas, porque os bancos, além de reduzir as agências, também estão reduzindo o quadro de funcionários”, disse a economista Vivian Machado, do Dieese, uma das responsáveis pelo levantamento das informações.

A Caixa Econômica Federal, por exemplo, chegou a ter 101.484 empregados em 2014. Nos resultados do balanço do 1º trimestre de 2020, o banco informou que possui 84.113 trabalhadores em seu quadro de pessoal. Em número de agências, o banco público chegou a ter 3.414 agências em março de 2017 e, hoje, conta com 3.372 unidades, uma redução de quase 10%.

“Além disso, a sobrecarga de trabalho e a cobrança crescente de metas de produtividade adoecem os bancários, que algumas vezes se afastam para tratar a saúde, isso cria um ciclo vicioso que exauri os trabalhadores ”, afirmou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis, lembrando que as poucas contratações que foram feitas ocorreram graças à atuação da Contraf-CUT, que conseguiu manter válido o concurso realizado em 2014, mas que elas são insuficientes para suprir a necessidade de pessoal.

Para a presidenta da Contraf-CUT, além de prejudicar a população, o fechamento de agências prejudica também a economia das cidades que ficam sem unidades bancárias. “As pessoas vão até outras cidades para sacar o dinheiro e, em geral, realizam suas compras por lá mesmo, para não terem que circular com os recursos. O comércio dos municípios sem atendimento bancário fica à mingua”, explicou.

Concentração regional

A economista do Dieese afirma ainda que os bancos privados concentram sua atuação na região Sudeste, em especial no estado de São Paulo. “Isso é constatado não apenas no número de agências, mas também na concessão de crédito. Os bancos privados concedem mais crédito na região Sudeste, enquanto, nas outras quatro, a maior parte do crédito é dos bancos públicos, chegando próximo aos 90% no Norte, Centro-Oeste e Nordeste e a 80% no Sul”, informou a economista do Dieese.

Dados do Banco Central apontam que 90,1% do crédito concedido na Região Norte tem origem nos bancos públicos; no Centro-Oeste, 87,1% provém de bancos públicos; no Nordeste, 89,1% e no Sul, 78,5%. Na Região Sudeste, que concentra mais de 70% da carteira de crédito no país, 72,8% provém dos bancos privados.

O estado de São Paulo, sozinho, concentra quase 58% do total do crédito do país. E, por se tratar do estado mais rico do país, 82% do crédito vêm dos bancos privados.

“Por isso é tão importante defendermos os bancos públicos. São eles que atendem as necessidades da sociedade. Os bancos privados se preocupam com o lucro, com a rentabilidade que terão com o negócio”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Em meio à divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, algumas das colocações do ministro da Economia, Paulo Guedes, receberam menos destaque que a de outros integrantes do gabinete de Jair Bolsonaro.

Falando de forma explícita, Guedes defendeu a privatização do Banco do Brasil. Na reunião, não há divergência entre o economista e o presidente da República, exceto quanto à data: o primeiro defende a venda imediata; o segundo, apenas em 2023.

Em entrevista à TV 247, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, diz que a intensão do governo teria repercussões diretas para toda a população: “Alimento mais caro na mesa do brasileiro”.

“A gente já tem, no Brasil, 2.340 municípios que não têm agências bancárias. Houve uma piora durante o governo Bolsonaro. Os bancos privados só querem estar em locais considerados ‘lucrativos’. A grande consequência seria ausência de crédito, ou crédito mais caro. Há lugares que 82% do crédito vêm dos públicos”, explicou.

Entender o impacto no preço dos alimentos, especificamente em um caso de venda do Banco do Brasil, é simples. Cerca de 70% do crédito agrícola no Brasil é concedido pela instituição e pelo Banco do Nordeste, também público. Os dados apontam que os privados atuam majoritariamente na região sudeste, reforçando desigualdades regionais.

Sem estas instituições, a agricultura familiar – principal produtora de alimentos – teria piores condições na obtenção de crédito, dificultando a produção.

Privatizar: Projeto Antigo


Juvandia lembrou que a entrega do Banco do Brasil à iniciativa privada é uma intenção posta no país desde o governo Temer.

“Eles não fizeram a privatização antes, porque a gente conseguiu uma liminar [em 2017] no Supremo impedindo a privatização. Para privatizar, teria que passar no Congresso Nacional”, lembrou.

Na decisão de mérito do Supremo Tribunal Federal (STF), o plenário da Corte decidiu que a venda de empresas deve passar pelo Legislativo, mas não a de subsidiárias. Desde então, a estratégia privatista tem se adequado, buscando a venda de ativos específicos das estatais.

“Aí é que está a questão: eles querem entregar tudo e a reunião deixa claro. Ele coloca o servidor público como inimigo. Essas declarações só mostram que estão ali para fazer negócio, para atender os próprios interesses, que são os do mercado financeiro”, disse Juvandia.

Os interesses mencionados pela dirigente sindical também afetam a concessão de crédito em outras áreas, notadamente para as empresas pequenas e médias. Na reunião que teve sua gravação divulgada, Guedes também afirma que emprestar a estas empresas é “perder dinheiro”.

“Das principais linhas de crédito [a este setor], os R$ 40 bilhões que anunciaram, é a que está pior. Só 4% desse dinheiro foram emprestados. Só 77 mil empresas conseguiram, e mais de um milhão poderiam acessar. As pequenas empresas são responsáveis pela maior parte dos empregos. Não ter crédito significa não ter emprego”, apontou.

Conforme lembrado por ela, o Sebrae estima que as empresas de pequeno e médio porte são responsáveis por 90% dos empregos no País.

Fonte: Reconta aí, com edições da Contraf-CUT

 

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE), enviou ofício ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, para reivindicar a exclusão da opção “Não faço parte do Grupo de Risco” em protocolo da Caixa.

A Contraf-CUT tem recebido denúncias dos sindicatos e federações de que a opção pela autodeclaração de pertencimento ou não pertencimento a grupo de risco tem gerado pressão por parte de gestores da Caixa.

“Solicitamos que a Caixa tire essa opção do empregado preencher essa declaração se autodeclarando como não pertencente a grupos de risco. E principalmente que os gestores não forcem que os empregados a se autodeclarem assim. O colega assinalar na autodeclaração que não é de risco sem fazer um acompanhamento rotineiro de sua saúde é colocar uma responsabilidade para o trabalhador absurda. Isso porque a pessoa pode ter adquirido/desenvolvido algo e não saber, além disso os estudos sobre a Covid-19 são recentes e o grupo de risco tem sido atualizado não cabendo ao empregado se enquadrar e sim a área de saúde e segurança do banco identificar os possíveis riscos”.

Na semana passada, a Contraf-CUT já havia questionando a razão pela qual a Caixa está abrandando o protocolo de atuação de gestores e empregados durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Para os representantes dos trabalhadores, a mudança expõe um retrocesso na prevenção e promoção da saúde.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudia veementemente a declaração do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, debochando do trabalho remoto feito pelos trabalhadores, durante a reunião ministerial em que o ex-ministro Sergio Moro apontou interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal. “Olha vocês tão em casa? Eu tenho 30 mil funcionários na rua. Não tem esse negócio, essa frescurada de home office. Eu já visitei 15 agências, e você em casa?”, disse o presidente da Caixa.

Pedro falava de uma negociação de publicidade com uma emissora de TV, quando reclamou das “porradas” que levava da imprensa. Neste momento questionou o home office. Ele citou os pagamentos, mas sem detalhar, como argumento contra o afastamento do trabalho. “Quer dizer, eu posso ter 30 mil brasileiros nas agências. Sabe quantas pessoas a Caixa está pagando hoje? Sete milhões de pessoas e todo mundo em home office. Que porcaria é essa?”, reclamou.

“É simplesmente um absurdo! Essa pessoa não tem a mínima ideia o que de fato é ser um empregado da Caixa, está expondo os trabalhadores para se promover. Os empregados merecem respeito pela tarefa que cumprem através da Caixa seja estando nas agências durante todos os períodos, seja nas outras áreas, que também são importantes para o funcionamento do banco. Essa fala mostra o que ele realmente pensa e vem, na verdade, corroborar com as com medidas de abrandamento das ações de prevenção à saúde e segurança dos empregados, no momento em que a Covid-19 mais contamina e mata pessoas”, disse o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Dionísio Reis. “Ele põe em risco não apenas os empregados, mas toda a população que busca o banco para ter acesso aos seus direitos”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

O Coletivo Nacional de Saúde do Trabalhador da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu na sexta-feira (22), por videoconferência, para debater a situação da categoria bancária durante a pandemia e os reflexos das mudanças nos procedimentos do INSS.

Todos os representantes dos trabalhadores presentes na reunião protestaram contra as atitudes de alguns bancos, que ensaiam a flexibilização das medidas protetivas sem negociar com os sindicatos, num momento de aumento do número de casos e mortes pela Covid-19.

De acordo com o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles, a ideia de flexibilização nos procedimentos de prevenção é inadmissível nesse momento. “Em algumas situações, algumas agências não fazem sequer a sanitização do ambiente tendo caso confirmado do novo coronavírus e têm dificultado o afastamento de quem teve contato com colegas com suspeita de contaminação”, afirmou.

De acordo com o Coletivo, essas situações têm contribuído para aumentar a insegurança dos bancários. “Tensão e medo são a tônica na categoria diante do cenário nacional de aumento de casos e, diante da postura de alguns bancos, que deveriam dar segurança e tranquilidade para o trabalho, mudam procedimentos de forma pouco transparente, parecendo que a prioridade são os negócios e não a saúde e a vida”, disse Mauro Salles.

Outra situação que causa dificuldades para a categoria bancária é a situação do INSS. Há poucas agências para o atendimento ao público, o benefício auxilio acidente é concedido no valor de um salário mínimo, através da apresentação de laudos médicos via aplicativo, sem realizar perícia no momento. “Ocorre que os bancos não estão fazendo a complementação entre o que o INSS paga e o salário do trabalhador, conforme estabelece nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Estão realizando como antecipação o que traz prejuízo aos bancários”, disse o secretário da Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.

Os representantes dos trabalhadores também debateram na reunião a necessidade de emissão de Comunicação de acidente de Trabalho (CAT) para quem adquiriu Covid-19, conforme estabelece a legislação. “A CAT é um registro necessário mesmo na suspeita de doença do trabalho e serve para garantir futuros problemas de saúde e a busca do nexo para caracterização de acidente de trabalho”, disse Mauro Salles.

O Coletivo Nacional de Saúde definiu solicitar ao Comando Nacional dos Bancários uma reunião específica com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para tratar destes temas entre outras questões.

Fonte: Contraf-CUT

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou na reunião ministerial do dia 22 de abril que “Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos pra salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas”.

“Ou seja, em meio a uma pandemia que resultará em uma crise econômica gravíssima, o ministro da Economia do governo Bolsonaro, mais uma vez, revela sua mentalidade neoliberal e mostra que enxerga o governo como um banco privado ao avaliar uma suposta perda de recursos públicos ao salvar empresas de porte menor, que são as responsáveis pela maior quantidade de vagas de emprego no país”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Em 2019, as micro e pequenas empresas abriram 731 mil vagas formais, enquanto as médias e grandes fecharam 88 mil. Considerando os dados de 2007 a 2019, os pequenos negócios criaram 12,4 milhões de vagas. Enquanto isso, médias e grandes empresas fecharam 1,5 milhão. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram compilados pelo Sebrae.

Na mesma reunião ministerial do dia 22 de abril, que foi divulgada na sexta-feira (22), pelo ministro do STF, Celso de Mello, Guedes também afirmou que “tem que vender essa porra logo”, em referência ao Banco do Brasil.

“Com esta declaração, Guedes despreza a função social que uma instituição pública do porte do Banco do Brasil, que esbanja liquidez e rentabilidade, deveria exercer durante a crise do coronavírus, por meio da concessão de crédito para ajudar as micro e pequenas empresas”, afirmou Fukunaga.

Não é só Carlos Bolsonaro que anda assediando o Banco do Brasil. Segundo a revista Veja, empresários bolsonaristas querem a cabeça do chefe do banco, Rubem Novaes, por incompetência na condução da instituição. Justamente porque, no meio da crise do coronavírus, Novaes não tem agilidade para liberar crédito.

Redução do crédito para micro, pequenas e médias empresas

Segundo as demonstrações financeiras do Banco do Brasil, entre março de 2016 e março de 2020 o valor da carteira para micro, médias e pequenas empresas (MPME) foi reduzida de R$ 127,3 bilhões para R$ 65,9 bilhões. No mesmo período, a carteira de crédito total encolheu de R$ 411,5 bilhões para R$ 272,9 bilhões, em valores reais (considerada a inflação do período).

“O banco já vinha perdendo carteira e, hoje, este cenário desolador causado pelo coronavírus está dificultando a liberação de crédito para quem realmente precisa, que é o micro e pequeno empresário, o que reflete muito na visão do Paulo Guedes explicitada no vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril”, afirmou Fukunaga.

“O Banco do Brasil é uma empresa pública com mais de 200 anos de história e deveria exercer a função social de conceder crédito para o setor produtivo preservar empregos, especialmente em meio a esta crise de proporções muito sérias. Mas, ao invés de utilizá-lo como instrumento anticíclico, o ministro da Economia prefere usar de palavreado de baixo calão para atacar a instituição e defender sua venda”, finaliza o dirigente.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) lança nesta segunda-feira (25) mais uma pesquisa online em seu site para saber as opiniões da categoria durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Clique aqui e participe da pesquisa.

A última pesquisa, encerrada no início do mês, mostrou que cerca de 80% das agências do Brasil já disponibilizaram informações para que os clientes evitem os bancos durante uma pandemia. A média é a mesma em relação à disponibilização do uso de máscaras e à marcação do piso para manter a distância entre as pessoas como proteção contra a Covid-19. Já de álcool gel o número sobe para 95%.

Em relação à movimentação das agências durante a pandemia, 9,47% disse que está muito mais vazia, 29,68% afirmou que está mais vazia, 17,21% contou que o funcionamento está normal, 18,01% falou que está mais cheia e 25,64% disse que está muito mais cheia.

Fonte: Contraf-CUT