Mais de duas mil agências da Caixa Econômica Federal, que representam cerca de 50% das unidades, irão abrir neste sábado (30), das 8h às 12h, por determinação da direção do banco. As agências funcionarão para atender aos beneficiários que quiserem sacar a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600, cujo o pagamento permanece centralizado no banco público.
De acordo com o calendário divulgado pela Caixa, estarão autorizados a fazer o saque do auxílio emergencial, neste sábado (30), os trabalhadores informais, contribuintes individuais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Microempreendedores Individuais (MEIs) nascidos em janeiro como também aqueles que receberam a primeira parcela do auxílio até o dia 30 de abril. Será possível, ainda, fazer transferência do benefício para contas da Caixa ou de outros bancos.
Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, lembra que os empregados da Caixa já estão trabalhando muito durante a semana. “Não vemos a necessidade de as agências continuarem abrindo aos sábados nesta fase em que os dias úteis estão atendendo a demanda. Este esforço extra é muito prejudicial aos trabalhadores, pois troca um dia de descanso por um dia de esforço e ainda aumenta a exposição deles a doença.”
Uma das principais cobranças das entidades representativas dos bancários ao Executivo federal é a descentralização do pagamento do auxílio. Às vésperas da segunda etapa para o saque do benefício, o governo ainda não tem definição sobre o assunto. No último dia 24, o governo federal voltou a divulgar que os Correios seriam uma opção para ajudar no cadastramento do benefício.
“Desde o início da concessão do auxílio, reivindicamos a descentralização do pagamento para outros bancos”, ressalta Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae). “São mais 101 milhões de cadastramentos — o que corresponde à metade da população brasileira — e cerca de 60 milhões de beneficiários. É preciso envolver tanto os bancos públicos como os bancos privados e outras instituições. Mas, infelizmente, nem a Caixa nem o governo atenderam a esta reivindicação”, afirma.
Além de não descentralizar o pagamento do auxílio emergencial, o presidente da Fenae destaca que a direção da Caixa, até este momento, não fez uma ampla e efetiva campanha de informação à sociedade. “Que esclareça, de forma clara a abrangente, os procedimentos para o cadastro e a concessão do benefício”, reforça Takemoto. “É por isso que as pessoas ainda acabam recorrendo às agências para o cadastramento ao auxílio, por exemplo (que só pode ser feito pela internet ou por aplicativo de celular), ou para situações que poderiam ser resolvidas por telefone”, acrescenta o presidente da Fenae.
Como sacar
Para sacar valores do auxílio emergencial será preciso gerar o código de saque no aplicativo Caixa TEM e se dirigir a uma agência da Caixa ou a uma casa lotérica. Também é possível fazer transferência para outra conta.
Operações eletrônicas
Vale lembrar que por meio do aplicativo Caixa TEM o beneficiário pode pagar contas e fazer compras com o cartão de débito virtual. Desta forma, é possível evitar filas e aglomerações nas agências.
Calendário de Saque
Nascidos em janeiro: 30 de maio Nascidos em fevereiro: 1º de junho Nascidos em março: 2 de junho Nascidos em abril: 3 de junho Nascidos em maio: 4 de junho Nascidos em junho: 5 de junho Nascidos em julho: 6 de junho Nascidos em agosto: 8 de junho Nascidos em setembro: 9 de junho Nascidos em outubro: 10 de junho Nascidos em novembro: 12 de junho Nascidos em dezembro: 13 de junho
Confira por estado as agências que ficarão abertas
A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú apresentou à direção do banco algumas denúncias de descumprimento do acordo feito durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). Na reunião por videoconferência, realizada na tarde desta quinta-feira (28), os representantes expuseram ainda algumas dúvidas dos trabalhadores durante este período de pandemia do coronavírus.
O primeiro assunto foi o banco de horas negativas, que está com problemas de gestão. “O banco precisa ter uma postura mais rígida e ativa, com um comunicado oficial para toda a rede ressaltando a cobrança do banco de horas negativa, que tem como objetivo preservar a saúde dos funcionários, em primeiro lugar. Pois percebemos que alguns gestores estão utilizando incorretamente”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.
A COE Itaú reivindicou a realização dos testes da Covid-19 para todos os funcionários. O banco disse que no momento não é possível, mas que vai levar o tema para a mesa de negociação unificada entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O Itaú informou ainda que tem negociado com o Sírio Libanês, com quem tem acordo, mas não há testes suficientes para atender toda a demanda de mercado.
Quando questionado sobre o reembolso dos testes particulares, o Itaú disse que pagará nos casos com diagnóstico e pedido do médico.
Os representantes dos trabalhadores denunciaram que alguns gestores estão dificultando a entrega dos netbook, o que impossibilita os funcionários afastados de trabalhar em home office, obrigando a manter em banco de horas.
Outra questão levada ao banco é como fica, durante a pandemia, o programa AGIR, ligado à remuneração variável dos funcionários do Itaú. Assim como o Trilhas de Carreira, mecanismo de avaliação trimestral dos caixas. O banco informou que os funcionários têm garantido mil pontos, que são referentes ao mês de maio. O Itaú ficou de dar um retorno, com levantamento dos últimos meses, na próxima reunião sobre todas as avaliações do banco.
A COE Itaú também questionou sobre a alteração da forma de pagamento do vale-transporte, já que muitos trabalhadores estão usando condução própria.
Saúde
Os representantes dos trabalhadores questionaram sobre a forma de higienização das agências. Alertaram ainda para o fato de que o INSS não está fazendo a perícia, por isso, o banco deve cumprir a cláusula 29 do Acordo Coletivo, que trata sobre o complemento salarial.
O banco falou que a higienização das agências está sendo feita no prazo entre 48 e 72 horas. Depois de tomar multa por não deixar as pessoas entrar por não estarem com máscaras, o banco decidiu medir a temperatura corporal – ainda na organização das filas nas agências.
A COE Itaú denunciou que, apesar de o processo legal para as pessoas que se sentem aptas é pedir ao médico um relatório indicando a sua volta ao trabalho, há casos que o gestor solicita ao trabalhador que faça carta de próprio punho, o que é ilegal.
Outra denúncia é sobre os terceiros. Há casos em que que vigilantes de agências contaminadas transferidos para outra agência. O banco ficou de verificar e dar o retorno.
EPIS
Depois de perguntado, o Itaú garantiu que todos os locais têm recebido os EPIs. O banco se comprometeu a investigar onde não está acontecendo a distribuição e a não utilização por parte dos funcionários.
A próxima reunião ficou agendada para 9 de junho. Além dos retornos pendentes desta quinta, PCR, bolsas de estudos e renovação do acordo entrarão na pauta da próxima reunião.
O Brasil teve hoje (28) mais um dia com registro de mais de mil mortos em 24 horas pela covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus. Com o acréscimo, já são 26.754 vítimas da pandemia. Já o número de casos confirmados chegou a 438.238, com 26.417 novos registros. A subnotificação é realidade, atestada por diferentes instituições médicas.
A curva epidemiológica no Brasil segue em ascensão e não existe uma previsão concreta de quando a pandemia deve parar de crescer. Diante desse cenário, o consenso de especialistas é o isolamento social, para evitar mais rápida disseminação da doença e consequente colapso do sistema de saúde.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil, sozinho, tem 25% das mortes diárias causadas pela covid-19 no planeta – de quatro óbitos, um ocorre no Brasil –, o que faz o país ser o o epicentro mundial da doença. A América Latina representa 40% das mortes diárias provocadas pelo vírus.
Epicentro
São Paulo é o local mais afetado pela pandemia. Com 95.865 casos confirmados, os mortos já são 6.980. A taxa de ocupação de UTIs segue alta, com relativa estabilidade em alguns municípios. Na capital, 92% dos leitos estão ocupados. Outras cidades apresentam problema ainda maior, como Guarulhos, na região metropolitana, com 100% de lotação.
Já a taxa de isolamento no estado segue abaixo do ideal. Inicialmente pensada em 70%, a classe médica já aceita que um índice de isolamento de 55% já traria resultados positivos no controle do contágio. Entretanto, a realidade mostra 48% de isolamento no estado e 49% na capital. Mesmo com a adesão insuficiente da população e com a perspectiva de explosão no número de infecções nos próximos dias, o governo João Doria (PSDB), anunciou um programa de relaxamento das medidas sanitárias, a começar na próxima segunda-feira (1º).
Estado da pandemia
Um dia depois do anúncio das medidas de relaxamento, São Paulo também registrou hoje recorde de novos casos computados em um dia. Foram 6.382 casos. E o número de mortos também subiu expressivamente, passando de uma média abaixo de 100 nos últimos cinco dias para 268 hoje.
Segundo estado mais afetado, o Rio de Janeiro apresentou pelo terceiro dia consecutivo mais de 200 mortes em período de 24 horas. Com 4.856 mortos, o estado é o segundo a ultrapassar, sozinho, o número de vítimas de toda a China. O gigante asiático, de 1,3 bilhão de habitantes, foi o primeiro epicentro da doença do mundo e teve pouco mais de 4 mil mortos.
28 de maio é o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e, neste cenário de pandemia em que o país se encontra, a data alerta para os impactos da Covid-19 na vida das mulheres e reforça a importância da conscientização da sociedade dos diversos problemas de saúde.
De acordo com a ONU Mulheres, as mulheres são as mais impactadas pelo coronavírus (Covid-19). 70% das pessoas que trabalham no setor social e de saúde são mulheres. Para Roberto Von der Osten, secretário de Relações Internacionais, o isolamento social aprofunda as desigualdades e injustiças que recaem nas mulheres neste momento e, por isso, os adoecimentos físicos e psicológicos aumentam. “As mulheres sofrem um grande desgaste na saúde física e mental por terem de lidar com a sobrecarga do trabalho do lar e a violência doméstica, além dos assédios e preconceitos ainda existentes na sociedade”, disse.
Gestantes e puérperas estão no grupo de risco
De acordo com a determinação do Ministério da Saúde, as gestantes e puérperas fazem parte do grupo de risco para a Covid-19. É direito da trabalhadora o afastamento do trabalho. Caso o direito seja negado, a trabalhadora deve procurar o seu respectivo sindicato. Ter um parto seguro é direito da mulher. A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que se a gestante não tiver sintomas de Covid-19 pode manter sua opção quanto À escolha da instituição para o parto.
Aumento da violência doméstica durante o isolamento
De acordo com levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em parceria com a empresa de pesquisa Decode Pulse, no mês de março, o número de relatos de brigas de casal na rede social Twitter aumentou 431%. Em contrapartida, no mesmo período, houve uma queda nas notificações de ocorrências de violência contra a mulher, o que mostra o impacto do isolamento social, devido à pandemia causada pelo coronavírus, na vida das mulheres. Para Elaine Cutis, secretária da Mulher da Contraf-CUT, as mulheres possuem grande dificuldade para denunciar os agressores e nesse contexto de pandemia essa dificuldade aumenta ainda mais. O isolamento no qual todos estão sendo impostos impede com que as mulheres escapem das situações de violência e procurem por auxílio e denunciem. Nesse contexto, as redes sociais nos ajudam”, afirmou. Elaine Cutis também afirmou que é extremamente importante que os casos de violência sejam denunciados para que os agressores possam ser punidos. “Não podemos nos calar diante da violência. Temos que denunciar as agressões sejam elas verbais, físicas ou psquícas para que os agressores sejam punidos e que possamos de fato combater a violência”, disse. As Delegacias da Mulher continuam funcionando normalmente no período de quarentena. Os casos de violência e assédio podem também ser denunciados ao 190, que faz atendimentos diários e ininterruptos. Para as mulheres que são bancárias agora também está disponível o Canal de Combate à Violência contra a Mulher dentro dos bancos. Em todo o país as emergências também devem ser registradas no Disque 180 ou o Disque 100, que oferecem orientações. Os abrigos emergenciais das cidades também funcionam normalmente. É preciso procurar pelo serviço por um órgão da prefeitura mais próximo para que o encaminhamento seja feito. As Casas da Mulher Brasileira, que concentram serviços judiciais, psicológicos e assistenciais, também seguem operando normalmente na quarentena.
O trabalho do Comando Nacional dos Bancários pode ter salvado muitas vidas na categoria. Depois das negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), iniciadas em 12 de março, cerca de 2.200 agências bancárias foram fechadas em todo o país durante a pandemia do coronavírus (Covid-19). O montante equivale a aproximadamente 10% dos estabelecimentos no Brasil.
“Meus sinceros sentimentos aos familiares dos bancários e bancárias que faleceram pelo novo coronavírus. Foram 22 em todo o Brasil. Sei que toda a luta do Comando e dos sindicatos, pelos EPIS, teletrabalho, ajudou a salvar muitas vidas. E seguiremos lutando”, garantiu Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional.
De acordo com levantamento do Comando, o número de infectados na categoria chega a 500. A entidade, porém, que há subnotificação dos casos. Para evitar um número ainda maior, o Comando Nacional dos Bancários e a Febraban acordaram que funcionários pertencentes ao grupo de risco ou que coabitem com pessoas do grupo risco trabalhariam de casa. Atualmente, cerca de 300 mil dos 450 mil bancários do país estão em home office, alguns em esquema de revezamento, segundo a Febraban. “Estamos em processo de negociação permanente, o que possibilitou colocar muita gente em casa. Avaliamos que isso salvou muitas vidas”, afirmou Juvandia.
A maior parte das greves realizadas em 2019 foi para manter condições de trabalho ou contra descumprimento de direitos, segundo levantamento feito pelo Dieese. Foram 1.118 paralisações registradas pelo instituto, ante 1.453 no ano anterior. E 82%, assim como em 2018, tinham o chamado “caráter defensivo”, ou seja, referente a direitos não respeitados ou manutenção de condições.
“Além do fato surpreendente de que, mesmo em momento de queda consistente no número de greves (que já dura três anos), as mais de mil greves deflagradas em 2019 ocorreram em ambiente resolutamente hostil à sustentação de mobilizações de trabalhadores”, afirma o Dieese, completando em seguida:. “Essas greves foram encampadas em meio ao impacto da asfixia no financiamento das entidades sindicais; à permanência do alto desemprego, ao avanço do trabalho informal; a expectativas pouco confiantes em um futuro melhor e, sobretudo, em meio a uma difusa sensação de instabilidade, que se intensifica com a recente reconfiguração das forças políticas do país.”
Entre as principais reivindicações, estiveram o pagamento de salários atrasados, incluindo também itens como férias e 13º. Segundo o Dieese, 43% das greves incluíam essa reivindicação. E 34% eram por reajuste no salário ou no piso da categoria, enquanto 21,5% relacionavam-se com questões como alimentação, transporte e assistência médica.
Público e privado
Outra característica dos movimentos é a curta duração. Perto de 57% das greves terminaram no primeiro dia – incluem-se aqui as chamadas paralisações de “advertência”, com o objetivo de abrir negociação. Estas representaram 39% do total. E aproximadamente 82% duraram até cinco dias, no máximo. Apenas 11% se estendeu durante mais de 10.
As paralisações na área pública, incluindo estatais, superaram por pouco as do setor privado, com 566 e 548 registros, respectivamente. Mas a quantidade de horas paradas foi bem maior no setor público, com 73% do total no ano passado. A predominância foi de greves na esfera municipal (63%) e na área de educação e saúde (209 e 80, respectivamente).
Ainda pelo levantamento do Dieese, em 2019 as greves por empresa ou local de trabalho representaram 59% dos movimentos. Já as que envolveram toda a categoria profissional somaram 41%. Nas greves do setor privado, destaque para trabalhadores em transportes, principalmente urbanos, coletores de lixo e do setor de saúde – em especial de organizações sociais.
A Caixa anunciou nesta terça-feira (27) que prorrogou o Projeto Remoto, que permite o trabalho em casa para os empregados do banco, até o dia 15 de julho. A última mudança adiava o trabalho remoto até o dia 31 de maio. A notícia chega dias após o discurso do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, sobre o home office ser uma “frescurada”.
O home office é um dos princiais itens do protocolo de atuação de gestores e empregados. A medida, construída em conjunto com as entidades e o movimento sindical, é essencial para promover a saúde e defender a vida dos empregados e da população. Para o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis, a fala do presidente da Caixa é absurda e reflete a falta de conhecimento de Guimarães sobre os trabalhadores. “Os empregados merecem respeito pela tarefa que cumprem através da Caixa seja estando nas agências durante todos os períodos, seja nas outras áreas, que também são importantes para o funcionamento do banco”, avaliou Dionísio.
Ainda segundo o coordenador, o discurso do presidente da Caixa mostra a motivação uma política ratificando as medidas de abrandamento do protocolo que a Caixa tomou no dia 19 de maio. “O que guia essas questões todas que o presidente da Caixa tem feito são motivações politicas. Ele está se promovendo. Porque a empresa abranda o protocolo de proteção à Covid-19? Porque ainda não descentraliza o auxílio emergencial ou fez uma discussão com prefeitos e governadores que diminuíria as filas? Está explicado. É uma questão política”, afirmou Dionísio.
Para a secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Fabiana Uehara, a prorrogação do home office é algo importante e que tem sido defendido pelas entidades, assim como o. “Vamos continuar defendendo o isolamento social. O home office é fundamental para evitar a contaminação dos colegas e minimizar os impactos no sistema de saúde”, ressaltou.
A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) também defende os protocolos construídos com as demandas dos empregados e das entidades. “Os trabalhadores do banco e a população são vítimas da ineficiência e da irresponsabilidade do governo. O trabalho remoto é importante para os empregados e para a população protegendo-os da contaminação e evitando a aglomeração nas agências”, avaliou o presidente da Federação, Sérgio Takemoto.
Caixa abrandou os protocolos
A CEE/Caixa têm cobrado intensamente a Caixa para que cumpra os protocolos de combate à pandemia da Covid-19 no momento em que os número de Covid-19 mais crescem. Mesmo com as reivindicações, a Caixa abrandou o protocolo em uma decisão unilateral. “Não é o momento de abrandar os protocolos. É o momento de fortalecer a prevenção e a promoção da saúde”, afirmou o coordenador da Comissão.
Projeto Remoto
O Projeto Remoto é uma modalidade de Trabalho Remoto Simplificado. Foi lançando em março e tinha o prazo de 30 dias. A prorrogação do projeto poderá continuar ocorrendo de acordo com a necessidade do banco.
A CEE lembra que a renovação é feita automaticamente pela área responsável.
A quarentena pode ser um ótimo momento para quem quer investir em qualificação profissional de forma segura e sem sair de casa. Para isso, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Instituto Fenae de Responsabilidade Social, oferece cursos, na modalidade de Ensino à Distância, dedicados à formação profissional e desenvolvimento de novos hobbies e gostos pessoais.
“Como falar bem em público”, “Como fazer cerveja”, “Oratória”, “Sobremesas para Confeitaria Básica”, “Cozinha Criativa”, “Espanhol Básico”, “Investimento Inteligente”, “Escrita Criativa”, “FBB150” e “Matemática Financeira com o uso da HP12C na prática” e mais dez cursos.
Os cursos são gratuitos desde a inscrição e serão devidamente certificados. “Nosso objetivo é oferecer a chance de qualificação profissional aos trabalhadores e seus dependentes, sem atrapalhar muito a rotina deles, já que os cursos são à distância”, explicou Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e presidente da Fenae.
Os interessados devem procurar seu sindicato de base para o acesso e o cadastramento à plataforma que oferece os cursos. Será permitido a realização de dois cursos simultaneamente.
Confira a lista completa dos cursos:
CPA 10;
CPA 20;
CEA;
CA 600;
Bancos Públicos no Brasil;
FBB 200;
Introdução ao Mundo dos Vinhos;
MasterMind: “Desenvolvendo uma mente poderosa”;
Inglês Básico;
Cozinha Básica;
Como falar bem em público;
Cerveja;
Oratória;
Sobremesas para Confeitaria Básica;
Cozinha Criativa;
Espanhol Básico;
Investimento Inteligente;
Escrita Criativa;
FBB150;
Matemática Financeira com o uso da HP12C na prática.
O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou nesta quarta-feira (27) que o Banco do Brasil suspenda sua publicidade em sites, blogs, portais e redes sociais acusados de propagar informações falsas.
A determinação atendeu ao pedido feito pelo procurador Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao TCU, que pediu investigação de suposta interferência indevida do secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, e do vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, na publicidade do Banco do Brasil.
Na decisão, o ministro Bruno Dantas afirma que é gravíssima a acusação feita pelo Ministério Público de Contas de que recursos do Banco do Brasil “estão sendo drenados para financiar sites, blogs e redes sociais que se dedicam a produzir conteúdo sabidamente falso e disseminar fake news e discurso de ódio”.
Entenda o caso
Na quarta-feira da semana passada (22), o Banco do Brasil tinha suspendido a publicidade no site Jornal da Cidade On line, depois de ter recebido uma mensagem via Twitter do Sleeping Giants Brasil, quese ocupa de pressionar empresas para que elas não anunciem em sites que difundem notícias falsas e desinformação. Na própria quarta, Carlos Bolsonaro criticou o banco pela suspensão da publicidade. Na sexta-feira (22) o banco anunciou que voltaria a veicular publicidade no site.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) publicou uma nota na própria sexta-feira criticando a retomada da publicidade no site.
“É mais um caso de interferência no Banco do Brasil que mostra a inexpressividade do seu presidente e também o uso do banco para fins pessoais”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Já tivemos promoção relâmpago do filho do Mourão, proibição da veiculação de publicidade voltada aos jovens, patrocínio de jantar nos Estados Unidos em homenagem a Bolsonaro e agora manutenção da publicidade em mídia acusada de disseminação de fake news favoráveis a Jair Bolsonaro. Que outras evidências de uso pessoal da máquina pública serão necessárias para se abrir um processo de investigação”, completou o dirigente.
“Como um banco, que se gaba de estar preparado para a privatização, que alega que seus acionistas minoritários impedem que o banco seja utilizado para políticas sociais e para a redução das taxas de juros, se permite ser utilizado para esta finalidade? Os acionistas minoritários não vão reclamar da manutenção da publicidade em site acusado de disseminar fake news? Vão querer ver a imagem do banco associada a este tipo de veículo de (des)comunicação?”, questionou a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, Fernanda Lopes. “Ou este argumento só é válido em certas ocasiões?”, completou a dirigente da Contraf-CUT.
Grupo de autorregulamentação
O TCU determinou que a publicidade deve ser suspensa até que a Controladoria Geral da União (CGU) edite portaria instituindo um grupo de autorregulamentação publicitária para definir os sites que podem receber os anúncios do banco. O prazo para que o grupo seja criado é de 90 dias.
O grupo precisa ter participação de entidades da sociedade civil, como Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), a Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos (ABRAJI), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (ABERT), Associação Nacional das Editoras de Revistas (ANER), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e o Instituto Palavra Aberta.
A decisão de Dantas se deu por meio de uma medida cautelar, que deve ser levada para análise do plenário do TCU na sessão que acontece na tarde desta quarta.
Os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander) lucraram juntos R$ 18 bilhões no 1º trimestre de 2020, segundo levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Apesar de representar uma queda média de 27,5% no comparativo com o mesmo período do ano passado, o lucro dos cinco maiores bancos nestes primeiros três meses do ano é maior do que o valor investido pelo Ministério de Ciência e Tecnologia em “atividades científicas e técnicas correlatas” durante os 12 meses de 2017. Naquele ano, os investimentos governamentais neste quesito foram de R$ 17 bi.
Atividades científicas e técnicas correlatas são aquelas relacionadas com a pesquisa e desenvolvimento experimental e que contribuem para a geração, difusão e aplicação do conhecimento científico e técnico.
“Se não soubéssemos que o Brasil é um dos países que proporcionam maiores lucros para os bancos, diríamos que é inconcebível a soma do lucro de cinco destas instituições em três meses ser maior do que o que o país investe durante um ano todo em atividades científicas. E isso é porque os bancos registraram queda nos lucros. Se não, a diferença seria ainda maior”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “A queda do lucro se deu principalmente pelo aumento do PDD (Provisão para Devedores Duvidosos)”, disse a dirigente da Contraf-CUT.
Ao se referir ao tamanho do lucro que os bancos obtém no Brasil, Juvandia ressaltou que o lucro obtido pelo banco Santander no território brasileiro representa 29% de todo o lucro obtido pelo banco em todo o mundo e que o ganho daqui é maior, inclusive do que o banco tem em seu país de origem, a Espanha.
Queda nos lucros
A maior queda foi no resultado do banco Itaú, -43,1% em doze meses, com R$ 3,9 bilhões de lucro; no Bradesco, a redução foi de 39,8% no período com R$ 3,75 bilhões. No Banco do Brasil, a queda chegou a 20,1%, com um lucro líquido de R$ 3,4 bilhões. Na Caixa, o lucro caiu 22,2%, pelos R$ 3 bilhões. Apenas o Santander teve crescimento do lucro de 10,6% na comparação com o ano anterior, com R$ 3,85 bilhões de lucro.
“Com a expectativa de crise em função da pandemia, os bancos aumentaram as despesas de PDD, contrariando resolução do Banco Central, que os liberava de reforços nas provisões das renegociações. Destaque no Itaú, que cresceu 161,5%. Somente a Caixa não aumentou. Se estavam desobrigados, por quê aumentaram?” questionou Juvandia.
Segundo a análise do Dieese, as despesas com PDD cresceram, em média, 43,2%, o que, em valores absolutos, chegou a R$ 9,2 bilhões. Dos cinco, apenas a Caixa atendeu a medida do Banco Central e, ao contrário dos demais, reduziu a PDD em 28,8%, ficando em R$ 2 bilhões no trimestre. Isso demonstra que os bancos estão muito apreensivos com relação à economia do país nos próximos meses.
“Deixaram os riscos apenas para os bancos públicos. Não topam ofertar crédito para clientes inadimplentes (que são os que mais precisam) mesmo tendo a cobertura de fundos públicos e mesmo sabendo que a PEC 10 autorizou compra posterior dos títulos podres, caso seja necessário. Apesar de todas as garantias, eles agem com cautela máxima o que é péssimo para a sociedade. Estão fazendo um monte de exigências e dificultando o crédito às pequenas e médias empresas, 49% das concessões feitas foram para as grandes empresas. Assim, o Brasil aprofunda o desemprego e a crise econômica,” apontou Juvandia.
Cabe reforçar que, as taxas de inadimplência atuais dessas instituições não justificam, ainda, esse reforço nas PDDs. As taxas para atrasos superiores a 90 dias estão relativamente baixas, pois, no 1º trimestre, elas ficaram entre 3% no Santander e 3,7% no Bradesco.
Emprego
Com relação ao emprego, os cinco bancos juntos fecharam 11.582 postos de trabalho, em doze meses. Foram 4.097 postos fechados no Itaú em doze meses, parte disso em função do PDV implementado pelo banco no segundo trimestre de 2019, que contou com 3,5 mil adesões, porém, no trimestre, o saldo foi positivo em 416 postos. De acordo com o relatório da instituição, esse saldo no trimestre se deve às contratações para a área de TI. No Santander, foram fechados 1.040 postos de trabalho no período, enquanto no Bradesco, o saldo, também, foi negativo, em 1.922 postos. O Banco do Brasil fechou 3.810 postos de trabalho, parte disso em função do PAQ (Programa de Adequação de Quadros) lançado em 29 de julho de 2019, que contou com o desligamento de 2.367 trabalhadores. A Caixa, por sua vez, fechou 713 postos no período, mas, com saldo positivo no trimestre de 47 postos.
Cabe ressaltar que os bancos firmaram um compromisso com o Comando Nacional dos Bancários de não demissão enquanto durar a pandemia e o estado de calamidade pública que se instaurou no país.
Rede de agências
Quanto à rede de agências, o Banco do Brasil fechou 378 unidades em doze meses, também em função do PAQ. No Itaú, foram fechadas 371 agências físicas no mesmo período (duas, no trimestre) e aberta apenas uma agência digital, as quais já somam 196 unidades. O Santander fechou 27 agências no período. O Bradesco, por sua vez, fechou 194 unidades e a Caixa Econômica, fechou três agências, em um ano. Os cinco bancos juntos fecharam 943 agências no país e, segundo o Dieese, a perspectiva diante da situação atual é que muitas não reabram depois do restabelecimento das atividades normais no país.
Em 2020, ao todo os bancos fecharam 283 agências, sendo 194 depois que começou a pandemia. “Mesmo numa pandemia onde as pessoas precisam ir aos bancos, eles fecham agências sem se preocupar se a população vai ficar desassistida ou ter mais dificuldade pra ir ao banco.” criticou a presidenta.