Maio 16, 2025
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O Brasil tem 57.774 mortes por coronavírus e 1.352.708 casos confirmados confirmadas até as 13 horas desta segunda-feira (29), de acordo com um levantamento feito pelo consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Com esses números alarmantes, fica ainda mais claro que os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são sabidamente essenciais para garantir a segurança daqueles que precisam sair de casa durante a pandemia do novo coronavírus. No ambiente de trabalho, o uso de máscara e álcool 70% se tornaram fundamentais, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

O confinamento de pessoas em ambientes fechados, sem restrições de barreira entre as estações de trabalho, bem como o uso coletivo de elevadores e outros ambientes, ampliam consideravelmente o risco de contaminação, mesmo os casos assintomáticos. Assim, nos locais de trabalho do bancário, onde circulam muitas pessoas diariamente, o não uso expõe todos ao risco de contaminação.

Durante as negociações, logo no início da pandemia, os representantes dos bancários cobraram e os bancos concordaram em disponibilizar os equipamentos necessários para todos os funcionários, independente da categoria. Essa é uma das medidas que compõem o protocolo de segurança firmado entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

“Somos a favor da manutenção do isolamento social enquanto perdurar a pandemia, inclusive já solicitamos para a Caixa a prorrogação do Projeto Piloto. E já pedimos para a GERET que reforce internamente o uso de máscaras pelos empregados, bem como todo o protocolo sanitário. Isso é proteção pra todos que estão no trabalho presencial. Como ainda não foi disponibilizado o direito de testagem, não é possível saber quem está com o vírus e já é sabido que mesmo pessoas assintomáticas podem transmitir o coronavírus”, ressaltou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco. “O descumprimento do protocolo de segurança por parte da Caixa deve ser denunciado ao seu sindicato.”

Fonte: Contraf-CUT

A live da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) desta quarta-feira (1) vai abordar os congressos dos bancos públicos e a campanha em defesa dos trabalhadores do Santander no Brasil.

A novidade desta semana é a volta para o horário inicial, às 18 horas. “A mudança foi para anteder o anseio dos bancários, que estão em seu horário de trabalho e não conseguem participar da transmissão ao vivo, enviando perguntas”, explicou Gerson Carlos Pereira, secretário de Comunicação da Contraf-CUT.

Para falar sobre o 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef), que será realizado nos dias 10 e 11 de julho virtualmente, o convidado é o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/ Caixa) Dionísio Reis.

Já para explicar como será o 31º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, que acontece nos dias 10 e 12 de julho, foi convidado o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga.

A campanha do movimento sindical contra as demissões que o Santander Brasil está promovendo em plena pandemia de Covid-19 e pedindo que as demissões sejam revistas também será um dos temas da Live da Contraf-CUT. O secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT nas negociações com o Santander, Mario Raia, vai revelar os segredos do sucesso da campanha.

Lembre-se, a oitiva transmissão ao vivo da Contraf-CUT, com a presidenta da Confederação e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, acontece na próxima quarta-feira (1), às 18 horas, com mediação do jornalista Rodrigo Zevzikovas.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) orientam a aprovação do Acordo, Coletivo de Trabalho Emergencial (Pandemia Covid-19), negociado em reunião realizada na tarde de sexta-feira (26), por videoconferência.

Abono dos dias 7 a 9 de abril, o desconto de 10% do total de horas negativas e o compromisso de não descomissionamento por desempenho até o final da pandemia estão entre os destaques da proposta que deve ser votada em assembleias, realizadas pelos sindicatos, por meio eletrônico, para que os funcionários digam se aprovam o acordo.

“A proposta é uma conquista muito importante para os trabalhadores, fruto de um árduo processo de negociação”, comemorou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

O coordenador da CEBB, João Fukunaga, explica que a conquista de não descomissionamento garante o salário das pessoas nesse momento de pandemia em que as pessoas estão aflitas. “O acirramento da cobrança de metas por parte do banco neste período deixou muitas pessoas inseguras e preocupadas que somente o pessoal em home office e o pessoal de agência está focada no atendimento. Então, essa medida foi fundamental para garantir a comissão e o salário das pessoas até, pelo menos, o fim do decreto de calamidade pública, que vai até 31/12, mas pode ser prorrogado e aí prorroga também a nossa garantia de não descomissionamento.”

Conquista dos trabalhadores

O acordo deve ser considerado uma conquista dos bancários do Banco do Brasil. O processo de negociação foi árduo e encontrou percalços. Um deles foi a Portaria Conjunta nº 20, de 18 de junho de 2020, que alterou o grupo de risco para a contaminação pela Covid-19, excluindo as pessoas com mais de 60 anos. Desta forma, o banco poderia promover o retorno ao trabalho dos funcionários deste grupo que estejam em home office, mesmo com os números crescentes de mortes pela doença no país.

“Devemos nos considerar vitoriosos nesta batalha. Neste tempo de pandemia, a prioridade deve ser os cuidados com a saúde e a vida e não a venda de produtos para a garantia do lucro”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.

O acordo prevê o desconto de 10% do total de horas que o trabalhador terá que compensar, com prazo de até 18 meses para compensação; manutenção de um período mínimo de 15 dias férias, impossibilitando que o banco zerasse as férias dos trabalhadores; banco de horas positivos garantidos e pagos de acordo com o Acordo Coletivo de Trabalho; manutenção da redução de jornada para os funcionários que estão trabalhando, sem redução de salários; não descomissionamento por desempenho durante todo o período de pandemia.

Fonte: Contraf-CUT

Bancárias e bancários do Banco do Brasil poderão participar da assembleia que o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e os demais sindicatos em todo o país realizarão, e que será feita de forma virtual. 

A assembleia ocorrerá nos dias 1º e 2 de julho, e servirá para que os funcionários do Banco do Brasil deliberem sobre o Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial (Pandemia Covid-19), que trata sobre acertos firmados em mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e o banco.

Em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus, as assembleias serão realizadas por meio eletrônico. Os funcionários que fazem parte da base dos sindicatos que aderiram ao sistema de votação disponibilizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) deverão votar pelo link https://bancarios.votabem.com.br/.

Basta acessar, digitar a matrícula funcional (apenas números) sem o digito e seguir as orientações dadas pelo sistema.

Comando indica aprovação

O Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) orientam a aprovação do acordo, que, entre outras coisas, prevê o desconto de 10% do total de horas negativas, o compromisso assumido pelo banco de não descomissionamento por desempenho até o final da pandemia, manutenção de um período mínimo de 15 dias de férias, impossibilitando que o banco zerasse as férias dos trabalhadores. Além disso, para os funcionários que se encontravam em situação diferente de força de trabalho real e receberam comunicado de férias em 6/4 e 27/4, os dias 7, 8, 9, 28 e 29 de abril serão classificados com o código 478 (outros abonos).

Ao acessar o sistema de votação, o funcionário terá acesso à íntegra do acordo e a um vídeo com a explicação do mesmo.

 

O 36º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef) será realizado nos dias 10 e 11 de julho virtualmente. Cerca de 280 delegadas e delegados definirão as estratégias de luta e a pauta de reivindicações específica do banco público para a Campanha Nacional 2020.

Clique aqui e baixe o logo do 36º Conecef

Três temas principais balizaram o 36º Conecef: defesa da vida, saúde e direitos. “O Conecef é uma construção histórica dos empregados da Caixa. E este acontecerá num momento que nunca vivenciamos antes que é o de pandemia, inclusive num novo cenário que é o virtual. Mas a luta se dá em todos os meios”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com a Caixa

“É muito importante a mobilização dos empregados na definição de nossas prioridades e na construção da nossa estratégia de luta em defesa da Caixa 100% Pública, dos nossos direitos e empregos. Enfrentamos uma conjuntura adversa, de ataques, tanto em relação ao governo federal quanto da direção do banco. Portanto, é muito importante que estejamos mobilizados, unidos e organizados. Só a luta nos garante”, enfatiza o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Dionísio Reis.

O calendário, critérios de participação e temário do Congresso já estão definidos e foram repassados às entidades sindicais: 4 de julho é a data limite para realização dos fóruns ou encontros estaduais/regionais; o prazo para inscrição das delegações será encerrado em 5 de julho e o link para as inscrições será disponibilizado oportunamente.

Também será divulgado, posteriormente, comunicado com as instruções de acesso ao sistema do 36º Conecef. As entidades sindicais são orientadas a respeitar a cota de gênero de 50%, sendo seu cumprimento obrigatório e sujeito a cortes nas delegações até a proporção indicada.

O secretário de Finanças da Confederação nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, convoca os empregados da Caixa para participarem dos debates que irão construir a pauta de reivindicações da categoria. “O Congresso vai definir uma série de ações para o momento que estamos atravessando. É fundamental que os empregados fiquem atentos as resoluções que serão definidas neste Conecef, porque essas deliberações irão pautar a nossa luta por melhores condições de trabalho e principalmente em defesa da Caixa. Não podemos permitir que o banco continue sendo atacado”, reforça o dirigente.

O principal fórum de debates e deliberações dos trabalhadores da Caixa terá os seguintes eixos e temas:

Eixo 1 – Defesa da Vida

  • Democracia;
  • Empresas Públicas;
  • Bancos Públicos;
  • Defesa da Caixa 100% Pública.

EIXO 2 – Saúde

  • Saúde e Condições de Trabalho;
  • Saúde Caixa;
  • Funcef.

EIXO 3 – Direitos

  • CCT e ACT;
  • Contratações.

Fonte: Contraf-CUT

 Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), enviou ofício nesta semana à Caixa Econômica Federal para a prorrogação do projeto teletrabalho enquanto perdurar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O “Projeto Remoto” é um dos principais itens do protocolo de atuação de gestores e empregados. A medida, construída em conjunto com as entidades e o movimento sindical, é essencial para promover a saúde e defender a vida dos empregados e da população durante a pandemia.

Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com a Caixa, exalta o trabalho remoto por ser muito importante para os empregados e para a população, pois os protege da contaminação e evita a aglomeração nas agências. “O confinamento de pessoas em ambientes fechados, sem restrições de barreira entre as estações de trabalho, bem como uso coletivo de elevadores e outros ambientes, ampliam consideravelmente o risco de contaminação, mesmo dos casos assintomáticos. O retorno dos empregados nesse momento expõe os empregados ao risco de contágio.”

Fonte: Contraf-CUT

A UNI Global Union, sindicato global que representa 20 milhões de trabalhadores em 150 países, lançou uma campanha internacional contra as demissões que o Santander Brasil está promovendo em plena pandemia de Covid-19 e pedindo que as demissões sejam revistas.

O manifesto lembra que o banco se comprometeu a não demitir durante a pandemia causada pelo novo coronavírus, mas, mesmo com o crescimento do número de pessoas infectadas e de mortes pela Covid-19 no país, o banco quebrou o compromisso firmado com o Comando Nacional dos Bancários e com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), entidade associada à UNI.

A presidenta da UNI Finanças Mundial (setor de Finanças da UNI Global Union), Rita Berlofa, explicou que a campanha é uma forma de denunciar a irresponsabilidade social que caracteriza a gestão do banco Santander no Brasil, país no qual o banco obtém 29% de todo seu lucro mundial. “Mesmo assim, os funcionários brasileiros são desrespeitados pelo banco espanhol, que quebrou seu compromisso ao mandar para a rua centenas de trabalhadores e torna o trabalho dos que ficam um verdadeiro inferno. Estes são assediados, precisam cumprir metas abusivas e sofrem ameaças de demissão”, disse.

Para Rita, o banco mostra descaso com a sociedade brasileira e dá exemplo de desumanidade para o mundo. “Por isso, é importante mostrarmos para o mundo quais são as reais práticas do Santander”, disse a dirigente ao pedir que todos contribuam com a campanha, assinem o manifesto e ajudem em sua divulgação por whatsapp e publicando nas suas redes sociais. “Vamos pressionar o Santander para que ele reveja as demissões”, pediu a presidenta da UNI Finanças Mundial.

Demissões

O jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem abrindo os planos do Santander. Segundo a reportagem, o banco pretende cortar 20% de seu quadro funcional (quase 9,4 mil bancários). Apesar de desmentir, o banco continua demitindo. Nesta terça-feira, cerca de 400 funcionários já haviam sido demitidos.

Segundo o banco, a demissões ocorrem em virtude do não cumprimento de metas. “A verdade é outra. As demissões ocorrem em virtude da ganância do banco, que neste ano já lucrou R$ 3,85 bilhões nos três primeiros meses. O valor é 10,5% maior do que o obtido no mesmo período de 2019. Ou seja, o banco cresce, fatura cada vez mais e quer cada vez mais. Existe outro motivo que não seja a ganância?”, questiona o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Mario Raia, que é funcionário do Santander.

Denúncia

Sindicatos de todo o país estão em campanha contra as demissões realizadas pelo banco Santander. No dia 16 de junho, um tuitaço com a hashtag #SantanderRespeiteOBrasil foi um dos assuntos mais comentados no Twitter. No mesmo dia também ocorreram manifestações em frente de diversas agências. Nos dias 18 e 19, projeções em prédios de diversas capitais colocaram o tema em evidência em vários veículos e comunicação e mostraram um pouco da verdadeira face do banco para a sociedade.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) denuncia a incoerência do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, sobre o Projeto Remoto. Ao mesmo tempo em que afirma na grande mídia dizendo que vai expandir o programa de teletrabalho depois que o período de pandemia for superado no Brasil, como na entrevista desta quarta-feira (24), para a CNN Brasil, convoca para o trabalho presencial empregados de diversas áreas-meio e matrizes, como tem feito desde a semana passada.

“Esse presidente não tem razoabilidade, primeiro fala que estar de home office devido a pandemia é frescura. Agora voltou a fazer papel de bonzinho dizendo que está ouvindo os clamores dos empregados e que o home office dá mais qualidade de vida (o que nem sempre é uma verdade), e paralelo a isso convoca empregados pro trabalho presencial, sem necessidade já que estão produzindo em casa, para expô-los à riscos de saúde desnecessariamente. Queremos que cuide dos empregados agora!”, ressaltou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora do GT, membra do Conselho de Usuários e secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco.

Projeto Remoto

O Projeto Remoto é uma modalidade de Trabalho Remoto Simplificado. Foi lançando em março, por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19) e tinha o prazo de 30 dias. A prorrogação do projeto ocorre de acordo com a necessidade do banco. Atualmente, o prazo vai até 30 de junho.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) reforça a cobrança de transparência no Relatório de Administração do Saúde Caixa referente ao ano de 2019, divulgado na semana passada pela Caixa. O documento de 64 páginas, já de início, credita o plano de Saúde ao presidente, o que é um equívoco já que o Saúde Caixa é uma conquista dos empregados desde 2004.

Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora do Grupo de Trabalho (GT), membra do Conselho de Usuários e secretária da Cultura e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, lembra que a falta de transparência visto que os relatórios não são enviados para análise conforme ACT, isso quando são enviados. “A Caixa sonega informações fundamentais para que os representantes possam fazer o acompanhamento criterioso da gestão e opinar sobre eventual necessidade de reajustes. Além disso é discutível a maneira tendenciosa como a direção induz os trabalhadores da ativa a culpabilizar os aposentados por gastos. Um dos pilares fundamentais do nosso plano é justamente o princípio da solidariedade”.

Déficit coberto com superávits acumulados

O relatório informa que em 2019, a despesa assistencial foi superior em R$ 158 milhões às receitas. Essa insuficiência de recursos foi coberta com valores de superávits acumulados durante vários anos, que somados à Reserva de Contingência de 5%, constitui o “fundo contábil” do plano. “Tal fundo, correspondia em dezembro de 2019 a R$ 568 milhões, e foi constituído pelo resultado da receita ao longo do tempo superior à despesa. Isso se observa em todos os exercícios de 2004 a 2015, à exceção de 2006, considerada a soma das mensalidades mais coparticipações, o total pago pelos usuários ultrapassou os 30% da despesa assistencial. A Caixa deveria ajustar sua participação a cada ano para restabelecer a proporção 70/30, conforme prevê o ACT, mas nunca fez isso”, explica Fabiana.

Participação inferior aos 30%. Por quê?

A partir de 2016, a soma das mensalidades e coparticipação tem representado menos de 30% da despesa assistencial. Isso em razão de não ter sido aplicados reajustes nos itens de custeio, quando as projeções indicavam essa necessidade. Ao contrário do que a Caixa afirma no relatório, os valores de saldos positivos acumulados não têm a finalidade de cobrir déficits futuros. Pela regra do ACT, eles devem ser aplicados em melhorias para o plano.

O crescimento da despesa assistencial do Saúde Caixa, como em todos os planos de saúde, se dá pelo aumento do custo com os procedimentos de saúde, cuja evolução corresponde a quatro ou cinco vezes os índices de custo de vida, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência do reajuste dos salários. Para se ter ideia do que isso significa, a variação do INPC de 2008, quando foi aplicado o último reajuste no teto anual de coparticipação, chegando a R$ 2.400,00, até 2019, foi de 83,18%, no mesmo período as despesas assistenciais do Saúde Caixa cresceram 323,2%. A Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH) – indicador da chamada inflação médica, calculada pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) – foi ainda maior, de 382,4%. Seria necessário – e há essa previsão no ACT – ajuste para se evitar a ocorrência da arrecadação insuficiente, provocando desequilíbrio no plano. O que não foi feito.

De toda forma, os R$ 158 milhões registrados como déficit no último exercício, se rateado igualmente entre todos os titulares do Saúde Caixa – ativos, aposentados e pensionistas, aproximadamente 124 mil pessoas – representaria, a cada mês, em média, pouco mais de R$ 100 adicionais, o que não inviabilizaria a manutenção do custeio no formato 70/30, tampouco sobrecarregaria o orçamento das famílias. Lembrando sempre que o modelo contempla a socialização dos custos, portanto os menores salários teriam reajustes inferiores a essa média e os mais elevados, maior que a média, mas sempre proporcional à remuneração de cada um.

Contribuição equivalente é fundamental para manutenção do Saúde Caixa

O princípio da solidariedade, uma das características do plano, também ajuda a manter sua sustentabilidade. São milhares que contribuem de maneira equitativa, 2% da remuneração, além dos 20% de coparticipação, isso faz com que o valor da contribuição varie de acordo com a utilização do plano pelo grupo familiar até o limite anual, atualmente em R$ 2.400.

“Há quem indague se o conceito de grupo familiar é correto. Se não seria injusto com os participantes individuais, porque esses pretensamente pagariam o mesmo valor e gastariam menos. É preciso entender que essa cobrança por dependente poderia inviabilizar a participação de muitos empregados por terem salários mais baixos e grupos familiares extensos, o que seria prejudicial ao colega e aumentaria o custo do plano para os demais. Mas, afirmar que por ser individual, em comparação com um grupo familiar, tem um custo menor para o plano é uma falácia”, disse a secretária da Contraf-CUT.

Vejamos a seguinte comparação hipotética entre um casal jovem com dois filhos pequenos, toda a família gozando de boa saúde, e um outro colega sem dependentes, com a mesma renda, mas portador de uma moléstia grave crônica. Provavelmente o que ocorrerá com o primeiro é que cada membro do grupo familiar faça consultas rotineiras uma ou no máximo duas vezes ao ano. Já o colega que não possui dependentes, certamente representará um custo maior, pois utilizará os serviços com frequência maior, os exames solicitados pelos profissionais serão mais complexos e numerosos e poderá inclusive ter que passar por algum outro procedimento terapêutico. Mesmo assim, não se pode dizer que ambos terão a mesma despesa, pois o que utiliza com mais frequência e procedimentos mais custosos, irá pagar um valor maior de coparticipação. E não há injustiça nisso, o plano é assim, solidário!

Cobrança por faixa etária é justa?

Outro aspecto importante da solidariedade é o chamado pacto intergeracional. Em seu relatório de administração, a Caixa enfatiza o custo comparativamente mais elevado da última faixa etária, pessoas com mais de 59 anos, de acordo com critério estabelecido pela ANS. Isso é uma covardia, pois é algo inegável, idosos, em regra, dependem mais dos serviços de saúde, estatisticamente comprovado. Porém se formos cobrar pelo custo da faixa etária, segundo estabelece a resolução 23 da CGPAR, o plano será proibitivo para a maioria dos aposentados, que atualmente enfrentam graves problemas financeiros, como constatou pesquisa elaborada recentemente pela Fenae.

“Porém, para além da preocupação humanitária com nossos colegas aposentados, não é verdade, que eles dão mais despesas do que contribuíram, pois a maioria teve sua vida laboral praticamente toda na Caixa e pagou o plano por muitos anos. Quando jovens, tinham uma utilização média com menor custo, como também comprovam as estatísticas em que a ANS se baseia para estabelecer as faixas etárias. É exatamente a isso que se dá o nome de pacto intergeracional, os mais novos pagam mais do que utilizam, para que os idosos possam usar na medida de sua necessidade, sem um maior comprometimento de sua renda”, argumenta Fabiana.

“Havendo renovação da massa de usuários, com jovens ingressando no plano, essa lógica virtuosa se perpetua, e teremos sempre um plano sustentável e inclusivo. Lamentavelmente isso não acontece hoje pois não temos ingresso de novos empregados”, completa ela.

6,5% será o fim do Saúde Caixa

O efetivo risco que corre o Saúde Caixa é o limitador de 6,5% da folha de pagamentos e de benefícios. Estudo apresentado pela Caixa, elaborado por consultoria externa em 2018, revela que a aplicação desse limite fará com que a contribuição da Caixa para o custeio em 2023 seja igual à contribuição em 2019, em valores presentes. A consultoria conclui, então, que o montante que caberá aos titulares será da ordem de R$ 2,4 bi. Dividindo-se esse valor pelo número de titulares chega-se a um custo médio mensal em torno de R$ 1.600. Em 2019 essa média era de R$ 423.

“A conjuntura nos mostra que os empregados precisam conhecer efetivamente seus direitos, e diga-se, não são benesses da empresa, foram sim conquistas da luta dos trabalhadores. A empresa quer atrás desse relatório convencer os empregados que o Saúde CAIXA necessita mudar conforme entendimento dessa direção. Já passamos por momentos difíceis e vamos também resistir nesse. A Defesa dos nossos direitos não é incompatível com a defesa da Caixa”, finaliza Fabiana Uehara.

Fonte: Contraf-CUT

As negociações da Campanha Nacional dos Financiários 2020 começam na sexta-feira da próxima semana, 3 de julho, às 10h, por videoconferência. Na tarde desta quarta-feira (24), a Federação Interestadual das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Fenacrefi) retornou o contato da Comissão de Organização dos Financiários sobre a pauta de reivindicações, com data-base em 1º de junho, enviada no dia 10 de junho, para marcar a mesa de negociação.

“Esperamos a renovação da atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) pelo período de dois anos, com validade entre 1º de junho de 2020 a 31 de maio de 2022”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão, sobre as principais reivindicações da categoria.

Fonte: Contraf-CUT