Maio 18, 2025
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Tradução a partir de Politikon – Este é um gráfico que nunca chama a atenção o suficiente: a porcentagem de trabalhadores em empresas privadas nos Estados Unidos que pertencem a um sindicato .

A evolução do sindicalismo e do movimento operário nos Estados Unidos é uma daquelas histórias nascidas em parte ao acaso e que tiveram um enorme impacto na estrutura econômica do país nos últimos 80 anos. Vamos ver por que.

 

A era Wagner

Neste gráfico, temos três eras diferentes, cada uma marcada por uma mudança legal. A primeira, de 1935 a 1947, são os anos do  National Labor Relations Act  de 1935 (o Wagner Act), uma das peças-chave do New Deal . A NLRA foi pensada explicitamente para facilitar e favorecer a criação de sindicatos, buscando igualar o poder de barganha entre trabalhadores e empresas. A lei criou um mecanismo para permitir a fundação de sindicatos e de um órgão federal, o Conselho Nacional de Relações do Trabalho , dedicado a supervisionar o processo.

A lei oficializou o princípio norteador básico das relações sindicais  e empresariais, o contrato, produto final de uma negociação entre os dois agentes que produz um documento de pleno valor jurídico. Ela também formalizou algo que seria um componente constante do movimento trabalhista americano e que se tornaria seu calcanhar de Aquiles: os contratos são válidos para empresas ou cobrem determinada categoria profissional dentro de uma empresa. Eles não são setoriais.

Durante os anos em que a legislação esteve em vigor, porém, esse detalhe não foi muito importante. A massiva mobilização da Segunda Guerra Mundial deu aos trabalhadores um tremendo poder de barganha. Isso, combinado com uma administração claramente do lado dos empregados, contribuiu para uma expansão massiva do sindicalismo no país.

Em 1945 e 1946, isso também causou uma grande onda de greves e distúrbios trabalhistas. Quando os republicanos reconquistaram o Congresso em 1946, decidiram que as coisas estavam saindo do controle e que o comunismo era iminente, então empurraram a Lei Taft-Harley para perfurar aquele balão.

Taft-Harley: Combatentes Comunistas

Taft-Harley é uma daquelas leis que aparentemente não são muito agressivas, mas que sua implementação e desenvolvimento jurídico acabam tornando-as cruciais. Em princípio, tudo o que TH faz é proibir várias “práticas sindicais injustas”, como greves de solidariedade, greves selvagens (uma das minhas expressões favoritas) e piquetes em massa. Ele também baniu os chamados closed shops, contratos sindicais que tornavam obrigatória a sindicalização para trabalhar em uma empresa.

As duas mudanças mais significativas, no entanto, foram mais sutis: proibição de doações diretas para campanhas políticas federais e permissão aos estados para que aprovassem leis de “direito ao trabalho”. A primeira parte é significativa porque elimina a possibilidade de os sindicatos se articularem com candidatos em algo como um partido trabalhista. Embora tenham continuado (e continuem) a intervir na política, têm de fazê-lo com comitês de ação política independentes, não endossando candidatos oficialmente.

A segunda parte concentra-se em um detalhe importante. Até 1947, os sindicatos podiam negociar contratos que incluíam uma cláusula que exigia que todos os empregados incluídos no contrato pagassem uma taxa sindical, independentemente de serem ou não membros. A Taft-Harley permite que os estados possam banir esse tipo de cláusula, permitindo que os funcionários optem por não pagar, mas ainda assim receber os benefícios da negociação coletiva. Isso cria situações em que um sindicato em teoria pode tentar representar os trabalhadores, mas não tem recursos para cobrir os custos de uma negociação que os empregadores inevitavelmente tentam fazer que seja a mais cara possível, fragilizando seu poder de barganha.

As leis de direito ao trabalho se espalharam rapidamente, especialmente nos estados do Sul. A ideia de que trabalhadores negros e brancos pudessem compartilhar um sindicato era algo que parecia tão repreensível para muitos que preferiam acabar com o sindicalismo antes de misturar raças.

O impacto Taft-Harley, no entanto, não foi imediato. Durante a década de 1950, o ápice do poder imperial americano, a taxa de desemprego era tão minúscula que os trabalhadores ainda tinham considerável poder de barganha. Em um mundo onde o poderio industrial da América era inquestionável, as empresas podiam se dar ao luxo de ser paternalistas. Além disso, os reguladores ainda eram novos negociadores  , de modo que o NLRB continuou a não ser muito hostil. Houve alguma queda no número de membros, especialmente no Sul, mas o poder do movimento sindical permaneceu.

Nixon, de novo

A mudança veio, como em tantas outras coisas, devido a um velho conhecido: Richard Milhous Nixon. A crise do petróleo interrompeu a sequência ininterrupta de décadas de pleno emprego nos Estados Unidos, exatamente quando a indústria nacional começava a ter que competir com alemães e japoneses. Devido ao acidente histórico do seguro saúde empresarial de que falamos uma vez, os custos do trabalho por trabalhador, especialmente em empresas com sindicatos fortes, eram mais elevados do que em países com Estados de bem-estar social. O ativismo social da década de 1960 também tornou os sindicatos mais militantes, expandindo suas bases para incluir mulheres, latinos e negros.

Nixon não mudou uma vírgula na Taft-Harley. O que fez foi nomear cinco reacionários para o NLRB, permitindo que as empresas agissem de forma muito mais agressiva  contra qualquer tentativa de formar um sindicato.

Por exemplo, uma das provisões de TH permite que os empregadores montem campanhas de propaganda anti-sindical quando alguém está tentando organizar uma na empresa. Nas semanas que antecedem a votação pela sindicalização, um empregador pode forçar os trabalhadores a comparecerem a briefings sobre os horrores do sindicalismo e como, se votarem mal, podem ter que fechar a fábrica e ir para a China. Mudanças na jurisprudência de facto eliminaram o método tradicional de coleta de assinaturas (cheque de cartão) para sindicalizar, obrigando a votação com urnas, onde o empregador pode pressionar muito mais.

Mais significativamente, o governo federal simplesmente parou de penalizar as empresas que violavam os direitos sindicais. Em teoria, é totalmente ilegal demitir um trabalhador que está tentando formar um sindicato, o que regulamenta o tipo de “educação anti-sindical” que empresas podem promover. Na prática, o governo federal aprovou tudo e, quando agiu, as penalidades por violação desses direitos foram e são ridículas. A NLRA era, originalmente, uma agência que tinha que defender os direitos dos trabalhadores em disputas trabalhistas, quando uma empresa fazia algo atroz, era a NLRA que representava o trabalhador. Nixon primeiro, e Reagan depois, simplesmente atrofiou a agência ao ponto de ficar inoperante.

As empresas foram rápidas em perceber essas mudanças. Como mostra este ótimo artigo do EPI,  do qual obtive muito do que você está lendo, nos Estados Unidos existe uma indústria de consultores, advogados e MBAs que ganham a vida ajudando empresas a reprimir qualquer tentativa de sindicalização. Eles são pessoas que conhecem as táticas, estratégias e limites legais em detalhes e os aplicam com energia. Se você quiser vê-los em ação, o fantástico documentário  American Factory  (Netflix) tem um exemplo perfeito de uma dessas batalhas jurídicas.

Oportunidade e desigualdade

Aqui estamos hoje, em um país onde os trabalhadores do setor privado têm pouca ou nenhuma capacidade de negociar qualquer coisa com as empresas em pé de igualdade. Sabemos (porque existem dezenas de estudos que o comprovam) que a queda da representação sindical  é uma das principais causas do aumento brutal das desigualdades nos Estados Unidos. Essa mudança regulatória da era Nixon e sua continuação sob Reagan era virtualmente invisível e não exigia nenhuma lei no Congresso. Seus efeitos, entretanto, foram enormes.

Vale ressaltar, como nota final, quão acidental  tem sido a evolução do movimento sindical americano. A tradição europeia de negociação e acordos setoriais não existe nos Estados Unidos não por uma decisão política, mas por uma decisão judicial. O National Industrial Recovery Act  de 1933 , o antecessor do NLRA, incluiu algo semelhante a essa estrutura, mas o Supremo declarou-a inconstitucional em 1935 e Roosevelt mudou de curso.

Uma parte significativa das enormes desigualdades econômicas nos Estados Unidos, portanto, é o resultado de uma decisão judicial sobre um assunto adjacente à representação sindical e cinco reguladores nomeados por Richard Nixon. Para que depois digam que a política não importa.

Fonte: Rede Brasil Atual

Bem… É Natal, a festa cristã!

E é sempre bom prestar atenção nos sinais semeados pelo Deus Filho, que se fez filho de Deus para viver como filho do homem…

Note e anote:

Ele veio por amor aos seres humanos, mas, preferiu nascer entre os animais…

Sua pretensa religião tinha templo e vários locais de reunião, mas ele foi achado na estrebaria…

Sua pretensa religião tinha muitos clérigos, mas, ele mandou chamar pobres ovelheiros empobrecidos.

Ele foi anunciado por profetas que, depois de perseguidos ou assassinados pelos religiosos, foram aclamados pela religião que os matou.

Ele veio no meio dessa religião, mas não avisou aos religiosos…

Ele ficou no meio dessa religião sem ser percebido pelos ministros religiosos, por quase dois anos, até que uns magos do oriente viram uma nova estrela no Universo, surpreendendo aquela religião que não olhava mais para o céu!

Os religiosos foram alertados pelo político que, se passando por religioso, fingindo colaborar com a sede de adoração ao Deus Filho, expressa pelos magos, foi quem mandou matar a criança da profecia e, para atingi-la, matou toda criança que julgava poder ser o Filho ou a Filha de Deus!

Esse político cooptou os religiosos para se tornarem agentes da morte do Filho de Deus, e os religiosos nem perceberam… Nem mesmo quando o grito dos enlutados feriu o céu!

O filho de Deus sobreviveu para dar um novo começo a quem o quiser por fé, e para demonstrar que é possível, pela militância inerente ao amor, triunfar sobre a barbárie e o barbarizador!

Que o amor militante do Cristo seja a nossa posição na história! Feliz Natal!


ariovaldo ramos

Fonte: Rede Brasil Atual

Feliz Natal!

Dezembro 24, 2020
Para algumas pessoas, este natal pode ser um pouco diferente.
 
Precisamos proteger quem amamos.
 
Se for preciso, mantenha o isolamento social. Proteja quem você quer firme e forte ao seu lado em 2021.
 
Sabemos que esse distanciamento será somente físico, porque os corações estarão juntinhos! ❤️
 
Um feliz natal para todas e todos!
 
São os votos do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense.

Os representantes dos empregados na Comissão Paritária da Promoção por Mérito recusaram a proposta da Caixa sobre a implementação da Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) como critério absoluto para avaliação da Promoção por Mérito referente ao ano de 2020.

Na reunião do dia 16 de dezembro, a Comissão propôs a distribuição linear de um delta (promoção por progressão na carreira) para todos os empregados não enquadrados nos impedimentos previstos pelo RH 176 (os impedimentos são ter menos de 180 dias de efetivo exercício, mais que 3 faltas não justificadas, ter recebido censura ética, penalidade de suspensão ou de advertência, caso tenha recebido outra há menos de 5 anos). A Caixa recusou e indicou que os representantes dos trabalhadores apresentassem uma proposta alternativa para ser discutida. A reunião aconteceu nesta terça-feira (22).

“Na reunião de hoje nós apresentamos uma proposta alternativa, trazendo elementos da GDP para a sistemática, que mantivesse a condição do empregado atingir um delta caso cumprisse os critérios objetivos. Mas a Caixa recusou porque o que ela quer, de fato, é impor o GDP sem ouvir a representação dos empregados”, analisou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt.

A nova proposta da Comissão estabelecia os seguintes critérios:

–  20 pontos para a frequência medida pelo Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon)

– Curso da Universidade Corporativa Caixa que é cobrado no “eixo estilo” da GDP, valendo 20 pontos (podendo ser realizado até 28/02/2021);

– Pontuação extra: 5 pontos para quem tiver o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) válido em 31/12/2020;

– Pontuação extra: Ações de autodesenvolvimento, com 2 pontos por curso registrado no currículo; (A pontuação extra teria limite de 10 pontos)

– Avaliação de competências da GDP, valendo 20 pontos;

Desta maneira, o empregado que alcançasse 40 pontos nesta sistemática teria um delta. O segundo delta seria distribuído às maiores notas da unidade, como nos anos anteriores.

A Caixa não aceitou a proposta e manteve a posição inicial de somente utilizar os parâmetros da GDP, que já havia sido rechaçada pelos representantes dos empregados.

Durante a reunião, a Caixa tentou justificar sua recusa ao dizer que os representantes dos empregados já haviam aceitado o GDP no ano passado. “Isto é ficção. Em nenhum momento a Comissão aceitou ou sequer sinalizou acolher os parâmetros da GDP para avaliação. Pelo contrário, nós propusemos que os critérios acordados no ano passado valessem por dois anos. Basta verificar a ata da reunião. Fosse verdade, bastava a Caixa fechar a GDP e publicar a promoção por mérito. Não seria necessário voltar a negociar em Mesa”, explica o coordenador da representação dos empregados no GT, João Paulo Pierozan.

É importante lembrar que a promoção por mérito está prevista no Acordo Coletivo 2020/2022. “A Caixa realizará sistemática de promoção por mérito em 2021, referente ao ano base 2020, dos empregados ativos em 31.12.2020 […], conforme regras negociadas com as Entidades Representativas dos Empregados”, diz a cláusula 51 do documento.

Para Fabiana Procholdt, estabelecer a GDP como critério absoluto é aplicar uma avaliação que foi construída por somente um lado – o da Caixa. Esta intransigência, segundo Fabiana, vai contra o propósito de uma comissão paritária. “A essência desta comissão está sendo desrespeitada a partir do momento em que é imposta, por parte da Caixa, uma forma de mensurar o mérito dos empregados por meio de uma ferramenta que já foi denunciada pela CEE/Caixa como instrumento muitas vezes de assédio. A empresa deveria é valorizar o seu capital humano por tudo o que fizeram neste ano tão surreal”, disse. “Não discutimos ainda os parâmetros da GDP e desde a Campanha Nacional temos conversado com a Caixa que queremos abrir esse debate. Não vamos aceitar parâmetros que adoecem os trabalhadores”.

Histórico

Desde o fim da Campanha Nacional dos Bancários de 2020, em agosto deste ano, os representantes dos trabalhadores tentam se reunir com a Caixa para discutir as formas de avaliação dos empregados, que serão levadas em consideração para receberem o delta em 2021. Com os sucessivos cancelamentos e adiamentos por parte da Caixa e, agora, a intransigência em relação ao GDP, a CEE/Caixa teme que o impasse provocado pelo banco comprometa o pagamento da promoção aos empregados. “Nós vamos levar a questão para a Mesa Permanente. Nossa opção é sempre o diálogo”, disse Fabiana Proscholdt.

Reduzir direitos para garantir bônus ao alto escalão –  A preocupação da CEE/Caixa é que a insistência da direção do banco para reduzir custos retirando direito dos empregados tenha o objetivo de  garantir o bônus da presidência, vice-presidências e alta administração do banco.

De acordo com o jornal Estadão, os bônus de executivos podem ser cortados se a despesa não cair em R$ 1 bi em 2021. Um levantamento divulgado pelo Ministério da Economia em novembro deste ano aponta que gestores de empresas estatais têm remunerações que alcançam R$ 2,9 milhões ao ano. O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, tem um honorário fixo de mais de 56 mil reais mensais.

Ainda segundo a publicação do jornal Estadão, os executivos que ocupam cargos de vice-presidentes e nas diretorias da Caixa podem receber até seis salários em bônus anual.

O presidente da Federação das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, questiona se é justo que o peso recaia sobre os empregados. “As últimas ações da direção da Caixa mostram um verdadeiro desmonte da Caixa e desrespeito aos empregados para cortar gastos. “Déficit de empregados, fechamento de postos de trabalho, devolução de prédios com uma reestruturação desrespeitosa aos trabalhadores, sobrecarga de trabalho, retirada de direitos. O que percebemos é que o corte de gastos sempre pesa para os trabalhadores”, disse Takemoto.

Takemoto avalia que o trabalho desempenhado pelos empregados neste período de pandemia deveria receber reconhecimento do banco, e não serem avaliados por parâmetros abusivos. “O trabalho dos empregados frente à pandemia, no pagamento dos benefícios emergenciais, já foi reconhecido por toda a sociedade. É justo que estes trabalhadores sejam punidos pela direção do banco mesmo depois de comprovarem sua importância diante da maior crise do país, atendendo a mais da metade da população?”, questiona.

Texto original do site da Fenae.

Fonte: Contraf-CUT

Confira os horários de atendimento das agências bancárias neste fim de ano:

?24/12 - 9h às 11h (horário de Brasília)
?30/12 - expediente normal
?31/12 - não haverá expediente

 

O tema da segurança alimentar e da fome voltou com força no Brasil após inação dos governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro em relação à questão. Após dez anos de paralisação, a ONG Ação da Cidadania retomou a campanha Natal Sem Fome em 2017 e volta neste a promover uma nova mobilização.

Com o lema “Quem tem fome, tem pressa”, a campanha deste ano foi iniciada em outubro e já arrecadou 1,5 mil toneladas de alimentos. A coordenadora de projetos da ONG, Jeniffer Barboza, afirma que a ação deste ano se tornou mais importante por conta da pandemia de covid-19.

“A campanha foi criada quando 32 milhões de brasileiros passavam fome, na década de 1990. Hoje, 80 milhões de pessoas estão em algum nível de insegurança alimentar. Então, é uma responsabilidade nossa e de todas as pessoas combater essa questão pulsante no país”, afirmou, em entrevista ao Jornal Brasil Atual.

Após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, o cenário econômico e social fez com que o Brasil voltasse ao Mapa da Fome e medidas como a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e a redução das compras públicas de alimentos e dos estoques reguladores agravaram ainda mais o quadro.

Para a coordenadora da Ação da Cidadania, com o fim do auxílio emergencial, a situação se torna mais complicada para o próximo ano. “Mais da metade dos domicílios em insegurança alimentar são chefiados por mulheres e pela população negra. São seis milhões de crianças que estão nesses lares e, com a pandemia, essa crise é ainda mais potencializada. A nossa campanha busca resolver a questão da fome, mas também trazer holofotes para essas questões alarmantes sobre a insegurança alimentar no Brasil, além de conclamar a administração pública para elaborar novas políticas que deem conta desse problema”, disse.

Campanha Natal Sem Fome

A Ação da Cidadania é uma ONG fundada em 1993 por iniciativa do sociólogo Herbert de Souza, bastante conhecido como Betinho. O principal objetivo desta instituição é o combate à fome e às desigualdades do Brasil. Desde sua fundação, a entidade deu início a uma série de iniciativas de arrecadação de recursos para este combate.

O prazo para a arrecadação de alimentos destinados à Campanha Natal Sem Fome foi estendido até esta quarta-feira (23). Os interessados em doar, seja individualmente, em grupos ou empresas, devem acessar o site do Natal Sem Fome ou o site do Inec, na seção da campanha. No ano passado, foram arrecadados 941.706 quilos de alimentos nacionalmente.

A Ação da Cidadania também realizou parcerias para ações com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na semana passada, foram entregues às famílias da periferia de Porto Alegre cerca de 12 toneladas de produtos da reforma agrária, além de 50 caixas de hortaliças orgânicas.

Segundo os organizadores, o Natal Sem Fome doou mais de 32 milhões de quilos de alimentos até hoje, estando presente nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Fonte: Rede Brasil Atual

Mesmo com a negociação sobre o valor do benefício e a quantidade de vagas disponíveis ainda em andamento, o banco Itaú abriu as inscrições para o Programa Bolsa Auxílio Educação 2021 para a primeira e a segunda graduação e para a primeira pós graduação.

“Estamos preocupados com o calendário da Bolsa Auxílio, tentando não atrasar demais o processo de concessão do benefício. Por isso, apesar de estarmos negociando o valor e a quantidade, cobramos o início do processo de inscrições, o que já antecipa uma etapa importante”, explicou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

A novidade deste ano é que serão aceitas inscrições para ensino à distância. Para realizar sua inscrição acesse o IU Conecta pela rota: Para mim> Benefícios> Bolsa Auxilio Educação> Inscrição no ranking.

As inscrições podem ser feitas até o dia 29 de janeiro de 2021.

Fonte: Contraf-CUT

 

Você compra uma previdência privada em algum banco e poupa mensalmente uma parte do seu dinheiro por anos a fio, pensando que sua aposentadoria está garantida. Sinto lhe informar que, quando você for conferir o valor a receber, terá a nítida sensação de que foi enganado.

E o fato é que você e alguns milhões de brasileiros estão sendo enganados mesmo. Nunca lhe mostraram o impacto negativo das taxas de administração cobradas pelo banco, nem o verdadeiro assalto que é calcular seu benefício a taxa de juros de 0%, como fazem os bancos normalmente.

Acompanhe as contas e confira. A previdência privada é ótima para os bancos e péssima para os clientes. Os banqueiros lucram e você passa dificuldades na velhice.

Taxa de administração subtrai 30% de sua poupança

Pesquisei os sites das três maiores gestoras de planos de previdência, vinculadas aos três maiores bancos brasileiros, cujos nomes todos sabem. Juntos, os três administram quase 80% (R$ 780 bilhões atualmente) dos ativos da previdência privada.

São dezenas de modalidades de planos de previdência, que cobram taxas de administração entre 0,7% a 3% ao ano. Este percentual é cobrado anualmente, sobre toda a poupança acumulada pelo cliente. Isto significa que, se você tiver R$ 10 mil e o banco descontar 2%, você fica com R$ 9.800 ao final do ano e o banco com R$ 200. No ano seguinte, você poupa mais R$ 5 mil, o banco cobrará mais 2% sobre os R$ 9.800 do ano anterior e também sobre os R$ 5 mil que você depositou. E assim o banco segue subtraindo sua poupança e engordando o lucro dele.

Ah, mas o banco propagandeia que cobra taxa de carregamento 0% e esconde a taxa de administração. E faz isso de caso pensado, já que a taxa de carregamento é muito menos onerosa, pois incide só uma vez sobre cada contribuição mensal, enquanto a taxa de administração, extorsiva, incide sobre o patrimônio acumulado.

Vou fazer as contas com uma taxa de administração de 1,5% ao ano, um percentual médio adotado pelos bancos. Considerei uma mulher, a quem chamo de Ana, que contribui com R$ 300 por mês, começando aos 25 anos e terminando aos 62 anos, quando se aposenta. Ana contribui religiosamente durante 37 anos. Seu patrimônio valoriza 4% anuais além da inflação, o que corresponde a uma taxa de juros de 4% ao ano, a chamada taxa de juros atuarial.

Com uma taxa de administração de 0% e taxa de carregamento de 0%, Ana teria poupado R$ 299.482,25 ao fim de 37 anos. Mas, com taxa de administração de 1,5% e carregamento 0%, ela acumulará somente R$ 213.068,53. Em outras palavras: o banco ficou com 29% do patrimônio dela, só para administrar seu dinheiro. Um lucro fenomenal para o banco, um prejuízo monstruoso para o cliente.

Se aplicarmos esta taxa de 1,5% sobre o patrimônio total administrado pelos 3 maiores bancos (R$ 780 bilhões), eles abocanharão, em 2020, a fortuna de R$ 11,7 bilhões! Imaginem este lucro ano após ano.

Na hora da aposentadoria, a tungada é ainda maior: 40% – Ana, a nossa perseverante cliente, vai buscar a sua aposentadoria vitalícia e o banco lhe dirá que tem direito a R$ 705,47 mensais. Depois de 37 anos poupando, sem falhar um mês sequer. Ela reclama do valor, o banco diz que é isto mesmo, mas não lhe conta que calculou este benefício à taxa de juros de 0% ao ano. Ana acha estranho, mas não sabe como reclamar.

Quando calcula a aposentadoria a taxa de juros de 0%, o banco projeta que o dinheiro acumulado por Ana não renderá nada pelos próximos 25 anos em que ela receberá seu “benefício”. Na verdade, o dinheiro renderá acima da inflação, mas tudo o que render ficará no bolso do banqueiro.

Se fosse calculada à taxa de juros de 4% ao ano, o mesmo rendimento auferido durante os 37 anos anteriores, a aposentadoria de Ana seria de R$ 1.175,78. Ou seja, o banco ficou com 40% da poupança de Ana e só lhe devolveu 60%.

Entendeu por que querem privatizar a previdência social? – Paulo Guedes, o banqueiro ministro da Economia, defende a privatização (ou capitalização) da previdência. Ao fazer isto, não está pensando no bem-estar da população, mas no lucro dos banqueiros. Em 1983, este cidadão ajudou a privatizar a previdência chilena, o que condenou à miséria milhões de chilenos idosos.


José Ricardo Sasseron foi diretor de Seguridade da Previ, presidente da Anapar e diretor do SEEB São Paulo.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

 

 

A mesa de negociações entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniu nesta segunda-feira (21) para discutir medidas para proteger a categoria diante do agravamento da pandemia. O Comando cobrou a interrupção do retorno da categoria ao trabalho presencial e a volta às medidas protetivas. Outra reivindicação foi que @s bancári@s que trabalhem no atendimento direto ao público sejam priorizad@s para receber a vacina contra o novo coronavírus.

“Foi cobrado o retorno do pessoal ao trabalho presencial feito por alguns bancos. Um exemplo foi o Santander, que fez voltar ao trabalho 70% dos bancários e bancárias dos prédios do Centro Administrativo. Que essas pessoas tenham a possibilidade de voltar para fazer o trabalho de casa. Se pode ter o teletrabalho, por que não fazer?”, questionou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando.

A única garantia que a Fenaban deu é que a atual situação permanece: quem está trabalhando em casa, fica em teletrabalho, quem está no presencial, continua. O Comando reivindicou que a Fenaban reveja a posição, para que @s bancári@s que voltaram ao trabalho presencial, que retomem o teletrabalho. Os representantes disseram que levarão a proposta para discussão.

Vacina

“Essa mesa pode orientar para os bancos voltarem com as pessoas ao teletrabalho? Os patamares de contágio são mais altos agora do que antes. Tem cidades onde a situação está caótica. Tem gente morrendo esperando leito de UTI. Estamos bastante preocupados com a questão da vacina, porque o governo não tomou as medidas necessárias. A vacina não pode chegar em 2022. Tem que ser já e para todas e todos”, afirmou Juvandia.

A presidenta da Contraf-CUT cobrou a inclusão d@s bancári@s na lista de prioridades da vacina. “Como a categoria teve que trabalhar como atividade essencial, pedimos que a incluam na lista. Trabalhadores em atividades essenciais têm que estar nessa prioridade, como os trabalhadores da Saúde, os idosos e portadores de comorbidades. Vamos buscar a solução, cobrar isso do governo “, disse.

Juvandia também lembrou que foi cobrado da Fenaban medidas e protocolos para proteção da categoria frente à pandemia. “Pedimos para acompanhar, educar sobre o uso da máscara, sobre o distanciamento, mas recebemos denúncias de gente demitida porque não usava equipamento de proteção. Não pedimos para demitir, mas para orientar”, criticou.

Banco de horas negativas

Outro questionamento feito pelo Comando foi sobre o banco de horas negativas, pelo período em que @ bancári@ permanecer em casa, para posterior compensação através de horas extras. Pelos acordos, os bancos acumulariam essas horas até 31 de dezembro para uma compensação até 31 de dezembro de 2021. “Queremos discutir a continuidade desses acordos, senão as pessoas que estão em casa vão ter que voltar a trabalhar em janeiro”, ressaltou a presidenta da Contraf-CUT. Os representantes da Fenaban informaram que cada banco vai procurar as entidades sindicais para negociar. Garantiram que as horas negativas “não serão usadas como artifício para o retorno ao trabalho” e que “a discussão é para renovar os acordos”.

A Fenaban também apresentou a preocupação de ações e multas aplicadas pelo Procon e Ministério Público para o horário restrito de funcionamento das agências, que prejudicaria a população e estaria contribuindo para concentrar os clientes em aglomerações em horários de atendimento mais limitados. A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, também coordenadora do Comando, lembrou que as agências estão com menor número de funcionários por conta das demissões feitas pelos bancos esse ano, em plena pandemia. “A demora no atendimento aumentou muito quando começaram as demissões e as agências foram muito afetadas”, disse Ivone.

Fonte: Contraf-CUT

O Datafolha aponta que o auxílio emergencial é única fonte de renda para 36% das famílias que receberam pelo menos uma parcela do benefício neste ano. Reduzido de R$ 600 para R$ 300, ele é responsável por sustentar 25 milhões brasileiros, mas chegará ao fim, em janeiro.

Em agosto, na última pesquisa Datafolha sobre o assunto, 44% dos brasileiros tinham o auxílio emergencial como única fonte de renda. O novo levantamento mostra ainda que a renda familiar de 51% das casas do país, diminuiu.

Outro dado que chama a atenção é a influência do corte do auxílio na rotina das pessoas. Com apenas R$ 300, o principal efeito foi a adoção de ações para cortar gastos. Cerca de 75% da população diminuiu a compra de alimentos e outros 65% cortaram despesas com remédios. Além disso, 55% deixaram de pagar as contas da casa e 51%, pararam de pagar escola ou faculdade.

O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) afirma que o fim do auxílio aumentará a taxa de pobreza do país. “A fome está batendo na porta dos brasileiros depois que Bolsonaro acabou com o auxílio emergencial, que é a única fonte de renda de 25 milhões de pessoas. Nós não podemos abandonar essas famílias, por isso estamos lutando na Câmara para criar a renda básica permanente”, tuitou.

Auxílio emergencial em risco

A economista Tânia Bacelar, especialista em desigualdade social no país, vê com apreensão o iminente fim do benefício. “O auxílio emergencial foi central e não pode desaparecer. É irrealista pensar que a economia vai dar conta do mercado de trabalho em 2021. Não vai dar”, afirmou Tânia.

Ela afirma ainda que esta questão tem de fazer parte da agenda da sociedade, pois a economia não vai dar conta de assegurar o bem-estar da população. “A desigualdade é abissal e está se aprofundando”, alertou, em live no começo deste mês.

Já a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kristalina Georgieva afirmou, à Folha de S. Paulo, que o fim prematuro do auxílio emergencial pode significar “obstáculos à recuperação econômica e aumento da desigualdade”, além de fazer com que o Brasil alcance a marca de 24 milhões de pessoas em situação de extrema pobreza.

Fonte: Rede Brasil Atual