Maio 20, 2025
Slider
Imprensa

Imprensa

Funcionários do Banco do Brasil estão sendo obrigados a trabalhar presencialmente nos escritórios de Belo Horizonte, mesmo quando suas funções não exigem o atendimento pessoal dos clientes. Em mesa de negociações, o banco havia se comprometido a encaminhar estes trabalhadores para o trabalho remoto em home office para evitar a propagação ainda maior da Covid-19.

Em texto publicado em seu site, o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região afirma que “vários funcionários têm ligado e mandado mensagens para os dirigentes sindicais assustados e revoltados por entenderem que poderiam realizar o trabalho em home office.”

O sindicato disse ainda que já procurou o banco e alguns gestores liberaram os funcionários para o trabalho remoto durante esta fase da pandemia, mas outros se mantiveram irredutíveis e insistem em fazer com que bancários saiam de casa sem necessidade. Como as conversas não surtiram efeito, encaminhou as denúncias ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e à Prefeitura de Belo Horizonte.

“Exigimos o bom senso dos gestores do BB para que eles providenciem para que os serviços internos sejam executados em teletrabalho”, afirmou Rogério Tavares, funcionário do Banco do Brasil e diretor do sindicato.

Descumprimento de acordo

O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, ressalta que as denúncias permaneceram mesmo após a reunião de negociações com a Federação Nacional dos Bancos, na qual o BB assumiu o compromisso de manter em home office os funcionários que não precisam atender o público presencialmente.

“O Banco do Brasil já divulgou protocolos de segurança se comprometendo de mandar estes trabalhadores para o home office, mas percebemos que existe uma distância enorme entre o que a instituição assume oficialmente e a prática de gestores inescrupulosos, que colocam a meta acima do bem estar dos funcionários”, afirmou Fukunaga. “Esta insensibilidade pode custar vidas. O banco tem que ensinar aos seus gestores como fazer gestão no trabalho home office e não exigir a presença dos funcionários. Isso é coisa de gestor que quer a presença dos funcionários para praticar a intimidação pessoal”, completou.

Para Fukunaga, este caso de Belo Horizonte deve ser solucionado exemplarmente pelo banco, para mostrar que a instituição não vai tolerar o desrespeito ao que foi acordado. “Ou o banco resolve isso rapidamente, ou haverá outros gestores que vão querer fazer igual. Aí, poderemos entender que não são alguns gestores, mas a instituição que está descumprindo o que foi acordado”, concluiu o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT

A 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6), em Pernambuco, condenou o Banco Bradesco a indenizar um gerente dispensado que foi alvo de homofobia no trabalho. A vítima passou a sofrer de ansiedade e depressão. Outra decisão da Justiça foi o direito do gerente de estabilidade provisória no emprego por um ano.

Na condenação, o valor total da indenização foi fixado em R$ 60 mil. O banco também foi condenado a recolher o FGTS do período de afastamento e pagar a complementação do auxílio-doença, além de adicionais de hora-extra. A vítima relatou que ao assumir a gerência de uma agência de cidade do interior do estado, passou a ser alvo de perseguições por parte do gerente geral, que chegou a obrigá-lo a fazer a faxina da agência, inclusive do banheiro.

“O resultado desta sentença reflete exatamente a luta que a gente vem travando com os bancos no combate à discriminação. Eles continuam dizendo que não há discriminação no local de trabalho, mas o resultado da ação é prova do contrário. Será preciso intensificar cada vez mais uma campanha nos bancos e acabar de uma vez por todas com o preconceito e a não aceitação por ser diferente. Homofobia é crime!”, declarou Adilson Barros, secretário executivo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e membro da Comissão de Gênero, Raça e Orientação Sexual da Contraf-CUT e do coletivo LGBT do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Demissões

Por anos, de acordo com testemunhas, o gerente foi vítima de assédio moral e ofensas discriminatórias de seus colegas e superiores. O banco não informou a razão da demissão do gerente. A 2ª Turma do TRT-6 reconheceu que a demissão do trabalhador teve motivações homofóbicas. Um fato que foi levado em conta pela Justiça foi que na mesma data da demissão do gerente também foi dispensado um colega de outra agência com o qual ele mantinha relacionamento.

Tais pressões foram consideradas e, de acordo com a sentença, contribuíram para que a vítima desenvolvesse problemas psíquicos. “Não é difícil imaginar que o empregado, dentro de um contexto em que sabia ser alvo de constantes comentários e piadas de mau gosto — não por ter dado margem a isto, mas por possuir orientação sexual diferente dos padrões tidos como tradicionais — se sentisse triste, abatido, desestimulado e verdadeiramente desencorajado a enfrentar o próprio dia a dia”, afirmou na sentença a desembargadora-relatora Eneida Melo Correia de Araújo. Para a desembargadora, o banco tinha o dever de proporcionar um ambiente de trabalho sadio.

Com informações do site Consultor Jurídico e da assessoria de imprensa do TRT-6.

 

A Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa) definiu um calendário de lutas para o mês de abril, em defesa de pagamento justo da Participação nos Lucros ou Resultados (PLR), a defesa da vacina contra Covid-19 para todos e da Caixa 100% pública. O calendário foi aprovado pelo Comando Nacional dos Bancários, em reunião realizada nesta segunda-feira (12).

A Caixa não pagou devidamente, conforme o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021, a Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) dos empregados. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) identificou que a Caixa pagou a PLR Social com base na divisão linear entre todos os empregados de 3% do lucro líquido, e não de 4%, como determina o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

Os integrantes da Comissão também vão denunciar as graves consequências que as devoluções dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCD) vão causar à Caixa. A intenção do presidente do banco, Pedro Guimarães, é devolver os recursos com a venda de subsidiárias ainda neste ano. A Caixa já devolveu R$ 11,35 bilhões de um total de R$ 40 bilhões. Vale lembrar que IHCD não tem data de vencimento, portanto, a direção da Caixa não tem a obrigação de antecipar a devolução destes recursos.

A coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, explica que o calendário de lutas vai propor uma campanha ampla. “O Governo e a direção da Caixa têm avançado na retirada de direitos dos empregados e na privatização do banco público. Portanto, além de denunciar os prejuízos com a devolução dos IHCDs e cobrar o pagamento justo da PLR, nossa mobilização será pela vacinação para todos e a inclusão dos empregados no grupo prioritário de imunização contra a Covid-19. E o mais urgente – defender a Caixa 100% pública que, mais do que nunca, está ameaçada com a venda da Caixa Seguridade”, alertou Fabiana. A abertura de capital da subsidiária de seguros está prevista para o dia 29 de abril.

Para Jorge Furlan, diretor do Sindicato dos Bancários do ABC e membro da CEE/Caixa, “essa postura da Caixa com seus empregados, nada mais é que um reflexo do governo federal, demonstrando desrespeito e prejudicando quem até agora se desdobrou para atender a população em plena pandemia.”

Para reforçar o calendário de lutas, além da reunião do Comando Nacional, a CEE está programando uma plenária nacional com os dirigentes sindicais na noite desta segunda-feira (12).

Confira o calendário:

  • Plenárias – período de 19 a 21 de abril – Federações organizem plenárias junto aos Sindicatos que cubram toda a base.
  • Assembleias – dia 22 de abril.
  • Live Temática: Descapitalização da Caixa – dia 26 de abril – 19h.

Fonte: Contraf-CUT

Representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se comprometeram nesta segunda-feira (12) com o Comando Nacional d@s Bancári@s a apresentarem uma proposta de protocolo mínimo de segurança contra a covid 19. O compromisso foi assumido na reunião que discutiu medidas de proteção da categoria diante do crescimento do contágio da Covid 19.

“Acertamos que vamos fazer um protocolo nacional mínimo, fundamental nesse momento de agravamento da pandemia. É importante que os bancos padronizem seus protocolos. Como até agora não havia clareza de um padrão, acabava ficando nas mãos dos gestores as medidas de proteção. Com um protocolo nacional, podemos analisar na ponta, nas agências, se tudo isso que estamos conversando está sendo aplicado”, avaliou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando.

Higienização

Outro ponto cobrado dos bancos foi a necessidade de uma higienização pelo menos semanal das unidades. Os representantes da Fenaban concordaram que esse procedimento pode ser acrescentado no protocolo mínimo a ser discutido. Também consideram inadmissível que clientes tentem entrar nas agências alegando que precisam de atendimento rápido por estarem contaminados, conforme relato de fato ocorrido em uma agencia bancária.

Embora os representantes da Fenaban garantissem que os bancos orientam os gestores a não realizar visitas externas, dirigentes do Comando lembraram que o mais adequado não é uma orientação, mas a proibição das visitas durante a pandemia. Também foi cobrado que os bancos devem ter um acompanhamento das sequelas de funcionári@s que retornaram ao trabalho após superarem o adoecimento pela Covid.

Grupos de risco

No início da pandemia, centenas de bancári@s de grupos de risco foram afastados de suas atividades presenciais, mas não receberam atividades remotas. “Tem gente que está um ano em casa, do grupo de risco. E que podem ter problemas na renovação do acordo. Nossa preocupação é que tem que arrumar atividade para essas pessoas que estão em casa acumulando horas para compensar futuramente”, destacou a presidenta da Contraf-CUT. Os representantes da Fenaban se comprometeram a discutir o tema.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) apresentarão de terça (13) a quinta-feira (15) os resultados dos balanços dos bancos públicos. Na sexta-feira (16), a pauta será a autonomia do Banco Central. As atividades têm o objetivo de informar e instrumentalizar os dirigentes sindicais na defesa dos bancos públicos, mas é aberto a todos que queiram conhecer o ponto de vista dos bancários sobre os balanços dos bancos públicos.

“Serão apresentações com elevada qualidade, tanto técnica quanto política. Vamos mostrar para a sociedade e para a imprensa que os bancos públicos merecem ser vistos por uma ótica diferente da que é mostrada por quem defende a privatização, que, normalmente, é reproduzida pela mídia”, disse o secretário de Relação Internacionais da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, que representa a entidade na equipe de organização.

Os interessados em participar do debate devem acessar os links de cada uma das atividades (veja na programação abaixo).

As apresentações

Serão quatro apresentações, sempre às 19h. A parte técnica será de responsabilidade do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que trarão os números do balanço e darão as explicações econômicas e contábeis. Os comentaristas políticos vão mostrar que, apesar de terem que seu papel social, os bancos públicos conseguem apresentar bons resultados para o controlador/governo e acionistas, nos casos daqueles que têm capital misto (parte público, parte privado).

“São bancos públicos, que têm seu papel social, mas conseguem competir e até superar os privados. E isso incomoda a sede insaciável do mercado financeiro”, destacou o dirigente da Contraf-CUT.

Na terça-feira (13) serão apresentados os resultados do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco da Amazônia (Basa). Na quarta (14) será a vez de esmiuçar o balanço da Caixa Econômica Federal. Na quinta (15) serão apresentados os números do Banco do Brasil. A cereja do bolo foi deixada para sexta-feira (16), quando acontecerá um debate sobre a autonomia do Banco Central, com a participação do deputado federal Pedro Uczai (PT/SC), que coordena os debates sobre a reforma do sistema financeiro em seu partido, do Economista Sergio Mendonça, da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, e do presidente da Fenae, Sergio Takemoto.

“A categoria bancária se mantém em constante debate sobre a regulamentação do sistema financeiro. Em 1962, produzimos uma proposta de regulamentação do sistema financeiro – uma das reformas de base do governo João Goulard, que acabaram derrubando o presidente. Aí os banqueiros se juntaram com os militares para elaborar a lei que está em vigor desde 1964 até hoje”, afirmou von der Osten. “A constituição de 1988 esboçou uma regulamentação, mas o artigo foi sendo esvaziado e hoje dele só sobra o caput. Queremos retomar este debate, para regulamentar o artigo 192 da Constituição, que trata do Sistema financeiro, mas que nunca foi regulamentado”, completou.

“Sabemos que o momento não é favorável para o debate de propostas progressistas e que os liberais e conservadores são maioria. Mas, mesmo no governo Lula e Dilma, a correlação de forças no congresso nunca permitiu regulamentar o artigo 192. O poder congressual dos bancos é forte. Por isso, além de debater no Congresso, queremos levar este debate para a sociedade. O povo sabe o que é o sistema financeiro no Brasil por sofrer na pele a exploração das tarifas e taxas de juros expressos pelos spreads bancários. Nós queremos dar subsídios para que eles entendam por que isso acontece e o que pode ser feito para mudar esta situação”, concluiu o dirigente da Contraf-CUT.

Veja abaixo a programação

Dia 13 de abril, terça-feira, às 19 horas
Análise dos Balanços do Banco do Nordeste do Brasil – BNB e Banco da Amazônia – Basa
Link de acesso: https://zoom.us/j/93603294674 ID da reunião: 936 0329 4674

Apresentação do Balanço:
Vivian Machado Rodrigues – Economista e técnica do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Mediador:
Gustavo Machado Tabatinga Junior – Secretário Geral da Contraf-CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro e Coordenador da Comissão de Negociação com o BNB

Participação:
Sérgio Trindade – Secretário Geral do Sindicato dos Bancários do Pará e Coordenador da Comissão de Negociação com o BASA
Robson Luiz Andrade Araújo – Secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários da Paraíba e Coordenador do Comitê em Defesa do BNB

Dia 14 de abril, quarta-feira, às 19 horas
Análise do Balanço da Caixa Econômica Federal
Link de acesso https://zoom.us/j/97746772660 ID da reunião: 977 4677 2660

Apresentação do Balanço:
Sergio Lisboa – Economista e técnico do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Mediador:
Jair Pedro – Diretor de Formação da Fenae – Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal

Participação:
Regina Coeli Moreira Camargos – Economista
Rita Serrano – Conselheira de Administração da Caixa Econômica Federal

Dia 15 de abril, quinta-feira, às 19 horas
Análise do Balanço do Banco do Brasil
Link de acesso https://zoom.us/j/94124548557 ID da reunião: 941 2454 8557

Apresentação do Balanço:
Nádia Vieira de Souza – Economista e técnica do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

Mediador:
José Ricardo Sasseron – Bancário aposentado do BB. Foi conselheiro fiscal, conselheiro deliberativo e diretor de seguridade da Previ, eleito pelos participantes. Foi presidente da Anapar – Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão e representante dos trabalhadores no Conselho Nacional de Previdência Complementar.

Participação:
João Luiz Fukunaga – Secretário de Organização e Suporte Administrativo do Sindicato dos Bancários de São Paulo e Coordenador da Comissão de Empregados do Banco do Brasil
Debora Fonseca – Conselheira de Administração do Banco do Brasil eleita pelos trabalhadores.

Dia 16 de abril, sexta-feira, às 19 horas
Debate sobre a autonomia do Banco Central
Youtube e Facebook da Fenae

Mediadora:
Lis Jannuzzi Weingartner – Jornalista da Fenae – Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal

Convidados:
Pedro Uczai – Deputado Federal PT SC
Juvandia Moreira Leite – Presidenta da Contraf-CUT – Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro
Sergio Hiroshi Takemoto – Presidente da Fenae – Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal
Sergio Mendonça – Economista e diretor do Reconta Aí

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, por meio de ofício enviado nesta quinta-feira (8), solicitou à direção da Caixa Econômica Federal informações sobre o cronograma da campanha anual de vacinação contra H1N1.

“A vacinação faz parte da política interna da saúde do trabalhador, sendo uma medida que pode diminuir a incidência dessa doença e contribuir para desafogar a rede de saúde, que já está bem comprometida pela situação da pandemia”, diz o documento.

A coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt, alerta que a vacinação é urgente. “Ano passado a campanha foi antecipada para o dia primeiro de abril por conta da Covid-19. Estamos na pior fase da pandemia, portanto a vacinação é urgente. E é preciso informar a rede de laboratórios credenciados para a aplicação da vacina”, informou.

Em 2020, os empregados enfrentaram dificuldades na vacinação. Alguns laboratórios informaram que não havia convênio com o Saúde Caixa para imunização.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) foi obrigado a reintegrar o funcionário e delegado sindical Petrúcio Lages, que havia sido demitido pelo banco, injustamente, pela segunda vez.

Petrúcio já havia sido vítima de perseguições pelo banco em 1964, ainda na ditadura militar, quando foi demitido pela primeira vez, de forma sumária, por ser militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Após uma batalha jurídica de vários anos, conseguiu ser reintegrado ao trabalho em 2016, quando já contava com 76 anos.

     > Conheça a história de Petrúcio Lages.

Em dezembro de 2020, o banco voltou a desligar o funcionário, sem ao menos considerar o quadro de pandemia que assolava o país e os brasileiros. Para tanto, a direção do BNB usou um artifício da Emenda Constitucional 103 (Reforma da Previdência), segundo o qual funcionários públicos que completem 75 anos devem ser sumariamente desligados.

“O banco não levou em conta, entretanto, o que consta no restante do dispositivo constitucional, que estabelece um tempo mínimo de contribuição à Previdência para que o funcionário possa ser desligado”, explicou o dirigente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Alexandre Timóteo, que também é membro da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB. No caso de Petrúcio Lages, esse tempo seria de 15 anos, o que ele não possui, já que estava afastado do mercado formal de trabalho desde seu primeiro desligamento do BNB. Suas contribuições somam apenas quatro anos, período em que voltou a trabalhar no banco após a primeira reintegração.

“Não observar toda a Emenda Constitucional e se aproveitar de um trecho para prejudicar o colega é prova inequívoca da perseguição do BNB, coisa que havia acabado na Instituição, mas que voltou a dar as caras nesse governo de essência autoritária. A segunda reintegração do Petrúcio, determinada pela Justiça no último dia 31 de março, é uma vitória não somente dele e do sindicato, mas da democracia”, enfatizou Thiago Miranda, diretor do sindicato e funcionário do BNB.

O entendimento sobre o autoritarismo do banco – que reflete as ações e orientações do atual governo – está expresso na sentença da magistrada Verônica Guedes Andrade, da 2ª Vara do Trabalho de Maceió.

“Hoje, 31 de março de 2021, faz aniversário o golpe militar que tirou dos cidadãos brasileiros o direito de votar, que censurou, perseguiu, torturou e matou milhares de brasileiros. É lamentável e inadmissível que nos dias de hoje, mesmo após tantos anos de sofrimento passados pelo reclamante, vítima da ditadura militar, o banco réu ainda continue procurando pretextos para dispensá-lo, o que remonta às perseguições políticas as quais o reclamante já foi submetido. Não conceder a tutela ora pleiteada seria condescender com a atitude reprovável do réu. Recebo a pretensão como tutela provisória de evidência, nos termos do art. 294 do CPC”.

“O Petrúcio é exemplo de resiliência e luta em prol dos direitos dos trabalhadores. E é com grande satisfação que comunicamos essa importante vitória para todos os trabalhadores bancários de Alagoas e do Brasil”, disse o presidente do sindicato e membro do Comando Nacional dos Bancários, Márcio dos Anjos.

O segundo ato de reintegração aconteceu na manhã desta quinta-feira (8/4), na agência Centro, quando Petrúcio Lages foi recepcionado pelos colegas e diretores do sindicato.

Fonte: BancáriosAL

 

Relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado nesta semana, contrapõe a falsa dicotomia entre salvar a economia ou a vida na pandemia de covid-19 que já matou mais de 3 milhões de pessoas no mundo. De acordo com a organização, a recuperação econômica de cada país dependerá, na verdade, dos esforços das nações para garantir a melhor distribuição de vacinas. Também para o FMI a vacinação é fundamental. 

As projeções do fundo, contudo, alertam que a retomada da economia tem se dado de maneira desigual entre os países. O relatório do FMI praticamente divide o mundo em dois. De lado estão as nações mais ricas, que têm conseguido promover políticas de apoio econômico e também de vacinação em massa. E que, por consequência, vão se recuperar mais rápido. Do outro, estão os países chamados emergentes e mais pobres que terão mais dificuldades de retomada por não terem investido suficientemente no apoio e na imunização.

Nesse sentido, a expectativa do FMI é que a economia brasileira cresça 3,7% neste ano e 2,6% em 2022. Bem abaixo do crescimento econômico mundial, estimado em 6% para este ano e 4,4% para o próximo. Pelas previsões do fundo, o Brasil também deve ser um dos únicos países do hemisfério ocidental a ter a taxa de desemprego mais alta do que em 2020. O FMI projeta um crescimento de 13,2% para 14,5% neste ano. 

Nem saúde, nem economia: o caso brasileiro

“O relatório do FMI deixa claro que aqueles que lidam melhor com a questão da saúde e da vida estão tendo uma recuperação econômica. Isso é um recado para o atual governo brasileiro que precisa minimamente repensar sua posição em relação à pandemia”, destaca o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Júnior. Em entrevista a Glauco Faria, em sua coluna no Jornal Brasil Atual, o especialista adverte que apesar da instituição falar em recuperação, o crescimento, considerado baixo no Brasil, será também insuficiente para repor as perdas econômicas no primeiro ano da crise sanitária. “As próprias previsões do FMI estão superestimadas, porque o mercado brasileiro já trabalha com uma taxa de crescimento abaixo dos 3%”, explica. 

queda econômica brasileira é maior do que em outras nações inclusive da América do Sul e do Norte. De acordo com o fundo, na Argentina, por exemplo, o desemprego cairá de 11,4% para 10,6%. Nos Estados Unidos a taxa será ainda menor, passando de 8,1% para 5,8%. Em todos os casos, o ritmo de vacinação de cada nação será decisivo para confirmar as projeções. 

Mas no Brasil, as perspectivas quanto a isso também são menos promissoras. Até o final de março, segundo cálculos do Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, o país estava em 64º no ranking mundial de vacinação em termos de população imunizada. O Brasil inclusive perdeu sua vantagem em relação aos Estados Unidos, garantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o programa referência em imunização. Os norte-americanos vacinam diariamente quatro vezes mais, segundo o mesmo portal. 

Brasil contrário à quebra de patente

“O Brasil perdeu uma oportunidade e desmontou o que tinha de excelência”, critica Fausto. “Vamos lembrar que na crise anterior, da pandemia do H1N1, o Brasil vacinou mais de 70 milhões de pessoas em menos de três meses. Isso porque tinha uma clara ação coordenada do Ministério da Saúde, do SUS. O que vemos é o contrário. Um governo federal que nega a questão da pandemia (de covid) e começou a falar de vacina agora, com seu quarto ministro da Saúde.” 

A questão se agrava à medida que faltam também doses para todos os países, principalmente para os mais pobres, empurrados para o final da fila de compra. Enquanto nações mais ricas adquirem mais vacinas do que precisam, mais de 100 países ainda não conseguiram começar sua campanha de imunização. Em paralelo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) vem defendendo a quebra de patente dos imunizantes. O que levaria a preços mais baixos e significaria mais vacinas sendo produzidas. Mas, apesar da trágica situação do Brasil, entre os recordistas mundiais por mortes e adoecimentos pela covid-19, o governo Bolsonaro é um dos poucos países que se posiciona contra essa solução. 

A posição, segundo o Diesse, prova que o Brasil também retrocede no campo diplomático. Ao contrário do que era visto desde os governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) aos de Lula e Dilma (PT), considerados fundamentais para barateamento dos medicamentos contra o HIV e sua posterior quebra de patentes. “O que estamos vivendo tem significado uma política do caos. Ao excepcionalizar, separar a vida e a economia, (o governo) está levando ao poço a nossa economia no geral. Mas, principalmente, está matando uma quantidade enorme de vidas que poderiam ser poupadas com enfrentamento mais racional dessa crise”, lamenta Fausto. 

Fonte: Rede Brasil Atual

A Segunda Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (Distrito Federal e Tocantins) manteve a contratação dos empregados aprovados nos concursos da Caixa Econômica Federal de 2014. O julgamento foi realizado na tarde desta quarta-feira (7). A Ação Civil Pública do Ministério Público do Trabalho, que tinha como assistentes a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) já apresentava decisão favorável aos empregados em Primeira Instância.

O processo também garante que, em caso de abertura de novo edital de contratações, seja garantida a prioridade dos aprovados nos concursos de 2014. “É uma grande vitória para os empregados da Caixa, que já estão sobrecarregados desde o início da pandemia. O que precisamos é de mais contratações, não o cancelamento das que já foram feitas”, avaliou Fabiana Uehara Proscholdt, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e secretária da Cultura da Contraf-CUT.

Fabiana vai participar da live que debaterá os desdobramentos do julgamento, ao lado do presidente da Fenae, Sérgio Takemoto, do presidente do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal, Kleyton Moraes, e do advogado da LBS, Paulo Roberto. A transmissão será feita no Facebook da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, efetivado no cargo na quinta-feira (1), por meio de decreto, é contestado desde antes de assumir o cargo. Diretores aumentam em 28% seus próprios salários e Conselheiros de Administração não impedem o aumento, que também os beneficia. “É a verdadeira farra do boi! Cada um por si, mas todos tirando proveito da coisa pública”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Esse aumento de 28% nos salários dos diretores está manchado pela redução de 5.000 postos de trabalho, pelo fechamento de 160 agências bancárias, milhares de pessoas tendo que concorrer aos cargos para disponíveis para não terem redução em seus salários, que está decretada para quem não conseguir uma das vagas. A reestruturação que visava economizar, serviu para os diretores aumentarem seus próprios salários, assim como o valor dos dividendos pagos aos acionistas dos banco”, completou.

O representante dos funcionários também criticou os comentaristas econômicos. “A imprensa, estimulada por analistas do mercado financeiro, dizia que era preciso ter alguém que defendesse a privatização do banco e que a escolha de um funcionário de carreira prejudicaria as ações neste sentido. Por que defendem a privatização de um banco extremamente importante para o desenvolvimento do país? Por que privatizar um banco que não traz prejuízos ao país, ao contrário, mesmo realizando todas suas tarefas sociais e de desenvolvimento econômico que um banco público deve realizar, consegue se pagar e ainda contribui com dividendos para o Tesouro Nacional? Que interesses existem atrás desta defesa?”, questionou o coordenador da CEBB.

Ribeiro e seu comunicado

Fausto Ribeiro, que tem 33 anos de carreira no BB, enviou um comunicado aos funcionários destacando a importância do banco e dos próprios funcionários, mas ressaltando a necessidade do “retorno” aos acionistas.

“Foi um comunicado padrão. Depois que mostramos para toda a sociedade os problemas que seriam causados aos municípios, aos clientes e a toda a economia do país pela desestruturação anunciada pelo banco em janeiro, o governo teve que desacelerar suas ações”, avaliou o coordenador da CEBB ao ressaltar as manifestações e articulações feitas pelos bancários e suas representações sindicais em todo o país contra a “reestruturação” do BB.

Para Fukunaga, trata-se apenas um jogo de cena estratégico do governo, que vê sua popularidade despencar desde a decisão do Supremo Tribunal Federal, que reestabeleceu os direitos políticos e eleitorais do ex-presidente Lula.

“Engana-se quem acredita que a desestruturação será interrompida. Ribeiro é um nome do governo, que, por meio de Paulo Guedes (ministro da Economia), já deixou clara sua intenção de privatizar o Banco do Brasil. Bolsonaro, estrategicamente, quer deixar para tocá-la em 2023, após sua reeleição. A mudança de rumo só virá mesmo se Bolsonaro não for eleito e, ao invés disso, for eleito alguém que, historicamente defende o banco público”, ressaltou.

A farra do boi

Pior do que Ribeiro, que está sendo usado para desacelerar a privatização, numa tentativa de recuperar credibilidade e evitar rebeliões na base aliada, é a “farra do boi” promovida pelos diretores e não evitada pelo Conselho de Administração.

“Da mesma forma que se critica vereadores e deputados que aumentam seus próprios salários, os diretores do BB – que tomaram a mesma iniciativa – não devem ser poupados”, defendeu Fukunaga. “Não podemos esquecer, ainda, que além de aumentar seus salários, eles aprovaram a possibilidade da própria continuidade no cargo em caso de aposentadoria, numa clara demonstração que querem manter a ‘boquinha’ e acumular recursos. Enquanto isso, os demais funcionários são massacrados por uma desestruturação que os deixará sobrecarregados e com possibilidades de serem jogados para o trabalho em cidades distintas das que moram”, completou.

Mobilização continua

A mobilização em defesa do Banco do Brasil e de seus funcionários, contra a redução do quadro de pessoal e o fechamento de agências, que levará à desestruturação da rede de atendimento e causará prejuízo a cidades, clientes e aos trabalhadores do banco continuará até que se confirme sua interrupção e se reponha o quadro de funcionários.

“Cidades não podem ficar sem agências bancárias. O desenvolvimento não pode ser prejudicado. O atendimento e as condições de trabalho não podem ser precarizados. Nossa luta é em defesa do desenvolvimento econômico do país, dos direitos dos clientes e dos funcionários”, concluiu Fukunaga, lembrando que, nesta quinta-feira (8), ocorrerão manifestações em todo o país e, às 11h, a manifestação será realizada pelas redes sociais. “Vamos realizar mais um tuitaço para deixar claro que não queremos a desestruturação do banco e nos manteremos firmes em nossas reivindicações”.

Fonte: Contraf-CUT