Maio 22, 2025
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Um estudo publicado nesta quarta-feira (29) no site Medrxiv aponta que as quatro vacinas aplicadas atualmente no Brasil apresentam efetividade de 39% a 65% para prevenir as formas sintomáticas da covid-19 em pessoas que já tiveram anteriormente a doença.

Ainda sem revisão de pares, a pesquisa mostra que, no caso das três vacinas com esquema de duas doses – Coronavac, AstraZeneca e Pfizer –, a segunda fornece uma efetividade significativamente maior quando comparada com a primeira. Segundo o estudo, a média de proteção contra hospitalização ou morte excede 80% após 14 dias do esquema vacinal completo, quando se compara com pessoas infectadas e não vacinadas.

A efetividade das vacinas contra a covid-19 já havia sido provada em pessoas que nunca haviam tido a doença, mas seus efeitos em indivíduos infectados anteriormente ainda não eram evidentes. “Para AstraZeneca e Pfizer, só havia um artigo sobre desfechos graves, e envolvia apenas 75 indivíduos. Não havia nada sobre Janssen e Coronavac para doença sintomática e casos severos”, explica o pesquisador da Fiocruz Julio Croda, um dos autores do estudo.

A importância do esquema vacinal completo

O estudo avaliou 22.565 pessoas acima dos 18 anos que apresentaram dois testes de RT-PCR positivos e 68 mil que tiveram teste positivo e depois negativo, no período de fevereiro e novembro deste ano. Após a infecção inicial, a efetividade para posterior doença sintomática 14 dias após o esquema vacinal completo é de 37,5% para a Coronavac, 53,4% para AstraZeneca, 35,8% para Janssen e 63,7% para Pfizer. A efetividade contra hospitalização e morte no mesmo período é de 82,2% com a Coronavac, 90,8% com a AstraZeneca e 87,7% com a Pfizer. Na Janssen, de dose única, é de 59,2%.

“A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade dessas duas doses para maximizar a proteção. Vemos que alguns países chegam a recomendar apenas uma dose para quem teve covid, por considerar que estes já contam com um certo nível de anticorpos neutralizantes. Mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves”, explica Julio Croda.

Com informações da Agência Fiocruz

O Ministério da Saúde deverá informou hoje (27) que deve começar a vacinação infantil (5 a 11 anos) a partir de janeiro, mas não precisou a data. Limitou-se a dizer que a imunização depende também do término da consulta pública sobre o tema (clique aqui para participar), que termina no próximo dia 5.

“A recomendação do Ministério da Saúde é pela inclusão das crianças de 5 a 11 anos na Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO), conforme posicionamento oficial da pasta declarado em consulta pública no dia 23 de dezembro e reforçado pelo ministro da Saúde em manifestações públicas”, declarou a pasta, por meio de nota. “No dia 5 de janeiro, após ouvir a sociedade, a pasta formalizará sua decisão e, mantida a recomendação, a imunização desta faixa etária deve iniciar ainda em janeiro.”

A declaração do Ministério da Saúde ocorre em meio a pressões. Na véspera do Natal, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski deu cinco dias para o governo de Jair Bolsonaro explicar a exigência de prescrição médica para a vacinação infantil contra a covid-19. O ministro é o relator de ação movida por partidos de oposição, que pediram que o Supremo determinasse ao Ministério da Saúde a disponibilização, “de forma imediata e em consonância com as recomendações técnicas da Anvisa”, do imunizante para as crianças de 5 a 11 anos, “independentemente de prescrição médica ou de qualquer outro obstáculo imposto pelo governo ao direito à saúde e à vida”.

A ação foi protocolada no dia 23, logo que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo federal requisitaria prescrição médica e assinatura de um termo de responsabilização dos pais. Não existem tais exigências em outros grupos que já tiveram a vacinação autorizada.

Vacinação infantil

No último dia 19, em solenidade na Caixa Econômica Federal, Bolsonaro chegou dizer que a imunização infantil é “coisa muito séria”, cogitando medidas como a exigência de apresentação de receita médica na hora da vacinação. “Criança é uma coisa muito séria. Não se sabe os possíveis efeitos adversos futuros”, disse Bolsonaro, em um tom que passou a ser seguido por Queiroga. O discurso, que passou a ser seguido à risca pelo ministro, tem o mesmo objetivo de atrapalhar a divulgação de calendários e atrasar o início da vacinação de adultos em meados de 2020, quando o presidente espalhou sua tese de que o vacinado poderia ser transformado em jacaré.

Ainda no âmbito da ação da oposição, a secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosane Leite de Melo, enviou nota técnica ao ministro Lewandowski. No documento ela escreveu, entre outras coisas, que “antes de recomendar a vacinação da covid-19 para crianças, os cientistas realizaram testes clínicos com milhares de crianças e nenhuma preocupação séria de segurança foi identificada”. Destacando a segurança da vacina, a secretária se opôs ao discurso do presidente e do ministro Marcelo Queiroga, no caso, seu chefe.

Há pressão também dos governos estaduais. Pelo menos 17 estados e o Distrito Federal não vão exigir prescrição médica para vacinar as crianças: Acre, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Sergipe. Outros ainda não se manifestaram.

A dispensa da prescrição médica é uma orientação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), assinada na véspera do Natal. No mesmo dia, a entidade que congrega os secretarios estaduais de saúde, divulgou carta aberta às crianças brasileiras.

A ciência vencerá

“Infelizmente há quem ache natural perder a vida de vocês, pequeninos, para o coronavírus. Mas com o Zé Gotinha já vencemos a poliomielite, o sarampo e mais de 20 doenças imunopreveníveis. Por isso, no lugar de dificultar, a gente procura facilitar a vacinação de todos os brasileirinhos. E é esse recado que queremos dar no dia de hoje, véspera de Natal: quando iniciarmos a vacinação de nossas crianças, avisem aos papais e às mamães: não será
necessário nenhum documento de médico recomendando que tomem a vacina. A ciência vencerá”, diz trecho da carta assinada pelo presidente do Conass, Carlos Lula, secretário no Maranhão.

Segundo dados do Censo 2010 do IBGE, existem aproximadamente 20 milhões de crianças com idade entre 5 e 11 anos no Brasil, . Até o dia 6 de dezembro passado, no sistema “e-SUS Notifica” foram registrados 565.913 casos de
Covid-19 e 286 óbitos pela doença nessa faixa etária, sendo o maior número de casos absolutos nas regiões Sul e Sudeste, e o maior número de óbitos nas regiões Nordeste e Sudeste, respectivamente. Até o início do mês, nos Estados Unidos, já foram aplicadas mais de 7.141.428 doses da vacina pediátrica da Pfizer em crianças da faixa etária, sendo que 5.126.642 como primeira dose e 2.014.786 como segunda. Dor, febre, dor de cabeça, vômitos e falta de apetite foram os principais efeitos colaterais.

Houve oito casos de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) em mais de 7 milhões de doses aplicadas (dois casos após a primeira dose e 6 casos após a segunda), todos eles classificados como de evolução clínica favorável. Esses dados preliminares mostram, portanto, um risco substancialmente menor deste evento adverso comparado com o risco previamente observado em adolescentes e adultos jovens após a vacinação. Algumas perguntas permanecem sem respostas sobre a vacinação contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, incluindo a duração da proteção e a necessidade de doses de reforço, especialmente por conta do menor risco dedoença grave nessa faixa etária.

O médico sanitarista Gonzalo Vecina voltou a reforçar a segurança da vacina infantil aprovada para crianças. O imunizante que já está sendo aplicado em crianças de 5 a 11 anos em 13 países, segundo ele, traz diferenças em relação àquele aplicado em adultos. “Há diferenças nas cores da embalagem, para evitar confusão na hora a aplicação. E o conteúdo de sua dose equivale a um terço da do adulto. Foi comprovado que não tem risco. Mais de 7 milhões de doses ja foram aplicadas em crianças nos Estados Unidos. E desse total, apenas 7 casos de miocardite, que é tratada com antiinflamatórios. Além disso, a chance de pegar miocardite é 40 vezes maior na presença da covid do que ao se tomar a vacina, que protege as pessoas, protege as crianças. Esse é o caminho”, disse.

Fonte: Rede Brasil Atual

A taxa de desocupação do trimestre agosto-outubro caiu 2,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período no ano passado. Desse modo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego atingiu o índice de 12,1%. A situação afeta uma população de 12,9 milhões de pessoas. Entretanto, o trabalho informal representa 40,7% da população ocupada, uma piora de 2,4 pontos percentuais em relação ao trimestre agosto-outubro de 2020. Isso significa, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad Contínua) divulgada nesta terça (28), 38,2 milhões de pessoas desempenhando ocupações sem direitos e nenhum tipo de proteção.

Além disso, a sutil “recuperação” no índice de emprego não representou melhora na renda do trabalho. De acordo com a Pnad Contínua, o rendimento real habitual caiu 4,6% caiu 11,1% em um ano. A renda média dos ocupados, de R$ 2.556 em outubro de 2020, ficou em R$ 2.449. Entre os trabalhadores com carteira assinada, a redução no ganho mensal foi de 8% e entre os informais foi de 11,9%. Em todas as demais formas de ocupação consideradas pelo IBGE os rendimentos também caíram: trabalhador doméstico (-5,1%), do setor público (-10,6%), empregador (-15%) e trabalhadores por Conta própria (-4%).

Na comparação anual, também não houve crescimento no rendimento em nenhum grupamento de atividade verificado pelo IBGE. Ao contrário, em seis deles houve reduções: Indústria (-16,1%), Construção (-7,4%), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (- 10%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (-9,3%), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-11,6%) e Serviços domésticos (-5,1%).

Maus empregos

Os empregos com carteira seguem crescendo muito menos dos que os sem carteira assinada. Em outubro, segundo o IBGE, enquanto o primeiro grupo aumentou 8,1% em um ano, o segundo cresceu 19,8%. O cenário acaba refletindo – além da queda na renda do trabalho – na qualidade dos empregos. O país tem ainda 7,7 milhões de pessoas trabalhando menos horas do que precisariam, a chamada subocupação de mão de obra. Isso representa um aumento de 17,7% dessa taxa em um ano – pois em outubro de 2020 eram 6,5 milhões.

Já a população subutilizada ainda apresenta números alarmantes. São 29,9 milhões de pessoas nessa condição, apesar da redução de 3,2 milhões de pessoas em relação ao ano anterior. O desalento – quando a pessoa desiste de procurar trabalho por falta de condições – também segue afetando 5,1 milhões de pessoas.

Com informações da Agência de Notícias do IBGE

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo (APCEF/SP), o Sindicato dos Bancários de São Paulo e o Sindicato dos Bancários de Brasília realizam reunião virtual para debater problemas enfrentados pelos empregados das áreas-meio, na próxima terça-feira (28), às 19h.

A política adotada pela direção da Caixa colocou os empregados das áreas-meio da Caixa em uma situação difícil. Com a devolução de prédios, o número de estações de trabalho disponíveis para os empregados atuarem presencialmente é menor que a quantidade de empregados das áreas.

A alternativa colocada atualmente pela Caixa para estes empregados, que é o teletrabalho, possui diversos problemas, como a ausência de controle de jornada, transferências de custos e responsabilidades da empresa para os empregados e previsão de aumento das metas.

Outro elemento que aumenta os problemas dos empregados destas unidades é o fato de que a aplicação do teletrabalho em função da pandemia está prevista para finalizar no dia 31/12, o que deve aumentar a quantidade de empregados sem posto para trabalhar.

O diretor-presidente da APCEF/SP, Leonardo Quadros, explica que a reunião é para discutir estes problemas com os empregados destas áreas e atualizá-los sobre como estão as discussões sobre teletrabalho com a Caixa. “A reunião deve ser realizada de forma virtual e o link será disponibilizado em breve”, conclui Leonardo.

“É um tema que os empregados têm de se apropriar. A pandemia veio para antecipar um debate que era previsto daqui há pelo menos 5 anos e é necessário termos regras claras paro teletrabalho na Caixa no pós-pandemia”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Fonte: Contraf-CUT

O banco Itaú apresentou na tarde desta quarta-feira (22) as principais alterações feitas no programa de remuneração variável, o Gera, para 2022, em reunião realizada com a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Entre elas está a compensação de pontos no trimestre, que seria a média de pontos em três meses, com a justificativa do funcionário ter a oportunidade de recuperar um mal desempenho em um dos meses.

“Não concordamos com essa mudança, pois o pagamento mensal passa a ser trimestral. Muitos trabalhadores já programam suas contas contando com este dinheiro dentro do mês. Nós queremos a manutenção do pagamento mensal”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE Itaú.

Para a remuneração semestral, as alterações são o fim da curva forçada (Ranking entre gerentes), o fim da elegibilidade e a inclusão de indicadores de produção (créditos e produtos). “É importante o banco apresentar todas as mudanças formalizadas, para que o movimento sindical possa analisar e apresentar as contrapropostas. Nós queremos estabelecer o pagamento proporcional no programa”, completou Jair Alves.

Os representantes dos trabalhadores ainda pediram uma atenção especial na forma como essas mudanças serão passadas para os gestores, com orientações claras dessas alterações, até para manter a equipe motivada.

A diretoria do Itaú disse que a equipe responsável pela formulação do GERA se comprometeu a participar das reuniões informativas aos bancários.

Fonte: Contraf-CUT

Com R$ 16,5 bilhões para as chamadas emendas de relator (as RP9) e pouco mais de R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, o Congresso aprovou nesta terça-feira (21) o Orçamento da União para 2022. Até chegar à peça final, que inclui também o menor valor para investimentos da história (R$ 44 bilhões), o relator-geral da lei orçamentária, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), fez várias versões, com acréscimos e supressões. Com aumento para áreas sensíveis, como educação e saúde, mas esbarrando nas limitações do “teto” de gastos, as críticas recaíram principalmente ao valor reservado para o “fundão” eleitoral e na continuação do chamado “orçamento secreto”.

Em sessões nas duas Casas, o substitutivo ao Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 19 foi aprovado por 358 a 97 na Câmara, com duas abstenções. No Senado, foram 51 a favor e 20 contrários. Agora, vai a sanção presidencial.

Além dos R$ 4,934 bilhões para o fundo eleitoral, que provocaram polêmica e críticas, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou R$ 1,7 bilhão para reestruturação de carreira de policiais federais. Com isso, auditores-fiscais ameaçaram entregar cargos, afirmando que houve quebra de acordo. “Adicionando insulto à injúria, recursos da própria Receita Federal serão cortados para satisfazer os reajustes acordados com as carreiras policiais, numa demonstração de absoluto desrespeito à administração tributária, que, como nunca, tem se empenhado para prover a sustentação financeira do Estado brasileiro”, diz nota do Sindifisco, sindicato da categoria, divulgada ainda antes da aprovação final do projeto. Servidores do Banco Central também protestaram.

Votações

O projeto foi votado inicialmente na CMO, com muitas idas e vindas, incluindo ainda valor adicional para agentes comunitários de saúde. Foi aprovado às 16h44 de hoje, em votação simbólica, com quase 70 destaques. O relator rejeitou propostas contra o fundo eleitoral, e o substitutivo foi enfim aprovado em definitivo, seguindo imediatamente para o plenário da Câmara, onde a votação foi concluída às 19h30, e depois para o Senado, que finalizou a aprovação às 21h35. As duas sessões foram conduzidas pelo 1º vice da Câmara e do Congresso, Marcelo Ramos (AM), que está se desfiliando do PL por causa da entrada de Jair Bolsonaro no partido.

A previsão era de que o projeto fosse votado ontem, mas divergências provocaram o adiamento. Segundo a presidenta do colegiado, senadora Rose de Freitas (MDB-ES), isso aconteceu pela busca de mais recursos para a educação e por discordância sobre o oficialmente conhecido como Fundo de Financiamento de Campanha, que tinha R$ 2,1 bilhões no projeto original, poderia chegar a R$ 5,7 bilhões após derrubada de um veto e acabou ficando com R$ 4,9 bilhões.

Recursos públicos

Parte dos parlamentares tentou adiar a votação, por considerar que faltou debate e critério técnico. “Infelizmente, mais uma vez chegamos a esse importante dia com enormes dúvidas sobre para onde vai o dinheiro e certeza para onde não deve ir”, disse, ainda na CMO, o deputado Marcel Van Hatten (Novo-RS). “Recursos públicos vão ser alocados em áreas desnecessárias, quando outras deveriam receber todo apoio.”

“Votaremos favoravelmente ao relatório do deputado Hugo Legal, não ao projeto enviado pelo governo”, afirmou Carlos Zarattini (PT-SP), já no plenário. “É um relatório que sofre das restrições impostas por esse modelo econômico desse governo, que está levando o povo brasileiro à falência.”

Muito ruim

Rogério Correia (PT-MG) disse que o projeto foi melhorado pelo relator, mas continua muito ruim. “É a cara do governo Bolsonaro”, afirmou, lembrando que o Executivo projeta crescimento de 2,1% para o PIB no ano que vem, quando previsões mais realistas apontam 0,5%. Seria, segundo ele, uma tentativa de “inflar” o Orçamento. “Depois vai sair fazendo corte, com certeza nas áreas sociais.”

Já Glauber Braga (Psol-RJ) lembrou que o partido é a favor do financiamento público eleitoral, mas discordou do valor aprovado. E criticou as emendas de relator. Ambiente, Capes e CNPq estão “operando em mínimos históricos”, acrescentou o deputado do Psol, que foi contra a peça orçamentária.

Salário mínimo

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) afirmou que o Orçamento não considera os milhões de excluídos, seja por desemprego, pessoas que ficaram sem benefícios sociais ou que aguardam concessão de aposentadoria. Além disso, prevê bilhões para juros reais e trilhões para financiar a dívida pública. “É um orçamento para banqueiro”, comentou. Dos R$ 4,8 trilhões de despesas previstos, R$ 1,9 trilhão referem-se a refinanciamento da dívida. O PCdoB também orientou voto contra o projeto para a bancada na Câmara.

Quase no final das sessões, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) chamou o Orçamento de “excrescência” e “indecência”, referindo-se principalmente ao fundo eleitoral. Ele lembrou ser a favor do financiamento público de campanha, mas apontou falta de sensibilidade em aprovar esse aumento no meio de uma profunda crise econômica e social. “Eu não teria cara de votar esse orçamento e sair à rua depois”, afirmou o parlamentar.

No caso do salário mínimo, por exemplo, o texto original do Executivo previa um valor de R$ 1.169. No relatório final, ficou em R$ 1.212, ainda sem aumento real (acima da inflação), pelas atuais projeções do INPC – cujo resultado anual só será conhecido em janeiro. O Auxílio Brasil deverá somar R$ 89 bilhões, para atender 17,9 milhões de famílias. E o Auxílio Gás, R$ 1,9 bilhão.

Fonte: Rede Brasil Atual

Apesar de alguma melhoria em novembro, o desempenho das negociações salariais em 2021 é negativo. Quase metade (48,8%) dos acordos analisados pelo Dieese fica abaixo da inflação, medida pelo INPC-IBGE. Segundo o instituto, aumentou o número de reajustes com parcelamento, provável reflexo do aumento da inflação no país neste ano.

Algumas categorias profissionais conseguiram assegurar reajustes equivalentes ao INPC, caso dos metalúrgicos, por exemplo. Os bancários já haviam assegurado, em 2020, acordo com dois anos de duração. Por sua vez, os químicos no estado de São Paulo também asseguram reajuste pela inflação. Segundo cálculos do Dieese, só os reajustes dos metalúrgicos do ABC e dos químicos representam R$ 2,2 bilhões a mais na economia.

Assim, de janeiro a novembro, segundo o Dieese, reajustes salariais acima do INPC representam apenas 16,5% do total. Os equivalentes à inflação são 34,7% e os abaixo, 48,8%. A variação média dos reajustes está em -0,86%. No mesmo período, 11,3% dos acordos tiveram parcelamento.

Apenas no mês de novembro, o desempenho foi melhor, com 60% de reajustes iguais ou acima do IPC. Foi o segundo melhor resultado do ano, perdendo apenas para junho, mas fica abaixo do registrado em 2020. Além disso, em novembro 28% dos reajustes serão divididos em duas ou mais parcelas. É a maior proporção para uma data-base neste ano. 

Setores econômicos

Entre os setores, as negociações da indústria continuam sendo as que apresentam maior percentual de acordos acima da inflação: 23%, com 40,5% equivalentes à variação do INPC. Assim, diz o Dieese, “63,5% dos reajustes recompuseram ou aumentaram o poder aquisitivo dos salários, de janeiro a novembro”.

No comércio, reajustes acima da inflação foram 17,2% do total, ante 50,5% equivalentes ao INPC. Já nos serviços, a maioria (61%) perde da inflação.

Inflação aumentou

Ao longo do ano, cresceu o índice necessário para repor perdas salariais. Em novembro, o INPC acumulado em 12 meses foi de 10,96%. Em 2020, esse índice somou 5,45%.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu com a direção do banco, na tarde da última sexta-feira (17), para retomar a pauta de reivindicações, especificamente nos temas diversidade, banco de horas e fechamento de agências.

“A destaque da mesa de negociação foi a apresentação, pelo banco, de um projeto que deu início ao debate de Diversidade na COE, para a construção de um ambiente melhor de trabalho”, avaliou o coordenador da COE do Itaú, Jair Alves.

A pauta da Diversidade é historicamente levantada pelos trabalhadores, que pedem a promoção da igualdade salarial entre homens e mulheres, brancos e negros e o combate a toda e qualquer forma de discriminação contra as mulheres, identidades raciais, LGBTQIA+, pessoas com deficiência e contra intolerância religiosa e política.

A agenda de diversidade do banco apresentada na reunião foi restrita a quatro pilares: gênero, raça, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. “Consideramos importante o plano apresentado pelo banco, que diz respeito a várias questões que as bancárias e os bancários já vinham reivindicando. A mesa de hoje é um pontapé inicial, porque entendemos que a discussão do tema da Diversidade deve ser periódica, além de ser mais abrangente”, pontuou Jair Alves.

Entre as ações apresentadas pelo banco que alcançam os pilares gênero e raça, está a parceria com o Projeto Descubra, em Belo Horizonte, que atua para que jovens, em idade apropriada, sob a tutela do Estado (ou seja, que tiveram que ser afastados das famílias ou que foram abandonados por elas e vivem em abrigos públicos) sejam encaminhados ao mercado de trabalho. Por meio do Projeto, o banco capta colaboradores para o programa Jovem Aprendiz, alçando jovens negros, especialmente mulheres jovens e pretas.

No pilar LGBTQIA+ o banco apresentou uma agenda que inclui o respeito aos nomes sociais, implementação de protocolo de acolhimento nos ambientes de trabalho e questões que envolvem a saúde dos trabalhadores, com o treinamento de médicos para melhor atender pessoas trans. Já no pilar da população com deficiência, o banco destacou o aprimoramento constante da acessibilidade de ferramentas de trabalho e de treinamento.

“Apesar de o banco apresentar todos estes projetos, ainda não enxergamos o impacto de programas de diversidade nos locais de trabalho. São poucos negros e PCDs (Pessoas com Deficiência) na linha de frente no atendimento nas agências. Também falta diversidade nos cargos de Gestão. Outro ponto bem crítico no banco é a discriminação de pessoas com mais idade”, esclareceu Jair Alves.

O secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, também participou da mesa de negociação, destacando sobre o plano apresentado pelo banco: “São pontos que a gente já vinha discutindo com o banco. Na questão das pessoas com deficiência, por exemplo, a gente debateu com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) pontos no sentido de adequar a legislação sobre acessibilidade; quanto a questão da mulher negra, evoluímos num acordo com a Fenaban a implementação de um programa de treinamento com os funcionários e o Sindicato do Bancários de São Paulo está com projeto muito importante, que é o ‘Projeto Basta!’, ampliado para várias federações e sindicatos do Brasil”, destacou Almir que também representa a diretoria-executiva da Contraf junto à Fenaban.

“O Projeto Descubra, em Belo Horizonte, tem a ver com debates que temos feito muito nos sindicatos, tanto que temos insistido na questão do Censo da Diversidade. O primeiro foi realizado em 2008, mostrando que o sistema financeiro tinha, naquele momento, apenas 19% de negros e negras. O Censo de 2014 mostrou que esse percentual chegou a 24,7%, devido também a políticas afirmativas do então governo Dilma, que ampliou o percentual de negras e negros nesse mercado de trabalho a partir de concursos. E, hoje, a gente não tem um número exato porque, no último Censo a gente acabou não tendo número suficiente de pessoas [entrevistadas], de acordo com o primeiro e o segundo, para que pudéssemos ter um diagnóstico mais preciso em relação à essa questão”, completou.

Almir Aguiar destacou ainda a importância de o banco compartilhar os dados sobre gênero, raça, pessoas com deficiência e LGBTQIA+ com os movimentos que representam as trabalhadoras e trabalhadores bancários. “Todos os pilares são pontos que precisam de discussão. As informações que o banco apresentou como, por exemplo, o fato de haver hoje mais de 4 mil funcionários com alguma deficiência, são importantes para que tenhamos dados claros para produzir ações cada vez mais eficientes em favor da diversidade”, ponderou. 

Demissões

Em mesa de negociação anterior, que ocorreu no dia 2 de dezembro, o COE cobrou do Itaú uma posição sobre demissões em agências de todo país. Os trabalhadores apontam que muitos desligamentos ocorrem pela cobrança de metas abusivas e avaliações de performance. Na reunião desta última sexta, o coordenador da COE Jair Alves alertou: “Pontuamos que somos contra o fechamento de agências e temos que garantir a realocação de funcionários dentro do banco. Em algumas localidades no país já temos problemas de superlotação de funcionários em algumas unidades. Até material básico está faltando, cadeira e mesa para o pessoal trabalhar”.

Banco Horas

O acordo de banco de horas negativas, firmado entre os representantes dos trabalhadores e o banco durante a pandemia, com vigência de dois anos, vence em agosto de 2022. “O banco nos apresentou o resumo de horas devidas e notamos que precisamos melhorar muito, pois ainda temos um número alto de funcionários devendo horas. Em dezembro de 2020, tínhamos 5.962 pessoas devendo horas. Agora, em dezembro de 2021, são 2.784 funcionários, uma redução de 53%. Esses números nos preocupam, pois o total de funcionários devendo mais de 400 horas – 764 colaboradores – ainda é muito grande”, frisou Jair Alves.

Segundo dados apresentados pelo banco na reunião, atualmente são 1.503 trabalhadores devendo entre 50 e 200 horas; 515 entre 200 e 400 horas; e 764 acima de 400 horas.

Fonte: Contraf-CUT

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta terça-feira (14) o horário de funcionamento dos bancos nos feriados de Natal e ano novo.

No dia 24/12 (sexta-feira), as agências bancárias abrem para atendimento ao público em horário especial: 

  • Nos estados com horário igual ao de Brasília, o expediente ao público será das 9h às 11h.
  • Já nos estados com diferença de 1 hora em relação à Brasília, o horário será das 8h às 10h na hora local e das 9h às 11h no horário de Brasília.
  • Nos estados com diferença de 2 horas em relação à Brasília, o horário será das 8h às 10h na hora local e das 10h às 12h no horário de Brasília. 

O último dia útil do ano para atendimento ao público, com expediente normal para a realização de todas as operações bancárias solicitadas pelos clientes, será 30 de dezembro (quinta-feira).

Já no dia 31 de dezembro (sexta-feira), as instituições financeiras não abrem para atendimento.

Os bancos não funcionarão nos dias de Natal (25/12) e Confraternização Universal (01/01).

Alternativas para operações bancárias 

A população poderá utilizar os meios eletrônicos de atendimento bancário, como mobile e internet banking, caixas eletrônicos, banco por telefone e correspondentes para fazer transações financeiras.

Os carnês e contas de consumo (como água, energia, telefone, etc.) vencidos no feriado poderão ser pagos sem acréscimo no dia útil seguinte. Normalmente, os tributos já estão com as datas ajustadas ao calendário de feriados, sejam federais, estaduais ou municipais.

“Mesmo durante feriados, os canais digitais e caixas eletrônicos estão disponíveis e oferecem praticamente a totalidade das transações financeiras do sistema bancário”, ressalta o diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Tadeu de Faria.

Os clientes também podem agendar os pagamentos das contas de consumo ou pagá-las (as que têm código de barras) nos próprios caixas automáticos. Já os boletos bancários de clientes cadastrados como sacados eletrônicos poderão ser agendados ou pagos por meio do DDA (Débito Direto Autorizado).

Fonte: G1

 

Devido ao recesso da Justiça, o atendimento presencial com o advogado do Sindicato voltará nos seguintes dias:

18/01 - Nova Iguaçu (14h às 17h)

20/01 - Duque de Caxias (10h às 13h)