Julho 06, 2025
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A celebração dos 40 anos da CUT começou nesta quinta-feira (11), com o lançamento de sua marca comemorativa (imagem acima). O programa contou a história da central que ajudou a mudar o Brasil e trouxe inúmeras conquistas para a classe trabalhadora.

live foi apresentada pelo presidente da CUT, Sérgio Nobre, ao lado de figuras emblemáticas da história da entidade, como os ex-presidentes da central e lideranças que hoje compõem a direção nacional, como a vice-presidenta Juvandia Moreira, o secretário-geral Aparecido Donizeti Silva, e o secretário de Administração e Finanças Ariovaldo de Camargo.

Fundada em 1983, na ditadura militar, a CUT teve atuação fundamental na luta pela redemocratização e também na conquista de direitos históricos para os trabalhadores, como a política de valorização do salário mínimo, em 2003, que instituiu reajustes acima da inflação, até ser interrompida pelos governos antidemocráticos de Michel Temer e Jair Bolsonaro.

A defesa da democracia durante esse último período também teve a CUT como uma de suas protagonistas, assim como na eleição de um legítimo representante da classe trabalhadora à Presidência da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Nessa trajetória, os 40 anos da CUT se fundem à história do Brasil não somente pela defesa intransigente dos direitos da classe trabalhadora, mas também porque a CUT está no DNA da luta pela redemocratização do país”, disse Sérgio Nobre.

Celebração

Os 40 anos da CUT contará com uma programação especial de atividades. Juvandia, que também é presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) apresentou um resumo de como serão as comemorações.

“Ao longo deste ano, a CUT Nacional e suas estaduais farão uma programação com atividades para reflexão, debate, atividades artísticas, culturais, exposições visando resgatar e reverenciar as conquistas do passado, nossas bandeiras históricas, e também apontar o que queremos para o futuro da maior central sindical do Brasil e uma das maiores do mundo”, disse a dirigente.

Outra atividade anunciada por Juvandia foi um festival de cultura. “Junto aos Congressos Estaduais, vamos desenvolver não somente atividades com artistas regionais, mas também o debate da importância da cultura na elevação de consciência e mobilização da classe trabalhadora”, completou.

Leia a reportagem completa no site da CUT, que traz, entre outros, depoimentos dos ex-presidentes da central Jair Meneguelli; Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho; Luiz Marinho, atual ministro do Trabalho e Emprego; e Vagner Freitas, da categoria bancária. Também houve homenagens ao ex-presidente João Felício, falecido em 2020.

A CUT abriu nesta quinta-feira (11) as celebrações pelos seus 40 anos, que serão completados em agosto. Em live, a central lançou marca comemorativa, reuniu os ex-presidentes e falou em transição, apontando para a necessidade de acompanhar as transformações no mundo do trabalho. Segundo o atual presidente, Sérgio Nobre, é preciso defender também os interesses dos que estão “à margem da legislação”, sem direitos, vivendo de “bicos”.

Ele observou que a origem da central se confunde com a história do país. “Nessa trajetória, os 40 anos da CUT se fundem à história do Brasil não somente pela defesa intransigente dos direitos da classe trabalhadora, mas também porque a CUT está no DNA da luta pela redemocratização do país e essa luta está no DNA da nossa central.”

A primeira Conclat

A entidade foi fundada em 28 de agosto de 1983, durante congresso em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O país ainda estava sob ditadura, que só terminaria formalmente dois anos depois. Mas, antes, o movimento sindical já tentava se articular, na esteira dos movimentos por anistia e “abertura” política. O primeiro passo foi organizar a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1981, reunindo as várias correntes de pensamento das entidades sindicais.

Se antes o esforço era pela redemocratização, agora é pela “reconstrução” do país, dizem os cutistas. Sérgio se refere à eleição de 2022 como a “maior vitória da classe trabalhadora” no período recente. Por derrotar “o fascismo e seu legado de morte e de destruição de direitos”. Mas ele ressalta o desafio para recuperar “tudo o que nos foi tirado desde 2016”, além de avançar na conquista de direitos.

Congresso nacional

Neste ano do 40º aniversário, a CUT também realizará seu 14º congresso nacional. A atual vice-presidente da central, Juvandia Moreira, lembrou que estão previstos ainda ciclo de debates, festival de cultura e a volta do Prêmio CUT de Democracia, em uma terceira edição.

Primeiro presidente da central, Jair Meneguelli lembrou do movimento pelo impeachment do então presidente Fernando Collor (em 1992) e da conquista da redução da jornada de 48 para 44 horas semanais, na Constituição de 1988. Também falaram os ex-presidentes Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (atual deputado federal), Artur Henrique, Vagner Freitas (presidente do Sesi) e Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego no governo Lula. A central homenageou João Felício e Kjeld Jakobsen. Ambos morreram em 2020.

Fonte: Rede Brasil Atual

As feijoadas mensais, promovidas pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, já tem datas definidas no mês de maio.

Confira:

➡️ 19/05 - Nova Iguaçu (sexta-feira)
➡️ 25/05 - Duque de Caxias (quinta-feira)

PREÇOS

Bancário(a) sindicalizado(a) - R$ 15
Não sindicalizado(a) - R$ 25

Esperamos todas as bancárias e bancários para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!

 

A CUT dá início, nesta quinta-feira (11), às comemorações de seus 40 anos de fundação, ocorrida em 28 de agosto de 1983. Às 18 horas o lançamento da marca comemorativa, criada para o período de celebrações, será feito em uma live, transmitida pelas páginas da entidade no Facebook e no YouTube.

A apresentação será feita pelo presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, com participação de dirigentes e ex-presidentes da Central, entre eles o ministro do Trabalho, Luiz Marinho. Nobre destaca que o aniversário emblemático ocorre no mesmo ano do 14º Congresso Nacional da CUT, o que, torna ainda mais relevante a celebração das quatro décadas da Central.

“A classe trabalhadora conquistou a sua maior vitória recentemente, o que nos dá ainda mais motivos para celebrar os 40 anos da CUT, porém os desafios ainda são enormes para recuperar tudo que nos foi tirado desde 2016 e para avançar e conquistar ainda mais direitos”, afirmou o dirigente.

Lutas e vitórias

A criação da CUT – primeira central após o golpe de 1964 e também a primeira no país a ser lançada pela base – desafiou a legislação sindical da década de 1980, que proibia a organização dos trabalhadores de diferentes categorias em uma só entidade.

Em 28 de agosto de 1983, 5.059 trabalhadores e trabalhadoras vindos de todas as regiões do país começaram essa história. Eles representavam 912 entidades – 335 urbanas, 310 rurais, 134 associações pré-sindicais e 99 associações de funcionários públicos, além de cinco federações, oito entidades nacionais e confederações. O encontro ocorreu no galpão daquele que havia sido o maior estúdio cinematográfico brasileiro, o Vera Cruz.

O Brasil enfrentava grave crise econômica, com inflação de 150% e devia mais de US$ 100 bilhões. Na época, o Brasil se rendeu ao Fundo Monetário Internacional (FMI), rifando, assim, a sua soberania. No governo Lula, foi o mesmo FMI que tomou dinheiro emprestado do país.

Um mês antes da fundação da CUT, houve greve geral no país, em profunda recessão. Apenas nos dois primeiros meses de 1983, a indústria paulista havia demitido 47 mil trabalhadores, quase o total do ano anterior. O brasileiro vivia sob repressão política e desemprego, com salários corroídos. Agora, 40 anos depois, o país retrocedeu, e enfrenta realidade similar.

Naquela época, esse cenário levou o congresso de fundação da CUT a aprovar lutas pelo fim da Lei de Segurança Nacional e da ditadura militar, o combate à política econômica do governo do general João Batista Figueiredo, contra o desemprego, pela reforma agrária sob controle dos trabalhadores, reajustes trimestrais dos salários e liberdade e autonomia sindical.

Para o primeiro ano da CUT, foi eleita uma coordenação liderada por Jair Meneguelli, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema (hoje Metalúrgicos do ABC), que estava sob intervenção. Em 1984, a central elegeu a primeira direção completa, e seu primeiro presidente também foi Meneguelli.

Começaria, então, a história de uma central que hoje está presente em todos os ramos de atividade econômica do país, com 3.960 entidades filiadas, 7,9 milhões de associados e associadas e 25,8 milhões de trabalhadores e trabalhadoras na base.

Leia a reportagem completa no site da CUT.

FonteCUT

Está eleito o novo representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa (CA/Caixa). É Messias Bastos, quem recebeu 14.491 votos no segundo turno das eleições, realizado entre os dias 5 e 10 de maio.

Em seu perfil no Instagram, Eduardo Nunes agradeceu a participação das empregadas e empregados, os votos recebidos e sorte ao Messias. “Desejo que o vencedor realize um excelente trabalho na representação de todos os empregados Caixa no CA.”

O Conselho de Administração da Caixa é composto por oito membros – apenas um representa os trabalhadores. A participação de um representante dos empregados no Conselho de Administração das estatais é garantida pela Lei 12.353, sancionada pelo então presidente Luís Inácio Lula da Silva, em 2010.

O CA é o órgão de decisão colegiada e de orientação geral dos negócios do banco, responsável por definir diretrizes e objetivos empresariais e por monitorar e avaliar os resultados. Também deve estabelecer a orientação geral dos negócios da Caixa e decidir sobre questões estratégicas.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, que é formado por representantes de sindicatos e federações da categoria de quase todo o país, por meio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal e do Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, vai realizar um seminário nacional para debater os principais problemas que afetam o dia a dia do pessoal da Caixa, com prioridade para o debate sobre o plano de saúde das empregadas e empregados do banco. A orientação é para que as entidades sindicais realizem o debate com suas bases e promovam seminários locais e regionais para que as propostas sejam aprofundadas no seminário nacional.

“Fizemos um acordo no ano passado que tem validade até 2024. Neste ano, a Conferência Nacional dos Bancários vai discutir apenas temas gerais ligados ao futuro da categoria e à organização do ramo financeiro, além de outros que envolvem toda a classe trabalhadora, como a reforma tributária, inclusive com propostas para ampliar a faixa de isenção do imposto de renda, tanto na tabela geral, quanto na tabela específica da PLR (Participação nos Lucros e Resultados)”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira. “As comissões de trabalhadores específicas de cada banco, como a CEE, ficaram com a incumbência de definir um calendário para continuar as negociações específicas nas mesas permanentes e, no caso da Caixa, já se definiu que há a necessidade de se fazer um seminário nacional para debater e buscar soluções para os problemas do Saúde Caixa”, completou.

A coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt, lembra que já existem negociações em andamento sobre o Saúde Caixa e também mesas específicas sobre saúde e condições de trabalho e sobre problemas que envolvem os caixas, tesoureiros e avaliadores de penhor. “Já temos garantido aumento real nos salários e verbas econômicas e também a manutenção dos direitos até agosto de 2024. Por isso, estamos tratando de pontos urgentes, que afetam o dia a dia de trabalho nas unidades, em mesas permanentes de negociação”, explicou. “Mas, sentimos a necessidade de fazermos um amplo debate sobre o Saúde Caixa, para que as bases nos tragam suas ideias e a gente possa aprofundar o assunto em um seminário nacional para apresentar soluções ao banco”, completou.

Pontos para o debate

A remoção do estatuto da Caixa do teto que o banco pode ter com plano de saúde dos empregados, a necessidade de descentralização da gestão do Saúde Caixa para melhoria no atendimento e ampliação dos credenciamentos de profissionais da saúde e hospitais, o retorno das estruturas da diretoria de Gestão de Pessoas (Gipes) nos estados e a revisão da forma de cobrança de mensalidades e coparticipação devido a erros de sistema do banco estão entre os principais pontos a serem discutidos.

A diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil, ressalta a importância do debate sobre o Saúde Caixa. “Temos que avançar nas negociações, pois, se não houver alterações no Estatuto da Caixa, muitos empregados não terão como manter os pagamentos. Serão forçados a se desligar e isso pode prejudicar toda a sustentabilidade do Saúde Caixa”, completou.

Descentralização da gestão

Na Campanha Nacional de 2022, a CEE da Caixa já havia cobrado a descentralização da gestão do Saúde Caixa para tentar melhorar o atendimento e possibilitar o aumento dos credenciamentos de profissionais de saúde, clínicas e hospitais, além do retorno das estruturas da Gipes nos estados, como suporte à descentralização da gestão. Mas, não houve avanços nas negociações com o banco e o debate foi prorrogado para este ano.

“Vamos insistir para que sejam recriadas estruturas descentralizadas para o Saúde Caixa e para ter informações detalhadas sobre as microrregiões. Recebemos muita demanda e precisamos saber o que acontece além dos grandes centros”, destacou o diretor de Saúde e Previdência da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Leonardo Quadros, que também é diretor-presidente da Associação do Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (Apcef-SP).

Tim-tim por tim-tim

Para ajudar no debate, a Contraf-CUT vai publicar uma série de textos para relembrar os principais pontos que ficaram pendentes na negociação e outros que surgiram mais recentemente. “Nossa ideia é dar subsídios para a discussão, numa tentativa de suscitar a formulação de propostas para a solução”, disse diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro. “O Saúde Caixa é uma conquista histórica muito importante e muito valiosa para todo o pessoal da Caixa. Não podemos correr o risco de perdê-la”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Dos bancários que sentiram os efeitos da covid-19 por mais de quatro dias, 62,5% apresentaram redução do Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT). Os sintomas mais frequentemente associados com essa diminuição foram fadiga (93,2%), depressão (68,2%) e ansiedade (76,8%).

Os dados são da primeira consulta feita em um estudo com 607 bancários feito pelo Departamento de Neurologia (DN) da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, com o apoio do Departamento de Saúde Coletiva (DSC), para investigar os sintomas associados com a redução da capacidade para o trabalho, em indivíduos com síndrome da covid longa.

Um ano após a primeira entrevista, foi conduzida uma avaliação longitudinal com 180 trabalhadores, dos quais 48% ainda apresentavam fadiga, 38% tinham sinais de ansiedade e 52% relataram problemas de memória.

Os resultados foram apresentados no Congresso da Academia Americana de Neurologia, em Boston, nos Estados Unidos, de 22 a 27 de abril, e publicados no suplemento da revista Neurology, de abril.

Clarissa Yasuda, professora de neurologia clínica, explica que os trabalhadores foram avaliados depois de 200 dias, em média, após o diagnóstico de covid-19. “Tem sido cada vez mais importante avaliar os impactos dos chamados casos leves de covid-19 sobre a saúde e a capacidade de trabalhar, visto que esses casos representam a imensa maioria. No nosso estudo, 83% dos casos tinham tratamento domiciliar, sem hospitalizações, e os achados são bastante significativos”.

A professora da área de saúde do trabalhador do DSC, Marcia Bandini, alerta para a necessidade de adoções de práticas terapêuticas multiprofissionais e políticas de proteção para aqueles que tiveram afetada sua capacidade para o trabalho. “O estudo trouxe informações relevantes para que sindicatos e empresas discutam e implementem ações de reconhecimento de casos de covid longa para adotar práticas terapêuticas multiprofissionais de reabilitação, tanto no sistema público quando na saúde suplementar”. Marcia ressalta também a importância de que diferentes categorias profissionais sejam estudadas.

O estudo teve apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Mauro Salles, secretário de Saúde da entidade, destaca que “os resultados da pesquisa comprovaram nossa constatação no contato com os bancários, e o estudo tem nos ajudado na conscientização e tratamento dos colegas afetados”. Segundo ele, os resultados foram apresentados em reuniões de negociações com os bancos. “Somos gratos pelo trabalho e pela parceria com a Unicamp”, complementa Salles.

Para o secretário da Contraf-CUT, a relação entre a representação dos trabalhadores e o meio acadêmico mostrou-se muito importante na história da luta pela saúde dos trabalhadores.  “Esse trabalho reforça esta importância. Saliento que procuramos apoio da universidade quando constatamos no dia a dia que muitos colegas apresentavam sintomas persistentes, que dificultavam o ato de trabalhar, depois de ter covid, na maioria das vezes não relacionando os fatores. Procuramos a Unicamp que estava desenvolvendo trabalho sobre esta situação e tivemos uma maravilhosa acolhida. Os resultados comprovam nossas suspeitas e tem nos ajudado na conscientização e tratamento dos colegas afetados. Também está sendo de grande valia nas negociações com os bancos. Agradecemos pelo trabalho apresentado e pela parceria.”

A pesquisa demonstrou que os sintomas neuropsiquiátricos da covid longa afetam negativamente a capacidade de trabalho, meses após a infecção. Esses achados apontam para a urgência de tratamentos específicos e multidisciplinares para os pacientes, a fim de minimizar a sobrecarga individual e a perda econômica global.

Fonte: Contraf-CUT

Apresentado como uma das “soluções” para a criação de empregos, o trabalho intermitente teve efeito prático limitado, sem impacto no mercado, com poucas vagas e às vezes sem nenhuma renda. De acordo com dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) reunidos pelo Dieese, 20% dos vínculos firmados em 2021 não tiveram qualquer remuneração. A remuneração média dos contratos foi de R$ 888. Ou seja, inferior inclusive ao salário mínimo daquele ano.

Incluído na “reforma” trabalhista aprovada em 2017 (Lei 13.467), o trabalho intermitente deverá ser revisto pelo atual governo. “Os defensores da reforma alegavam que esse tipo de contrato poderia gerar milhões de novos postos de trabalho”, diz o Dieese, em nota. Por outro lado, muitos especialistas alertavam que isso não aconteceria e que esse tipo de contratação não garantiria a esses trabalhadores novas convocações para voltar ao trabalho.”

À espera de um chamado

Nessa modalidade, a pessoa fica à espera de um chamado por parte do empregador. “Enquanto não for convocado, não recebe. E, quando requisitado para executar algum serviço, a renda é proporcional às horas efetivamente trabalhadas”, lembra o Dieese.

Assim, conforme a Rais de 2021, a última disponível, em dezembro daquele ano apenas 0,50% do estoque total de vínculos formais eram de trabalho intermitente – 244 mil. Além disso, do estoque de vínculos ativos no final do ano, 35% não tinham recebido qualquer rendimento.

Um em cada cinco contratos não tem renda

“Olhando apenas os vínculos admitidos em 2021, e que ainda estavam ativos até o final do ano, 20% não tiveram nenhuma renda ao longo daquele período. Ou seja, um em cada cinco contratos intermitentes firmados no ano não gerou renda alguma para o trabalhador.” O maior número de contratos parados durante o ano foi registrado no comércio varejista: 35.239, ou 48% do total de vínculos intermitentes do setor.

Ainda com base nas informações da Rais, o Dieese estimou em cinco meses a duração média do vínculos firmados em 2021. Três meses de trabalho e dois de espera. A remuneração média foi de R$ 888, o equivalente a 81% de um salário mínimo naquele ano (R$ 1.100).

“É verdade que o mesmo trabalhador pode acumular mais de um vínculo de trabalho intermitente, mas, segundo divulgação do então Ministério da Economia, em 2020, a proporção daqueles que contavam com mais de uma admissão era de apenas 1,4%”, observa o instituto. De 244 mil vínculos intermitentes ativos em dezembro de 2021, .só 110 mil tiveram alguma atividade. Entre aqueles que trabalharam, 44% receberam menos que um salário mínimo. Apenas 17% tiveram remunerações equivalentes a dois salários mínimos ou mais (R$ 2.200).

O Dieese lembra também que a constitucionalidade do trabalho intermitente foi questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). No final d 2022, o julgamento voltou a ser suspenso.

“Restam ainda muitas dúvidas e inseguranças, tanto por parte das empresas quanto dos trabalhadores. Mesmo assim, o número de contratos desse tipo continua crescendo, ainda que representem apenas 0,50% do estoque de vínculos formais no mercado de trabalho brasileiro. Os dados disponíveis indicam que, na prática, o trabalho intermitente se converte em pouco tempo de trabalho efetivo e em baixos rendimentos.”

Fonte: Rede Brasil Atual

Nesta última quarta-feira, 10 de maio, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense participou de uma reunião entre a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) e representantes do Banco Bradesco, para debater sobre demissões, fechamento de agências, retirada de portas giratórias, extinção do cargo de vigilante e sobre o convênio Saúde Bradesco.

A reunião ocorreu no auditório da Federação com a presença de todos os Sindicatos dos bancários filiados à Fetraf RJ/ES estiveram presentes: Angra dos Reis e Região, Baixada Fluminense, Espírito Santo, Itaperuna e Região, Macaé e Região, Nova Friburgo e Região e Três Rios e Região.

Pelo Bradesco, estiveram presentes Silvia Eduara Cavalheiro, Gerente Departamental de Recursos Humanos, e Marcos Bartelt, Analista de Relações Sindicais.

Nilton Damião Esperança, Presidente da Fetraf RJ/ES, comentou sobre a importância da reunião: “Foi importantíssima a reunião e a presença de todos os Sindicatos filiados. Cobramos posicionamentos sobre o atendimento presencial, já que as agências não possuem caixas para deficientes e aposentados, proibindo a entrada de clientes, colocando metas de autenticação e burlando a lei de tempo e espera nas filas, já que o acesso aos caixas eletrônicos não possuem senhas”. Também destacou que “a Federação está, e continuará, fazendo um trabalho em conjunto com outras entidades da sociedade civil, atuando para que se melhore o atendimento aos clientes e usuários dos bancos.”, declarou.

Confira abaixo as respostas do banco.

DEMISSÕES

Esta foi pauta que mais gerou debate e questionamentos.

Os dirigentes sindicais falaram sobre suas regiões e como as demissões vem atingindo suas bases. E, também, como estão sendo feitos esses desligamentos, já que muitas demissões estão ocorrendo de forma totalmente desumana.

O banco informou que essa prática citada em exemplos dados na reunião, não é uma orientação. Que é importante que os Sindicatos levem para eles as reclamações, pois é fundamental para que se corrigir erros. Se mostraram preocupados e interessados em ajudar.

Sobre o banco postal, sobre correspondentes bancários, disseram que eles tem sua função definida e que não estão sendo transferidos funcionários para estes locais.

Falaram também que é necessário compreender o impacto da tecnologia dentro do setor bancários. E citou que, em diversos meios, a função de caixa, por exemplo, está sendo extinta. Que vem incentivando as funcionárias e funcionários a fazerem cursos como o CPA10, mas que não é exigência.

FECHAMENTO DE AGÊNCIAS

Os representantes dos bancos disseram que nenhuma agência é fechada sem que algum estudo tenha sido feito, como uma análise de mercado. Assim como não tem como preverem onde uma ou outra agência será fechada.

Ressaltaram a importância dos sindicatos em apontarem onde, na prática, o fechamento de agências será ruim, tanto para a população e clientes, quanto para os funcionários.

PORTAS GIRATÓRIAS E VIGILANTES

O banco informou que nas chamadas “agências de negócios”, não é mais exigida a presença de vigilante e de postas giratórias. Mas que, no restante das agências, continua obrigatório.

Foi criado um Grupo de Trabalho (GT) para tratar, especificamente deste assunto, visto que a legislação se difere de município para município.

SAÚDE BRADESCO

O plano de saúde é uma pauta que vem sendo bastante debatido pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco,  nas últimas reuniões.

O banco alega que também é interessante para eles que a seguradora seja eficiente, já que também é, de certa forma, “cliente” deles.

Foi combinado que as federações dos bancários concentrarão e compilarão as demandas dos sindicatos filiados. Posteriormente, passarão para o departamento de relações sindicais um relatório apontando, separadamente, os problemas nos planos dental e de saúde. No final, será marcada uma reunião, diretamente, com a seguradora presente.

ATENDIMENTO NO CAIXA

Foi levantada esta pauta a partir dos debates anteriores. A campanha da Fetraf RJ/ES, sobre o atendimento presencial, foi citada, também. O banco disse que cumprirá a lei e que ninguém irá impedir o cliente de usar o caixa. Que aceitarão as denúncias, caso haja, para atuarem.

Fonte: Fetraf RJ/ES

Você sabia que um direito garantido no Conselho Monetário Nacional é que todos os bancos devem disponibilizar aos clientes um pacote de serviços essenciais que possibilita movimentações bancárias sem ter que pagar por isso? Ou seja, ao abrir uma conta, não se sinta obrigado a contratar um pacote de serviços tarifado oferecido pelo banco.

O pacote de serviços essenciais, como é chamado, pode ser contratado a qualquer momento a partir da abertura da conta corrente ou poupança. Para isso, basta o titular ir até a sua agência bancária e solicitar esta modalidade.

O pacote contempla a realização de uma série de operações básicas a cada mês. Por exemplo, as contas correntes devem ter acesso a quatro saques, dois extratos, duas transferências entre o mesmo banco, a liberação de dez folhas de cheque, o fornecimento de cartão com função de débito e a emissão do extrato consolidado anual. Fora isso, as consultas via internet não possuem limite.

Caso o cliente exceda o número de operações realizadas ou ainda necessite fazer uma operação que não está contemplada no pacote de serviços essenciais, uma tarifa avulsa será cobrada. É importante fazer as contas, pois o pagamento dessa taxa pode ou não valer a pena, a depender dos pacotes tarifados oferecidos pelos bancos.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), caso a instituição financeira dificulte o processo de adesão aos serviços gratuitos, ou ainda se negue a realizar a contratação deste serviço, você pode abrir uma reclamação no Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) e na ouvidoria do próprio banco.

Além disso, também é possível realizar uma denúncia no Banco Central ou ainda por meio da plataforma consumidor.gov.br, que é gerida pelo Ministério da Justiça. Para realizar denúncias e reclamações você também pode procurar o Procon do seu município.

Fonte: Brasil de Fato