Maio 05, 2025
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Com a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2011/2012, que ocorre nesta sexta-feira, dia 21, às 14h, em São Paulo, entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos com a Fenaban, os bancos têm prazo até o próximo dia 31 para pagar a antecipação da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

 

A nova convenção coletiva, a exemplo do ano passado, estabelece o prazo de até dez dias após a assinatura do acordo para que os trabalhadores recebam a antecipação da PLR.

 

O valor da antecipação da regra básica da PLR é de 60% (que corresponde a 54% do salário mais R$ 840, com teto de R$ 4.696,37). Já a antecipação da parcela do adicional será a distribuição de 2% do lucro líquido do primeiro semestre deste ano com teto de R$ 1.400.

 

O restante vem até o dia 1º de março de 2011. Vale lembrar que, se após pagar a regra básica a todos os trabalhadores, os bancos não tiverem distribuído pelo menos 5% do lucro líquido, eles devem aumentar, na segunda parcela, o valor pago até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 17.220,04. Pelas projeções do Dieese, funcionários do Bradesco, Itaú e Santander receberão 2,2 salários.

 

Diferenças de salários e tickets

Já as diferenças salariais e dos vales e auxílios referentes aos 9% de aumento serão creditadas até a folha de pagamento de novembro. Serão dois meses de diferenças, já que a data-base dos bancários, quando o acordo de 2010 venceu, é 1º de setembro.

Dias parados

Não será descontado nenhum dia da greve dos trabalhadores entre 27 de setembro e 17 de outubro. Nos moldes do ano passado, haverá compensação entre a data da assinatura da convenção coletiva até o dia 15 de dezembro, de segunda a sexta-feira (exceto feridos), em no máximo duas horas por dia. Eventual saldo após esse período será anistiado.

 

Bancos federais

As assinaturas dos acordos específicos do Banco do Brasil, que tem regra própria de distribuição da PLR semestral, e da Caixa Econômica Federal, que inclui a PLR social, ainda não têm data marcada.

 

Já os empregados do Banco da Amazônia, que têm negociação nesta quinta-feira, e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) ainda permanecer em greve, buscando avanços nas pautas específicas.

 

Avaliação

Com a unidade nacional, a força da mobilização e a capacidade de negociação do Comando Nacional de Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, os bancários conquistaram este ano reajuste salarial de 9%, que corresponde 1,5% de aumento real, sendo o oitavo ano consecutivo com ganhos acima da inflação. O piso também teve valorização maior pelo segundo ano seguido e a PLR também cresceu.

 

“A nova convenção coletiva coroa mais uma campanha vitoriosa dos bancários. Enfrentamos um cenário econômico e político adverso. Derrotamos a visão equivocada de setores do governo e do empresariado de que salário gera inflação. E garantimos a continuidade do modelo de valorização do trabalho, como forma de fortalecer o desenvolvimento econômico com distribuição de renda”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional.

 

“Cada trabalhador que ajudou a fazer a greve forte, permitiu que arrancássemos dos banqueiros tudo que no início da nossa campanha eles se recusavam a pagar”, afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira. “Estão todos de parabéns pelas conquistas, e com a certeza de que nossa luta continua todos os dias para cobrar dos bancos o respeito que eles devem aos seus funcionários.”

 

Confira como será o pagamento da antecipação da PLR

Antecipação PLR (R$)

Faixa Salarial
com reajuste

Total
Regra Básica
Parcela Adicional
do semestre (teto)
Diferenças
VA (set/out)
1.400
1.596
1.400
2.996
1.900,36
1.866,19
1.400
3.266,19
2.170
2.011,80
1.400
3.411,80
2.725
2.311,50
1.400
3.711,50
3.270
2.605,80
1.400
4.005,80
3.815
2.900,10
1.400
4.300,10
4.905
3.488,70
1.400
4.888,70
5.450
3.783,00
1.400
5.183,00
6.540
4.371,60
1.400
5.771,60
7.630
4.696,37
1.400
6.096,37
8.720
4.696,37
1.400
6.096,37

(1) A antecipação da regra básica de PLR é composta por 54% do salário reajustado
mais R$ 840,00, que corresponde a 60% da parcela fixa de R$ 1.400,00

Confira as diferenças de salários e tickets que o bancário deve receber

 

Diferenças Salário e Verbas (R$)

Salário c/reajuste

Diferenças
Salário Set.
Diferenças
Salário Out.
Diferenças
VA (set/out)
Diferenças
VR (set/out)
Total
1.400
150
150
56
71,72
427,72
1.900,36
191,31
191,31
56
71,72
510,34
2.170
232,50
232,50
56
71,72
592,72
2.725
225
225
56
71,72
577,72
3.270
270
270
56
71,72
667,72
3.815
315
315
56
71,72
757,72
4.905
405
405
56
71,72
937,72
5.450
450
450
56
71,72
1.027,72
6.540
540
540
56
71,72
1.207,72
7.630
630
630
56
71,72
1.387,72
8.720
720
720
56
71,72
1.567,72

(1) Os bancários receberão em novembro os auxílios alimentação e refeição
já reajustados além das diferenças retroativas a setembro e outubro de 2011

(2) Valores referentes as diferenças retroativas a setembro e outubro entre o vale
refeição mensal de R$ 399,30 em 2010 e R$ 435,24 a partir de setembro de 2011.

(3) Valores referentes as diferenças retroativas a setembro e outubro entre o
vale alimentação de R$ 311,08 em 2010 e R$ 339,08 a partir de setembro de 2011

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

A Contraf-CUT tem recebido consultas de vários sindicatos sobre a cláusula do acordo negociado entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban que trata dos dias parados na greve nacional dos bancários.

 

A entidade informa que o tema foi discutido ao final da última rodada de negociação com os bancos, na sexta-feira, dia 14, quando ficou definido, após muita pressão do Comando Nacional, que a redação será a mesma do ano passado.

 

Desta forma, a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2011/2012, a ser assinada nesta sexta-feira, dia 21, entre a Contraf-CUT, federações e sindicatos com a Fenaban, em São Paulo, estabelece que os 21 dias de greve nacional dos bancários, entre 27 de setembro e 17 de outubro, não serão descontados, mas compensados com até duas horas extras diárias, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, entre a data da assinatura até 15 de dezembro.

 

Conforme a cláusula, as horas extras realizadas anteriormente não poderão ser compensadas com os dias não trabalhados. Qualquer saldo remanescente após o prazo final será anistiado.

 

Fonte: Contraf-CUT

No dia 5 de novembro, sabadão, vai rolar a tradicional FESTA DO BANCÁRIO, que esse ano irá acontecer no Sítio Mazaropi Av. dos Coqueiros, 375 – Santa Cruz da Serra Rodovia Washington Luiz – Duque de Caxias
(Saída 107 da Washington Luiz – próximo a Praça do Codora)

 

DOE UM QUILO DE ALIMENTO NÃO-PERECÍVEL


As doações serão enviadas para instituições filantrópicas.

Foram 21 dias de muita luta. Mas, o resultado veio coroar o esforço da nossa categoria bancária na Baixada Fluminense. Nas assembléias de bancos privados e de bancos públicos realizadas na noite de segunda-feira (17) em Duque de Caxias, que foram realizadas em locais distintos, não houve encaminhamento contrário a aceitação da proposta apresentada na sexta-feira (14) pela Fenaban e pelas direções dos Bancos federais. Diante da intransigência dos bancos, que acharam que a proposta de 8%, antes da greve, iria desmobilizar a categoria, a demonstração de unidade da nossa categoria em nível nacional, e de modo especial na baixada fluminense, foi fundamental para arrancar uma nova proposta que atendesse melhor as nossas reivindicações. A categoria sai fortalecida, pois mais uma vez ficou claro, a nossa força está na nossa unidade.

 Aprovadas propostas conquistadas com 21 dias de greve. A greve começou no dia 27 de setembro e chegou a paralisar 9.254 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal.

 

PROPOSTA APROVADA:

Reajuste de 9% sobre todas as verbas, o que representa aumento real de 1,5%.

 

PISOS:

- Escriturário: R$ 1.400,00 após 90 dias (reajuste de 12%, com aumento real de 4.3% )
- Caixa: R$ 1.900,36, incluindo gratificação de caixa e outras verbas (reajuste de 11.2%, com aumento real de 3,5%)
Confira o modelo da PLR pela nova proposta dos bancos:

- Regra básica: 90% do salário mais R$ 1.400, com teto de R$ 7.827,29. Isso significa um reajuste de 27,2% na parcela fixa da regra básica.
- Caso a distribuição do lucro líquido não atinja 5% com o pagamento da regra básica, os valores serão aumentados até chegar a 2,2 salários, com teto de R$ 17.220,04
- Parcela adicional: 2% do lucro líquido distribuídos linearmente, com teto de R$ 2.800,00, representando um reajuste de 16,7% no teto. Os valores da parcela adicional não serão compensados com planos próprios de remuneração.
- Antecipação da PLR: 54% do salário mais o valor fixo de R$ 840,00, com teto de R$ 4.696,37, e mais parcela adicional de 2% do lucro líquido do primeiro semestre com distribuição linear entre todos os funcionários limitada a R$ 1.400,00.
AUXÍLIO-CESTA ALIMENTAÇÃO: R$ 339,08
AUXÍLIO-REFEIÇÃO: R$ 19,78, totalizando R$ 435,16 ao mês.
13ª CESTA ALIMENTAÇÃO: 339,08·
AUXÍLIO CRECHE/BABÁ: Filhos até a idade de 71 meses: R$ 284,85 – filhos até a idade de 83 meses: 243,67

 

A proposta dos bancos inclui também avanços sociais. Uma nova cláusula proíbe a divulgação de rankings individuais dos funcionários, como forma de frear a cobrança das metas abusivas, combatendo o assédio moral. Outra cláusula obriga os bancos a coibir o transporte de numerário por bancários, que deve ser realizado conforme a lei federal nº 7.102/83, através de vigilantes.
Prazos para pagamento:

Antecipação PLR: PRIMEIRA PARCELA
- até 10 dias após a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

PLR: SEGUNDA PARCELA
- até o dia 1º de março de 2012.

 

Diferenças relativas aos meses de setembro e outubro:
- eventuais diferenças pela aplicação do reajuste de 9% no salário, nos tíquetes-refeição ou na cesta-alimentação, relativas aos meses de setembro e outubro de 2011, serão satisfeitas até a folha de pagamento do mês de novembro/2011.

 

 

Diante da aprovação da proposta da Fenaban, que prevê a compensação dos dias parados durante a greve nacional dos bancários, o Banco do Brasil confirmou ao coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Eduardo Araújo, que o desconto referente aos dias 27, 28, 29 e 30 de setembro será ressarcido nesta quinta-feira, dia 20, junto o crédito da folha de pagamento deste mês.

 

Araújo explica que, a exemplo de anos anteriores, o desconto dos dias de greve não foi novidade, pois isso tem sido feito em virtude do formato da folha do BB.

 

Já os dias de greve de outubro não deverão ser descontados. “O banco vai fazer a reclassificação das ausências referente aos dias de paralisação”, esclarece o dirigente sindical.

 

Fonte: Contraf-CUT

Em assembleias realizadas nesta terça-feira (18), os bancários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que ainda permaneciam em greve, decidiram aprovar as propostas da Fenaban e as específicas dos dois bancos federais, encerrar a paralisação e voltar ao trabalho.

 

Foi o caso dos funcionários do BB em Porto Alegre, onde a assembleia de segunda-feira (17) fora suspensa pelo SindBancários e remarcada para as 10h desta terça-feira. A proposta do BB foi aprovada e os trabalhadores retornaram suas atividades a partir das 13h nas unidades do banco.

 

Os empregados da Caixa, que haviam rejeitado a proposta da Fenaban e a específica da empresa na segunda-feira, também participaram de novas assembleias nesta terça-feira e decidiram aprovar as propostas e voltar ao trabalho.

 

Em Florianópolis, os bancários da Caixa se reuniram às 9h, aprovaram as propostas, encerraram a greve e depois reassumiram as suas funções no banco. Já em Porto Alegre e Belém, as assembleias ocorreram à tarde e a volta ao trabalho acontece a partir desta quarta-feira (19).

 

Houve também assembleias nas primeiras horas da manhã em vários sindicatos no interior de alguns estados, onde os trabalhadores também aceitaram as propostas, decidiram pelo fim da greve e pelo retorno ao trabalho.

 

Avaliação

“A aprovação das propostas coroa mais uma campanha vitoriosa dos bancários, em que enfrentamos um cenário econômico e político adverso. Com unidade nacional, força da mobilização e poder de negociação foi possível arrancar conquistas importantes, como aumento real pelo oitavo ano consecutivo, valorização do piso, maior participação nos lucros e avanços nas condições de trabalho e segurança, sem interferência de atores externos”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 

“Foi também uma importante vitória política para a classe trabalhadora, pois o resultado da campanha dos bancários vai servir de parâmetro para outras categorias. Derrotamos a visão equivocada de que salário gera inflação. Garantimos a continuidade do modelo de valorização do trabalho, como forma de fortalecer o desenvolvimento econômico com distribuição de renda”, ressalta Cordeiro.

 

As propostas específicas do BB e da Caixa também apresentam melhorias para os bancários, envolvendo questões de carreira e condições de trabalho, dentre outras. “Entre os principais avanços, destacam-se a PLR social e a contratação de 5 mil empregados na Caixa e a valorização do plano de cargos e salários no BB”, salienta o presidente da Contraf-CUT.

 

Outros bancos

Os funcionários do Banrisul também encerraram a greve em assembleias dos sindicatos nesta terça-feira, após a apresentação pela manhã de nova proposta específica do banco com avanços, durante negociação em Porto Alegre.

 

Ainda permanecem em greve os funcionários do Banco da Amazônia, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e do Banco do Estado de Sergipe (Banese).

 

Fonte: Contraf-CUT

A greve nacional dos bancários, a maior realizada pela categoria nos últimos 20 anos no Brasil, continua sendo notícia em diversas mídias por todo o mundo. Agora foi a vez da UNI Finanças, braço da UNI Sindicato Global, a qual a Contraf-CUT é filiada.

 

A entidade divulgou a força do movimento na última sexta-feira, dia 7, que virou notícia principal no site. Naquele dia, os bancários que atuam nos callcenters do Itaú e Santander cruzaram os braços, pressionando a Fenaban pela quebra do silêncio e a apresentação de uma proposta decente aos trabalhadores.

 

Clique aqui para acessar a notícia em inglês

 

“A luta continua forte em todos os 26 estados e no Distrito Federal. Os trabalhadores estão indignados com o silêncio e a hipocrisia dos banqueiros. Por um lado, eles não respondem nossas cobranças pelas negociações. Por outro, eles mentem para a sociedade dizendo que estão engajados nas negociações e que estão abertos ao diálogo”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças.

 

A UNI possui 900 sindicatos filiados que representam 20 milhões de trabalhadores da área de serviços em todo mundo.

 

Fonte: Contraf-CUT com UNI Finanças

A exemplo de campanhas salariais anteriores, o Itaú, o Santander e o HSBC novamente voltaram a usar da truculência dos interditos proibitórios contra os bancários na tentativa de impedir o livre direito de greve dos trabalhadores.

 

No dia 29 de setembro, o Santander ajuizou ação de interdito proibitório que acusava o Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte de impedir o acesso de funcionários e clientes em suas suas agências usando de violência e tons de ameaça.

 

Diante do fato, o juiz da 25ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte determinou que um Oficial de Justiça verificasse as alegações do Santander, que comprovou em certidão que as agências do banco estavam fechadas e sem pessoas impedindo a entrada de funcionários e clientes no local.

 

Após analisar a certidão expedida pelo Oficial de Justiça, a prova contida nos autos do processo, bem como a manifestação feita pelo Sindicato, o Juiz do Trabalho indeferiu a liminar ajuizada pelo banco Santander nos seguintes termos: “O exercício do direito de greve é, como sabido, um direito fundamental (art. 9º da CF), sendo inerente ao mesmo a utilização de meios de persuasão ou aliciamento, desde que pacíficos (art. 6º, inciso I, da Lei 7.783/1989). E, ao meu ver, não há, pelas provas que me foram apresentadas, notícias no sentido de que essa pacificidade inexista ou esteja, ao menos, perigando de inexistir. A greve dos funcionários do Santander é, até agora, pacífica sim”.

 

O magistrado da 25ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte ainda dispôs: “Importa registrar, ainda, que a tutela possessória, através do interdito proibitório, tem cabimento quando há ameaça de moléstia ou de ofensa à posse de alguém por um terceiro. Embora seja medida de índole preventiva, os trabalhadores, ao aderirem a um movimento paredista típico (como parece ser o ora analisado), não estão, ao meu ver, disputando, em momento algum, o direito de posse com seu empregador”.

 

No interdito ajuizado pelo banco Itaú na tentativa de impedir a impedir a paralisação dos bancários, no dia 29 de setembro também foi indeferida a liminar. O juiz concluiu estarem “ausentes os requisitos legais necessários, uma vez que não há nos autos indícios de fatos graves a ponto de exigir a intervenção almejada pelo requerente, pois não há prova da existência de desordem dentre outros elementos ilícitos”.

 

No caso do interdito ajuizado, no dia 29 de setembro, pelo HSBC, também indeferido, a justiça concluiu que: “Não há qualquer movimentação ou atitude dos sindicalistas bancários no sentido de dificultar ou impedir clientes e/ou trabalhadores que não aderiram à paralisação de adentrarem nas agências do requerente, indefiro o pedido liminar de expedição de mandado proibitório”.

 

Para o diretor Jurídico do Sindicato Élcio Chaves, ao negarem as liminares aos referidos bancos, os juízes fazem justiça à condução legítima e regular da greve. A greve dos bancários é pacífica e legal, uma vez que o Sindicato respeita todos os termos dispostos na Lei 7783/89 (Lei que regula o direito de greve).

 

“O Sindicato estará atento e não vai aceitar qualquer movimento por parte dos bancos com o intuito de intimidar os bancários a aderirem à greve”, concluiu.

 

Fonte: Seeb Belo Horizonte

Em vez de retomarem as negociações com os bancários, os banqueiros preferiram realizar um megaevento no Parque da Cidade, em Brasília, no domingo (9), 13º dia da paralisação nacional da categoria, numa clara provocação aos trabalhadores em greve.

 

Intitulado ‘Caravana Meu Bolso em Dia’, o evento, supostamente destinado à educação financeira de usuários e clientes do sistema financeiro, contou com show do cantor Latino, que, em média, cobra cachê de R$ 90 mil. Em greve desde 27 de setembro, bancários, juntamente com o Sindicato dos Bancários de Brasília, marcaram presença no local e protestaram contra o descaso das instituições financeiras.

 

À imprensa, a Febraban disse que o atendimento dos estandes estava sendo realizado por bancários voluntários. A informação, porém, foi desmentida pelos próprios profissionais que trabalhavam ali. Segundo o Sindicato apurou, a federação contratou uma empresa de publicidade de São Paulo para realizar o evento.

 

Para o Sindicato, a realização de um evento dessa natureza, fazendo propaganda dos bancos, é uma afronta ao movimento. “É muito cinismo da Fenaban convocar, em plena greve dos bancários e ainda num domingo, terceirizados para trabalhar num evento como esse. Estamos aqui para mostrar à população que os bancos são os grandes responsáveis pela paralisação dos bancários. Nossa pauta inclui mais contratações, fim das filas, redução das taxas de juros e aumento do crédito, mais segurança nas agências, reivindicações que também dizem respeito aos clientes e usuários”, afirma o diretor do Sindicato Jeferson Meira, acrescentando que a manifestação do Sindicato recebeu o apoio dos presentes.

 

Vestidos com camisas da greve e segurando faixas, bancários distribuíram panfletos e explicaram à população os motivos da paralisação, que completa 15 dias nesta terça-feira (11). “Os bancos deveriam ter vergonha de festejar em plena greve dos bancários, que já é a maior dos últimos 20 anos. Continuamos firmes e fortes na paralisação e esperamos que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) volte a dialogar com os trabalhadores”, observa o diretor do Sindicato Wadson Boaventura.

 

Também participaram do protesto a delegada sindical Simone Maciel e a secretária de Assuntos Jurídicos e de Saúde do Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Região Integrada de Desenvolvimento do Entorno (Sintraf-Ride), Christianne Rodrigues.

 

“Quanto mais tempo a Fenaban permanecer em silêncio, mais forte será a nossa greve”, observa Christianne. “Assim como fez a ‘Caravana Meu Bolso em Dia’, a Fenaban também devia arrumar o bolso dos bancários”, acrescenta, numa alusão à reivindicação de aumento real pela categoria.

 

Festa em vez de negociação

Além de não negociarem com os bancários desde 23 de setembro, os bancos fazem festa para tentar esconder da população sua postura intransigente com seus funcionários. A Febraban não poupou dinheiro: sorteou computadores e máquinas fotográficas, distribui milhares de brindes para adultos e crianças, contratou artistas fantasiados e montou uma grande estrutura no Parque da Cidade para tentar ‘comprar’ a população.

 

“Na verdade, os clientes acabam pagando por este tipo de evento, através das tarifas exorbitantes cobradas pelos bancos”, denuncia Jeferson Meira, diretor do Sindicato.

 

É a Fenaban, braço sindical da Febraban, que negocia com o Comando Nacional dos Bancários.

 

Fonte: Seeb Brasília

 

A greve nacional dos bancários chega a seu décimo primeiro dia nesta sexta-feira (7) ainda mais forte. Os trabalhadores fecharam 8.951 agências e vários centros administrativos de bancos públicos e privados em todos os 26 estados e no Distrito Federal. O balanço foi feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a partir dos dados enviados pelos sindicatos até as 18h.

 

“A greve segue se fortalecendo a cada dia. Os bancários estão indignados com o silêncio e a hipocrisia dos bancos. Se de um lado eles não marcam nova negociação e sequer respondem à carta enviada pela Contraf-CUT na terça-feira (4), de outro divulgam informações falsas para confundir os bancários e a sociedade ao dizer que as tratativas continuam e que estão abertos ao diálogo”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 

“A culpa pela greve é dos bancos, que mesmo com um lucro altíssimo, que chegou a de R$ 27,4 bilhões no primeiro semestre, se recusam a negociar com o Comando Nacional e apresentar uma proposta decente com avanços econômicos e sociais”, destaca Cordeiro.

 

A greve da categoria já é a maior nos últimos 20 anos, superando o pico de 2010, quando os bancários pararam 8.278 agências em todo país. Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, depois de rejeitarem a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban na quinta rodada de negociações, que significa apenas 0,56% de aumento real.

 

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens.

 

“Enquanto dão as costas para as reivindicações de seus funcionários, os bancos gastam cada vez mais com a remuneração dos altos executivos”, diz Cordeiro. Segundo dados do Dieese, entre junho do ano passado e o mesmo mês de 2011 o crescimento foi de 12% em média. No Itaú Unibanco, por exemplo, os gastos com os executivos aumentaram de R$ 297,6 milhões para quase R$ 333 milhões.

 

“Além de ignorar as reivindicações da categoria, os bancos desrespeitam o direito constitucional de greve ao utilizar práticas antissindicais, pressionando e intimidando seus funcionários para que furem o movimento. Eles chegam a utilizar helicópteros para levar bancários para os centros administrativos”, indigna-se Cordeiro. “Mesmo assim, a participação na greve continua aumentando e nesta sexta, os trabalhadores fecharam áreas de callcenter de vários bancos”, completa.

 

Fonte: Contraf-CUT