Maio 05, 2025
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Taís Laporta

A portabilidade de crédito entre bancos está longe de ser acessível ao consumidor. Embora tenha crescido 13% em 2013, os R$ 6,95 bilhões migrados somaram ínfimos 0,25% dos R$ 2,715 trilhões de todos os empréstimos e financiamentos – que evoluíram 14,6% no ano, segundo o Banco Central (BC). Na prática, as migrações evoluíram menos que o crédito em si.

Um dos motivos pode estar na resistência dos bancos em apresentar uma oferta de juros melhor, quando procurados para fazer a portabilidade. A tendência é que eles apontem a migração como desvantajosa e empurrem como solução o refinanciamento da dívida.

Mas o procedimento é bem diferente da portabilidade, já que consiste em dar um novo crédito para o cliente quitar a dívida no outro banco. Há taxas e impostos embutidos para abertura de cadastro, por tratar-se de um novo empréstimo.

Na portabilidade, a migração é feita entre os bancos sem nenhum custo para o consumidor, inclusive a cobrança de Imposto Sobre Operações Financeiras, o IOF.

“Não funciona direito”

O iG procurou agências bancárias da Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Banco do Brasil, em busca de uma oferta que cobrisse uma dívida fictícia do crédito pessoal de R$ 2 mil, com juros de 5% a 6% ao mês.

Em todos os casos, os bancos desencorajaram ou até vetaram a portabilidade. Seja porque os juros não compensariam, seja porque a instituição simplesmente não migra dívidas do crédito pessoal.

A Caixa Econômica alegou que o procedimento seria desvantajoso, já que os juros praticados de 3,3% ao mês do crédito pessoal passariam a 5% por tratar-se de portabilidade. “Quando você vai renegociar a dívida, a taxa sobe e fica muito próxima do que você já paga. Sinceramente, não valeria a pena”, lamentou a atendente.

O Itaú, por sua vez, assegurou que os juros para não correntistas são maiores, e também sugeriu refinanciar a dívida, em vez de migrar. Os juros da migração seriam de 6,9% ao mês, maiores que os da dívida apresentada. Taxa bem superior aos 4,58% do empréstimo pessoal não consignado, praticada pelo banco em janeiro, de acordo com o site do Banco Central.

O tom da conversa muda, no entanto, se a intenção for tornar-se correntista. “Aí, se o limite for aprovado, consigo fazer uma taxa bem menor, de até 2%”, afirmou o funcionário do Itaú.

No Bradesco, não foi diferente. A atendente informou que não podia cobrar juros abaixo de 6%, embora esta linha de crédito no banco praticasse 5,62% em janeiro, segundo o BC. A funcionária também sugeriu refinanciar a dívida como opção mais vantajosa.

“[Portabilidade da dívida] não funciona direito. O que podemos fazer é abrir uma conta aqui, fazemos um novo empréstimo e você mesma paga a dívida”, explicou a atendente do Bradesco. Segundo ela, dívidas maiores e com bens de garantia, como veículos e imóveis, são mais interessantes para portabilidade.

O Banco do Brasil avisou, de cara, que não faz portabilidade de crédito pessoal. Só migra dívidas de financiamento imobiliário, de veículos ou consignado. Também sugeriu quitar o crédito e pegar um novo no banco, condicionando a abertura de conta corrente.

Segundo o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), o cliente só pode ser obrigado a abrir uma conta para obter o crédito se for necessário fazer depósitos diretamente nela.

No site do Banco do Brasil, há um anúncio incentivando a migração do crédito para o BB, mas só de veículos. “Traga o financiamento de veículo que você contratou em outro banco e conte com os benefícios oferecidos pelo BB”.

Banco faz de tudo para manter o bom cliente

Outro motivo que pode estar emperrando as migrações é a renegociação dos juros nos bancos em que a dívida existe. “Se o cliente for bom, a tendência é que o banco tente mantê-lo reduzindo as taxas”, afirma a especialista em direito do consumidor, Denise Santos.

Pode ser mais fácil tentar negociar uma oferta melhor com o próprio credor do que com outros bancos, na opinião da especialista. Mas Denise alerta para a venda casada, uma prática ilegal, que consiste em condicionar o benefício à contratação de um produto financeiro ou plano de previdência.

A recomendação do BC ao portar a dívida é verificar sempre o custo efetivo total (CET) da operação e o número de parcelas, para saber se a redução dos juros é de fato vantajosa. Uma ferramenta fornecida pela fundação Procon permite calcular este custo.

Bancos poderão leiloar juros

Em dezembro do ano passado, o Banco Central criou novas regras para a regulamentação da portabilidade de crédito. Uma delas estipula um prazo de cinco dias para as instituições financeiras fazerem uma contraoferta com taxas menores para tentar segurar o cliente que encontrou condições melhores em outro banco

Além disso, as migrações serão todas feitas por um sistema eletrônico entre os bancos, padronizando as operações. Os bancos também estarão autorizados a fazer um leilão de juros para ter a preferência do cliente.

 

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Com altas temperaturas de até 40 graus em muitas cidades brasileiras, a Contraf-CUT vem recebendo denúncias de sindicatos sobre problemas nos equipamentos de ar-condicionado do Itaú, tornando o ambiente de trabalho insuportável. Em São Paulo, os trabalhadores fecharam três agências do banco na manhã desta quarta-feira (5), uma na rua São Bento, região central da cidade, e outras duas na zona leste.

“Na zona oeste também há 11 agências com problemas no ar-condicionado. Em Osasco, na região metropolitana, os trabalhadores informaram que os equipamentos estão sucateados em dois locais de trabalho. Mas o problema é geral e estamos recebendo reclamações do Brasil inteiro”, ressalta Jair Alves, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Nas mobilizações desta quarta-feira, os bancários também demonstraram preocupação com o novo modelo de agência que o Itaú vem implementando. O banco decidiu transformar algumas em uma espécie de “loja de produtos”, onde há movimentação de numerário, na medida que existem caixas eletrônicos. O Itaú resolveu retirar a porta de segurança e eliminar a presença de vigilantes nessas unidades. Na semana passada em Londrina (PR), uma dessas agências foi alvo de assaltantes. Além de aterrorizarem os bancários, os ladrões também roubaram pertences pessoais dos trabalhadores.

Enquanto isso, o Itaú anunciou nesta terça-feira ( 4) lucro líquido recorrente de R$ 15,836 bilhões em 2013, o que representa crescimento de 12,8% em relação ao ano anterior. A lucratividade (lucro líquido sobre patrimônio líquido) foi de 20,7%, o dobro da média do sistema financeiro mundial.

“Com esse lucro todo, o Itaú deveria dar condições dignas de trabalho e de segurança para os trabalhadores. Mas o que se percebe é que o banco descuida da saúde do trabalhador e reduz custos para aumentar ainda mais o lucro, o que é injustificável”, finaliza Jair Alves.

Fonte: Contraf-CUT com Seeb São Paulo

O juiz Bruno Brum Ribas, da 4ª Vara Federal de Porto Alegre, recebeu nesta quarta-feira (5) a ação civil pública movida pela Defensoria Pública da União (DPU) que busca a substituição do índice de correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com isso, o processo começa a tramitar e abrangerá todo o país. Ou seja, a decisão também será válida para as demais ações que correm no judiciário. Se a tese da mudança de cálculo sair vitoriosa, também beneficiará os demais trabalhadores.

A DPU pretende que a Caixa Econômica Federal seja condenada a corrigir, desde janeiro de 1999, os depósitos efetuados em todas as contas vinculadas do FGTS, aplicando um indicador que melhor reflita a inflação. Os defensores públicos Fernanda Hahn e Átila Ribeiro Dias defendem a existência do direito a uma atualização que mantenha o poder de compra dos recursos depositados.

A polêmica se estabeleceu a partir de 1999, quando a correção fixa de 3% ao ano mais a Taxa Referencial (TR) começou a ficar abaixo da inflação. Segundo o Instituto FGTS Fácil, a defasagem chega a R$ 200 bilhões.

Fonte: Zero Hora

Em mais uma vitória dos bancários, o Mercantil do Brasil garantiu aos representantes de seus funcionários, na segunda-feira, dia 3, em reunião realizada na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Minas Gerais (SRTE-MG), em Belo Horizonte, que colocará fim ao processo de reestruturação.

 
As mudanças que estavam em curso foram responsáveis pelo fechamento de oito agências, mudança de perfil de sete e,consequentemente, pela demissão de dezenas de bancários por todo o país, inclusive de trabalhadores acometidos por doenças ocupacionais e detentores de estabilidade provisória de emprego.

 
Durante a reunião, os dirigentes sindicais cobraram transparência da direção do Mercantil em relação à situação de seus funcionários e mais respeito para com os milhares de correntistas prejudicados pelo encerramento das atividades nas agências atingidas pela reestruturação.

 
Apesar de ter anunciado o fim da reestruturação, o Mercantil alegou que ainda será necessário o fechamento das agências Carioca e Cinelândia, no Rio de Janeiro. O banco garantiu que não realizará demissão em massa e que seu objetivo agora é ampliar o número de agências, principalmente as de uso exclusivo para beneficiários do INSS.

 

Para Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, o anúncio do banco ainda não traz tranquilidade aos trabalhadores e clientes da instituição. “Esperamos mais do Mercantil do Brasil. Mais contratações e mais transparência nas relações com os trabalhadores e sindicatos, com o fim de projetos mirabolantes que tanto aterrorizam clientes e funcionários”, cobrou.

 

Já o funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, Vanderci Antônio da Silva, destacou que a pressão dos trabalhadores, sindicatos e da Contraf-CUT foram fundamentais para o recuo do banco em relação ao processo de reestruturação e demissão em massa.

 

“Devemos continuar mobilizados e atentos em relação à extrapolação da jornada de trabalho e à cobrança por metas absurdas devido à redução de funcionários nas dependências atingidas. Nós, funcionários, não podemos e nem devemos pagar por erros cometidos pela alta cúpula do Mercantil”, afirmou Vanderci.

 

Fonte: Seeb BH

Carolina Mandl
Valor Econômico | De São Paulo

O ano de 2013 se encerrou para os três maiores bancos privados do país com o fantasma da inadimplência ficando para trás, depois de assombrar as instituições financeiras por mais de dois anos.

Itaú Unibanco e Bradesco terminaram dezembro com o menor índice de inadimplência dos últimos cinco anos, com 3,7% e 3,5%, respectivamente. No caso do Santander, o indicador de 3,7% representa o menor patamar desde a fusão com o banco Real, concluída em 2009. Página virada, é com esses patamares – e até com algo um pouco melhor – que o trio espera seguir neste ano.

Graças ao controle mais firme da qualidade dos desembolsos, os três maiores bancos privados do país tiveram um lucro líquido de R$ 29,8 bilhões no ano passado, com uma expansão de 7,63% na comparação com 2012. Do trio, só o Santander apresentou um desempenho pior, mas, assim como seus concorrentes, deixou no ano que se encerrou os problemas com os atrasos nos pagamentos. Já no último trimestre, começou a esboçar uma recuperação do lucro.

A migração de Itaú, Bradesco e Santander para linhas de empréstimo com mais garantias, como o financiamento imobiliário e o crédito consignado, derrubou as despesas com calotes do grupo em 14,1%, para R$ 44,9 bilhões. Foram R$ 7,4 bilhões a menos de gastos para cobrir empréstimos com pagamento em atraso.

Modelos internos de avaliação de risco dos tomadores de empréstimo também se tornaram mais rígidos. “Estamos colhendo frutos de políticas de ajuste de risco e de crédito que começaram em 2011″, disse Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco, que teve R$ 15,7 bilhões de lucro líquido no ano passado.

Não foi apenas com o controle da inadimplência, porém, que os bancos lucraram mais. As receitas de serviços e de tarifas tiveram contribuições importantes para os balanços das instituições, principalmente em um cenário mais fraco para o crédito.

O estoque de empréstimos do trio alcançou R$ 962,8 bilhões, com crescimento de 10,8% em 2013, bem abaixo dos 14,6% da média do sistema, que foi puxada pelas instituições públicas.

Para driblar isso, Itaú, Bradesco e Santander contaram com tarifas, seguros e outros serviços. Essas receitas somaram R$ 51,3 bilhões, com crescimento de 16,1% em relação a 2012.

No caso do Itaú, a incorporação da credenciadora de cartões Rede (ex-Redecard) deu um impulso extra às receitas de serviços e tarifas, que alcançaram R$ 22,2 bilhões, com alta de 22,1% em 12 meses. Tanto para Bradesco quanto para Santander, cartões também trouxeram contribuições relevantes.

Se de um lado os bancos arrecadaram mais com a clientela, de outro eles também economizaram. As despesas operacionais e administrativas do trio subiram 5,5%, para R$ 77,1 bilhões. A expansão é inferior aos 5,9% da inflação medida pelo IPCA.

Além do corte de funcionários e da revisão de uma série de contratos, Santander e Bradesco chegaram a fechar 117 agências, depois de anos seguidos de expansão da rede, indicando um processo de revisão dos pontos de rua.

Em nota, o Bradesco atribui a redução de 23 agências a processos de incorporação de agências em algumas regiões e da transformação de outras em postos de atendimento simplificados. O banco afirma, porém, que deve manter uma média anual de abertura de 50 agências. O Santander diz que alguns fechamentos se deram pela clara sobreposição, criada com a fusão com o Real.

Apesar de ainda contarem com um certo recuo daqui para a frente, os executivos não esperam mais grandes quedas no índice de inadimplência para impulsionar seus balanços. É por isso que o controle dos gastos permanece no radar dos bancos “As despesas devem ficar no limite da inflação, enquanto as receitas devem crescer acima dela”, disse Setubal ontem. A toada também vale para os outros dois bancos privados.

O Santander, por exemplo, criou um fundo para controlar custos, com R$ 593 milhões para despesas com consultorias, gastos com renegociação de fornecedores e mudanças de localização física de áreas do banco. Na semana passada, anunciou a criação da nova área de custos, organização e eficiência, que será voltada para o controle das despesas.

Um empurrão extra para o balanço dos bancos pode vir do crédito, principalmente se os bancos públicos confirmarem a expectativa de desacelerar o passo.

Fonte: Valor Econômico

Valor Econômico
Carolina Mandl

Dois anos depois de promover um rejuvenescimento da sua alta cúpula, o Bradesco fez novos ajustes em sua diretoria, fortalecendo sua estrutura. Apesar de mais modesta do que as promoções de 2012, a reformulação deste início de ano trouxe três novos vice-presidentes, segundo comunicado interno divulgado pelo banco na sexta-feira.

Os diretores-gerentes Josué Augusto Pancini (rede de atendimento), Maurício Machado de Minas (tecnologia e marketing) e Alexandre da Silva Glüher (jurídico) subiram um degrau na hierarquia do segundo maior banco privado do país, passando à vice-presidência.

Ao mesmo tempo, o vice-presidente José Alcides Munhoz (crédito) se aposenta por limite de idade, sendo indicado para o conselho de administração.

Com as recentes medidas, a vice-presidência do Bradesco passa a contar com oito integrantes, ante os seis anteriores, dentro de um organograma que o banco acredita estar mais fortalecido.

As áreas de crédito e risco, que estavam sob o comando de Munhoz, ficarão com o vice-presidente Domingos Figueiredo de Abreu. Desde 2012, Abreu era responsável pela rede de atendimento, cartões, marketing e promotora. Agora, essa grande área foi desmembrada, já que o executivo também ganhou novas atribuições. O marketing, por exemplo, caberá a Minas daqui para a frente, assim como a rede ficou com Pancini.

Na reestruturação de janeiro de 2012, o Bradesco tinha buscado rejuvenescer o alto escalão, um processo que teve início com a chegada de Luiz Carlos Trabuco Cappi à presidência do banco, em 2009.

O Bradesco também tinha como objetivo o fortalecimento de sua área comercial, ao promover Munhoz, Aurélio Conrado Boni (infraestrutura tecnológica) e Sérgio Clemente (pessoas jurídicas).

O Bradesco informou nesta terça-feira (4) à Contraf-CUT que vai pagar a segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) na próxima sexta-feira (7). O banco obteve lucro líquido de R$ 12,2 bilhões em 2013, o que representa um crescimento de 5,9% em relação a 2012.

Conforme a convenção coletiva dos bancários, o Bradesco deverá creditar a segunda parcela da regra básica e da parcela adicional da PLR. Os valores ainda não foram divulgados pelo banco.

A regra básica da PLR estabelece 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694, limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), com teto de R$ 19.825,86.

Haverá dedução do pagamento da antecipação da regra básica, que foi de 54% do salário mais o valor fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49.

Já a parcela adicional corresponde à distribuição de 2,2% do lucro de forma linear entre os funcionários, limitado a R$ 3.388. Também será descontado o valor da primeira parcela, que foi de R$ 1.694.

“A melhoria da PLR foi uma das conquistas da Campanha Nacional 2013, fruto da ousadia, unidade e mobilização dos bancários”, destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

As inscrições para as bolsas de auxílio educação foram prorrogadas pelo Itaú até o próximo dia 14. No último levantamento parcial do banco, já havia 6.500 funcionários inscritos.

“O auxílio educação é uma das principais conquistas dos funcionários do Itaú e conseguimos estendê-lo para a segunda graduação e para a pós, além de garantir uma cota para pessoas com deficiência”, relembra Wanderley Crivellari, integrante da coordenação da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú.

Conforme o representante nacional dos trabalhadores, o auxílio-educação é composto por 5.500 bolsas, das quais 5 mil destinadas a bancários e 500 para trabalhadores não bancários da holding. Destas, 1.000 são destinadas preferencialmente para pessoas com deficiência. O valor de cada bolsa será de R$ 320 por mês.

Fonte: Contraf-CUT

O Itaú comunicou nesta terça-feira (4) à Contraf-CUT que vai creditar a segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no dia 27, quando sai a folha de pagamento de janeiro. O banco obteve lucro líquido de R$ 15,7 bilhões em 2013, o que representa um crescimento de 12,8% em comparação a 2012.

Conforme a convenção coletiva dos bancários, o Itaú deverá pagar a segunda parcela da regra básica e da parcela adicional da PLR. Os valores não foram divulgados pelo banco.

A regra básica da PLR estabelece 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.694, limitado a R$ 9.087,49. Se o total apurado ficar abaixo de 5% do lucro líquido, será utilizado multiplicador até atingir esse percentual ou 2,2 salários (o que ocorrer primeiro), com teto de R$ 19.825,86.

Haverá dedução do pagamento da antecipação da regra básica, que foi de 54% do salário mais o valor fixo de R$ 1.016,40, limitado a R$ 5.452,49.

Já a parcela adicional corresponde à distribuição de 2,2% do lucro de forma linear entre os funcionários, limitado a R$ 3.388. Também será descontado o valor da primeira parcela, que foi de R$ 1.694.

“A melhoria da PLR foi uma das conquistas da Campanha Nacional 2013, fruto da ousadia, unidade e mobilização dos bancários”, destaca Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Itaú anunciou nesta terça-feira 4 lucro líquido recorrente de R$ 15,836 bilhões em 2013, o maior resultado da história do sistema financeiro nacional, que representa crescimento de 12,8% em relação ao ano anterior. A lucratividade (lucro líquido sobre patrimônio líquido) foi de 20,7%, o dobro da média do sistema financeiro mundial. Apesar disso, o Itaú fechou 2.734 postos de trabalho em 2013, quando a economia brasileira gerou 1,1 milhão de novos empregos com carteira assinada.

Esse resultado, somado com o do Bradesco e do Santander, mostra que os três maiores bancos privados que operam no país lucraram R$ 34 bilhões e fecharam 10.001 postos de trabalho em 2013.

“Esse tipo de comportamento não pode mais ser tolerado pela sociedade brasileira. Os bancos são os mais rentáveis de toda a economia brasileira e de todo o sistema financeiro internacional. E dentre os bancos, o Itaú é um dos que tem a maior rentabilidade. Fechar postos de trabalho nesse cenário amplamente favorável é boicotar o desenvolvimento econômico e social do país e jogar contra o país”, avalia Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

“Por isso o principal desafio dos bancários em 2014 é lutar contra as demissões, por mais contratações e pelo fim da rotatividade e das terceirizações, como forma de proteger e ampliar o emprego”, insiste Carlos Cordeiro.

Para o presidente da Contraf-CUT, além do fechamento de postos de trabalho, há outros fatos a indicar que o Itaú joga contra o desenvolvimento econômico e social do país, entre os quais o de liderar a campanha de terrorismo econômico para forçar o Banco Central a elevar a taxa Selic e impor a agenda neoliberal ao governo federal.

Os mais recentes exemplos vêm do economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn. Além de defender, em artigos de jornais, que o governo tome medidas de austeridade para provocar demissões e reduzir a massa salarial, durante o recém-concluído Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, disse ao jornal Financial Times que o Brasil não tem uma economia estável e sustentável. “É essa economia instável que permite aos seus patrões embolsarem R$ 15,8 bilhões esfolando a população com os mais altos juros e spread do mundo?”, questiona Cordeiro.

O balanço

O lucro recorde do Itaú em 2013 foi consolidado pelo resultado do quarto trimestre do ano, que atingiu 4,646 bilhões, aumento de 16,4% em relação ao terceiro trimestre e de 33,05% sobre igual período de 2012. Se a rentabilidade no ano todo ficou em 20,7%, com alta de 2,3 pontos percentuais, no trimestre chegou a 23,7%, segundo análise do Dieese sobre o balanço.

Tomando-se isoladamente os últimos três meses de 2013, a evolução do estoque de emprego foi positivo, com criação de 149 postos de trabalho. No consolidado do ano, porém, o banco fechou 2.734 vagas.

A carteira de crédito atingiu R$ 509,9 bilhões, com crescimento de 13,5% no ano e 6,0% no quarto trimestre. No segmento de pessoa física, o crescimento foi de 12,2% no ano, totalizando R$ 168,7 bilhões, com destaque para o crédito consignado (alta de 66,6%), o crédito imobiliário (+34,1%) e o cartão de crédito (+33,5%). Já no crédito para pessoa jurídica, que atingiu R$ 275,6 bilhões, houve um crescimento de 11,6% no ano, com destaque para as grandes empresas (20,4%).

Cai a inadimplência

O resultado foi impactado pelo crescimento das receitas de prestação de serviço e tarifas e, em especial, pela redução das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa, manobra contábil que em anos anteriores permitiu aos bancos maquiar os balanços e reduzir a PLR dos bancários.

O índice de inadimplência superior a 90 dias apresentou recuo de 1,1 ponto percentual, fechando 2013 em 3,7%, o menor nível histórico desde a fusão entre Itaú e Unibanco, em novembro de 2008. No trimestre, esse índice caiu 0,2 ponto percentual. As despesas de provisão para devedores duvidosos sofreram uma significativa redução de 30,5% em relação a 2012, totalizando R$ 13,5 bilhões.

As despesas de pessoal cresceram 9,3%, totalizando R$ 15,3 bilhões, enquanto as receitas de prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceram 18,5%, atingindo R$ 24,1 bilhões. Com isso, o banco cobre as despesas de pessoal com essas receitas secundárias, com um excedente equivalente a 57% dessas despesas (em 2012, esse excedente foi de 44,8%).

Veja aqui os principais dados do balanço analisados pelo Dieese.

Fonte: Contraf-CUT