Maio 16, 2025
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A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) entregou ao BB, na tarde dessa quarta-feira (12), a lista de reivindicações das Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBBs). “A CRBB sempre foi uma porta de entrada de encarreiramento no banco, onde os funcionários adquiriam um amplo conhecimento da empresa e de lá partiam para as mais diversas áreas. Mas isso vem sendo impedido pela alta quantidade de claros [termo para vagas não ocupadas] nos prefixos”, explicou o funcionário BB, ligado à Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (Fetec-CUT/SP), Antônio Netto.

O movimento sindical avaliou que a falta de concurso público, para que as vagas em aberto sejam ocupadas, está diretamente ligada aos problemas que os funcionários enfrentam nas centrais de atendimento. “Entre os resultados nocivos de tudo isso está a sobrecarga dos trabalhadores, que continuam sendo submetidos a metas abusivas”, completou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Outras demandas das CRBBs apresentadas na mesa de negociação foram:

•             Implementação do home office.
•             Valorização salarial.
•             Fim do estímulo abusivo à competição.
•             Melhora nas condições de trabalho.
•             Mudanças no sistema de metas.

“Apresentamos para o banco condições muito preocupantes, como trabalhadores atendendo duas, três até quatro pessoas ao mesmo tempo; pausas de apenas segundos, entre uma ligação e outra; competição e metas que adoecem”, destacou Fernanda Lopes.

Em relação às metas, entre as propostas apresentadas pelo movimento sindical ao banco está o retorno ao mecanismo de indução. “O que queremos é pontuação pela oferta e a apresentação do produto, ao invés de haver pontuação apenas com a efetivação do negócio, que muitas vezes acaba sendo feito por outro canal, apesar de ter se iniciado na CRBB”, destacou Antônio Netto.

Consulta

Uma consulta realizada pelo movimento sindical junto aos trabalhadores das CRBBs, e apresentada ao banco, revelou dados preocupantes. “Cerca de 69%, 71% e 45%, respectivamente, dos entrevistados das CRBBs de Recife (PE), São José dos Pinhais (PR) e São José (SC), responderam ‘não’ quando perguntados se sentiam felicidade ao vir para o trabalho”, destacou o funcionário do BB e representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec-CUT-PR), Alessandro Greco Garcia, conhecido como Vovô.

Quando perguntados se atendiam mais de um cliente ao mesmo tempo, 66,7% dos trabalhadores de Recife, 55% dos de São José dos Pinhais e 62,7% dos de São José responderam que chegam a atender até mais que dois clientes ao mesmo tempo. Já o percentual da resposta “sim” para a questão “você já precisou se afastar das suas atividades por doença relacionada ao estresse, causada ou agravada pelo ambiente de trabalho?” foi 33% em Recife, 52% em São José dos Pinhais e 31,4% em São José.

“O fato de existir muitos claros faz com que muitos desses funcionários, que são altamente capacitados para ascender na carreira dentro do banco, sejam condicionados a se manter como atendentes nas CRBBs por um longo período. Então, o que temos observado com isso, são funcionários na mesma posição por 8, 9, 10 anos e, quanto maior o período na mesma posição, maior o nível de insatisfação e estresse”, explicou Vovô.

Para solucionar esse quadro, o movimento sindical propôs ao banco a realização de novos concursos públicos. “Acrescentamos que somos totalmente contrários à terceirização, que acirra um tipo de competição que adoece o ambiente de trabalho do BB”, complementou Fernanda Lopes.

O BB propôs a criação de um grupo de trabalho, que será formado entre representantes dos trabalhadores e representantes do banco, para avaliar os resultados das consultas feitas nas CRBBs e estudar a aplicação das melhorias solicitadas.

Agenda das próximas mesas permanentes temáticas:

20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade.

11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa.

28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

Fonte: Contraf-CUT

Representantes dos canais “Basta! Não irão nos calar”, atualmente presentes em 12 sindicatos e federações de bancários, se reuniram no dia 12 de julho, para balanço e troca de experiências sobre o projeto, que oferece atendimento jurídico a mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

O encontro foi promovido pela secretaria da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). “Essa é a segunda atividade do tipo que realizamos. E o resultado que tivemos, mais uma vez, foi muito produtivo, porque estamos aprofundando o conhecimento sobre os desafios locais e discutindo parcerias para encontrar soluções. Então, essa é a importância desse espaço de troca”, explicou a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.

A advogada e assessora técnica para a implementação do Basta, Phamela Godoy, destacou que também foram debatidas dificuldades em relação ao sistema judiciário e fragilidades da Lei Maria da Penha. “Com isso, entre as resoluções que tiramos deste encontro estão ações que vamos desenvolver, junto à secretaria da Mulher da Contraf, para, conhecendo melhor esses mecanismos e seus gargalos, ampliar as ferramentas de apoio às mulheres que chegam até o Basta”, completou.

Entenda

  • O “Basta! Não irão nos calar” é um projeto de assessoria jurídica para mulheres em situação de violência doméstica e familiar, que nasceu no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, em 2019.
  • Cerca de dois anos depois, em agosto de 2021, foi lançado em âmbito nacional pela Contraf-CUT.
  • O papel da Contraf-CUT no Basta! é apoiar a implantação dos serviços de atendimento às vítimas de violência doméstica e familiar.
  • O desenvolvimento do projeto é, por sua vez, realizado pelas federações e sindicatos da categoria bancária, onde são estabelecidos os canais para as vítimas contatarem assessoria jurídica, desde a orientação para a procura dos canais e serviços públicos até orientações sobre questões como guarda dos filhos.
  • Até março de 2023, os canais do Basta! haviam atendido 360 pessoas, sendo 358 mulheres e dois homens parentes de mulheres em situação de violência doméstica ou familiar.
  • Do total de atendimentos, foram geradas 256 ações judiciais, sendo 164 pedidos de medida protetiva de urgência obtidos com a assessoria dos sindicatos às vítimas.
  • A implantação do Basta! acontece em cinco etapas:
  1. Primeiro é definir como se dará o atendimento inicial às vítimas, se por meio de redes sociais, por telefone ou atendimento presencial. Também é necessário definir o horário de atendimento.
  2. Na segunda fase, ocorre a definição de quem fará o atendimento, se dirigentes sindicais, advogadas da entidade ou advogadas parceiras.
  3. Na terceira, é a formação da equipe do projeto, em um curso com 30 horas de duração (discussão de temas como desigualdades, atendimento humanizado, Lei Maria da Penha e outros instrumentos legislativos).
  4. A quarta fase é sobre a articulação com a rede local de enfrentamento à violência doméstica, como os serviços disponíveis na região.
  5. A última etapa é a de acompanhamento dos primeiros atendimentos.

Acesse a cartilha do Projeto Basta, disponível para download na área restrita do site Contra-CUT.

Confira abaixo os sindicatos com canais “Basta! Não irão nos calar!” em funcionamento:

1. São Paulo, Osasco e Região, atende via whatsapp (11) 97325-7975.
2. Brasília, atende via whatsapp (61) 9292-5294.
3. Pernambuco, atende via whatsapp (81) 97347-3585.
4. Paraíba, atende via whatsapp (83) 9123-9845.
5. Rio de Janeiro, atende via whatsapp (21) 98013-0042.
6. Porto Alegre e Região, atende via whatsapp (51) 97401-0902.
7. Campinas e Região, atende via whatsapp (19) 99814-6417.
8. ABC, atende via whatsapp (11) 98244-1637.
9. Piracicaba e Região, canal SindBan Acolhe, atende via telefone (19) 3417-1333.
10. Belo Horizonte e Região, atende via telefone (31) 3279-7800.
11. Catanduva, São Paulo, atende via telefone (11) 99591-7733.
12. Rondônia, atende via telefone (69) 9214-0464.

Fonte: Contraf-CUT

A representação dos empregados cobrou, durante reunião do GT de Condições de Trabalho realizada nesta terça-feira (18), maior celeridade e soluções efetivas da Caixa Econômica Federal. “Esta é a quarta reunião deste grupo de trabalho. Tivemos avanços em alguns temas, mas os casos prioritários, como a situação da saúde psíquica dos empregados, continuam sem sequer serem tratados nas reuniões”, observou a coordenadora do GT e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Fabiana ressaltou que os representantes sindicais são cobrados em suas bases. “Os trabalhadores querem que sejam dadas soluções para o fim das cobranças abusivas pelo cumprimento de metas, que os levam ao adoecimento”, disse, ao lembrar que a cobrança por números de casos de empregados afastados para o tratamento doenças psíquicas, com o objetivo de buscar acabar com a origem destes problemas, foi o que gerou a criação deste GT. “Mas a Caixa não trata deste tema. Esta fuga da discussão e o não fornecimento de informações faz parecer que o número é assustador e, por isso, a Caixa não quer tratar do assunto”, completou.

Gestão pelo medo

A representação dos empregados também questiona a afirmação do banco de que a gestão pelo medo acabou na Caixa. “O banco alardeia que a gestão pelo medo na Caixa acabou. Este pode ser um desejo da nova gestão, mas, efetivamente, não é verdade. Temos avanços sim, mas não o suficiente para acabar com as cobranças abusivas de metas”, disse a coordenadora da CEE.

Mesa de negociações

Fabiana reforçou a importância dos GTs sobre temas específicos, mas disse que existem muitos outros que precisam ser tratados na mesa de negociações entre o banco e a comissão de representação dos empregados. “Existem temas que devem ser tratados em mesa de negociações. E, mesmo em casos específicos, quando o debate não andar nos GTs, também queremos tratar sobre eles em mesa de negociações e, se for necessário, buscarmos a solução em outras instâncias. O que não pode é o empregado ficar sofrendo e o banco não nos apresentar nenhuma solução, nem informações que nos permitam ajudar a encontrá-la”, disse.

“Além disso, queremos debater o plano de funções gratificadas (PFG) e os desdobramentos de encarreiramento na mesa de negociações, assim como o teletrabalho e a Funcef (Fundação dos Economiários Federais – o plano de previdência dos empregados Caixa)”, ressaltou.

Outras cobranças

  • Contratação de mais empregados para sanar o problema de sobrecarga;
  • Atas das reuniões do GT;
  • Universidade Caixa precisa chegar realmente às unidades e ser acessível, com tempo disponível para estudo durante o expediente e cursos presenciais;
  • Solução para problemas de sistemas e equipamentos obsoletos;
  • Calendário para mesas de negociações;
  • Negociação sobre o Saúde Caixa;
  • Retirada do “Fique bem” do “Conquiste”.

Informações e cobranças

A Caixa trouxe informações sobre o acesso remoto ao sistema interno, sobre a “trilha de saúde” e sobre Pessoas com Deficiência (PCDs) empregadas pelo banco, que atingiu os 5% obrigatórios por lei. Segundo o banco, dos 86.473 empregados, 5,01% (4.329) são PCDs.

“Nossa atuação foi fundamental para que o banco cumprisse a meta de 5% de empregados PCDs. Também tivemos importantes avanços no acesso remoto para empregados e até dirigentes sindicais. Mas, mesmo nestes avanços ainda restam questões a serem resolvidas”, disse Fabiana.

Os empregados lembraram que:

  • Muitas vezes, mudanças no sistema não funcionam devido à qualidade dos equipamentos, que travam e há queda do sistema;
  • Gestores dividem metade da atuação do teletrabalho em home office e a outra presencial, para evitar o pagamento do adicional estipulado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria;
  • A falta de prioridade para PCDs e pais de PCDs e crianças com até seis anos de idade para o teletrabalho, conforme definido no artigo 75-F da CLT, bem como a não redução da jornada para este grupo.

Fonte: Contraf-CUT

A Consulta Nacional às Bancárias e Bancários 2023 já está em andamento e segue até o dia 2 de agosto. O levantamento é anual e é utilizado para o diagnóstico das condições de trabalho e para saber a opinião da categoria sobre questões nacionais relevantes e seus anseios. Podem participar todas e todos os profissionais do setor, sindicalizados ou não, pelo link https://consulta-bancarios.votabem.com.br/.

Nos anos de negociação salarial com os bancos, o questionário também é utilizado para a definição da pauta de reivindicações. A pesquisa é organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com apoio das federações e sindicatos filiados, e pelo Comando Nacional dos Bancários.

Conjuntura Nacional

Neste ano, em que não há campanha, pois a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2022 tem validade de dois anos, a Consulta se concentra em questões de saúde da categoria e a relação dos trabalhadores com suas entidades sindicais, além de temas nacionais.

Nessa parte, são feitas perguntas sobre a reforma tributária; a necessidade de queda das taxas de juros; a independência do Banco Central; a Lei 1.085/23, sobre igualdade salarial entre homens e mulheres; e a regulamentação da internet, com o objetivo de se evitar a propagação de mentiras e a incitação ao ódio por meios digitais.

Relação com a categoria

“A Consulta é fundamental para sabermos como as bancárias e bancários pensam, quais problemas enfrentam no ambiente de trabalho e quais são os seus anseios”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira. “Essa é uma ferramenta muito eficaz de relação das entidades sindicais com a categoria bancária, que está presente em praticamente todas as localidades do país e é fundamental tanto para as pessoas quanto para a economia do país”, completou.

Juvandia, que também é vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), lembra que a Consulta do ano passado foi fundamental para a negociação com os bancos, na Campanha Nacional. “Tivemos mais de 35 mil formulários respondidos, o que é um resultado formidável”, avalia. “O Comando Nacional dos Bancários, com a Consulta em mãos, foi com muita força para a negociação da nova CCT, pois os dados mostravam quais eram as reais necessidades da categoria”, lembrou a dirigente.

Força na negociação

Em 2022, os bancários indicaram como prioridade nas negociações, o aumento real, manutenção do emprego e dos direitos adquiridos, combate ao assédio moral, condições de saúde no trabalho, igualdade de oportunidades e definições para o teletrabalho. Juvandia observou que, “em toda essa pauta, a negociação obteve êxito, inclusive com a formulação de um capítulo específico para o teletrabalho, modalidade decisiva para a categoria, com cláusulas que garantem condições econômicas, profissionais e de saúde em patamares muito superiores à legislação sobre o assunto”.

Os dados compilados da Consulta Nacional serão apresentados na 25ª Conferência Nacional dos Bancários, que ocorrerá de 4 a 6 de agosto, em São Paulo.

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) um pedido cobrando posicionamento sobre expediente especial em dias de jogos da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, durante a Copa do Mundo, que será disputada na Austrália e na Nova Zelândia, a partir do dia 20 de julho – o primeiro jogo do Brasil está marcado para segunda-feira, dia 24.


“Desde que o governo federal anunciou, semana passada, que decidiu decretar ponto facultativo, diversas empresas anunciaram que irão liberar os funcionários para assistir aos jogos da copa feminina. Mas, até o momento, os bancos não se manifestaram. Por isso encaminhamos um pedido à Fenaban e vamos começar a cobrar banco a banco por um posicionamento”, explicou a presidenta da Contraf-CUT e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.

O governo deve publicar nesta terça-feira (18), no Diário Oficial da União, o decreto que concede ponto facultativo em jogos da seleção feminina. Esta é a primeira vez na história que a medida é adotada no campeonato disputado pelas mulheres, a pedido da ministra do Esporte Ana Moser. Tradicionalmente, o ponto facultativo é adotado apenas para Copa do Mundo de equipes masculinas.

Ainda na semana passada, logo após o anúncio da medida nos meios de comunicação, empresas começaram a divulgarque irão liberar funcionários para acompanhar a disputa, nos dias em que o país entrar em campo.

Reflexo social

A secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes, avalia que a medida é fundamental não apenas como incentivo ao esporte, mas também para o empoderamento feminino. “A seleção feminina de futebol já trouxe muitos títulos ao país. Apesar de não ter conquistado uma Copa do Mundo, ainda, as mulheres estiveram em todas as copas da Fifa, desde a primeira edição, em 1991, e são as maiores campeãs da Copa América, com oito títulos”, completou Fernanda Lopes.

“Esse empoderamento, das mulheres nos jogos, também é necessário para rediscutir a nossa posição como influenciadoras no esporte e corrigir a grande disparidade financeira, porque os homens são, disparadamente, os mais bem remunerados na maioria dos esportes. Esse cenário, é um reflexo da sociedade como um todo, que ainda remunera menos as mulheres do que os homens, ainda que estejam nos mesmos cargos e tenham o mesmo grau de escolaridade”, completou.

Confira os horários da Seleção Brasileira na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina 2023:

BRASIL x PANAMÁ – 1ª rodada do grupo F
Data: 24 de julho de 2023 (segunda-feira)
Horário: 8h (de Brasília)
Local: Hindmarsh Stadium, em Adelaide (AUS)
Onde assistir: Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV

BRASIL X FRANÇA – 2ª rodada do Grupo F
Data: 29 de julho de 2023 (sábado)
Horário: 7h (de Brasília)
Local: Brisbane Stadium, em Brisbane (AUS)
Onde assistir: Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV

BRASIL X JAMAICA – 3ª rodada do Grupo F
Data: 2 de agosto de 2023 (quarta-feira)
Horário: 7h (de Brasília)
Local: Melbourne Rectangular, em Melbourne (AUS)
Onde assistir: Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV

Fonte: Contraf-CUT

As feijoadas mensais, promovidas pelo Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, já tem datas definidas no mês de julho.

Confira as datas:

➡️ 21/05 - Nova Iguaçu (sexta-feira)
➡️ 27/05 - Duque de Caxias (quinta-feira)

PREÇOS

Bancário(a) sindicalizado(a) - R$ 15
Não sindicalizado(a) - R$ 25

Esperamos todas as bancárias e bancários para mais dois eventos imperdíveis e deliciosos.

Até lá!

A aprovação da reforma tributária pela Câmara dos Deputados, no último dia 7, foi um primeiro passo para a justiça tributária. No entanto, apesar de apoiar sua aprovação, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) defende que a pretendida segunda fase da reforma a ser apresentada pelo governo federal, contemple pautas históricas do movimento sindical, que façam com que o sistema tributário seja focado em renda e patrimônio e não em consumo e produção, como atualmente.

Entre as reivindicações estão a progressividade na tabela do imposto de renda, com ampliação das faixas de alíquotas, e a tributação de lucros e dividendos de milionários. Dessa forma, o sistema tributário faria que quem ganha menos pague menos impostos e quem ganha mais, pague mais.

Essa tributação é um dos carros chefes da Campanha Tributar os Super Ricos, que reúne mais de 70 organizações, entre elas a CUT e entidades como o Instituto Justiça Fiscal, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a União Nacional dos Estudantes (UNE), o Sindifisco Nacional e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

No modelo atual, trabalhadores e assalariados arcam com o peso maior da arrecadação de impostos. E os exemplos são simples. Em audiência pública na Câmara dos Deputados, em abril deste ano, o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, citou a discrepância em relação à tributação para as duas camadas – os trabalhadores e os mais ricos.

“Quando fazemos negociações de participação nos lucros e resultados [PLR] para os trabalhadores, eles pagam imposto de renda sobre aquilo que recebem. O acionista da empresa não paga. É impressionante!”, disse.

O resultado é o aumento da desigualdade no país. Ainda na audiência, Nobre citou que o Brasil, hoje, segundo a revista Forbes, está no 7° lugar do ranking mundial de bilionários. Por aqui, são 42 ‘figuras’ que possuem fortunas de mais de US$ 1 bilhão cada. E a diferença aumentou ainda mais durante a pandemia, com crescimento de R$ 170 milhões, em média, para cada fortuna.

“No Brasil 70% dos trabalhadores ganham até dois salários-mínimos por mês. O país tem que pensar nisso, e não é um debate ideológico. São dados. A concentração de riqueza que precisamos enfrentar vem da não taxação de lucros e dividendos”, disse Nobre na Câmara.

Encarar o problema de frente

Não há saída para crises econômicas e combate à desigualdade sem aumento da tributação para as camadas ricas da sociedade. Crises econômicas históricas como a grande depressão, na década de 1930, e a crise pós segunda guerra mundial foram enfrentadas com aumento de impostos para os mais ricos.

Mas quem são eles? O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale explica que são, em geral, os grandes acionistas de empresas com lucros milionários e os grandes investidores e aplicadores, que atuam, por exemplo, em bolsas de valores.

“Não somos nós, trabalhadores, classe média, pequenos empresários que quando sobra algum dinheiro aplicamos na poupança. O ganho que esses ‘grandes’ têm é muito dinheiro, e não pagar imposto sobre ele vai fazer com que nós, trabalhadores e mais pobres, tenhamos de pagar mais impostos para que o Tesouro Nacional não tenha perdas”, explica o dirigente.

“É um sistema tributário regressivo. Quem tem pouco paga muito e quem tem muito e poderia pagar mais, não paga”, ele diz. E dados comprovam. Em 2019, por exemplo, o país perdeu R$ 4,6 bilhões por não tributar apenas três dos maiores bancos que atuam no Brasil – Itaú, Bradesco e Santander – cujos dividendos em 2018 alcançaram a cifra de R$ 37 bilhões de reais.

No total, as instituições lucraram naquele ano, R$ 59,6 bilhões. Sobre o valor repassado aos acionistas como dividendos, os R$ 37 bilhões citados acima, não houve incidência de impostos.

Brasil e mais dois

De acordo com levantamento da Tax Foundation, entre os países que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é um dos três países que não tributam dividendos pagos a acionistas, ao lado de Letônia e Estônia, no leste europeu. Por outro lado, em outros países, a carga é significativa. Nos Estados Unidos e na Alemanha é de 25%; na Índia, na China e no México, de 10%.

Defesa da CUT

Em nota publicada na sexta-feira (7), a CUT reforçou que a aprovação é ‘um passo rumo à justiça tributária no país’, mas também se posiciona em relação às reivindicações históricas do movimento sindical.

“A carga tributária relativa aos impostos indiretos, cobrados no consumo de produtos e serviços, paga pelos 10% mais pobres chega a 23,4% da sua renda bruta enquanto que para os 10% mais ricos essa participação é de 8,6%”, diz trecho da nota.

A nota destaca ainda as reivindicações históricas dos trabalhadores, que devem ser atendidas na próxima fase da reforma:

  1. Tributar lucros e dividendos;
  2. Aumentar os impostos sobre a propriedade da terra;
  3. Tributação sobre a remessa de lucros das empresas estrangeiras;
  4. Instituir o imposto sobre grandes fortunas;
  5. Ampliar o número de faixas e alíquotas da tabela do Imposto de Renda;
  6. Ampliar a tributação de luxo.

Fonte: CUT, com edição da Contraf-CUT

Já está no ar a página sobre o 14º Congresso Nacional da CUT (Concut), que acontece em São Paulo de 19 a 22 de outubro. Com o tema “Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, o encontro marca os 40 anos da maior central sindical do Brasil.

O site reunirá dados dos congressos das CUTs estaduais, a história das 13 edições anteriores e uma galeria com fotos e vídeos históricos do evento, além de outras informações.

No congresso, a CUT atualizará estratégias de atuação em meio ao primeiro ano do governo Lula, marcado pela retomada das políticas para a indústria, a regulação do mercado para trabalhadores e trabalhadoras por aplicativo e a revisão da política ambiental.

No congresso também será eleita a nova direção nacional da Central, para o período de 2023 a 2028.

Acesse o site do 14º Concut.

Leia a matéria completa no portal da CUT.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e gerentes de serviços se reuniram com representantes do BB para expor problemas que os trabalhadores vêm enfrentando, como acúmulo de funções, pressão por metas e os impactos negativos do programa “Performa”. O banco ouviu os gerentes e se comprometeu a realizar estudos para melhorar a situação.

“Os gerentes de serviço têm um excesso de cobrança. Ao mesmo tempo que respondem pela operação das agências (questão de numerário e de caixas eletrônicos, por exemplo), são também cobrados na parte negocial, ou seja, na venda de produtos. E, mais, só recebem pontuação pelas vendas. Então, está incluída na reivindicação deles que recebam pontuação também pelas outras tarefas que executam”, destacou o representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG) na CEBB, Rogério Tavares, o Rogerinho.

Os gerentes lembraram ainda os problemas causados pelo programa “Performa”, implementado em fevereiro de 2020. “O Performa diminuiu a pontuação da carreira de mérito dos gerentes de serviço, como se eles passassem a ser assistentes”, explicou Rogerinho.

Os trabalhadores destacaram também a ocorrência de desvios de função, uma vez que acabam realizando serviços de gerente de atendimento.

“Foi importante o banco ouvir os gerentes de serviço, as várias dificuldades que enfrentam diariamente, simplesmente para tentar desempenhar suas funções com qualidade, com segurança. Em resposta, o banco se comprometeu a realizar estudos para melhorar a situação. Nós, do movimento sindical, esperamos que o compromisso feito pelo banco, nesse encontro, seja breve, pois os gerentes de serviço sofrem com essa situação há anos”, pontuou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes.

Entenda

• Atualmente, os gerentes de serviço são cobrados tanto pela operação de uma agência, quanto pelo número de vendas, entretanto só recebem pontuação pelas vendas.
• A reivindicação dos gerentes de serviço é para que não sejam submetidos a cobranças individuais por vendas. Pedem que o serviço operacional seja valorizado.
• Os trabalhadores denunciam ainda o desvio de função, uma vez que, além de exercerem a gestão das agências, necessitam realizar atendimentos e vendas.
• Banco ouviu os trabalhadores e se comprometeu a estudar os problemas para apresentar soluções às demandas.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu com representantes da direção do BB na última semana para ouvir da empresa propostas para a plataforma Conexão (sistema de métricas de metas), com impactos na avaliação da Gestão de Desempenho Profissional (GDP).

O banco anunciou que o sistema de metas do Conexão será estendido para escriturários e assistentes, “a pedido dos funcionários que ocupam esses cargos”. Também houve revisão do modelo que, segundo a empresa, passa a ter foco no cliente. Além disso, o banco não permite mais que um gestor possa dar a pontuação máxima para todos os funcionários, numa mesma avaliação. “Ele [avaliador] pode dar nota máxima, dar o mesmo placar de competência, o que limitamos é dar cinco para todo mundo, porque nem tudo mundo desempenha as mesmas competências no mesmo nível”, disse a representante do banco.

Avaliação dos trabalhadores

“Apesar de o banco ter dito que incluiu escriturários e assistentes, a pedido deles mesmos, o que temos recebido dos funcionários é o contrário: muita reclamação por terem sido incluídos”, destacou a coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes. “Também não ficou muito claro na reunião como funcionarão os parâmetros novos de metas”, completou.

“No nosso entendimento, da forma como foi apresentada, a plataforma Conexão acaba sendo mais um fortalecimento da gestão por assédio, numa realidade que a gente vive, com a GDP sendo utilizada para ameaçar as pessoas que têm comissão. Nosso problema hoje é que a GDP é usada simplesmente para punir o funcionário que não alcançou o resultado, e não deveria ser assim”, explicou a representante da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) na CEBB, Priscila Aguirres.

Os trabalhadores também avaliaram com preocupação a impossibilidade de dar pontuação 5 para todos da equipe, porque induz à gestão por assédio. Ou seja, o banco impõe um limitador para conceder pontuação máxima para todos os funcionários de uma mesma equipe, mas não um limitador para pontuação mínima de todos da equipe.

O banco recebeu as críticas e ficou de reavaliar o modelo que limita a possibilidade de conceder pontuação máxima.

“Voltamos a cobrar que a GDP seja um instrumento de aprimoramento e entendemos que essas mudanças apresentadas na reunião, pelo banco, continuam facilitando a utilização da ferramenta para o assédio”, destacou Fernanda Lopes. “Também voltamos a cobrar do banco a construção conjunta, com os funcionários, de um sistema de avaliação sem metas que adoecem, e passando pela formação de gestores, porque hoje muitas ferramentas que estão sendo usadas estimulam a gestão que adoece”, completou.

Descomissionamento

Em reunião anterior, que ocorreu em 30 de maio, entre os pedidos dos funcionários estava a suspensão do descomissionamento até que o banco implementasse correções em distorções que tornam a GDP um instrumento de assédio. Entretanto, o movimento sindical registrou que novos descomissionamentos ocorreram ao logo deste ano.

Na última mesa de negociação, o banco afirmou que os descomissionamentos estão suspensos e permanecerão assim até a primeira quinzena de agosto.

Entenda

  • O banco apresentou alterações na plataforma Conexão, com impactos na avaliação da GDP.
  • Com a mudança, a plataforma Conexão passa a reunir todos os relatórios de metas em um só local e individualiza ainda mais as responsabilidades pelo alcance das metas do setor.
  • Na nova proposta, o avaliador não poderá dar nota máxima para todos da equipe, porém não existe o mesmo limitador em caso de notas mínimas.
  • O banco também anunciou que o processo de descomissionamento segue suspenso até a primeira quinzena de agosto, porém o movimento sindical denuncia que descomissionamentos já ocorreram nos últimos meses.
  • Os representantes dos trabalhadores na mesa de negociação criticaram a nova plataforma Conexão, por entender que ela induz ainda mais à gestão por assédio.
  • Os funcionários também mantiveram o pedido de suspensão do descomissionamento, até que o banco implemente correções em distorções que tornam a GDP um instrumento de assédio.

Agenda das mesas permanentes temáticas:

12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB);

20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade;

11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa;

28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

Fonte: Contraf-CUT