Maio 16, 2025
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Neste ano, com o tema “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver”, o Julho das Pretas está realizando pelo menos 446 atividades, organizadas por 230 entidades em 20 estados e o Distrito Federal. O movimento busca promover o debate sobre a necessária reparação para a população negra, vítima de injustiças desde a origem de sua trajetória histórica, com comunidades inteiras sequestradas em sua terra de origem, a África, para serem escravizadas nas Américas. Outro ponto é a difusão e organização da 2ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, que será em 2025. A 1ª Marcha ocorreu em 2015, em Brasília.

“O Julho das Pretas é importante porque reforça que nossas vozes devem ser escutadas. E, nesse processo de diálogo de gerações, vamos, cada vez mais, abrindo as portas para que as mulheres negras das gerações futuras continuem o processo iniciado por tantas de nós, na construção de um mundo melhor. Como a gente sempre fala: quando uma mulher negra se movimenta, toda a sociedade se movimenta com ela”, explica a Anaide Silva (Nãna), mulher preta e secretaria de políticas sociais da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (Fetec-SP). 

Ela destaca também a importância do mês de luta no fortalecimento das companheiras pretas, pelo reconhecimento de sua atuação para alcançar espaços de poder. “Quando eu conheci o movimento sindical, não sabia que mulheres negras também poderiam ocupar espaços de poder, porque, para nós, historicamente, sempre foram delegados os lugares mais hostis da sociedade. Mas, graças a essa luta incansável, hoje assistimos mulheres, como tantas de nós, como grande referência na sociedade, como ponta de lança para mudar a realidade da nossa gente”, completa.

Desigualdade é evidente

Como reforça o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar, “essa data remete à luta e resistência internacional da mulher negra contra o racismo e o sexismo, à discriminação de gênero e raça e à falta de oportunidades no mercado de trabalho”. Como pontua Almir, “as estatísticas mostram as desigualdades contra as mulheres negras, como as mais de 40% das mulheres negras que hoje estão subutilizadas no mercado de trabalho”.

Além das profundas distorções no mercado de trabalho, o secretário também aponta problemas arraigados na sociedade brasileira, que afetam a mulher negra em decorrência do racismo estrutural. “É o caso da política de encarceramento em massa, que levou às prisões brasileiras a quarta maior população carcerária feminina do mundo, e 62% delas são negras; e do feminicídio, que atinge muito mais as mulheres negras no país”, ressalta.

Diante desse quadro, Almir adverte que “a sociedade brasileira precisa estar atenta à luta contra a discriminação à mulher”. Para o secretário, “é hora de a sociedade refletir e criar mecanismos para pôr fim nessa desigualdade, que atinge toda população negra, mas é ainda mais incisiva contra as mulheres negras”.

Números da violência

Segundo relatório divulgado recentemente pela Anistia Internacional, com dados de 150 países, no primeiro semestre de 2022, quatro mulheres foram mortas por dia no Brasil, totalizando 699 feminicídios, sendo que as mulheres negras representam 62% do total de vítimas. “Esse cenário, que infelizmente comprova que o Brasil está longe de exterminar o racismo estrutural, reforça a razão do Julho das Pretas, que é dar visibilidade às pautas e políticas públicas necessárias para uma sociedade livre de violência contra todas as mulheres”, destaca a secretária da Mulher da Contraf-CUT, Fernanda Lopes.

No setor bancário, a mulher preta representa somente 1,1% das que estão em cargos de liderança. Além disso, a remuneração média da mulher preta bancária é, em média, 40,6% inferior à remuneração do homem bancário branco. “Essa tamanha desigualdade é outro tipo de violência contra a mulher negra”, complementa Naña.

Origem

Em 2023 está sendo realizada a 11ª edição do Julho das Pretas. Lançado em 2013, pelo Odara – Instituto da Mulher Negra, o período de celebração, conscientização e fortalecimento da luta de combate ao racismo voltado para as causas da mulher tem seu ponto alto no dia 25, o Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Instituída em 2014, por decreto da presidenta Dilma Rousseff, a data coincide com o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1992.

Tereza de Benguela foi líder do quilombo de Quariterê, violentamente destruído em junho de 1770 (conheça mais sobre ela no Portal Geledés e na reportagem Comemorar o Julho das Pretas é questão de resistência). Acesse a Agenda 2023 do Julho das Pretas para se informar das atividades em todo o Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

No último dia 20 de julho, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que as agências bancárias teriam o horário de atendimento alterado nos dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo Feminina de Futebol, atendendo uma reivindicação do movimento sindical, que também luta por igualdade de gênero.

Mas, enquanto Ary Borges, Bia Zaneratto, Tamires, nossa Rainha Marta e companhia estreavam na Copa do Mundo de Futebol Feminino, com uma goleada sobre o Panamá, o Bradesco jogava contra.

Foram diversas as denúncias de bancárias e bancários, informando que foram “convidados” a acompanhar os jogos dentro das agências, se assim desejassem.

Tudo era para ocorrer como sempre acontece na nossa categoria durante os jogos do Brasil na Copa do Mundo de Futebol Masculino. Porém para os trabalhadores e as trabalhadoras do Bradesco foi diferente. Vários bancários informaram aos Sindicatos que foram convidados a comparecerem às agências antes dos jogos para acompanharem o jogo das canarinhas, se assim desejassem.

Isso contraria a decisão da Fenaban que determina que, “em dias de jogos da seleção brasileira que iniciarem às 8h, no horário de Brasília, os bancos abrirão uma hora mais tarde”.

O QUE DIZ O BANCO

Ao ser questionado, a direção do banco disse que este não é o posicionamento nem a orientação da instituição financeira. E, sim, de alguns regionais e gerentes. Disseram, também, que caso isso volte a acontecer, que denunciem.

POSICIONAMENTO DA FETRAF RJ/ES

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES) acredita na boa fé das pessoas mas, lamentavelmente, chegaram diversos relatos de trabalhadores bancários que se sentiram coagidos a aceitar este convite.

Em nossa luta por igualdade, a Fetraf RJ/ES entende que, assim como acontece no mundial masculino, o mesmo tratamento deve ser dado quando mulheres estejam jogando. E isso deve ser uma prática que não deve abranger só a área esportiva, como todas as áreas e esferas da sociedade.

A Fetraf RJ/ES defende que haja uma flexibilização e não uma compensação de horas. Também  estará atenta, através de seus Sindicatos filiados, se casos como este seguirão ocorrendo.

Denuncie!

Tabela da Seleção no Mundial Feminino

24 de julho (segunda-feira) – Brasil x Panamá (8h) Expediente 11h

29 de julho (sábado) – França x Brasil – (7h) Expediente 10h

2 de agosto (quarta-feira) – Jamaica x Brasil (7h) Expediente 10h

Em caso de classificação em primeiro lugar no grupo

Oitavas de final: 08 de agosto (terça-feira), (8h) Expediente 11h

Fonte: Contraf-CUT

A Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro, participou nesta última segunda-feira, 24 de julho, de um evento que debateu a discriminação contra as mulheres negras no Brasil e no mundo.

Renata Soeiro é a primeira mulher a fazer parte do comando do Sindicato.

A atividade foi promovida pela Secretaria de Combate ao Racismo da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro), pela Secretaria de Políticas Sociais do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, e fez parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, festejado nesta terça-feira, 25 de julho.

“O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, do qual eu faço parte, demonstra protagonismo nos seus 13 municípios que ele representa, com uma Coordenadora Mulher Negra, e que pode falar com propriedade sobre o racismo: que mata, aprisiona e tira oportunidades do nosso povo preto.”

Além de Renata, palestraram e participaram do evento: Almir Aguiar (Secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT), Clatia Vieira (coordenadora do Fórum Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro e do Fórum Permanente de Diálogo das Mulheres Negras da Alerj), Mônica Alexandre (presidenta da Associação Carioca dos Advogados Trabalhistas do Rio de Janeiro - ACAT, e diretora Adjunta da OAB-RJ)e Raimunda Leone (secretária adjunta de Combate ao Racismo e Igualdade Racial da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB).

NÚMEROS

Dados oficiais revelam que o racismo no mercado de trabalho é muito grave no setor financeiro. Os bancários negros (que incluem pretos e pardos) ganham 24% menos do que os colegas brancos. Os empregados pretos de instituições financeiras têm rendimento médio 27,3% menor do que o rendimento médio dos brancos. E as mulheres pretas sofrem ainda mais discriminação, ganhando 59% menos que a média dos homens brancos. Nos bancos é raro um negro ocupar cargos de diretoria e executivo e a presença de mulheres negras nestas funções então, praticamente inexiste.

Neste último sábado, 22 de julho, representantes dos empregados da Caixa Econômica Federal se reuniram para debater a situação do plano de saúde da categoria. No encontro, de forma virtual, foram realizados painéis para subsidiar as discussões. As propostas aprovadas durante seminários regionais realizados em todo o país serão consolidadas e nortearão as negociações para renovação do Acordo Coletivo específico sobre o Saúde Caixa, que deve ocorrer em agosto.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), da qual o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense faz parte, participou com uma delegação composta por 16 pessoas: Álvaro dos Reis, Angela Maria Fassina, Arthur Dussoni, Emannuely Segatto, Gabriela Pereira, Igor Bongiovani, Jackeline Scopel, João Bosco Teixeira, Leonardo Barros, Lizandre Borges, Luiz Maggi, Márcio Wanderley Lopes, Maria Salete Pinheiro, Rita de Lima, Ronan Vieira e Ulisses Moreira Parola.

“O Seminário Saúde Caixa Jorge Furlan cumpriu um papel importante, pois este ano não houve o CONECEF. As apresentações cumpriram papel de revelar a luta que os bancários da Caixa terão que travar para poder manter os princípios basilares do plano e que são, em nossa opinião, inegociáveis: solidariedade, pacto intergeracional e mutualismo.”, comentou Lizandre Souza Borges, Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo Fetraf RJ/ES.

“Nosso plano é uma das maiores conquistas dos trabalhadores. Este seminário é importante para o embate que teremos para renovação do acordo do Saúde Caixa. Desde o golpe de 2016, o plano de saúde vem sofrendo sucessivos ataques e nesse momento os empregados precisam estar conscientes sobre a importância de manter o modelo de custeio 70/30 e a qualidade do plano. A Caixa e o governo precisam entender que os gastos com Saúde Caixa não são despesas, são investimentos em saúde e bem-estar”, destacou Sergio Takemoto, presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), durante a abertura do Seminário sobre o Saúde Caixa, que foi denominado Seminário Jorge Furlan, em homenagem ao ex-empregado da Caixa e militante do movimento associativo e sindical, que faleceu em julho de 2022.

Para a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Fabiana Uehara Proscholdt, o seminário serve para aprofundar as questões relativas ao plano de saúde. “Estamos debatendo a construção do acordo não só para o custeio, mas para a qualidade do plano de saúde. Nos últimos anos o Saúde Caixa passou por sucateamento. Precisamos fazer um grande trabalho de reconstrução do plano, com qualidade, que seja viável para todos os trabalhadores e sustentável”, ressaltou.

Princípios

O Saúde Caixa foi criado tendo como base os princípios da solidariedade, do pacto intergeracional e do mutualismo. Estes princípios garantem que cada empregado pague de acordo com sua capacidade contributiva, que nenhum deles seja excluído devido sua idade, tendo sido criado um subsídio cruzado entre as faixas etárias, para que todos contribuam para o mútuo, garantindo o acesso aos serviços de saúde a todos que necessitarem.

Uma limitação de 6,5% da folha de pagamento para gasto da Caixa com o plano de saúde dos empregados, implantada a partir de 2017, impede a manutenção do modelo de custeio 70/30 e das premissas de mutualismo, solidariedade e pacto intergeracional.

A justificativa do banco foi de que precisava aumentar as provisões atuariais para evidenciar os compromissos futuros da empresa com o chamado “benefício pós-emprego” (que, para os empregados da Caixa são, principalmente, a Funcef e o Saúde Caixa).

Sucateamento

As representações dos trabalhadores enfatizaram que a partir de 2016, o Saúde Caixa e demais planos de saúde das estatais foram alvo de uma política de sucateamento e de retirada de direitos nos governos Temer e Bolsonaro.

“Era um projeto de governo que se aplicava a todas as empresas. A união de todos os trabalhadores foi fundamental para combater, por exemplo a CGPAR 23, que tinha por objetivo acabar com os planos de autogestão das estatais”, lembrou o presidente da Associação do Pessoal da Caixa do Estado de São Paulo (Apcef/SP), diretor de Saúde e Previdência da Fenae e membro do GT Saúde Caixa, Leonardo Quadros.

Responsável por um dos painéis do seminário, Leonardo fez um relato do histórico da assistência à saúde dos empregados da Caixa a partir da década de 1970, passando pela criação do Saúde Caixa em 2004 até os dias atuais, com os impactos que o plano de saúde vem sofrendo.

Em reunião do Grupo de Trabalho Paritárioque debate o Saúde Caixa, o banco apresentou dados que demonstram que a manutenção do teto estatutário de 6,5% da folha para o custeio do Saúde Caixa tornará o plano financeiramente inviável para os empregados.

Fim do teto e transparência

A projeção atuarial do banco prevê um déficit de R$ 355 milhões de reais. Com isso as projeções da empresa apontam para um aumento nas mensalidades dos titulares, que passariam para 6,46% em 2024 e 7,25% em 2025, e dos dependentes para 0,74% e 0,83%, respectivamente, caso a restrição seja mantida.

O presidente da Apcef/SP afirmou que os relatórios divulgados pela Caixa mostram que, em 2021, quando o banco arcou com 70% das despesas do plano e os empregados tiveram uma participação de 33,29%, não houve déficit no Saúde Caixa. Mas, em 2022, com a participação da Caixa limitada pelo teto estatutário de 6,5% da folha, houve déficit.

Segundo dados apresentados pela Caixa, o formato de custeio apresenta déficit desde 2016 e tem projeção de agravo em 2023. Atualmente, por conta da limitação imposta no estatuto, o banco arca com 57% dos custos do Saúde Caixa, com tendência de redução desse percentual. “Saúde Caixa é um direito e política de pessoal da empresa”, enfatizou.

O médico e assessor de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Fenae, Albucacis Castro Pereira, reforçou a preocupação sobre o futuro do plano de saúde, caso o limite de 6,5% seja mantido. “É um limitador dos recursos, que tenta fazer com que o banco invista bem menos que os 70% previstos no modelo de custeio, fazendo com que o empregado da Caixa tenha de custear essa diferença, além de custear parte da administração, sem ter ingerência sobre a gestão do Saúde Caixa”.

Outra questão levantada por Albucacis é a transparência dos dados sobre a utilização do plano de saúde pelos usuários, “para que se possa fazer avaliação atuarial adequada, pormenorizada e anonimizada”.

Para Leonardo Quadros, o Seminário apontou para a necessidade de ampliação da mobilização, com a realização de atividades. “São fundamentais as reuniões nos locais de trabalho e mais debates para envolver cada vez mais os empregados na luta pela melhoria da qualidade do plano e contra o teto estatutário de 6,5%, e que a CEE deve debater estas propostas para encaminhar as orientações para as entidades”, concluiu.

Fonte: Fetraf RJ/ES

Nesta última quinta-feira, 20 de julho, ocorreu o Encontro Estadual da Mulher Trabalhadora da CUT-Rio.
 
O evento foi realizado no auditório da entidade, no Centro do Rio de Janeiro, e homenageou a companheira Nair Jane, feminista que possui importante legado social e político como defensora dos direitos humanos. Nair também participou da Constituinte em 88 e foi pioneira na luta pelos trabalhadores domésticos no Estado do Rio de Janeiro, contribuindo para a fundação de um sindicato da categoria e um dos primeiros sindicatos filiados, desde a fundação da CUT.
 
O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense foi representado pelas diretoras Renata Soeiro, Elizabeth Paradela e Solange Ribeiro.

A Coordenadora Geral Renata Soeiro citou a importância das mulheres trabalhadoras da Baixada Fluminense na construção de uma sociedade mais justa e igualitária: “somente na nossa categoria, a bancária, somos mais de 50 por cento na base.”

Elizabeth Paradela, Diretora do Sindicato, citou a emoção que foi participar da apresentação de Nair Jane. “Ela é uma das fundadora da CUT-Rio e do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas do RJ. Seus relatos, desde a sua infância e de muitas lutas e conquistas, são inspiradores.”

“Especificamente no debate sobre a conjuntura, onde Greice Kelly era a preletora, pudemos saber um pouco mais da história da CUT, desde sua criação até os dias atuais, e sobre a importância da mulher em cargos da executiva da entidade e em sindicatos. Eu agradeço a oportunidade de estar presente e também falar um pouco da minha trajetória e da história do sindicato ao qual eu faço parte, assim como a CUT-Rio.”, declarou Solange Ribeiro, Diretora do Sindicato. Que seguiu: “Hoje, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense tem uma mulher negra como Coordenadora, e sabemos o quanto isso é simbólico e importante”. 

Na abertura do encontro, foi exibido o documentário “Eu sou Nair Jane, a luta das trabalhadoras domésticas”. O filme foi produzido pelo Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres do Rio de Janeiro (CEDIM- RJ).
 
O evento, que contou com o apoio e parceria da Secretaria de Combate ao Racismo, aproveitando o mês de julho, mês da mulher negra latino-americana e caribenha, seguiu nesta sexta-feira (21), com debates sobre diversos temas relacionados à questão de gênero.
 
 


Em nota divulgada nesta última quinta-feira, 20 de julho, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as agências bancárias terão horário alterado nos jogos do Brasil na Copa do Mundo Feminina de Futebol, como acontece no mundial masculino.

Na segunda-feira (17), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) havia encaminhado à entidade um pedido cobrando o expediente especial.

Nos dias de jogos da seleção brasileira que iniciarem às 8 horas, no horário de Brasília, os bancos abrirão uma hora mais tarde. Portanto, quando os jogos forem realizados mais cedo, não impactando no horário normal de funcionamento das agências bancárias, o expediente seguirá sem alteração. Ainda, segundo a Febraban, “cada banco adotará política própria para os colaboradores que não trabalham em agências”.

Tradicionalmente, o ponto facultativo é adotado apenas para Copa do Mundo de equipes masculinas. Recentemente, o governo publicou no Diário Oficial da União, decreto que também concede ponto facultativo em jogos da seleção feminina.

Nos jogos com horário previsto às 8h (horário de Brasília)

Nos Estados com horário igual ao horário de Brasília, o atendimento ao público será das 11h às 17h.
Nos Estados com diferença de 1h em relação ao horário de Brasília, o atendimento ao público será das 10h às 16h.
Nos Estados com diferença de 2h em relação ao horário de Brasília: das 9h às 15h.
Nas agências em Fernando de Noronha (1h antes do horário de Brasília): das 12h às 18h

Confira os horários da Seleção Brasileira na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina 2023:

BRASIL x PANAMÁ – 1ª rodada do grupo F
Data: 24 de julho de 2023 (segunda-feira)
Horário: 8h (de Brasília)
Local: Hindmarsh Stadium, em Adelaide (AUS)
Onde assistir: Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV

BRASIL X FRANÇA – 2ª rodada do Grupo F
Data: 29 de julho de 2023 (sábado)
Horário: 7h (de Brasília)
Local: Brisbane Stadium, em Brisbane (AUS)
Onde assistir: Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV

BRASIL X JAMAICA – 3ª rodada do Grupo F
Data: 2 de agosto de 2023 (quarta-feira)
Horário: 7h (de Brasília)
Local: Melbourne Rectangular, em Melbourne (AUS)
Onde assistir: Globo, SporTV, Globoplay e CazéTV

*com informações da Contraf-CUT

A Caixa Econômica Federal aderiu à mobilização voltada à renegociação de dívidas proposta pelo Governo Federal com o programa Desenrola Brasil, lançado em junho pelo ministério da Fazenda para facilitar a renegociação de dívidas e diminuir o número de endividados no país. Todas as agências serão abertas ao público com uma hora de antecedência, nesta sexta-feira (21), para atender os interessados em renegociar suas dívidas.

Segundo o banco, os clientes poderão pagar suas dívidas à vista, com descontos de até 90%, ou parcelá-las em até 96 meses (oito anos), com juros a partir de 1,18% ao mês. A estimativa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é que, se todos os bancos aderirem, o programa limpe 2,5 milhões de nomes.

“É um programa importante, que pode ajudar muita gente e contribuir para a retomada do crescimento econômico do país. A Caixa, como sempre, tem muito a contribuir com os programas sociais do governo federal”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt. “Os empregados, como sempre, estarão à disposição. Mas, já cobramos que haja dotação de recursos para o pagamento das horas-extras necessárias para o atendimento ao público”, completou. Em reunião com a CEE, ocorrida na quarta-feira (19), a Caixa se comprometeu a pagar as horas-extras.

“O pagamento das horas-extras é fundamental. Existem casos de horas trabalhadas e não pagas. Mas, mais do que o pagamento das extras, o banco também precisa reconhecer o trabalho dos empregados nos programas internos de avaliação de desempenho”, reforçou o empregado da Caixa e diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rafael de Castro.

Além do Desenrola, voltado à toda a população, a Caixa também espera atender seus próprios clientes com a campanha Tudo em Dia. A previsão do banco é beneficiar 400 mil micro e pequenas empresas, além de pessoas físicas.

No total, entre os dois programas, há um volume de 17,8 milhões de contratos, que somam um passivo de aproximadamente R$ 22 bilhões.

“Hora besta”

“É preciso que haja dotação orçamentária também para o pagamento de horas-extras realizadas no dia a dia pelos empregados. Pois o trabalho nunca diminui e tem muito empregado fazendo ‘hora besta’ (quando trabalha e não recebe)”, disse a coordenadora da CEE. “Também existem casos de banco de horas negativo, com empregados sendo dispensados na hora quando há baixa demanda para trabalhar a mais, sem receber quando há demanda excessiva. Isso, é ruim para o empregado, que acaba sendo prejudicado nos programas de cumprimento de metas”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

O segundo módulo do Curso de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador, organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), foi realizado na tarde desta quarta-feira (19). O evento, no formato online, teve como eixo central aula da advogada Leonor Poço, assessora jurídica do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que se concentrou nos aspectos jurídicos relacionados à saúde e condições de trabalho na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, nos Acordos Coletivos de Trabalho (ACT), nas Normas Regulamentadoras (NRs) e nas Convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Veja aqui os principais pontos.

Para o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, “ao abordar o arcabouço legal que garante direitos para efetivar a vigilância, fiscalização e promoção da saúde, a dra. Leonor Poço forneceu suporte técnico e político para a ação sindical nos ambientes de trabalho, e isso torna-se mais relevante neste momento em que vemos o aumento do número de adoecimentos relacionados ao trabalho, principalmente adoecimento psíquico”.

O secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon, ressaltou que “a grande participação de dirigentes mostra a importância do curso, que tem sido fundamental para sistematizar o conhecimento e aprimorar as ferramentas para as entidades sindicais atuarem no setor e aprofundar a luta em defesa da saúde do trabalhador”.

O ciclo, que ainda terá dois outros módulos (veja detalhes abaixo), visa o aprimoramento da formação de dirigentes sindicais da categoria nos temas de saúde ocupacional e seus desdobramentos.

Módulo 1

O curso começou em 28 de junho, em modo presencial, no auditório da Contraf-CUT, em São Paulo. A médica e pesquisadora da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, Maria Maeno, conduziu as reflexões sobre vigilância em saúde do trabalhador.

A segunda aula, no dia seguinte, teve como tema a saúde no contexto do trabalho bancário, ministrada pelo psicólogo André Guerra, doutor e mestre em Psicologia Social e Institucional. O evento promoveu reflexão sobre os desafios enfrentados pelos trabalhadores no ambiente bancário e a importância da saúde física e mental nesse contexto.

Os encontros contam sempre com debates e trocas de experiências entre os participantes. As próximas etapas acontecem dia 23 de agosto, com o módulo “Organizando a ação” (online), e nos dias 19 e 20 de outubro, para as duas últimas aulas (presenciais), com os temas “Vigilância em Ação” e “Acolhimento dos Trabalhadores”.

Fonte: Contraf-CUT

Em reunião com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), a Caixa Econômica Federal apresentou à representação dos trabalhadores o novo programa de gestão de pessoas, o “Minha Trajetória”, que será implementado a partir de 1º de agosto. O banco garantiu que será uma virada de página para corrigir os rumos que estavam estabelecidos na gestão de pessoas e que o objetivo é sanar problemas e orientar o desenvolvimento profissional dos empregados. A representação dos trabalhadores protestou pela falta de negociação antes da implementação.

“Conversas prévias são importantes, mas não basta a Caixa nos apresentar as decisões antecipadamente. A mesa não é pra ser ouvinte e sim de negociação”, disse a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt. “A mesa permanente é uma conquista dos empregados. É preciso que haja negociações efetivas sobre todos os temas, e retornos. Temos várias pendências como o teletrabalho, com prioridade aos empregados com deficiência e aos empregados com filhos ou criança de até seis anos de idade sob sua guarda judicial, e a questão principal das metas e o assédio no trabalho que, durante a Campanha Nacional dos Bancários de 2022, os bancos assumiram o compromisso de discutir”, completou.

Carroça na frente dos bois

Para a coordenadora da CEE, o programa Minha Trajetória tem avanços em relação ao antigo programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP), mas a implementação na data estipulada é precipitada. “Apesar das melhorias em relação ao GDP, existem pontos a serem aprimorados para garantir que seja uma ferramenta transparente e de desenvolvimento do empregado e não de assédio e cobrança abusiva de metas”, disse.

A representação dos empregados questionou sobre alguns pontos que não ficaram claros na apresentação feita pelo banco. Entre eles, se haverá penalidades para quem não cumprir os objetivos estabelecidos. “Quais os desdobramentos? Por exemplo, pela GDP, o empregado não poderia participar de Processos de Seleção Internas. Como será com esta nova ferramenta? Haverá algum desdobramento?, questionou a coordenadora da CEE.

Fabiana lembrou ainda que, no início, o GDP definia objetivos para se chegar ao resultado, mas nos últimos ciclos virou uma ferramenta de individualização das metas da agência para cada empregado. “A primeira cartilha do GDP proibia vincular objetivos à meta, porque usava a nota do Conquiste da agência na composição da nota final. Depois que instituíram um objetivo obrigatório vinculado ao Time de Vendas, degringolou”, recordou a coordenadora da CEE.

Transparência

O banco disse que a nova ferramenta dará mais transparência às avaliações. Que o próprio empregado poderá registrar seus objetivos, que serão posteriormente validados e poderão ser alterados pelo gestor. E, além disso, o gestor fará uma avaliação parcial, que poderá ser vista pelo empregado, para que o mesmo busque a melhoria, ou apresente provas que mostrem que entregou os resultados definidos, ou questões que impediram tal entrega, como problemas no sistema. Entretanto, não existe campo para o empregado poder fazer anotações da sua entrega.

“Não é possível que o empregado tenha que guardar as provas dos problemas de sistema e outras questões que prejudiquem seu trabalho. A ferramenta precisa ter formas de gerir estes problemas sem que o empregado precise gerar estas provas. Ele já tem muito trabalho a fazer, em condições muitas vezes precárias, a Caixa não pode gerar mais uma responsabilidade pra ele”, disse o representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/PR), Francisco Pugliesi.

A representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) do Nordeste, Chay Cândida, mostrou preocupação com o aumento da tensão entre os gestores com seus subordinados. “O empregado terá que juntar provas e questionar seu gestor. A Caixa pode estar piorando uma relação já adoecida entre eles, devido a cultura implantada anteriormente”, disse.

“Há gestores que aceitarão dialogar, mas a grande maioria, após anos de assédio liberado, nem vão sentar pra conversar”, completou o representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS), Tesifon Quevedo Neto.

Desenrola

Ao final da reunião, a representação dos trabalhadores questionou o banco sobre a abertura das agências uma hora mais cedo na sexta-feira para atender clientes endividados (Programa Desenrola) e cobrou que haja dotação de recursos para o pagamento de horas-extras. A Caixa confirmou a informação e se comprometeu a pagar as horas-extras.

Fonte: Contraf-CUT

A representação dos empregados cobrou, durante reunião do GT de Condições de Trabalho realizada nesta terça-feira (18), maior celeridade e soluções efetivas da Caixa Econômica Federal. “Esta é a quarta reunião deste grupo de trabalho. Tivemos avanços em alguns temas, mas os casos prioritários, como a situação da saúde psíquica dos empregados, continuam sem sequer serem tratados nas reuniões”, observou a coordenadora do GT e da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt.

Fabiana ressaltou que os representantes sindicais são cobrados em suas bases. “Os trabalhadores querem que sejam dadas soluções para o fim das cobranças abusivas pelo cumprimento de metas, que os levam ao adoecimento”, disse, ao lembrar que a cobrança por números de casos de empregados afastados para o tratamento doenças psíquicas, com o objetivo de buscar acabar com a origem destes problemas, foi o que gerou a criação deste GT. “Mas a Caixa não trata deste tema. Esta fuga da discussão e o não fornecimento de informações faz parecer que o número é assustador e, por isso, a Caixa não quer tratar do assunto”, completou.

Gestão pelo medo

A representação dos empregados também questiona a afirmação do banco de que a gestão pelo medo acabou na Caixa. “O banco alardeia que a gestão pelo medo na Caixa acabou. Este pode ser um desejo da nova gestão, mas, efetivamente, não é verdade. Temos avanços sim, mas não o suficiente para acabar com as cobranças abusivas de metas”, disse a coordenadora da CEE.

Mesa de negociações

Fabiana reforçou a importância dos GTs sobre temas específicos, mas disse que existem muitos outros que precisam ser tratados na mesa de negociações entre o banco e a comissão de representação dos empregados. “Existem temas que devem ser tratados em mesa de negociações. E, mesmo em casos específicos, quando o debate não andar nos GTs, também queremos tratar sobre eles em mesa de negociações e, se for necessário, buscarmos a solução em outras instâncias. O que não pode é o empregado ficar sofrendo e o banco não nos apresentar nenhuma solução, nem informações que nos permitam ajudar a encontrá-la”, disse.

“Além disso, queremos debater o plano de funções gratificadas (PFG) e os desdobramentos de encarreiramento na mesa de negociações, assim como o teletrabalho e a Funcef (Fundação dos Economiários Federais – o plano de previdência dos empregados Caixa)”, ressaltou.

Outras cobranças

  • Contratação de mais empregados para sanar o problema de sobrecarga;
  • Atas das reuniões do GT;
  • Universidade Caixa precisa chegar realmente às unidades e ser acessível, com tempo disponível para estudo durante o expediente e cursos presenciais;
  • Solução para problemas de sistemas e equipamentos obsoletos;
  • Calendário para mesas de negociações;
  • Negociação sobre o Saúde Caixa;
  • Retirada do “Fique bem” do “Conquiste”.

Informações e cobranças

A Caixa trouxe informações sobre o acesso remoto ao sistema interno, sobre a “trilha de saúde” e sobre Pessoas com Deficiência (PCDs) empregadas pelo banco, que atingiu os 5% obrigatórios por lei. Segundo o banco, dos 86.473 empregados, 5,01% (4.329) são PCDs.

“Nossa atuação foi fundamental para que o banco cumprisse a meta de 5% de empregados PCDs. Também tivemos importantes avanços no acesso remoto para empregados e até dirigentes sindicais. Mas, mesmo nestes avanços ainda restam questões a serem resolvidas”, disse Fabiana.

Os empregados lembraram que:

  • Muitas vezes, mudanças no sistema não funcionam devido à qualidade dos equipamentos, que travam e há queda do sistema;
  • Gestores dividem metade da atuação do teletrabalho em home office e a outra presencial, para evitar o pagamento do adicional estipulado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria;
  • A falta de prioridade para PCDs e pais de PCDs e crianças com até seis anos de idade para o teletrabalho, conforme definido no artigo 75-F da CLT, bem como a não redução da jornada para este grupo.

Fonte: Contraf-CUT