Maio 15, 2025
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No último sábado (21), durante o 14° Congresso Nacional da CUT (Concut), foi eleita a diretoria executiva da entidade que estará à frente da entidade nos próximos quatro anos (2023 a 2027).

Para a presidência foi reeleito o metalúrgico do ABC Sergio Nobre. A vice-presidência ficará com a bancária Juvandia Moreira, também presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A Secretaria-Geral estará sob o comando do representante do ramo químico, Renato Zulato.

Foram criadas quatro novas secretarias: Economia Solidária; LGBTQIA+, Transporte e Logística e Aposentados, Pensionistas e Idosos.

No encerramento, neste domingo (22), Sergio Nobre, reeleito presidente, voltou a agradecer os cerca de dois mil delegados e delegadas que compareceram ao 14º Concut, realizado de quinta a domingo, no Expo Center Norte, em São Paulo.

“Quero desejar um bom retorno a todas as delegações e, com certeza, a gente vai se encontrar esse ano que vem nas muitas lutas que vamos fazer nas ruas e vamos para Brasília fazer a grande marcha que a gente aprovou aqui. Um grande abraço, companheiros e companheiras. Venceremos!”, disse o presidente reeleito da CUT.

Participação dos bancários

Entre os eleitos, estão sete bancários, além da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, eleita como vice-presidenta da CUT Nacional.

“Como nova gestão, vamos enfrentar uma nova fase de luta, para a classe trabalhadora, que passa pela retomada de vários direitos que foram retirados, nos últimos anos, passa também pela organização de vários trabalhadores, para dentro do movimento sindical, como os trabalhadores de plataformas [entregadores e motoristas de aplicativos]. Somente esses dois, já são desafios grandes para pensar a organização da classe trabalhadora e fortalecer o movimento sindical”, avaliou a bancária Rosalina Amorim, eleita secretária de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais. “Acredito que a contribuição que os bancários podem trazer à essa gestão é compartilhar a nossa experiência”, completou, ao lembrar que os trabalhadores do ramo financeiro foram os primeiros a terem direito à licença-paternidade ampliada e ao combate do assédio moral e assédio sexual clausulados na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.

Para o bancário Milton Rezende, eleito secretário adjunto de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais, a eleição do terceiro mandato do presidente Lula abriu um novo ciclo de lutas à classe trabalhadora no país. “Essa volta de um governo progressista ao poder coloca novos desafios para nós, além dos velhos. Os velhos são recuperar aquilo que foi retirado da classe trabalhadora, dos direitos da classe trabalhadora. E novos são aqueles temas que a gente tem que organizar, olhar o mundo do trabalho atual e organizar o movimento sindical, pensando esse mundo do trabalho que tem precarizado trabalhadores de aplicativos, trabalhadores PJ, trabalhadores informais. Enfim, nós temos várias frentes para atuar”, concluiu.

Além de Rosalina e Milton, outras bancários e bancários foram eleitos, como Daniel Gaio, para a secretaria de Meio Ambiente; Ari Aloraldo do Nascimento, para a secretaria dos Aposentados, Pensionistas e Idosos; além de Marcelo Rodrigues da Silva (Marcelinho), Antônio Fermino e Neiva Ribeiro para a direção executiva.

Fonte: Contraf-CUT

A nova direção da CUT Nacional, para o período 2023-2027, foi eleita e empossada nesse sábado (21), durante o “14º Congresso Nacional da CUT (Concut) – Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, realizado na capital de São Paulo.

Foram aprovados o Plano de Lutas e resoluções (moções) para a Central nos próximos quatro anos. O Plano de Lutas inclui aprofundar o diálogo com a sociedade, a partir de campanhas educativas sobre a importância social dos sindicatos na garantia de direitos do trabalhador, a luta por democracia e desenvolvimento sustentável, emprego digno, reforma agrária, segurança alimentar e economia solidária.

Ao final dos votos sobre as moções e o Plano de Lutas, o presidente reeleito da CUT, Sérgio Nobre, ao lado da recém-eleita vice-presidenta da entidade, Juvandia Moreira, agradeceu aos delegados e delegadas, que vieram de todos os estados do país, comentou sobre as dificuldades do movimento sindical nos últimos anos e também ressaltou a “garra dos companheiros que realizaram o congresso”.

“Um grande desafio que a gente tem, da classe trabalhadora, é o de reconstruir o Brasil, de pensar um país com direitos, de pensar um país com sindicatos fortes, um país com a democracia forte, um país com desenvolvimento econômico, sustentável, para o meio ambiente e também que promova a inclusão social”, explicou Juvandia Moreira, sobre os desafios do próximo quadriênio. “Esse desenvolvimento tem que contemplar as várias regiões do país, contemplar os vários ramos”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

No ano em que a CUT Nacional completa 40 anos, o metalúrgico do ABC, Sérgio Nobre, foi reeleito presidente da maior central sindical da América Latina e quinta do mundo, para o período 2023- 2027.

O pleito, que resultou também na eleição da bancária Juvandia Moreira na vice-presidência da entidade, ocorreu neste sábado (21), durante o “14º Congresso Nacional da CUT – Luta, direitos e democracia que transformam vidas”, realizado na capital de São Paulo.

Sérgio Nobre agradeceu a todas as lideranças dos ramos, dos estados que ajudaram a eleger, em suas palavras, uma chapa de qualidade, combativa, que vai ter a tarefa de conduzir a Central nos próximos quatro anos.

“Muito obrigado a todos e todas que nos ajudaram a construir a unidade. Essa unidade é fundamental para a gente enfrentar essa conjuntura difícil. Quero agradecer muito de coração os companheiros e companheiras que estão deixando mandato neste momento. Podem ter certeza que estão deixando sua missão cumprida, contribuíram muito na nossa trajetória até aqui”.

Em seu agradecimento Nobre lembrou que a trajetória da CUT nesses 40 anos é um legado que tem de ter continuidade.

“É uma grande responsabilidade para os novos que estão entrando, mas “todos são muito tarimbados, qualificados para representar a nossa central nesse período. Quero dizer a todos vocês que nós vamos buscar conquistar aquilo que nós debatemos aqui, a mudança no nosso modelo sindical para proteger 100% da classe trabalhadora, de investir pesado nas brigadas digitais, investir pesado na criação dos comitês de luta e tenho certeza que nós em 2026 vamos ajudar muito a reeleger o nosso presidente Lula, pela quarta vez no nosso país, para que possamos seguir com democracia, com justiça social e a classe trabalhadora no centro. E tenho certeza que no 15º Congresso Nacional da CUT essa direção vai deixar um legado de luta, de vitórias para a próxima geração”, finalizou.

No evento, que termina no domingo (22), com a participação de mais de dois mil delegados e delegadas de todo país e cerca de 200 convidados internacionais oriundos da Europa, África, Ásia e as Américas Latina e do Sul, também foi eleita uma nova diretoria da entidade para os próximos quatro anos.

Com informações do portal da CUT

Nesta segunda-feira, 23 de outubro, a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) realiza uma reunião sobre o Saúde Caixa, a partir das 19 horas, que contará com a participação da Coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e do Grupo de Trabalho que discute soluções para o plano de saúde, Fabiana Uehara.

Lizandre Borges, Diretora de Saúde e Representante da Fetraf RJ/ES na CEE da Caixa, também estará mediando a reunião.

Poderão participar: empregados e empregadas ativas da Caixa; aposentados e aposentadas.

A plenária acontece através da plataforma Google Meet e os interessados devem acessar o link: https://meet.google.com/nqt-jfwo-fop

Fonte: Fetraf RJ/ES

Aumentar a participação de jovens, não apenas para oxigenar, mas também para garantir a longevidade no processo de luta e conquistas à classe trabalhadora é um dos principais desafios do movimento sindical. O tema foi debatido na tarde desta quinta-feira (19), durante a Plenária Nacional da Juventude da CUT, realizada no âmbito do 14º Congresso Nacional da CUT (CONCUT), que vai até domingo (22) no Expo Center Norte, na capital de São Paulo.

“Se estamos no movimento sindical é para construir uma sociedade justa, porque lutamos por direitos e a participação da energia e garra da juventude são componentes essenciais para isso”, destacou o deputado federal Carlos Veras (PT-PE), convidado para a mesa da plenária.

Roberto Parizotti
Fotografia de
ROBERTO PARIZOTTI

Ele, que atuou na “juventude Cutista”, apontou ainda como um novo e importante desafio a inclusão no movimento sindical dos trabalhadores das plataformas de aplicativos, um grupo formado por muitos jovens. “Atualmente, quase metade da população em idade ativa está hoje no mercado informal”, complementou.

“Atrair a juventude para lutas nossas, e que também são dos jovens, é uma prioridade, sobretudo no atual momento político que estamos, de reconstrução do Brasil”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que também é vice- presidenta da CUT Nacional. “Esse encontro, que realizamos hoje, é importante para pensar em como fortalecer, estimular e ampliar a participação dos jovens”, pontuou.

No período mais recente, entre 2019 e 2022, o então governo de Jair Bolsonaro (PL)  cortou 93% do orçamento da Secretaria de Juventude, além de acabar com políticas públicas para esse grupo, estabelecidas nos governos anteriores, de Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT), quando, historicamente, ocorreram os maiores investimentos em oportunidades e garantias de direitos aos jovens (ampliação no acesso ao mercado de trabalho, ao crédito, à renda, à terra, aos esportes, lazer e cultura).

Em julho deste ano, o governo Lula, em seu terceiro mandato, recriou o Comitê Interministerial da Política Pública de Juventude (COIJUVE), órgão que faz a gestão e o monitoramento das políticas públicas destinadas à juventude.

O secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo, destacou que o desafio de trazer mais jovens para o movimento sindical requer o domínio das novas formas de dialogar, sem deixar de aprender com a história de quem ajudou a construir a CUT de hoje.

Ele trouxe como exemplo a história de vida do presidente Lula, que ainda muito pequeno saiu do interior de Pernambuco para São Paulo – movimento que a sua família, liderada pela mãe Dona Lindu, fez à procura de uma vida melhor.

 “Pelas condições em que veio para o Sudeste, já foi uma vitória Lula não ter morrido no caminho. Depois de muitas lutas, no movimento sindical, chegou à presidência do país por três vezes”, relembrou. “O presidente Lula obteve sua formação política no meio sindical e, é importante destacar isso, porque nós podemos ter entre a nossa juventude um futuro presidente do Brasil”, concluiu. 

O papel da formação foi destaque na plenária como solução para aumentar a entrada de jovens no movimento sindical. “Muitas vezes as pessoas [jovens] chegam no movimento sindical por uma luta individual, uma dificuldade do seu local de trabalho, da sua comunidade, e acaba compreendendo que é um problema de luta de classe”, explicou a secretária de Formação da CUT Nacional, Rosane Bertotti.

Flávia Silva, coordenadora de projetos da DGB Bildungswerk, instituto de formação e cooperação internacional da DGB, a Central Sindical Alemã, reforçou a importância da formação para trazer jovens ao movimento sindical.

“O tema da juventude é muito recorrente na DGB, o que nos levou a criar um congresso, realizado todos os anos, de onde tiramos as pautas prioritárias de luta à classe trabalhadora jovem”, contou.

A secretária da Juventude da Contraf-CUT, Bianca Garbelini, que acompanhou como expectadora toda a plenária avaliou o encontro como “muito importante para o futuro do sindicalismo cutista”. “Somos nós, jovens, que construiremos a CUT dos próximos 40 anos, valorizando a história de quem veio antes, mas principalmente pensando um modelo de sindicalismo que efetivamente represente os trabalhadores brasileiros em todas as suas formas e diversidade”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

O quarto módulo do Curso de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), ocorrido presencialmente nesta quarta (18) e quinta-feira (19), em São Paulo, encerrou um ciclo de formação sobre o tema.

“Trata-se de um processo de formação, iniciado em junho, que contou com a contribuição de especialistas que nos ajudaram a entender e aprofundar o debate sobre o tema, e com a participação dos próprios dirigentes que estavam se formando e formando suas companheiras e companheiros de turma na medida em que construíam coletivamente as propostas de ação para solucionar os problemas que afetam as condições de trabalho e a saúde da categoria”, explicou o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon.

“Precisamos investir na prevenção e cobrar dos bancos medidas para conter esta situação e exigir que cumpram as normas vigentes”, disse o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, ao alertar que a vigilância das condições de trabalho e adoecimento nos bancos tem tido maior relevância devido à alta incidência de adoecimento na categoria. “Com certeza, os dirigentes que participaram estão ainda mais capacitados para a ação sindical, uma vez que, além das questões teóricas, nosso curso construiu, coletivamente, propostas de ação concreta nos ambientes de trabalho, todas balizadas nos conceitos de que saúde não se vende e de não delegar a luta por saúde apenas aos governos e patrões, mas sim de colocar os trabalhadores como protagonistas dos cuidados com sua própria saúde, sem, é claro, tirar a responsabilidade dos bancos e dos governos”, completou.

Para além da medicina do trabalho

O mestre em Ciências Sociais pela PUC-RS e doutor em Políticas Públicas pela UFRGS, Vinícius Rauber, fez um apanhado histórico sobre vigilância da saúde do trabalhador para contribuir com as reflexões da manhã de quarta-feira. “A vigilância da saúde do trabalhador rompe com a abordagem que vincula a doença a um agente específico ou a um grupo de agentes existentes no ambiente de trabalho e elege, como eixo de organização das ações, os determinantes e os condicionantes do processo saúde-doença no enfoque da promoção, e não apenas os riscos e os agravos, o que confere à saúde do trabalhador a natureza interdisciplinar”, disse Vinícius, ao explicar que a saúde do trabalhador vai além das práticas e dos propósitos da medicina do trabalho (especialidade médica) e da saúde ocupacional (foco nos ambientes de trabalho).

Acolhimento

A reflexão continuou na parte da tarde com as contribuições da educadora física, especialista em Saúde e Trabalho pela UFRGS e mestre em Serviço Social pela PUC-RS, Jacéia Netz, que abordou técnicas de análise de riscos e de entrevistas com trabalhadores, construção de roteiro de inspeção, checklist, protocolos, questionários e roteiro de entrevistas, além da preparação das equipes e estabelecimento de estratégias para o acolhimento dos trabalhadores e das denúncias, ou informações que eles têm a passar sobre seu ambiente de trabalho e sua saúde.

“É importante construirmos coletivamente um processo de formação para a ação, com vigilância permanente dos ambientes de trabalho bancário, para que possamos fiscalizar o cumprimento das normas legais pelos bancos e efetivamente prevenir o adoecimento da categoria”, afirmou Jacéia Netz.

Os participantes foram divididos em grupos para, a partir da proposta base de cheklist em vigilância em saúde, elaborarem coletivamente uma proposta a ser aplicada nos estados dos participantes do curso. Na sequência, os grupos se reuniram para compartilhar os apontamentos dos grupos.

Formação para a ação

Na manhã de quinta-feira os participantes receberam as instruções para a avaliação da proposta de orientação e acolhimento aos bancários a ser aplicado nas agências e foram divididos em grupos para analisarem a proposta final e apontarem possíveis mudanças. “Nossa ideia é construir um instrumento que seja efetivo no mapeamento do ambiente de trabalho e das doenças que acometem a categoria, para que possamos apresentar aos gestores e aos bancos, para reduzir o adoecimento e melhorar as condições de trabalho”, explicou o secretário de Saúde da Contraf-CUT.

As propostas foram partilhadas em uma plenária final e serão incorporadas à proposta que será enviada posteriormente às entidades pela Secretária-Geral da Contraf-CUT.

Formação permanente

Este quarto módulo seria a última etapa da formação sobre vigilância e atenção à saúde do trabalhador, mas os participantes, juntamente com os responsáveis pelas secretarias de Saúde e Formação da Contraf-CUT, decidiram manter o processo de formação em aberto, com uma nova etapa para avaliação da ferramenta e sua aplicação nas agências, com a devida adequação e melhoria.

“Este é um processo que será constante. A todo momento teremos que avaliar e readequar a ferramenta, para aplicação e solução dos problemas enfrentados pela categoria no que diz respeito à saúde e condições de trabalho”, concluiu o secretário de Formação da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), sindicatos e associações que representam os funcionários do Sistema BNDES – que além do banco inclui as subsidiárias BNDESPAR e Finame – exigem o imediato cumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária, assinada em 2022, por parte da entidade estatal.

Até o momento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não reajustou os salários de seus funcionários, o que já ocorreu com toda a categoria, desde que foi encerrada a negociação com os bancos na Campanha Salarial de 2022, no segundo semestre do ano passado. Conheça aqui detalhes da CCT da categoria.

A direção do BNDES se justifica afirmando que, para aplicar o reajuste, tem que esperar a conclusão do grupo de trabalho (GT) formado para definições específicas do plano de saúde, oferecido a funcionários, aposentados e seus dependentes. O GT foi definido no parágrafo 4º da cláusula 32 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), assinado no ano passado.

Direito legítimo

O vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, que participa das negociações com o BNDES, afirma que o argumento não procede. “Ficou claro inclusive na ata do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que mediou a reunião de conciliação entre banco e funcionários, no final de 2022, que não há esse condicionamento ao GT, que só trata do plano de saúde”, afirmou o dirigente. “A atual direção, liderada por Aloízio Mercadante e indicada pelo atual governo, democrático e com apoio popular, está cerceando o legítimo direito do funcionalismo do BNDES de obter o reajuste negociado na CCT, que toda a categoria bancária já está usufruindo”, completou.

O BNDES tem, sistematicamente, colocado dificuldades na negociação do reajuste com o funcionalismo. “O governo Bolsonaro atacou constantemente os trabalhadores, mas com uma resistência firme e organizada, o movimento sindical conseguiu garantir todos os direitos aos funcionários, mesmo naquele período sombrio”, lembrou Vinícius. “Agora, para nossa surpresa, a atual direção, indicada pelo governo Lula, vem na contramão do que está ocorrendo em todas as outras estatais federais”, criticou.

Mobilização

As entidades sindicais e associações que representam os funcionários do Sistema BNDES avaliam que o prazo para o posicionamento do banco esgotou. “Ou a direção do BNDES muda de postura e cumpre sua obrigação de honrar a CCT da categoria, ou não haverá alternativa que não seja a mobilização dos trabalhadores da entidade”, advertiu Vinícius.

Ele lembra que o processo negocial já se estende há muito tempo, e o banco insiste nesse posicionamento de descumprir a CCT. “Essa postura do BNDES é um desrespeito a toda categoria bancária, que teve um grande processo de negociação com o conjunto dos bancos do país. Cobramos na última reunião com a direção da entidade um posicionamento definitivo, mas se continuarmos sem nenhuma resposta, vamos buscar os direitos dos trabalhadores na mobilização, com todas as nossas forças”, garantiu.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, através da Coordenadora Geral Renata Soeiro, está em São Paulo participando do 14º Congresso Nacional da CUT (CONCUT).

O Congresso, que começou nesta quinta-feira, 19 de outubro, e vai até domingo (22), no Expo Center Norte, zona norte da capital paulista, é um importante marco para os sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores de todo o país, onde é debatido os temas que devem nortear a organização de trabalhadores nos próximos anos. O tema deste ano é “Luta, Direitos e Democracia que Transformam Vidas”.

“Este Congresso é muito importante para nossas lutas, pois vamos debater sobre a organização dos trabalhadores e trabalhadoras. A CUT é a maior Central Sindical da América Latina, e temas como trabalho, emprego, saúde e democracia são relevantes para a classe trabalhadora, e nos impulsionam para os desafios que vem pela frente.”, comentou sobre o evento, Renata Soeiro.

O CONGRESSO

É também no CONCUT que são aprovadas as resoluções políticas, organizativas e sindicais que orientam as ações da Central e suas entidades filiadas entre um evento e outro, e também quando é eleita a direção e executiva nacional.

O encontro, que também celebrará os 40 anos da CUT, completados em 28 de agosto de 2023, reunirá cerca de duas mil pessoas, entre delegadas e delegados sindicais de todos os estados e ramos, além de observadores e lideranças nacionais e internacionais. A CUT é a maior central sindical do Brasil e quinta maior do mundo, com 3,9 mil sindicatos e 7,9 milhões de trabalhadores em sua base.

Na última terça-feira, 17 de outubro, foi assaltada a agência do Banco Santander, em Miguel Couto, Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

O Diretor Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Márcio Sarmento, é funcionário da agência, e acompanhou de perto o que aconteceu, dando o suporte inicial para as funcionárias e funcionários que ali estavam, solicitando o fechamento do local e exigindo a emissão da CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho).

Gentil Ramos, Diretor e bancário do Santander, também acompanhou a situação, onde exigiu acompanhamento psicológico para os funcionários.

No momento do assalto, houveram agressões aos trabalhadores por parte dos assaltantes. Um terror físico e, também, psicológico.

Os criminosos conseguiram fugir e o policiamento foi reforçado na região.

O Sindicato reforça a necessidade da criação e manutenção de dispositivos de segurança, para que o bem estar dos trabalhadores esteja assegurado. E, também, informa que está acompanhando o desenrolar do caso, se colocando à disposição para o que os bancários e bancárias necessitarem.

O Sindicato orienta que todos que tiveram sua rotina emocional alterada, devem fazer uma avaliação psiquiátrica e pedir um laudo ao médico especialista.

 

Perfil da Categoria Bancária e Demais Trabalhadores e Trabalhadoras Formais do Ramo Financeiro na Última Década – 2012-2022, produzido recentemente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apresenta um amplo diagnóstico das transformações do setor nos últimos 10 anos.

A publicação examina o perfil da categoria bancária e demais trabalhadores do ramo financeiro por vários aspectos, como unidades da federação brasileira onde estão esses trabalhadores, natureza jurídica das empresas, jornada de trabalho, remuneração, escolaridade, faixa etária, sexo, cor/raça e segmento de pessoas com deficiência (PCD). O principal objetivo da sistematização do conteúdo é subsidiar as ações do movimento de trabalhadores, diante do cenário atual do setor financeiro, que passa por intensas e contínuas transformações.

Um dos pontos que chamam a atenção é a redução de bancários em relação aos demais trabalhadores do ramo. Se em 2012 representavam 59% do total, 10 anos depois passaram a 44%. Essa mudança, segundo o estudo, “tem consequências na realidade concreta dos trabalhadores e trabalhadoras do setor, na medida em que as condições objetivas de trabalho são bastante diversas e heterogêneas”. A análise da publicação ressalta que, “em geral, as demais categorias do ramo têm condições de trabalho relativamente inferiores às dos bancários e bancárias, em termos de remuneração, jornada de trabalho, tempo de permanência no emprego, direitos garantidos em leis, acordos e convenções coletivas de trabalho”.

Entre exemplos dessa diversidade, o Perfil destaca que, no período, sempre em valores atualizados para dezembro de 2021, enquanto a remuneração média de um bancário ou bancária passou de R$ 9.558 para R$ 10.060, a dos demais trabalhadores e trabalhadoras do ramo foi de R$ 6.322 para R$ 6.284. Ou seja, além de estar em patamares inferiores, apresentou oscilação para baixo.

O estudo também mostra que há “grande diversidade de condições de trabalho” entre as categorias não bancárias do ramo financeiro formal. Os trabalhadores e trabalhadoras em cooperativas de crédito, por exemplo, que cresceram significativamente no período, têm ganho ao redor de 50% da média bancária e permanência no emprego de 49 meses, também próxima da metade em relação aos bancários.

O caderno também mostra o crescimento de categorias ligadas às áreas de seguro, previdência complementar, planos de saúde e cartões de crédito, além de outras atividades “pouco definidas do sistema financeiro nacional”, fato que favorece “o surgimento de novos modelos empresariais no ramo financeiro, como as Fintechs e as plataformas de serviços financeiros”.

Subsídios para a luta

Na introdução, a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, destaca que o Perfil da Categoria Bancária e Demais Trabalhadores e Trabalhadoras Formais do Ramo Financeiro na Última Década – 2012-2022 é importante para que “as entidades sindicais tenham capacidade de compreender o mundo em transformação, para que possam atuar de forma eficaz para regular as relações de trabalho, com base nos preceitos do trabalho decente em todas as suas dimensões”.

A dirigente aponta que o desafio dos representantes dos trabalhadores do ramo financeiro, evidenciado pela análise dos dados da última década é a “tendência de fragmentação do emprego no setor financeiro brasileiro, com a força de trabalho sendo pulverizada em diferentes categorias para além da bancária, como os securitários ou os trabalhadores e trabalhadoras em cooperativas de crédito”. Juvandia ressalta que esse processo ocorre junto ao “crescimento do emprego não assalariado, com aumento dos trabalhadores autônomos e plataformizados”.

Para Juvandia, o “conhecimento gerado a partir das informações desta cartilha e das próximas etapas dos estudos que estão por vir servirá de subsídio para a atuação da Contraf-CUT, federações e sindicatos na formulação de estratégias para a construção da organização coletiva do ramo financeiro em todas as suas dimensões e todos os segmentos de trabalhadores e trabalhadoras que estão nas cadeias de valor dos grandes conglomerados financeiros atuantes no Brasil”.

Construção do ramo financeiro

O secretário de Assuntos Socioeconômicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Walcir Previtale, pontua que o Perfil faz “um diagnóstico com uma década de informações sobre bancários e bancárias e demais trabalhadores formais do ramo, elucidando informações estratégicas do setor, que visam a ajudar o movimento sindical a transformar essas informações em luta concreta e real, no sentido de caminharmos no fortalecimento e ampliação do ramo financeiro”.

Walcir ainda salienta que o atual estudo é uma retomada do histórico “Perfil do Bancário”, pesquisa realizada pela Executiva Nacional dos Bancários junto ao Instituto DataFolha, em 1996. “Alguns dados são interessantes. Apontam que 86% da categoria bancária trabalhavam em agências e apenas 8% em prédios administrativos. A pesquisa também mostrava que caixas e escriturários eram a maioria dos trabalhadores nos bancos. Os homens também eram a maioria, ocupando 59% das vagas de trabalho”, lembra o dirigente.

Hoje, como pontua Walcir, “o novo estudo mostra que a realidade dos trabalhadores do ramo financeiro mudou bastante: a concentração bancária se acentuou, a organização do trabalho é totalmente diferente e a tecnologia avançou de forma avassaladora no sistema financeiro”. O secretário analisa que “tudo isso nos coloca um enorme desafio para pensar novas formas de organização sindical e de representação desses trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro”.

Novos parâmetros

Para o economista Gustavo Machado Cavarzan, da subseção do Dieese na Contraf-CUT e um dos responsáveis pelo Perfil, o trabalho de mapeamento “é importante, em primeiro lugar, para atualizar informações sobre a categoria e verificar o que mudou em relação a 10 anos atrás, em termos de padrões de jornada de trabalho, remuneração, tempo no emprego, pirâmide ocupacional, faixa etária, escolaridade, gênero, raça e pessoas com deficiência, entre outros aspectos”.

Gustavo explica que “compreender como cada indicador se comportou ao longo da última década é fundamental para direcionar mudanças na própria atuação do movimento sindical bancário”. O economista também entende que “um segundo eixo relevante do estudo é a comparação de todos estes indicadores, entre a categoria bancária e as demais categorias do ramo, buscando destacar o que unifica e o que difere cada um desses segmentos, com o objetivo de também direcionar a ação sindical mais efetiva no caminho de construção da organização mais ampla do ramo financeiro como um todo”.

Para a economista Vivian Machado, também da subseção do Dieese na Contraf-CUT e uma das responsáveis pelo estudo, “um destaque revelado pelo trabalho seria a perda de participação percentual e absoluta de bancárias e bancários em relação às demais categorias dentro do ramo financeiro, o que reforça a necessidade de se pensar formas de acessar os trabalhadores desses segmentos de trabalhadores não bancários, especialmente com um olhar voltado para as diferenças de remuneração e jornada, por exemplo”. Por conta dessas disparidades entre os diversos trabalhadores do ramo, Vivian ressalta “que futuras negociações deverão levar em conta as especificidades de cada segmento”.

Perfil da Categoria Bancária e Demais Trabalhadores e Trabalhadoras Formais do Ramo Financeiro na Última Década – 2012-2022 está disponível para federações e sindicatos filiados à Contraf-CUT na área restrita do site da entidade.

Fonte: Contraf-CUT