Maio 14, 2025
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Triste constatação às vésperas do 1º de Maio: os processos por assédio moral multiplicam-se a ponto de caracterizar uma epidemia. Chamam a isso de “precarização”

Temos hoje as moças e mulheres da fábrica, insignificantes flores de pálidas cores, com um sangue sem rutilância, com o estômago deteriorado, com os membros sem energia!”, lamentava Paul Lafargue no clássico O Direito a Preguiça, em 1880, ao descrever as condições de trabalho na Europa de então: mulheres e jovens explorados em jornadas de até 14 horas, vítimas de doenças e acidentes, sob a ameaça de castigos e punições.

Houve mudanças decisivas na vida de mulheres e homens que no próximo 1º de Maio celebram o seu dia, por incrível que pareça, um ambiente hostil voltou a se estabelecerem grandes empresas, fábricas e bancos nos últimos dez anos, em um quadro que os especialistas definem como “precarização do trabalho”.

Os processos por assédio moral multiplicam-se na Justiça. Só existem números isolados, indicam, porém, uma epidemia. Na Bahia, por exemplo, em 2001 houve apenas uma queixa por assédio moral em 2010 fora m 081. Pressionados por metas excessivas, trabalhadores são submetidos a xingamentos e constrangimentos pelos superiores. Com medo de perder o emprego, calam-se até o limite do “dano existencial”, que começa a ser reconhecido na Justiça trabalhista: depressão, pressão alta, síndrome do pânico e até o suicídio.

Tudo isso oculto em um ambiente à primeira vista limpo, onde são chamados não de “empregados” mas de “colaboradores”, um eufemismo para cooptar o operário a aceitar jornadas longas sem sequer se dar conta de que está sendo explorado

“A pessoa acorda de manhã pensando que vai para o inferno”, diz o procurador do Trabalho Valdir Pereira da Silva, autor de uma ação coletiva contra a rede americana de supermercados Walmart, alvo de vários processos por dano moral.

“Com a adoção do sistema de metas, o mundo do trabalho hoje é onde tem mais psicopatas e as empresas permitem. Para mim esta é uma visão amadorística, porque o maior patrimônio da empresa é o empregado. O lucro não pode estar acima da dignidade da pessoa humana”

Em outubro do ano passado, o Walmart foi condenado a pagar 22,3 milhões reais de indenização por danos morais coletivos, a maior do País até hoje (a empresa está recorrendo). Há dois meses, a rede anunciou o fechamento de 25 lojas no Brasil, e uma das razões que a própria empresa apontou está no “aumento significativo das reivindicações trabalhistas nos últimos anos”.

Na denúncia, os funcionários narram humilhações, xingamentos constantes, preconceito racial e a imposição de cantar hinos motivacionais e dançar nas reuniões. A rede varejista limitaria até mesmo as saídas ao banheiro. Em março do ano passado, um ex-vendedor do Walmart conseguiu no Tribunal Superior do Trabalho (TST) uma indenização de 6 mil reais por ter sido submetido a “castiguinhos” quando não cumpria as metas estabelecidas pela empresa, como limpar o chão do supermercado ou descarregar produtos.

O rapaz “passou a apresentar um quadro de ansiedade, depressão e síndrome do pânico, indo diversas vezes ao banheiro para chorar”. Em nota, o Walmart disse a CartaCapital que “os procedimentos adotados em suas unidades ocorrem em total respeito aos funcionários e à legislação vigente no Brasil”. Também nos EUA, as denúncias trabalhistas contra a rede são frequentes, sobretudo no que diz respeito a salários.

Perto de 15% dos funcionários do Walmart são obrigados a recorrer aos tíquetes-alimentação fornecidos pelo governo norte-americano para complementar a renda.

Em fevereiro deste ano, o banco britânico HSBC foi multado em 67,5 milhões de reais, em primeira instância, por espionar empregados em Curitiba. Entre 1999 e 2003, a instituição financeira teria contratado detetives para descobrir a “real” razão do alto número de afastamentos por licença médica. Disfarçados de entregadores de flores ou pesquisadores, os investigadores abordavam os empregados, seguiam-nos, filmavam e fotografavam, e remexiam o lixo de suas casas. O banco vai recorrer.*

Na semana passada, o HSBC sofreu nova condenação, desta vez no TST, pelas metas abusivas, cobranças exageradas e perseguição a uma ex-funcionária.

Na denúncia, a bancária reclamava que o chefe nem sequer lhe dirigia a palavra e a expunha publicamente dizendo que ia demiti-la. De acordo com uma pesquisa feita em 2009 na Universidade de Brasília, a categoria bancária tem índices de suicídio alarmantes, motivados sobretudo pela pressão para cumprir metas e as ameaças de demissão.

“Por trás desta aparente melhora no mundo da produção, a precarização do trabalho vem aumentando em escala muito ampliada”, diz o sociólogo Ricardo Antunes, professor da Unicamp. “Acabou o tempo poroso, os minutos de pausa. A redução do número de trabalhadores significa que passaram a produzir em um ritmo muito mais intenso.” De fato, na época em que o ex-presidente Lula liderava as greves no A BC, entre 1978 e 1980, a Volkswagen chegou a ter 40 mil empregados na fábrica de São Bernardo do Campo. Hoje, com a implantação de maquinário, são 13 mil, produzindo cada vez mais.

Torneiro mecânico, Lula perdeu o dedo mínimo da mão esquerda quando trabalhava no turno da madrugada e um colega, ao cochilar por cansaço, acabou soltando a prensa e causando o acidente. Atualmente, a própria profissão de torneiro mecânico está em extinção, já que os tornos são programáveis, e a máquina executa quase todo o processo sozinha. Operários raramente perdem membros trabalhando, mas as lesões invisíveis a olho nu aumentam a cada dia, com o nome de LER/Dort (Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho).

Estamos em Campinas, a 100 quilômetros da capital paulista. Na sede do sindicato dos metalúrgicos, ouço o testemunho de funcionárias e ex-funcionárias das indústrias de tecnologia que proliferam pela região. Como trabalham em linha de produção, os problemas acontecem em cascata: Luzia dos Santos tem 57 anos e montava placas de computador na norte-americana Sanmina, uma das maiores fabricantes terceirizadas de componentes eletroeletrônicos do mundo. À seu lado, Fátima de Oliveira, de 51, preparava as placas para a inspeção. Por último, Fátima de Araújo, de 48, inspecionava as placas e as colocava no carrinho para irem ao forno.

Tudo isso repetido até 400 vezes por turno causou dores nos ombros, mãos e braços das três, que não conseguem realizar tarefas prosaicas em casa, como varrer o chão ou passar roupa. Duas meninas entram na sala para contar sua história. Carina Jeremias tem 24 anos e Karolline Yukari, 21.

Ambas trabalharam na filial da gigante da tecnologia sul-coreana Samsung em Campinas durante pouco mais de 2 anos e meio. Carina parafusava placas de LCD para notebooks. Três parafusos de cada lado, durante oito horas por dia, e passava para a próxima colega, até começar a sentir dores crônicas nos ombros e mãos.

Karolline montava a tela e o teclado, também parafusando. De 150 a 200 aparelhos diários, sem parar. A ociosidade não é bem-vinda. “Fica um coreano passando e falando “palado por quê?”, imita. O polegar da mão direita, um dia, deixou de mexer. Foi operado, mas perdeu o movimento. Ela mostra o dedo, inerte. E o que você vai fazer no futuro se não consegue nem segurar uma caneta para escrever? “Não sei”, diz.

Patrocinadora da Copa. a Samsung é alvo de um processo do MPT em Manaus no valor de 250 milhões de reais, com relatos semelhantes: “Realiza a mesma atividade o dia todo, fazendo 2,7 mil aparelhos embalados por dia”, “às vezes perde o tato, por insensibilidade”. O procurador autor da denúncia compara a situação com o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin, e diz que, se a atual situação se mantiver, 20% dos trabalhadores da empresa terão doenças ocupacionais. A LER/Dort atinge mais as mulheres e, como elas são maioria ali, o trabalho nas fábricas de eletroeletrônicos é uma bomba-relógio.

Há relatos de operários que acordam exaustos, porque sonham a noite inteira que estão montando e montando, sem parar. Os acidentes físicos se reduziram, mas os problemas atípicos, sobretudo os psicológicos, sobem vertiginosamente, “0 governo estabeleceu como prioridade o número de trabalhadores com carteira assinada, mas não pergunta como é esse trabalho”, critica o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Campinas, Jair dos Santos. “A fiscalização em cima das empresas é praticamente nula.”

Jair conta que, em 2011, uma mãe acionou o sindicato dizendo que a filha, empregada da Samsung, estava sendo mantida de castigo em uma sala, olhando para a parede, porque havia cometido um erro. Após aceitar pagar uma indenização de 500 mil reais por danos coletivos em um acordo com o MPT, a empresa sul-coreana comprometeu-se a acabar Com o assédio aos funcionários, “O problema é que o próprio modelo é assediador, porque o trabalhador funciona como um robô, em linha de produção. Com menos de 30 anos, o trabalhador está estragado”, diz o presidente do sindicato.

Procurada por nossa reportagem, a Samsung negou irregularidades. “A Samsung tem a confiança de que trata seus funcionários com dignidade, proporcionando um ambiente de trabalho que assegura os mais elevados padrões da indústria sob os aspectos de saúde, segurança e bem-estar”, disse a empresa em nota, informando que a ação do MPT em Manaus está suspensa, porque as partes estão tentando um acordo. A Sanmina não quis se pronunciar.

“Descobriu-se que era impossível substituir todo o trabalho vivo por máquinas, mas ele foi reduzido ao máximo. Por isso, os patrões extraem dos funcionários o máximo possível. São seres humanos sugados até o caroço” diz a procuradora Renata Coelho, do M PT em Campinas. “Os anos 2000 são aqueles em que os empresários buscam recuperar a chamada “década perdida”, os anos 1990, 0 ritmo se acelerou tanto que se passou a regular até o tempo que os empregados gastam indo ao banheiro,”

De fato, casos de assédio por não ter o direito de ir ao banheiro pipocam na Justiça trabalhista. Em outubro do ano passado, o TST condenou a Seara Alimentos a indenizar em 5 mil reais uma funcionária que tinha horários preestabelecidos para ir ao toalete, com um tempo cronometrado de 14 minutos, e, como trabalhava na desossa de frangos, precisava antes se desvencilhar de todo o equipamento: avental, luvas e botas.

Outro problema que acarreta queixas e consequentemente ações na Justiça são as revistas na saída da fábrica. O Ministério Público do Trabalho em Pernambuco acionou a Unilever, dona da Kibon, por submeter os empregados a sorteio na portaria para ver quem seria revistado: quem tirasse a bola vermelha dentro de uma bolsa teria de abrir seus pertences.

As táticas de “motivação” também são questionadas. Em Mato Grosso, a Renosa, engarrafadora da Coca-Cola, foi condenada em 2011 por distribuir troféus “tartaruga” e “lanterna” aos piores funcionários. No mesmo ano, a multinacional brasileira de bebidas AmBev, que já sofreu outras condenações por submeter funcionários a situações consideradas vexatórias, teve de indenizar um ex empregado por obrigá-lo a se deitar num caixão quando não atingia a meta fixada pela empresa.

No mês passado, a construtora baiana Vertical Engenharia foi condenada pelo TST a pagar indenização por danos morais coletivos ao estampar no holerite dos funcionários a seguinte frase: “Não desanime, pois até um pé na bunda te empurra pra frente”. Em agosto do ano passado, a rede de lanchonetes McDonalds foi multada em 7,5 milhões de reais e fez um acordo se comprometendo a acabar com a jornada flexível, pela qual é alvo de protestos em várias partes do mundo.

Enquanto as condições de trabalho se precarizam, os empresários fazem lobby junto ao Congresso para modificar a Consolidação das Leis do Trabalho. Às vésperas de completar 71 anos, é unanimidade entre os procuradores do trabalho que a CLT precisa ser modernizada. mas as propostas nesse sentido são vistas como mais uma forma de precarização.

Há dois anos, a Confederação Nacional da Indústria lançou um documento contendo 101 propostas para “modernização da CLT. Um dos objetivos seria flexibilizar a jornada e colocar os acordos coletivos acima do que diz a lei, o que chegou a ser proposto no governo Fernando Henrique Cardoso e foi engavetado por Lula.

O projeto foi ressuscitado pelo deputado federal Irajá Abreu (PS D-TO), filho da senadora Kátia Abreu, e está atualmente em apreciação pela Comissão de Trabalho da Câmara. Para quem está do lado dos trabalhadores, oficializar o fim da jornada fixa de 8 horas, o que já ocorre na prática em muitas empresas, seria como jogar 200 anos de lutas pelo ralo e voltar de vez aos tempos pré-Revolução Industrial.

Fonte: Revista Carta Capital

A Contraf-CUT enviou nesta segunda-feira (28) ofício ao presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, criticando a decisão arbitrária da Diretoria de Pessoas (Dipes), que deu ordem aos administradores do BB para que façam os funcionários utilizarem as suas folgas até o dia 30 de abril, contrariando o que está previsto na cláusula 39ª do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do BB, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

> Clique aqui para ler a íntegra da carta ao BB.

Enviada com cópia ao vice-presidente Robson Rocha e ao diretor Carlos Eduardo Neri, a carta ressalta que a norma coletiva prevê que o banco precisa consultar o funcionário para saber se ele concorda com a conversão em espécie de seu saldo de folgas. “Em nenhum parágrafo ou inciso consta o direito do banco de zerar o saldo de folgas sem consulta e consentimento do funcionário”, salienta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

Na correspondência, a Contraf-CUT destaca também a preocupação com o fato de setores da direção do BB incentivarem o não cumprimento do acordo coletivo ou, mais grave ainda, “dar instruções no sentido contrário ao que está acordado entre as partes, vindo a causar um grande prejuízo de imagem e de respeitabilidade às negociações coletivas entre o banco e as entidades representativas dos trabalhadores, haja vista que a mesa de negociação dos bancários é uma das mais respeitadas do país por sua abrangência, antiguidade e legitimidade.”

Para William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, “a orientação da Dipes não está em consonância com o negociado e contratado com as entidades sindicais no acordo coletivo do BB. Esperamos que o banco volte atrás e respeite o direito dos funcionários sobre a melhor forma de utilização de suas folgas”.

Fonte: Contraf-CUT

Os juros médios do cheque especial subiram, na contramão de outras taxas que apresentaram redução de fevereiro para março. A taxa chegou a 185% ao ano, uma alta de 2,2 ponto percentual. Em janeiro, a taxa anual estava em 185,9%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (25) pelo Banco Central (BC).

 

No caso do crédito pessoal, incluídas operações de crédito consignado, a taxa caiu 1,8 ponto percentual, de fevereiro para março, e ficou em 48,8% ao ano. A do crédito para a compra de veículos caiu 0,5 ponto percentual para 26,5% ao ano.

 

A taxa do crédito para compra de bens subiu 3,6 ponto percentual para 61,9% ao ano. A taxa média de juros cobrada das famílias caiu 1 ponto percentual para 44,4% ao ano.

 

Neste mês, a Caixa e o Banco do Brasil anunciaram redução de taxas de juros e foram seguidos pelas instituições privadas Itaú, Bradesco, HSBC e Santander. Portanto, nesses dados de março ainda não é possível verificar efeitos dos anúncios dos bancos.

 

Além da competição entre bancos públicos e privados, as recentes reduções da taxa básica de juros, a Selic, que serve de referência para os juros bancários, geram a tendência de queda das taxas.

 

Fonte: Agência Brasil

A Caixa Econômica Federal admitiu no sábado (25) ter liberado saques antecipados do Bolsa Família na véspera do início dos boatos de cancelamento do benefício e de um suposto pagamento extra pelo Dia das Mães. Em nota, o banco esclareceu ter oferecido o saque independentemente do calendário individual na sexta-feira (17).

 

De acordo com o banco, responsável pela operação do programa social, melhorias no cadastro de informações sociais permitiram que o pagamento de todos os benefícios fosse liberado no dia 17. O banco esclareceu ainda que a antecipação de saques já é autorizada em caso de calamidade ou de necessidade de melhoria de sistemas.

 

Pela regra oficial, o pagamento do Bolsa Família ocorre de forma escalonada na segunda quinzena do mês. O saque é liberado a cada dia conforme o último dígito do cartão. Os beneficiários com cartão de final 1 recebem primeiro. Quem tem final 0 retira o benefício por último.

 

O banco informa ainda que o aumento no ritmo de saques só começou por volta das 13h de sábado (18). Na sexta-feira (17), a Caixa registrou 649.018 saques, número inferior às 852.602 retiradas feitas no primeiro dia de pagamento em abril.

 

Os boatos sobre o Bolsa Família provocaram corridas às agências e aos caixas eletrônicos em 13 estados do Norte e do Nordeste. Segundo o comunicado, para garantir o acesso aos benefícios e a integridade física dos correntistas, a Caixa manteve o saque antecipado durante o fim de semana. No entanto, quem retirou o benefício fora do calendário só terá direito a um novo saque no próximo mês.

 

A Caixa informou ainda que tem total interesse na apuração dos fatos e reafirma que aguarda as investigações da Polícia Federal em relação a origem dos boatos. O banco se pôs à disposição das autoridades policiais para colaborar com a apuração e prestar todos os esclarecimentos necessários.

 

A Polícia Federal (PF) divulgou na sexta-feira (24) que já tem informações sobre pessoas que receberam telefonemas no último final de semana com mensagens sobre o fim do Bolsa Família. A PF não confirma o número de pessoas identificadas, mas diz que dispõe de informações sobre a possibilidade do boato ter surgido a partir de ligações originadas por telemarketing.

 

Fonte: Agência Brasil

Thais Folego
Valor Econômico

 

O governo brasileiro concluiu a desestatização da maior resseguradora do país, o IBR-Brasil Re, a única privatização federal nos últimos oito anos. As seguradoras do Banco do Brasil, do Bradesco e do Itaú, além do Fundo de Investimento em Participações Caixa Barcelona e a União Federal, assinaram, na sexta-feira (24), acordo de acionistas do novo bloco de controle da resseguradora.

 

O IRB foi inscrito no Plano Nacional de Desestatização (PND), comandado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), em 2005, quando foi realizada a última privatização do programa – no caso a venda do Banco do Estado do Ceará (BEC) para o Bradesco.

 

Em paralelo, a BB Seguridade (por meio da subsidiária BB Seguros) e a União assinaram contrato de transferência de ações, em que o governo vende 212.421 ações ordinárias do IRB (equivalente a 21,24% do capital total da companhia) para o braço de seguros do BB por R$ 547,4 milhões (R$ 2.577,00 por ação).

 

Além do acordo de acionistas, o processo de reestruturação societária do IRB envolve a conversão da totalidade das ações preferenciais em ordinárias (na proporção de um para um) e a emissão de uma ação de classe especial (“golden share”) para a União. Também está previsto o aumento do capital social do IRB, mediante emissão de novas ações ordinárias, com renúncia total da União Federal ao exercício de seu direito.

 

A operação foi aprovada pelo Conselho Administrativo da Defesa Econômica (Cade) em abril, mas a finalização do negócio está condicionada ao sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) e posterior aprovação do aumento de capital pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

 

Ao fim do processo, o Itaú vai deter 15% do capital social do IRB, desembolsando R$ 2,3 milhões no aumento de capital da resseguradora. O Bradesco, que atualmente detém 21,24% do capital, não vai exercer seu direito de subscrição e terá sua participação diluída para 20,42% após o aumento de capital. A BB Seguridade também terá sua participação diluída para 20,42%. A União terá 15% do capital do IRB vinculado ao acordo de acionistas, mas sua participação final no capital da resseguradora ainda não foi divulgada.

 

Fundado em 1939, o IRB deteve o monopólio do mercado de resseguros no país até 2007, quando o setor foi aberto à atuação de companhias locais e estrangeiras. Em 2012, a companhia teve receita de R$ 2,4 bilhões, equivalente a 40% do mercado.

 

Fonte: Valor Econômico

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A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira (25) a redução das taxas de juros voltadas a financiamento imobiliário em até 21% pelo (SFH) Sistema Financeiro de Habitação. Ontem, o banco já havia antecipado que diminuiria os juros.

 

As novas taxas passam a valer a partir do dia 4 de maio, data de abertura do 8º Feirão da Caixa. Os contratos que já existem não serão modificados.

 

Uma das medidas anunciadas é de que os imóveis de até R$ 500 mil, dentro do SFH (Sistema Financeiro de Habitação), terão os juros reduzidos de 10% para 9% ao ano. Os clientes da Caixa pagam juros menores, de 7,9% ao ano. Já para os imóveis que estão fora do SFH, os juros caem de 11% para 10%.

 

A Caixa estima que as contratações de crédito imobiliário em 2012 chegarão a R$ 90 bilhões após R$ 81,8 bilhões em empréstimos habitacionais tomados em 2011, afirmou nesta quarta-feira o vice-presidente de governo e habitação do banco, José Urbano Duarte.

 

Em simulação da Caixa, se contratar um financiamento de imóvel no valor de R$ 600 mil, o cliente economizará mais de R$ 54 mil durante 20 anos, dos quais R$ 5,6 mil logo no primeiro ano.

 

A redução acontece após uma série de rodadas de cortes nas taxas de juros para empréstimos concedidos a empresas e consumidores.

 

A Caixa e o Banco do Brasil já promoveram cortes duas vezes. Bradesco, Itaú, Santander e HSBC também divulgaram reduções nas últimas semanas.

 

Na segunda-feira (23), a Caixa também anunciou o lançamento de uma linha de financiamento com recursos de R$ 2 bilhões voltada à compra de móveis e itens de linha branca para participantes do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

 

Fonte: UOL

Os bancários realizam nesta quinta-feira (23) um Dia Internacional de Luta contra as práticas antissindicais do Santander. A mobilização foi definida no último dia 7, durante a 7ª Reunião Conjunta das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais, ocorrida em Assunção. Haverá manifestações no Brasil e outros países da América Latina.

 

O objetivo é protestar contra a estratégia do banco de entrar com ações judiciais contra entidades sindicais para tentar calar o movimento sindical. Uma nova carta aberta está sendo distribuída aos clientes e usuários do banco.

 

> Clique aqui para ler a carta aberta.

 

No final de abril, o banco ajuizou processos, com igual teor, em São Paulo, Campinas, Assis, Araras e Catanduva, buscando a condenação de sindicatos e da Contraf-CUT “em indenização por danos morais, além da obrigação de fazer e não fazer”.

 

O ajuizamento ocorreu após o Dia Nacional de Luta, realizado no dia 11 de abril, quando houve paralisações em todo país e distribuição de uma carta aberta que denunciava a falta de funcionários diante das demissões, além da prática de metas abusivas e do assédio moral.

 

O banco acusa as entidades de “promoveram a edição de notícias inverídicas e comentários difamatórios, revelando induvidosa má-fé e inegável intenção de deturpar a imagem, reputação e o bom nome do requerente junto aos seus clientes e à sociedade em geral”.

 

Não foi a primeira vez que o banco tenta intimidar os trabalhadores. Em agosto de 2011, o Santander entrou com uma medida cautelar na Justiça contra o Sindicato dos Bancários de São Paulo, a Afubesp, a Fetec-CUT/SP e a Contraf-CUT para que fosse retirado do ar o spot veiculado na Rádio CBN na véspera da final da Copa Libertadores, entre Santos e Peñarol, em São Paulo.

 

Naquela ocasião, as entidades denunciaram as demissões de bancários brasileiros, os elevados bônus pagos aos executivos e o desrespeito com os aposentados do antigo Banespa, adquirido pelo Santander.

 

As quatro entidades foram condenadas a pagar uma indenização de R$ 1,5 milhão em primeira instância, mas recorreram da decisão judicial.

 

 

“Não aceitamos a tentativa de calar o movimento sindical”

 

“Trata-se de mais uma prática antissindical do Santander que agride a organização dos bancários de todo Brasil”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Vamos entrar com todas as medidas judiciais cabíveis e intensificar a mobilização da categoria para defender o direito de expressão das entidades sindicais na luta por emprego, condições dignas de saúde, segurança e trabalho, e melhoria do atendimento aos clientes”, enfatiza.

 

“O Santander deveria apostar no caminho do diálogo e da negociação coletiva. Não aceitamos a tentativa de calar o movimento sindical”, salienta Cordeiro.

 

O Santander continua dispensando trabalhadores em 2013, mesmo depois do processo de demissões em massa em dezembro do ano passado, quando o banco espanhol demitiu sem justa causa 1.153 funcionários e cortou 975 empregos.

 

Nos primeiros quatro meses deste ano, conforme levantamento feito pela Contraf-CUT junto aos sindicatos, o banco espanhol dispensou 878 funcionários, principalmente coordenadores. Esse número, embora parcial, supera o total de 765 desligados nos primeiros quatro meses de 2012, conforme dados do Caged do Ministério do Trabalho e Emprego.

 

“Não existe justificativa para demitir funcionários diante do lucro de R$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre deste ano no Brasil, que representa 26% do resultado mundial do Santander”, enfatiza o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

 

“Essa realidade prejudica a saúde e o trabalho dos bancários e o atendimento na rede de agências. Não é à toa que o banco liderou em abril, pelo terceiro mês consecutivo, o ranking de reclamações de clientes no Banco Central”, aponta.

 

Na Espanha, que passa por grave crise financeira e onde o banco obtém hoje 11% do lucro global, a situação é bem diferente para os bancários do Santander. Lá, quase não há demissões no banco e um acordo assinado com os sindicatos espanhóis garante que não haverá medidas traumáticas nas relações de trabalho.

 

 

Queremos valorização

 

Esse novo ataque do Santander está sendo duramente criticado nos encontros estaduais e regionais preparatórios ao Encontro Nacional dos Dirigentes Sindicais do Santander, a ser realizado nos dia 4 e 5 de junho, em São Paulo.

 

“Ao invés de ataques à organização sindical e à liberdade de expressão e enrolações nas mesas de negociações, queremos respeito, valorização e dignidade para os funcionários e aposentados do banco”, conclui Ademir.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Itaú Unibanco, cuja propaganda fala em “vamos jogar bola”, divulgou nesta terça-feira (24) um lucro líquido de R$ 3,426 bilhões no primeiro trimestre deste ano. No entanto, o banco marcou gol contra ao fechar 1.964 postos de trabalho no período, o que acumula um corte de 7.728 vagas nos últimos 12 meses.

 

Segundo dados do Dieese, a instituição que tinha 104.022 funcionários em março de 2011, diminuiu para 98.258 em dezembro e reduziu para 96.204 em março de 2012, sendo “rebaixado” para a segunda divisão no campeonato do emprego.

 

“O banco exibe outro lucro gigantesco nos primeiros três meses do ano, mas continua jogando pais e mães de família no olho da rua, o que mostra falta de responsabilidade social e descaso com o emprego e o desenvolvimento do País”, afirma Carlos Cordeiro, funcionário do Itaú e presidente da Contraf-CUT.

 

“Cobramos uma negociação com urgência para discutir o fim das demissões e da política de rotatividade no Itaú, pois é inaceitável que, enquanto o Brasil cresce, o banco que mais lucra não gera nenhum emprego e, pelo contrário, ainda segue fechando vagas, pisando na bola do emprego”, aponta o dirigente sindical.

 

Enquanto o Itaú faz gol contra, outros bancos continuam abrindo postos de trabalho. É o caso do Bradesco, que lucrou R$ 2,845 bilhões no primeiro trimestre do ano e gerou 418 empregos. “Por que o Itaú não veste a camisa do emprego?”, questiona Cordeiro.

 

Outros números do balanço

O lucro estrondoso representa uma leve queda de 2,96% em relação a igual período de 2011. As provisões para devedores duvidosos foram o principal fator responsável por tal encolhimento no resultado.
Essas despesas somaram R$ 6,03 bilhões, com alta de 37,7% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. Já na comparação do lucro com o quarto trimestre do ano passado, a redução foi de 7%. Caso essas provisões não sejam confirmadas, o banco terá resultados ainda maiores.

 

A carteira de crédito, incluindo operações de avais e fianças, alcançou o saldo de R$ 400,519 bilhões em 31 de março, com acréscimo de 0,9% em relação ao saldo do quarto trimestre de 2011 e de 16,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

 

No segmento de pessoas físicas, os destaques no primeiro trimestre foram as carteiras de crédito imobiliário e de crédito pessoal, com evoluções de 8,5% e 6,5%, respectivamente. Entre pessoas jurídicas, houve crescimento de 1,1% no trimestre.

 

Os ativos totais do Itaú Unibanco somaram R$ 896,8 bilhões entre janeiro e março, alta anual de 15%, enquanto o retorno sobre patrimônio líquido médio anualizado diminuiu de 22,7% para 19,3% em 12 meses, mas ainda permanece muito alto.

 

“Com todo esse lucro, além de suspender imediatamente a política de demissões e rotatividade, o Itaú tem que remunerar melhor os craques da bola, que são os funcionários do banco, com a melhoria dos salários em vez dos bônus dos executivos, a valorização do Programa Complementar de Resultados (PCR), que está sendo negociado com as entidades sindicais, e a garantia de condições dignas de trabalho, que começam com o registro correto da jornada no ponto eletrônico”, conclui o presidente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT com UOL

O 24º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil aprovou neste domingo 19, em São Paulo, a pauta de reivindicações específicas, centrada no combate ao plano de funções comissionadas, o assédio moral, a política antissindical e as péssimas condições de trabalho. Participaram do Congresso, realizado no Hotel Holiday Inn, 318 delegados de todo o país, dos quais 214 homens e 104 mulheres.

 

“O funcionalismo aprovou uma série de propostas para os quatro grandes eixos que foram debatidos no Congresso – que são remuneração e condições de trabalho, saúde e previdência, organização do movimento e Banco do Brasil e o Sistema Financeiro Nacional – para fazer enfrentamento à pior administração do BB dos últimos anos, que ataca o funcionalismo, coloca em risco o banco, desviando-o do seu papel de banco público”, afirma William Mendes, secretário de Formação da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

 

“Foi construída uma grande unidade de todas as forças do movimento para fazer o enfrentamento com a direção do BB e construir uma grande campanha nacional os bancários que lute contra esse plano de funções implantado unilateralmente, que melhore as condições de trabalho e de remuneração de todo o funcionalismo. E que, além disso, coloque o banco no rumo certo, com respeito aos trabalhadores, boas condições de trabalho, atendendo a população e os interesses da sociedade brasileira”, conclui William.

 

 

‘Estamos preparados para a luta’

 

Para Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, o Congresso do BB aconteceu em um momento muito importante para o funcionalismo. “A direção do banco vem tentando tirar os direitos dos trabalhadores com um processo de negociação sem o envolvimento das entidades sindicais. O objetivo do BB é seguir o que diz o mercado, focando o tal índice de eficiência”, ressalta Cordeiro.

 

Segundo o presidente da Contraf-CUT, infelizmente o BB optou por um caminho contrário ao do banco público, na direção do privado. “Hoje, a direção do banco está mais preocupada em disputar mercado com o Bradesco e o Itaú, quando de fato deveria se preocupar em fazer um banco público voltado para o desenvolvimento, voltado de fato para as pessoas, em que o funcionalismo teria um papel importante”, afirma.

 

Por este motivo, enfatiza Carlos Cordeiro, “queremos que o BB possa ter uma negociação séria, valorizando os trabalhadores, e dando fim à prática do assédio moral e metas abusivas, pois é uma política da direção do banco que leva o bancário ao adoecimento. Atualmente é cada vez mais comum termos bancários tomando remédios de tarja preta”.

 

“Estamos totalmente preparados para a luta e seguiremos fortalecendo a unidade dos trabalhadores para enfrentar a truculência do banco”, conclui Carlos Cordeiro.

 

Fonte: Contraf-CUT