Junho 08, 2025
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A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco se reuniu com o banco nesta terça-feira (29), para dar continuidade às negociações da minuta específica. Este é o segundo encontro entre as partes após o fim da emergência em saúde por causa da pandemia de covid-19. Os encontros entre as partes tinham sido interrompidos, pois a prioridade passou a ser a preservação da vida de clientes e funcionários. O encontro anterior ocorreu no último dia 14 e marcou a retomada das negociações dos temas de interesse dos trabalhadores.

Várias cláusulas da minuta foram tratadas, como manutenção do índice de emprego, questões do plano de saúde, medidas para prevenção da covid-19 e a ampliação do Prêmio de Desempenho Extraordinário (PDE). O encontro também definiu uma agenda inicial para o debate de novos tópicos, já a partir do começo de 2023.

Emprego

Os integrantes da COE solicitaram detalhamento de informações a respeito da garantia do nível de emprego na entidade, pois há informações de falta de funcionários em diversas agências, onde também se observa sobrecarga de trabalho dos funcionários.

O banco adiantou que em 2022 ocorreu um saldo positivo no número de funcionários, ao contrário do que se verificou no ano passado, quando ocorreu mais demissões que contratações. Segundo os resultados divulgados pelo Bradesco no terceiro trimestre deste ano, a instituição encerrou 159 agências, mas apresentou um saldo positivo de 638 postos de trabalho no período de 12 meses.

Plano de Saúde

No encontro, foram detalhadas as informações que deve ter o relatório que cada federação vai elaborar sobre as dificuldades que vêm sendo enfrentadas no atendimento do Saúde Bradesco. Os problemas relatados alcançam especialidades, hospitais e clínicas credenciadas, bem como o serviço odontológico, em especial no interior dos estados, onde os problemas ocorrem com muita frequência.

Ficou acertado que os relatórios devem apontar a localidade de cada questão. As informações devem dar conta da dificuldade enfrentada de modo específico, como inexistência de hospital ou clínica, falta de determinada especialidade ou dificuldade de agendamento, entre outras. Esse trabalho já havia sido iniciado em 2019, mas foi interrompido pela pandemia. Assim que o relatório for encaminhado, o banco terá 90 dias para solução. Até lá, qualquer necessidade de urgência será tratada pontualmente.

Os representantes dos trabalhadores também solicitaram que o plano de saúde fosse estendido aos aposentados, mas o banco manteve a posição de não ampliar o benefício.

Prevenção da covid

Em complementação às ações acertadas com o banco para a prevenção da covid-19, os membros da COE defenderam a instalação de uma divisória de acrílico, posicionada entre o funcionário de atendimento e o cliente, para a proteção de ambos. O banco disse que não entende a medida como necessária, e informou que está reforçando campanha para prevenção, que não há nenhum funcionário internado e que o índice de vacinação entre os trabalhadores é alto e satisfatório. A empresa também confirmou que todos que testam positivo são afastados por sete dias, ou mais, caso seja necessário.

PDE

A reivindicação da COE de que o PDE fosse estendido a todo o corpo de funcionários foi negada pelo banco. A instituição reafirmou que o benefício se destina apenas para os setores comerciais e administrativos que participam diretamente do processo de concessão de crédito. Segundo a empresa, esse prêmio é diferente da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), instituída para atender todos os funcionários.

Agenda

As próximas reuniões entre a COE e o Bradesco ocorrerão no início de fevereiro e em março, quando as pautas prioritárias serão o fim das metas abusivas, o combate ao assédio moral e segurança (que inclui as unidades de negócios), além da apresentação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), sobre teletrabalho específico no Bradesco.

Nesses encontros serão definidas as datas seguintes, para a discussão de tópicos como auxílio academia, reembolsos de gastos extraordinários (que inclui o valor por quilômetro rodado pelo funcionário em trabalho externo), plano de cargos e salários, inclusão e igualdade de oportunidades, entre outros.

Para a secretária de Formação do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e representante da Fetec/SP na COE Bradesco, Erica Oliveira, “a pauta é extensa e alguns dos itens são de negociação difícil e estão entre nossas reivindicações há bastante tempo, mas, em parceria com toda a organização dos bancários, precisamos insistir. Às vezes, para conquistarmos avanços, enfrentamos um processo longo”.

A coordenadora da COE e secretária de Organização do Ramo Financeiro e Política Sindical da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Magaly Fagundes, entende que “é importante a retomada de negociação referente à minuta específica, mas precisamos aprofundar em várias cláusulas em que necessitamos de avanços. A proposta é dividir por temas. A mesa de hoje foi de retomada. Passamos por todos os pontos da minuta e agora esperamos desdobramentos”.

Fonte: Contraf-CUT

Nota de falecimento

Novembro 28, 2022

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense lamenta o falecimento da bancária aposentada, Marina Fernandes Queiroz Rocha, na manhã desta última segunda-feira, 28 de novembro.

Foram mais de 38 anos exercendo a profissão, passando pelos bancos Bamerindus, HSBC e Bradesco. Sua última agência foi a 129 (Duque de Caxias).

A bancária havia se aposentado em setembro de 2022.

Nossa solidariedade aos familiares e amigos.

Marina, presente!

Estudo conduzido pelo instituto de pesquisas Plano CDE revela que as populações mais pobres – das classes C, D e E – tomaram empréstimos ao longo dos últimos meses principalmente para comprar comida e pagar as contas básicas. Questionados sobre o motivo ou por que buscariam um empréstimo, entre 45% e 50% dos entrevistados dessas classes indicaram que a alimentação e as contas do mês foram ou seriam a principal finalidade. 

As informações são do jornal Folha de S. Paulo, que divulgou a pesquisa na noite de ontem (27). A necessidade indicada pelos mais pobres chamou atenção do diretor do instituto Plano CDE, Maurício Prado. Segundo ele, o quadro “indica a situação grave que uma série de famílias enfrenta atualmente”. Esse percentual cai para 30% entre as classes A e B. Sendo que, entre os mais ricos, a maioria justifica a tomada de empréstimos como uma busca por investimentos no próprio negócio (46%). 

O pesquisador alerta que, nesse cenário, é preciso ainda mais atenção com a concessão do empréstimo consignado para os beneficiários do Auxílio Brasil. Em muitos casos, eles estão contraindo dívidas com juros elevados para a subsistência. A possibilidade de crédito com o programa social faz parte de medida eleitoreira, anunciada às vésperas do pleito presidencial pelo governo Bolsonaro, liberando o beneficiário a comprometer até 40% de sua renda mensal com os empréstimos. 

Brasil favorece o superendividamento

“O consignado do Auxílio Brasil só vai fazer com que as famílias se enrolem ainda mais”, adverte Prado. De forma geral, 42% confirmaram ter alguma dívida em atraso, segundo a pesquisa. Ao todo, foram consultadas 2.370 pessoas maiores de 18 anos, de todas as classes sociais, nacionalmente. A pesquisa foi feita entre 26 de julho a 9 de agosto de 2022. Para definir as classes D e E, o estudo considerou domicílios com renda familiar de até R$ 2 mil. Aqueles na faixa de R$ 2 mil até R$ 3 mil foram classificados como C2. Já as residências com renda de R$ 3 mil a R$ 6 mil são C1. E as classes AB são formadas por lares com renda acima de R$ 6 mil. 

A pesquisa mostra ainda que cerca de 50% das famílias tomaram algum tipo de empréstimo no último ano. Nesse caso, a principal fonte para a busca dos recursos entre os mais pobres são familiares e amigos e, só depois, bancos digitais e tradicionais. 

A situação reflete um cenário de crescimento econômico baixo, com inflação alta e um mercado de trabalho precarizado e informal que força com que o crédito seja cada vez mais utilizado como um complemento à renda da população com menor poder aquisitivo. É o que destaca o coordenador do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Lauro Gonzalez. “O crédito como complemento de renda é um caminho quase certo para o superendividamento”, garante o especialista. 

Tirar de onde não tem

Até 50% dos entrevistados mais pobres, das classes D e E, confirmaram que tiveram de reduzir a compra de comida para pagar uma dívida. É comum também que as famílias busquem fazer horas extras, bicos e trabalhos temporários (56%) ou vender seus bens, como carros, móveis ou eletrodomésticos (28%), para quitar os débitos. 

O levantamento também chama atenção para a falta de renda que impede a formação de poupança, principalmente entre os mais pobres. Nos últimos 12 meses, cerca de 50% da população teve gastos maiores do que a renda, sendo 37% nas classes A e B e 48% a 55% nas C1 e C2. Esse percentual chega a 60% nas D e E. 

Fonte: Rede Brasil Atual

Quebrar o círculo de violência de gênero e violência no trabalho, com a defesa da assinatura, pelo Brasil, da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Esse é o foco dos 21 Dias de Ativismo que, no Brasil, começou em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra. Internacionalmente, são 16 dias de ativismo, com início nesta sexta-feira (25), Dia de Combate à Violência contra a Mulher. O período, tanto em âmbito nacional quanto internacional, termina em 10 de dezembro, no Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“A proposta, todos os anos, é dar o máximo de visibilidade ao tema e continuar combatendo os vários tipos de violência que as mulheres sofrem no ambiente de trabalho, desde assédio moral e sexual, até sobrecarga de trabalho, desigualdade salarial e nas oportunidades de crescimento”, explica Fernanda Lopes, a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), que integra a campanha assim como o Comitê Mundial de Mulheres da UNI Global Union.

Convenção 190

A Convenção 190 (C190) é o primeiro tratado internacional para enfrentar a violência e o assédio no ambiente laboral. Foi aprovada em 2019 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e, até o momento, seis países a retificaram – Argentina, Equador, Fiji, Namíbia, Somália e Uruguai. “O movimento sindical quer a ratificação da C190 no Brasil que, além de fornecer a primeira definição internacional de violência e assédio no mundo de trabalho, inclui violência de gênero e assédio”, pontua Fernanda Lopes.

Avanços para categoria bancária

A secretária da Mulher destaca que, entre as contribuições do movimento sindical bancário contra o cenário de violência no ambiente laboral está a inclusão de uma cláusula sobre assédio sexual na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e nos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) dos funcionários do Banco do Brasil e dos empregados da Caixa Econômica Federal para os próximos dois anos. Além disso, aponta a criação do projeto “Basta! Não irão nos calar!”, em agosto de 2021, que fornece assessoria técnica às federações e aos sindicatos para a implantação de canais de atendimento jurídico especializado para mulheres em situação de violência doméstica e familiar.

“Ainda temos muita luta pela frente para alcançar um ambiente de trabalho sem violência de gênero. No setor bancário, apesar de terem mais escolaridade que os homens, as mulheres recebem, em média, 78,1% do salário dos colegas do sexo masculino. As bancárias negras são ainda mais injustiçadas e recebem em média 59% dos homens bancos”, explica Fernanda com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A dirigente da Contraf-CUT lembra ainda que o governo Bolsonaro cortou 94% da verba destinada ao Ministério da Mulher para a proteção de gênero, nos orçamentos elaborados e enviados ao Congresso, referentes aos anos de 2020 a 2023. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam também que, em 2022, a gestão bolsonarista executou apenas 25% do orçamento para o Ligue 180, serviço de utilidade pública de enfrentamento à violência contra a mulher. “Por isso os Dias de Ativismo são necessários, para aumentar a visibilidade ao tema e para que a sociedade pare de normalizar as situações de violência que as mulheres são submetidas”, reflete.

Além de divulgar as informações sobre os 21 Dias de Luta nas redes sociais e no site da Contraf-CUT, a secretária da Mulher participa de uma entrevista no ContrafCast, que será divulgada nos próximos dias. “É importante que os movimentos sindicais participem ecoando o debate para que, nesta nova fase que o país entrará, devido à mudança de governo, as políticas públicas de combate à violência contra a Mulher voltem a ser reforçadas”, pondera.

Denuncie

Além dos canais de denúncia como o 180 os sindicatos dos bancários estão preparados para orientar vítimas de violência doméstica, por meio do projeto “Basta! Não Irão Nos Calar!”. As bancárias que estiverem em situação de insegurança e necessitem de assessoria jurídica, desde a orientação para procurar canais e serviços públicos até sobre questões como guarda dos filhos, podem entrar em contato com a entidade sindical da sua base.

Fonte: Contraf-CUT

Mais da metade das greves deflagradas no primeiro semestre (53%) envolvia descumprimento de direitos, como atraso no pagamento de salários, férias ou 13º, entre outros. Segundo o Dieese, que divulgou balanço dos movimentos na primeira metade do ano, os chamados itens de caráter defensivo, em defesa de direitos, estavam na pauta de 80% das 663 paralisações pesquisadas. Esse número (663) representa 76% de aumento em relação a igual período de 2021. Basicamente, pelo crescimento no setor público.

Assim, a quantidade de greves só não é maior que a do primeiro semestre de 2018 (901). As horas paradas quase dobraram, chegando a 37 mil. Mas o número de paralisações no setor privado e nas estatais praticamente não se alterou. Já no funcionalismo público, se multiplicou por cinco – de 82 para 412. 

Questões salariais

“Questões salariais como reajuste (48%) e pagamento do piso (31%) foram as mais frequentes”, informa o instituto. “Itens relacionados à alimentação (tíquetes, cestas básicas) vêm em seguida: estiveram presentes em 19% das greves. O pagamento de vencimentos em atraso (salários, férias, 13º) continua entre as principais reivindicações – com uma participação diminuída, no entanto (16%).”

Das 663 greves registradas de janeiro a junho, 438 (66%) foram de trabalhadores no setor público, sendo 412 no funcionalismo (62%) e 26 (4%), em estatais. As paralisações “de advertência” representaram 45% do total (setores público e privado), enquanto 53% foram por tempo indeterminado. Em 2% dos casos, não havia informação disponível.

Já movimentos que envolveram categorias profissionais inteiras predominaram, com 60% do casos. Outros 40% foram em empresas ou unidades do funcionalismo.

Piso nacional da educação

“A frequência da deflagração das greves neste primeiro semestre também se associa a questões salariais – reajuste nos valores e pagamento do piso”, comenta o Dieese. “De janeiro a março, a presença conjunta dos dois itens vai progressivamente se destacando na pauta das mobilizações. Abril marca novamente um recuo e também o início do distanciamento entre os dois itens, com a reivindicação por reajuste salarial tornando-se preponderante.” O instituto destaca a forte mobilização pelo piso salarial nacional da educação básica.

Das 412 greves no setor público, 72% foram deflagradas por servidores municipais, 19% por estaduais e 8%, por federais. Mais da metade (55%) foi de advertência, enquanto 87% envolveram categorias profissionais.

“Itens de caráter defensivo estiveram presentes na grande maioria das pautas grevistas (79%)”, lembra o Dieese. “Ainda assim, itens propositivos também foram muito frequentes (68%). A maioria das greves trouxe, de modo combinado, reivindicações caracterizadas das duas maneiras.” Reivindicações de salários e pisos foram as mais frequentes, com 58% e 48%, respectivamente.

Maioria por tempo indeterminado

Por sua vez, no setor privado, de 223 paralisações registradas, 161 (72%) foram no setor de serviços e 62 (28%), na indústria. Diferente do setor público, só 28% foram de advertência e 67%, por tempo indeterminado. Também predominaram as greves por empresa ou unidade: 85% do total.

“Na pauta reivindicatória de 82% das greves deflagradas estiveram presentes itens e caráter defensivo, com predominância de pleitos relativos ao descumprimento de direitos (62%)”, diz ainda o estudo do Dieese. “A exigência de regularização de valores em atraso (salários, férias, 13º) compôs a pauta da maioria (47%) das mobilizações. Itens relativos à alimentação (tíquete, cesta básica) vieram a seguir (38%). A reivindicação por reajuste salarial esteve presente em quase um terço das greves (31%).”

Confira aqui a íntegra do estudo.

Fonte: Rede Brasil Atual

Dois temas fundamentais para a classe trabalhadora – o custeio sindical e a negociação coletiva – serão debatidos no seminário “Pela Reconstrução Sindical”, que acontece em Brasília, nos próximos dias 30 de novembro e 1º de dezembro.

O objetivo das discussões é produzir subsídios para o fortalecimento da estrutura sindical no Brasil. “O seminário é fundamental, pois a organização dos trabalhadores, desde a reforma trabalhista de 2017, vem sofrendo seguidos golpes de forças políticas conservadoras, que sistematicamente buscam seu enfraquecimento”, disse o secretário de Assuntos Jurídicos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Lourival Rodrigues da Silva. “O custeio do sindicato e a negociação coletiva são questões de grande importância, pois representam melhores salários e condições de trabalho para todos”, completou o secretário.

Entre as principais questões que serão tratadas estão formas de revitalização da organização sindical para ampliar sua capacidade de negociação, políticas de financiamento de sua estrutura, perspectivas de adaptação da reforma trabalhista de 2017 (tendo como referência o caso da Espanha) e avaliação de experiências internacionais de negociação coletiva que podem contribuir com o caso brasileiro.

Serão responsáveis pelas palestras, entre outros, o ministro do Tribunal Superior do Trabalho Maurício Godinho Delgado, o subprocurador-geral do Trabalho e professor da Universidade Federal do Ceará Francisco Gérson Marques de Lima (coordenador), a vice-procuradora-geral do Trabalho Maria Aparecida Gugel e o advogado Mauro Menezes, que desenvolveu pesquisa sobre o tema na Espanha. Pela Contraf-CUT, participarão o secretário Lourival e o assessor jurídico Jefferson Martins de Oliveira.

O seminário “Pela Reconstrução Sindical” está sendo organizado pela Excola, uma organização formada em 2016 com o propósito de desenvolver estudos, cursos e eventos nas áreas de Direito do Trabalho e Direito Sindical. A síntese das propostas formuladas no evento será encaminhada à equipe do governo eleito, que toma posse em janeiro, e disponibilizada online a órgãos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público e a organismos públicos e privados, além de permitir livre acesso ao público em geral.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho (GT) Saúde Caixa, composto por representantes do banco e dos empregados e empregadas da Caixa Econômica Federal, se reuniu na quarta-feira (23) para debater sobre questões específicas do plano de saúde. Durante a campanha salarial, a Comissão Executiva de Empregados (CEE) da Caixa) já havia cobrado a descentralização do atendimento e o retorno das estruturas de Gestão de Pessoas (Gipes) nos estados.

“Vamos insistir sempre na descentralização do atendimento do Saúde Caixa e em ter informações detalhadas sobre as microrregiões. A gente recebe muita demanda e precisa saber o que acontece além dos grandes centros”, destacou coordenador do GT Saúde Caixa, Rafael de Castro, que é diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Segundo informações apresentadas pela Caixa, os maiores impactos financeiros do plano em 2022, em comparação com 2021, são referentes ao atendimento em pronto-socorro, com aumento de mais de 36% e medicamentos quimioterápicos – um crescimento de mais de 28%. Já em referência ao volume de atendimento, os maiores crescimentos foram em pronto-socorro –acima de 62%– e internações –mais de 19% de aumento.

Para a dirigente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, Lilian Minchin, o aumento do número de atendimentos em pronto-socorro reflete a carência de rede credenciada e/ou a demora em se conseguir atendimento na rede. “As pessoas precisam de atendimento e acabam recorrendo ao pronto-socorro porque não encontram especialistas na rede credenciada”, observou.

Para o dirigente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Sérgio Amorim, a demora no agendamento em consultórios é outro motivo. “O que aumenta muito o número de atendimentos em pronto-socorro é a falta de uma rede credenciada para consultas eletivas, além do prazo de agendamento nos consultórios. Há especialistas que demoram 60 dias para atender. Isso leva as pessoas a buscarem o pronto-socorro”, avaliou.

As sessões de psicoterapia também tiveram aumento de quase 21% nos custos. Sobre este recorte, Rafael de Castro solicitou informações mais detalhadas. “São números que atestam a pesquisa da Fenae sobre o adoecimento mental dos empregados por conta de assédio e pressão no local de trabalho”, afirmou o dirigente. “Outro aspecto é que, nesse sentido, o banco delega o tratamento ao próprio empregado, onerando mais o plano, sem eliminar a causa dos transtornos”, observou.

Na próxima reunião, com data a ser definida, o banco deve apresentar o relatório atuarial de 2022 e as projeções atuariais que vão definir as negociações de 2023. O acordo atual tem validade até 31 de agosto do próximo ano.

Fonte: Fenae, com edições da Contraf-CUT.

O Boletim Infogripe divulgado nesta quarta-feira (23) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta aumento da covid-19 entre os casos positivos de Síndrome Respiratória Grave Aguda (SRAG) em todo o país. O levantamento constatou que o crescimento é mais acentuado no Rio de Janeiro, Paraíba e São Paulo.

O estudo analisou o período de 13 a 19 de novembro e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 46 e destaca que cada vez mais estados apontam para o aumento de casos graves de covid-19, que começou a partir do final de outubro e início de novembro. Na tendência de longo prazo (últimas seis semanas), 15 das 27 unidades federativas estão com esse cenário. De acordo com a Fiocruz, a gravidade está maior na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos.

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Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos como resultado positivo para vírus respiratórios foi de 6,2% para influenza A; 0,2% para influenza B; 16,3% vírus sincicial respiratório (VSR); e 61,8% Sars-CoV-2 (covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 2,0% para influenza A; 0,0% para influenza B; 0,7% VSR; e 93,3% Sars-CoV-2.

Medidas de Proteção

O coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, alerta para a necessidade de retorno do uso das máscaras e ciclo vacinal completo para frear o aumento de casos e impedir a forma grave da doença.

“Para diminuir a transmissão do vírus, é extremamente importante que a população retome o uso de máscaras adequadas em situações de maior exposição, como transporte público, locais fechados ou mal ventilados, aglomerações e nas unidades de saúde. Além disso, estar com a vacinação em dia é fundamental para diminuir o risco de agravamento da doença”, destaca Gomes que ainda alerta para o uso de "boas máscaras".

"Importante que a gente retome o uso de boas máscaras, N95, PFF2, na ausência dessas, o uso de uma máscara cirúrgica por baixo de uma máscara de pano também melhora a capacidade de filtragem dessas outras máscaras em situações de maior exposição e risco de transmissão da covid", explica o pesquisador.

Estados e Capitais

Quinze das 27 unidades federativas apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo nos casos de SRAG até a SE 46: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo. Na maioria desses estados, o aumento está presente na população adulta e nas faixas etárias acima de 60 anos.

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Dezessete das 27 capitais apresentam crescimento moderado na tendência de longo prazo até a SE 46: Aracaju (SE), Belém (PA), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Natal (RN), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Teresina (PI).

Fonte: BdF Rio de Janeiro

O Banco do Brasil cobra as mais altas taxas de juros no crédito rotativo do cartão de crédito entre os cinco maiores bancos do sistema financeiro do país. Nesse grupo, o BB também cobra a segunda maior taxa de juros do financiamento imobiliário, as maiores taxas para financiamento de capital de giro para pessoas jurídicas, a terceira maior taxa para operação de crédito consignado do INSS e de crédito pessoal. Esses dados, disponíveis no site do Banco Central, foram divulgados no artigo do coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga, publicado no site do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

“O BB, como banco público, poderia e deveria fornecer crédito mais barato e contribuir para reduzir o spread bancário. Mas atualmente a direção do BB faz o contrário”, pontua Fukunaga, lembrando que nem sempre foi assim. “O BB foi o grande responsável por tornar o Brasil um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Foi pioneiro a levar crédito e serviços bancários a todas as regiões nacionais, inclusive às comunidades periféricas e pequenos centros urbanos, dinamizando a economia local e contribuindo decisivamente para a geração de emprego e renda. O atual governo, no entanto, não tem medido esforços para esvaziar o papel do BB em suas missões de empresa pública e o transforma em um banco privado qualquer”, arremata.

O lucro líquido trimestral ajustado da empresa, anunciado recentemente, mostra um crescimento de 50% em relação ao ano anterior, contribuindo para que o BB continue sendo o banco mais lucrativo do sistema financeiro nacional. “Este resultado fez brilhar os olhos dos investidores privados, que já fazem as contas dos gordos dividendos que receberão em seguida. A metade das ações do BB está nas mãos de investidores privados, nacionais e estrangeiros. O atual governo prefere descapitalizar as empresas públicas e comprometer a sua capacidade de investimentos para descaradamente favorecer o capital financeiro com a distribuição de lucros astronômicos”, alerta Fukunaga, pontuando também que entre os principais fatores que contribuíram para lucro elevado da empresa estão o “crescimento de 11% nas receitas de prestação de serviços e ao incremento de 16,7% na margem financeira bruta”. Ou seja, o BB “aumentou a diferença entre as taxas cobradas dos clientes e a remuneração paga aos investidores”.

O coordenador da CEBB lembra ainda que os bancos brasileiros cobram as taxas de juros mais altas do mundo. “Desta maneira, se apropriam de grande parte do resultado gerado por empresas, empreendedores, agricultores e da população em geral. São alguns dos mais potentes e radicais agentes da concentração de renda nas mãos de poucos, responsáveis pelo aprofundamento da desigualdade social que tanto mal faz à maioria da população brasileira”, observa.

Ele destaca ainda que, a direção do BB, nos últimos anos, que foi “povoada de dirigentes indicados por familiares e amigos do atual Presidente da República derrotado nas eleições de outubro, não tem cumprido as suas funções de banco público”. E que os resultados astronômicos, que faz a empresa desviar do seu papel desenvolvimentista, são conquistados “em benefício do capital especulativo privado, à custa do sacrifício de seus funcionários assediados diariamente para ultrapassar metas abusivas e à custa de sugar recursos da população brasileira a quem deveria servir.”

A perspectiva é que, com a mudança de governo no Planalto, ocorra também uma mudança na gestão do BB, para que volte a se comportar como um banco público e aliado do desenvolvimento nacional. “A maioria do eleitorado brasileiro escolheu um novo governo que esteja voltado para favorecer os interesses da maioria da população, rechaçando este que vem trabalhando em prol de uma pequena minoria de privilegiados”, conclui.

Fonte: Contraf-CUT

Depois da reivindicação da Comissão de Organização dos Empregados (COE), o Bradesco inicia, nesta quarta-feira (23), nova campanha de prevenção contra a covid-19. O aumento nas internações de adultos e crianças e o crescimento de exames positivos para a doença já indicavam mais um recrudescimento da pandemia neste ano. Essa impressão é confirmada pela taxa de transmissão (Rt) do vírus, que disparou em novembro e atingiu os mesmos patamares alcançados entre maio e junho, quando ocorreu a última onda de contágios.

Até o dia 7 de dezembro o banco fará ações explicando a importância dos cuidados e da prevenção. “A pandemia não acabou. Nós temos que nos cuidar. Por isso, cobramos do banco que nos ajude a conscientizar os trabalhadores e os clientes”, afirmou a coordenadora da COE do Bradesco, Magaly Fagundes.

Protocolo de covid

A COE cobrou ainda o reforço dos novos protocolos da covid-19 entre os funcionários, que foram alterados com o avanço das vacinações. “Os cuidados devem ser redobrados, pois as atividades dos bancários são sempre em contato com muitas pessoas”. Magaly orienta, ainda, que “todos sigam os protocolos de saúde, conforme a orientação de especialistas, mesmo sem a obrigação legal que vigorou até alguns meses atrás, pois esse é o único caminho para proteger a si mesmo, a família e a sociedade como um todo”.

Em caso de sintomas, a orientação é procurar atendimento médico e, se testar positivo, entrar em contato com o Lig viva bem. A partir do teste, ficar afastado por sete dias. A agência será higienizada.

Fonte: Contraf-CUT