Maio 20, 2025
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Organizações sociais voltam às ruas e às redes sociais em protestos contra a política monetária praticada pelo Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária (Copom). As manifestações serão concentradas nesta terça-feira (30), primeiro dos dois dias de encontro do Copom para definir a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic).

A expectativa do mercado, o principal orientador da entidade, é que o colegiado irá manter a taxa Selic em 10,5% ao ano, índice que torna o Brasil com uma das maiores taxas de juros reais (taxa Selic descontada a inflação) do mundo, com reflexos negativos para o crescimento do país, porque influencia todas as outras taxas da economia.

“A Selic alta significa carrinho de compras vazio, significa também financiar um carro, mas ter que pagar por dois, dificulta pegar um empréstimo e dar conta de pagar o empréstimo necessário, por exemplo, para expandir um negócio, porque os juros estão muito altos”, explica Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, entidades que participarão dos protestos.

Além de tornar o crédito mais caro, com impactos em toda a cadeia produtiva, no consumo e na criação de empregos, por ser o principal índice usado nas negociações dos títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional, a Selic também impacta nos gastos do governo federal.  “O governo brasileiro acaba gastando muito mais com o pagamento dos juros dos títulos, recurso que poderia ser direcionado para importantes áreas, como saúde e educação”, completa o secretário de Assuntos Econômicos da Contraf-CUT, Walcir Previtale.

Instrumento de boicote à economia

Os movimentos sociais também destacam que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi indicado ao cargo em 2019, pelo então presidente Jair Bolsonaro, não tem postura técnica, mas sim política, a exemplo da sua participação em almoço com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“As decisões do colegiado do BC, sob o seu comando, claramente sabotam o crescimento do país e as decisões econômicas do atual governo. De quebra, Campos Neto participa de encontros com políticos da oposição, num claro movimento político-partidário”, alerta Juvandia Moreira.

Paraíso para rentistas

O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Gustavo Cavarzan, explica que a Selic elevada tira dinheiro das famílias e das empresas e leva para os rentistas. Em outras palavras, desestimula o investimento na chamada economia real, que é aquela que impacta na geração de emprego, porque produz riqueza e renda.

“Com a atual taxa de juros no Brasil (em 10,5%), é possível duplicar, em apenas 6 anos, o valor de um patrimônio aplicado em títulos públicos, sem a realização de nenhum tipo de investimentos produtivos, como, por exemplo, o Tesouro Prefixado 2031, com juros anuais em 12,29%”, destaca o economista. “A título de comparação, com os juros pagos por títulos públicos de prazo similar nos Estados Unidos, levaria cerca de 17 anos, ou quase 3 vezes mais tempo, para duplicar o valor dos recursos aplicados. Isso representa um enorme desincentivo ao investimento produtivo gerador de emprego e renda no Brasil”, completa.

Ainda segundo levantamento do Dieese, a cada 1% de aumento na taxa básica de juros brasileira, quase R$ 40 bilhões são transferidos, por ano, para a especulação financeira.

Inflação não se combate exclusivamente com Selic

No último encontro para definir a Selic, em junho, ao manter o índice em 10,5%, o Copom rompeu com o ciclo de cortes que vinha ocorrendo desde agosto de 2023, quando a taxa básica ficou em 13,75% durante um ano. Ciclo de cortes estes que só foi implementado após intensa pressão de movimentos sociais e críticas do setor produtivo e do presidente Lula.

Agora, a indicação que vem sendo feita pela entidade monetária é a de que manterá a Selic em 10,5% até o final de 2024, usando como argumento a piora nas expectativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal medidor da inflação no país.

Acontece que o IPCA segue dentro do teto estabelecido para o ano, de 4,5%, como apontam os relatórios divulgados periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mais recente, publicado no dia 10 de julho, o IPCA acumulava alta de 4,23%, nos últimos 12 meses. Para 2025, a meta da inflação que o Copom persegue é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5% para mais ou para menos.

Cavarzan ressalta que a inflação não se combate exclusivamente com a Selic. O economista lembra que as causas que levaram à inflação registrada no país entre 2021 e 2023, quando o Copom subiu a Selic de 2,75% para 13,75%, foram múltiplas, e não por conta do mercado interno aquecido.

“Naquele período, gasolina e etanol subiram consideravelmente por causa da política de paridade internacional de preços da Petrobras, que fazia os preços internos acompanharem as movimentações do mercado internacional. Essa política terminou no governo Lula. O segundo fator que impactou na inflação foi a energia elétrica, que chegou a ter elevação de mais de 21%, mas que não se trata de um preço que responde a mudanças na dinâmica de oferta e demanda na economia, mas sim um preço administrado, reajustado por contrato e conforme as condições climáticas”, destaca.

O terceiro fator, apontado pelo economista, para a inflação que o país enfrentou entre 2021 e 2023, foi a alta nos alimentos e que também ocorreu por fatores externos, em função da pandemia e do conflito entre Rússia e Ucrânia. “No caso do aumento de preços dos alimentos, uma política de estoques reguladores de preços seria uma das vias de resolução. Então veja, em todos os casos citados, a maneira de combater a inflação de forma eficiente seria por outras formas, que não a Selic e que traz fortes efeitos colaterais para o desenvolvimento do país”, conclui o economista.

Fonte: Contraf-CUT

O Grupo de Trabalho composto entre representantes das empregadas e empregados e da Caixa Econômica Federal para discutir questões relacionadas à saúde dos trabalhadores se reúne nesta quarta-feira (31). Em pauta, questões relacionadas ao Saúde Caixa.

A exclusão do teto para o custeio pelo banco com a saúde dos empregados, estabelecido no estatuto do banco em 6,5% da folha de pagamentos, será um dos principais pontos a serem debatidos. “Mas também queremos discutir sobre custos que deveriam ser de responsabilidade do banco que são repassados para o Saúde Caixa e, consequentemente, acabam onerando os trabalhadores”, informou o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro.

Os trabalhadores também vão cobrar agilidade na volta do funcionamento dos comitês de credenciamento e descredenciamento. “Na última reunião de negociação para a renovação do nosso Acordo Coletivo de Trabalho, a Caixa anunciou a data e os nomes dos responsáveis pelas Gipes (Gerências Regionais de Pessoas) e deixou implícito que as Gipes tratariam dos credenciamentos e descredenciamentos. Vamos cobrar agilidade na criação dos comitês, para tratar disso, para solucionar os problemas de falta de hospitais, clínicas e profissionais credenciados em algumas localidades do país”, disse o representante da Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Estado do Rio de Janeiro (Federa-RJ) no GT de Saúde da Caixa, Serginho Amorim, acrescentando que também é preciso melhorar a relação do plano de saúde com os credenciados, na questão de agilidade de pagamentos pelos serviços realizados e na burocracia para credenciamento.

A reunião será realizada por uma plataforma de videoconferência.

Fonte: Contraf-CUT

A Faculdade 28 de Agosto abriu inscrições para a nova turma do curso "Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas", com aulas online e ao vivo, voltadas para futuros pais bancários e bancárias grávidas com seus respectivos companheiros. O valor do investimento para o público em geral é de R$ 250, mas todos os bancários filiados aos sindicatos da base da Contraf-CUT têm desconto e pagam apenas R$ 150.

Detalhes do curso

O curso terá 8 horas de aula, distribuídas em 4 noites (segunda a quinta), das 19h30 às 21h30. 

Turmas disponíveis

Agosto (12 a 15): Inscrições até dia 09 de agosto.
Outubro (07 a 10): Inscrições até dia 04 de outubro.

Bancárias gestantes e seus companheiros são muito bem-vindos

O curso de Paternidade Responsável é pré-requisito para solicitar ao banco a licença paternidade ampliada de 20 dias, mais uma conquista dos bancários junto ao Sindicato. Porém, o curso é voltado não somente para os futuros pais bancários, mas também para suas companheiras gestantes. 

Convite especial

Considerando que o curso é totalmente inovador, com profissionais de diferentes especialidades, o Sindicato e a Faculdade 28 de Agosto convidam as bancárias, financiárias e demais mulheres que atuam no sistema financeiro que estão gestantes a participarem com seus companheiros. Se você está grávida e quer fazer o curso, pode se inscrever também.

Garanta sua vaga e aproveite essa oportunidade para aprender e se preparar melhor para a paternidade e maternidade compartilhada!

Saiba mais

Com aulas online e ao vivo, o grande diferencial do curso “Paternidade Responsável e Relações Compartilhadas” se estabelece na interação entre professor e alunos. E na interação entre os próprios pais e mães, que são a todo momento convidados a refletir sobre suas experiências de vida. As trocas, por meio dos diálogos abertos, se constituem como um momento ímpar na vida das famílias.

A proposta do curso é oferecer aos participantes uma reflexão sobre a paternidade e a maternidade no mundo contemporâneo. São abordados pontos como o momento na vida do pai, os desafios para a família com a chegada do novo integrante, depressão pós-parto e o respeito à condição biológica e psicológica da mulher.

Os alunos também aprendem a trocar fralda, colocar para dormir, manobra de desengasgo, cuidados pós-mamada, entre outros assuntos que auxiliarão a desmistificar o dia a dia com o bebê, além de conceitos pedagógicos novos e antigos, educação para igualdade e a função paterna nesse contexto.

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com a Faculdade 28 de Agosto por meio do WhatsApp.

Fonte: Contraf-CUT

Neste último domingo, 28 de julho, ocorreu a 10° Marcha das Mulheres Negras, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, foi celebrado no último dia 25.

Ocorreram atos em vários lugares do Brasil para denunciar o racismo, a violência e lutar pela reparação e bem viver.

No Rio de Janeiro, o ato aconteceu no posto 3 da praia de Copacabana.

A Coordenadora Geral, Renata Soeiro, representou o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense na manifestação, que convoca todos os setores da sociedade para se engajarem na luta de enfrentamento ao racismo e sexismo.

"É necessário ocupar e frequentar ambientes de reivindicação coletiva contra o racismo e pelo bem viver. E que, também, seja dado o protagonismo para as mulheres negras.”, disse Renata.

25 de julho

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha surgiu de uma articulação formada a partir do primeiro Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas ocorrido em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, para dar visibilidade à luta das mulheres negras na região. Na ocasião, as mulheres denunciaram opressões e debateram soluções na luta contra o racismo e o sexismo.

No Brasil, o 25 de julho é marcado como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais mulheres, símbolo de resistência e importante liderança na luta contra a escravização.

Nesta sexta-feira, 26 de julho, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da CaixaEconômica Federal se reuniu, mais uma vez, com o banco para tratar sobre os diversos problemas do dia a dia que afetam a saúde do trabalhador.

A Diretora de Saúde do Trabalhador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) e integrante a CEE da Caixa, participou da reunião, Lizandre Borges, participou da reunião, ocorrida em São Paulo.

“Não é possível que quase 76% dos casos de afastamentos para tratamento de saúde de empregados da Caixa, devido a questões relacionadas ao trabalho (B91), sejam por causa problemas mentais ou comportamentais”, disse o diretor da Contraf-CUT e coordenador da CEE/Caixa, Rafael de Castro, se referindo aos dados mais recentes do INSS levantados pelo Dieese. “E todos nós aqui, de ambos os lados da mesa, sabemos que esses problemas são causados pelas ferramentas adoecedoras utilizadas pelo banco para fazer a gestão de pessoas e a cobrança abusiva de metas, além de falta de orientação da direção para gerir as equipes de forma humanizada de fato ”, completou.

O levantamento citado, realizado pelo Dieese, aponta que, entre os principais motivos de afastamentos acidentários (B91) das empregadas e empregados da Caixa, 75,4% são devido a tratamentos de doenças mentais e comportamentais; 12,8% a doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo; 3,1% a fraturas; e 0,2% a problemas nervosos.

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Segundo a Caixa, a taxa de absenteísmo no banco é de 3,51%, e todos os empregados que tenham sido cobrados por tratamentos de doenças relacionadas ao trabalho (B91), devem entrar em contato com o banco para serem ressarcidos, pois os custos são de responsabilidade do banco.

Segundo o representante da Federa-RJ, Rogério Campanate, a forma como a Caixa apresentou os números de absenteísmo e de doenças mentais no banco deu a aparência de que o número de afastamentos na Caixa é pequeno. “Embora o número absoluto de que 1 bilhão de pessoas no mundo sofre de depressão/ansiedade chame a atenção, ele representa aproximadamente 12,5% da população mundial. No caso da consulta nacional aos bancários, esse número fica em torno de 40% (mais de três vezes a média mundial), condizente com a pesquisa realizada pelo Dieese no âmbito do estado do Rio de Janeiro”, observou. “E no caso do absenteísmo, a Caixa traz a informação em percentuais, com 0,37% dos empregados, a cada mês, licenciados por acidente de trabalho. Fazendo o exercício inverso e convertendo esse percentual em números absolutos temos, por mês, mais de três centenas de empregados adoecidos pela empresa, fora as subnotificações, e isso é inaceitável! Especialmente quando se tem a informação de que até 85% dos empregados atribuem esse adoecimento às metas e as formas de cobrança para seu atingimento”, completou.

É preciso resolver

“A Caixa precisa olhar para todos os instrumentos de acompanhamento que possui e observá-los enquanto instrumentos adoecedores que são. O TDV (time de vendas), por exemplo, coloca indivíduos para disputar individualmente, o tempo todo para estar no time, mas não são um time, já que não é um trabalho de equipe. E esse instrumento tem sido imprescindível para a avaliação individual e promoções”, disse a representante da Fetec-CUT/SP, Vivian Sá.

Além dos instrumentos adoecedores, o coordenador da CEE/Caixa citou exemplos de práticas adoecedoras: cobrança pelo WhatsApp, Teams, ligações-ponte; e controle de hora em hora no meio e até depois do expediente. “É desvirtuamento completo da relação cliente-empregado, onde o foco é o resultado do banco e não a necessidade do cliente que atendemos”, disse Rafael.

A Caixa se comprometeu a acabar com o feedback de caráter punitivo e utilizar o mecanismo apenas para contribuir com o desenvolvimento das empregadas e empregados.

Os empregados também lembraram que faz dois anos que toda a mídia divulgou as denúncias de assédio moral e sexual envolvendo o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães, e que não houve punição para o principal denunciado. Cobraram solução para o caso para evitar que empregados e empregadas fiquem com receio de denunciar e ainda serem punidos por fazerem a denúncia.

Políticas de prevenção

Os empregados também exigiram a melhoria do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), com mais credenciamento de profissionais e clínicas de saúde para a realização dos exames e também com políticas efetivas de prevenção.

“A Caixa joga nas costas dos empregados a responsabilidade pela sua saúde com programas voltados para prática de esporte, lazer e atividades lúdicas, entretanto, ações práticas para o fim da estrutura adoecedora não foram apresentadas, como o fim de metas abusivas, o fim da gestão por medo e do assédio moral e a garantia da remuneração, com o medo do descomissionamento arbitrário”, observou o representante da Fetec-CN, Antonio Abdan. “Esperamos da empresa o desenvolvimento de um ambiente de trabalho que não adoeça”, completou.

Derruba o teto

A CEE também cobrou o fim do teto de 6,5% da folha de pagamentos para gastos da Caixa com a saúde dos empregados. Lembraram que o teto foi inserido no estatuto do banco por causa de uma leitura equivocada do CPC33, que limita os gastos das empresas de economia aberta com a saúde dos empregados. A representação sindical dos trabalhadores observou que, como a Caixa não possui ações na Bolsa de Valores, não teria a obrigação de se enquadrar ao CPC33.

“Foi uma conquista a manutenção do modelo 70/30 para o custeio do Saúde Caixa. Mas, por causa do teto de 6,5%, nos últimos anos a Caixa não tem arcado com os 70% dos custos que lhe caberia. Precisamos retirar este teto do estatuto do banco para que ele arque, efetivamente, com os 70% dos custos que cabe”, defendeu o representante da Feeb-BA/SE, Emanoel de Souza.

Além disso, os empregados cobraram que todos os custos que a Caixa joga para o Saúde Caixa, que não seja efetivamente de saúde, como os custos da escola inclusiva, sejam arcados pela Caixa, como os custos da escola inclusiva para os filhos neurodivergentes de empregadas e empregados e aqueles gerados por doenças ocupacionais (B91).

A Caixa se dispôs a realizar uma reunião do GT de Saúde, para tratar de questões específicas que envolvem o Saúde Caixa na terça-feira (30), ainda sem horário definido e, a pedido dos empregados, divulgou a relação de nomes dos responsáveis pelas Gipes, que começam a funcionar a partir de 5 de agosto.

Gipes Belém – Emelyn Azevedo
Gipes BH – Ricardo Lopes Broto
Gipes DF – Diogo Almeida
Gipes Curitiba – Marcia Shizue
Gipes São Paulo – Leandro José Correia
Gipes Salvador – Claudia Mierlo
Gipes Rio de Janeiro – Rodrigo Pereira
Gipes Fortaleza em aberto

Outras reivindicações

Texto descritivo da imagem aqui

A representação dos empregados entregou à Caixa um documento com propostas para o equacionamento do déficit do plano REG/Replan, da Funcef e cobrou a instalação de um grupo tripartite entre a Contraf/CEE, a Caixa e a Funcef para negociar o equacionamento.

Texto descritivo da imagem aqui

A representante da Fetec-CUT/SP, Vivian Sá, entregou um abaixo-assinado contra o fechamento da agência Praça do Forró, na Zona Leste de São Paulo. O encerramento das atividades da agência está previsto em decorrência do processo de digitalização de agências pela Caixa.

*com informações da Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, responsável pelas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), se reuniu com a direção do banco na tarde desta sexta-feira (26), na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo. A pauta da reunião focou nas cláusulas sociais.

Entre as reivindicações apresentadas está a licença não remunerada de um ano para fins de estudos. “Sabemos que altos executivos já desfrutam disso. Queremos que essa possibilidade seja aberta para todos. O banco se diz preocupado com a qualificação profissional dos seus funcionários. Esta é a oportunidade ideal para mostrar isso”, afirmou Wanessa Queiroz, coordenadora da COE.

Direitos da mulher

Duas reivindicações abordam os direitos das mulheres. A primeira é a garantia à empregada vítima de violência, que se afastar por determinação judicial de seu local de trabalho, a manutenção de seu salário e demais benefícios, como se na ativa estivesse. “Sabemos que este tema é muito sensível, por isso temos dado uma atenção muito especial a ele”, salientou Wanessa Queiroz.

A segunda é a garantia de ausências remuneradas, sem qualquer desconto, de três dias úteis consecutivos no mês para a empregada que sofra com dores no período menstrual. “Precisamos tratar as mulheres com respeito a sua fisiologia. O mundo machista não pode tratar as mulheres com a sua própria régua; é necessário um olhar especial para as necessidades de gênero, com o respeito que elas merecem”, explicou Rita Berlofa.

A redução de até 50% da jornada de trabalho, sem desconto de salário, para empregados responsáveis legais por pessoas com deficiência e dependentes de apoio de terceiros também foi reivindicado. “Esta cláusula é voltada para àqueles que dependem de cuidados especiais. Uma jornada integral de trabalho não possibilita dar o atendimento necessário”, completou Wanessa.

Outras reivindicações apresentadas incluem:

Ausências abonadas: Cinco dias úteis de ausências abonadas por ano civil, em datas pré-acordadas com o gestor da área.
Vedação de descontos: Proibição de deduções e descontos diretamente na conta corrente do bancário, de qualquer verba recebida em decorrência do contrato de trabalho.
Compromisso com o meio ambiente: Cancelamento e a suspensão imediata na concessão de crédito e investimentos para imóveis rurais e empresas com irregularidades socioambientais e a não concessão de créditos e promoção de investimentos para empresas e atividades prejudiciais à biodiversidade e ao clima.

Calendário das próximas reuniões

2/8 – Saúde

9/8 – Cláusulas sindicais

Fonte: Contraf-CUT

Um dia para destacar as desigualdades, o sofrimento, a dor. Mas, principalmente, um dia para gritar ao mundo a força das mulheres negras, das indígenas, das oriundas de comunidades tradicionais. O 25 de julho marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha. E, no Brasil, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, homenageando uma das principais mulheres, símbolo de resistência e importantíssima liderança na luta contra a escravidão. A data, reconhecida em 2014 por meio da lei 12.987, celebra essas mulheres e busca dar visibilidade às suas lutas.

Relatório elaborado pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR), divulgado em setembro passado, mostra um Brasil de maioria negra: 119,75 milhões de brasileiros e brasileiras ou 56% da população total. As mulheres negras são 60,6 milhões, 28% da população total.

De acordo com a Associação de Mulheres Afro, na América Latina e no Caribe, 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes. A parcela da população mundial que mais sofre com a pobreza, a desigualdade e a violência. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 25 países com os maiores índices de feminicídio do mundo, 14 ficam na América Latina e no Caribe.

“Daí a importância dessa data”, ressalta o secretário de Combate ao Racismo da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Almir Aguiar. “Em 1992, um grupo decidiu que era preciso se organizar para denunciar a exclusão que atinge essa gigantesca parcela da população em todo o mundo. Assim foi realizado o primeiro Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana. De lá para cá, no dia 25 de julho, eventos em diversos países discutem os problemas que atingem essas mulheres e formas de atacar essa desigualdade e injustiça social. Uma ação fundamental da qual a Contraf-CUT se orgulha em fazer parte.”

Ataque racista

Se as mulheres negras são vítimas de ataques e exclusão Brasil afora, a situação não é diferente para umas das mais importantes parlamentares brasileiras, símbolo dessa luta no país. Benedita da Silva, deputada federal (PT-RJ) eleita por cinco mandatos, foi chamada pela deputada Carla Zambeli (PL-SP) de Chica da Silva. A parlamentar de extrema-direita, que já perseguiu desafetos de arma em punho nas ruas de São Paulo, proferiu o ataque durante uma queixa por não ter discursado na Reunião de Mulheres Parlamentares do P20 em Maceió (AL), evento de parlamentares dos países que compõem o G20, grupo atualmente presidido pelo Brasil. Benedita da Silva, coordenadora da Bancada Feminina e da Secretaria da Mulher da Câmara, discursou no encontro realizado no Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial (3 de julho).

Tendo no currículo cargos como o de primeira senadora negra do Brasil (1995-1998), ex-governadora do Rio de Janeiro (2002-2003), ministra da Assistência e Promoção Social (2003-2007), Benedita recebeu amplo apoio da população, de parlamentares e do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Benedita da Silva é exemplo de fé, muito trabalho e amor pelo povo brasileiro.”

Francisca da Silva de Oliveira, a Chica da Silva, foi uma mulher escravizada do século 18 que obteve alforria e rompeu barreiras sociais ao se tornar uma figura proeminente e poderosa em Arraial do Tijuco, atual Diamantina, em Minas Gerais. Sua história inspirou livros, filmes e novelas, uma delas protagonizada pela atriz Zezé Motta.

A declaração de Zambelli, referindo-se a Benedita da Silva com o nome da mulher escravizada que ganhou alforria, foi feita em tom de deboche. “Quem Zambelli pensa que é?”, questiona Almir Aguiar. “Essa declaração parece demonstrar, além do racismo evidente, um tom de desgosto de uma parlamentar que nunca terá no Brasil e entre os brasileiros, trajetória com a força e a importância da de Benê”, ressalta o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) recebe a partir desta sexta-feira (26), às 10h, inscrições para o concurso 2024. O edital foi divulgado na segunda-feira (22). As inscrições podem ser feitas até 19 de agosto, às 23h59, no site da Fundação Cesgranrio.

Após 12 anos sem concursos, o banco público fará provas em 13 de outubro para o preenchimento de cargos de nível superior, com a oferta inicial de 150 vagas e outras 750 para formação de cadastro de reserva.

“Mais contratações: essa é uma demanda de muitos anos do movimento sindical bancário”, ressalta o vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Vinicius Assumpção. “Esses novos cargos devem representar um importante desafogo para o funcionalismo já tão sobrecarregado.”

O dirigente espera que o novo concurso seja um indicativo de mudança de postura na direção do banco, no sentido de valorização dos trabalhadores. Vinicius lembra que durante todo o governo anterior os empregados do BNDES sofreram, inclusive com ataques aos seus direitos. “Mas mantivemos uma resistência firme, organizada, e conseguimos garantir todos os direitos aos funcionários, mesmo naquele período sombrio”, lembra.

Desenvolvimento e diversidade

Pela primeira vez, um concurso do BNDES será realizado em todas as capitais do país e com cotas de 30% para pessoas negras. Além da elevação da cota para pessoas com deficiência de 5% para 15%. Atualmente, a instituição conta com um percentual aproximado de 14,6% de pessoas negras entre seus cerca de 2,4 mil empregados: 12,9% de pardos e 1,7% de pretos. Na sociedade brasileira, 56,1% são negros e negras (47% de pardos e 9,1% de pretos), conforme dados da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (Pnad Contínua).

Nas redes sociais, a diretora de Recursos Humanos do banco, Helena Tenório destacou a importância do concurso. “Marca a retomada do BNDES como promotor do desenvolvimento do nosso país”, avalia.

Cargos e salário

O processo seletivo oferece o cargo de analista com ênfases em administração, análise de sistemas/cibersegurança, análise de sistemas/desenvolvimento, análise de sistemas/suporte, arquitetura/urbanismo, arquivologia digital, ciências contábeis, ciência de dados, comunicação social, direito, economia, engenharia e psicologia organizacional.

O salário inicial previsto no novo plano de cargos e salários do BNDES é de R$ 20.900, para uma jornada de trabalho de 35 horas semanais.

Além dos direitos previstos em lei, os aprovados terão possibilidade de ascensão de carreira de acordo com o plano de cargos e salários; assistência à saúde; assistência educacional (auxílio-babá, creche e ensinos fundamental e médio); plano de previdência complementar.

Fonte: Contraf-CUT

A saúde e condições de trabalho, com o foco no adoecimento da categoria, por conta da política de gestão por metas dos bancos, foi o tema da nova rodada da mesa de negociações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban), no âmbito da campanha nacional da categoria para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Os trabalhadores registraram a correlação entre a saúde e a pressão exercida sobre a categoria, para que cumpram os resultados das empresas. Apesar de representar 0,8% do emprego formal no Brasil, em 2022, a categoria bancária respondeu por 3,7% dos afastamentos acidentários e 1,5% dos afastamentos previdenciários naquele ano, considerando todas as categorias do país. 

"Os dados mostram que o afastamento bancário é três vezes maior que a média geral. Nossa Consulta Nacional, com cerca de 47 mil, mostra ainda que os bancários e bancárias estão fazendo relação direta entre metas exageradas e problemas de saúde. Estamos falando de preocupação com o trabalho, cansaço e fadiga constantes, dificuldade de dormir, medo de perder a cabeça. Queremos ações concretas dos bancos contra isso", pontuou a coordenadora do Comando Nacional, Juvandia Moreira, que também é presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). 

Levantamento do Dieese, com base em dados do INSS e da RAIS, mostra ainda que a categoria bancária foi responsável por 25% de todos afastamentos acidentários, relacionados à saúde mental, em 2022. 

Depoimento das redes 

Antes de começar a mesa, a Contraf-CUT abriu uma caixa de perguntas, no Instagram, pedindo depoimentos de bancários e bancárias de como suas vidas são afetadas pela gestão dos bancos, baseada em metas exageradas. Em menos de 14 horas, quase 100 pessoas desabafaram. Algumas das respostas a seguir: 

"Afeta ao ponto de tomar medicação para ir trabalhar e para conseguir dormir"
"Estou afastado com síndrome de burnout. Não posso ouvir a voz do meu gerente"
"O meu trabalho é cronometrado. Além de ser cobrado por metas, sou por tempo. É angustiante!"
"Tô achando lindo este semestre, maioria das agências não está nem perto de entregar, tiro no pé".
"Ansiedade. Vc acha que está dando conta, atualiza o sistema e tem mais do que sua jornada comporta"
“Afeta minha casa, meu relacionamento e minha vida social”
“Celular, teams, reuniões online o tempo todo, telefone, clientes na agência... e muita cobrança” 
“Do jeito certo, ético e legal, ninguém bate todas as metas”
“Cobrança via whatsapp até no final de semana”
“Passei 30 dias afastado devido às cobranças exageradas no mercado saturado” 


Reivindicações 


As reivindicações dos trabalhadores sobre o tema se concentraram em quatro eixos, e que envolvem os artigos que vão de 75 até o 104 da minuta de reivindicações, que a categoria entregou aos bancos no começo da campanha nacional:

- Definição de metas e a política de gestão na aplicação das metas
, para que não sejam conduzidas de forma abusiva e que a elaboração dos programas conte com a participação dos trabalhadores.

Neste ponto, Juvandia lembrou que, na campanha passada, em mesa sobre o tema, consultoria contratada pelos próprios bancos identificou problemas com o prazo de metas.

"Esse problema continua. Cobramos nesta mesa que os prazos sejam razoáveis e respeitados. Notificamos casos em que, apesar de serem estabelecidas metas, por exemplo, semestrais, as mesmas viram mensais ou até quinzenais, sobrecarregando os trabalhadores e essa sobrecarga tem relação direta com a saúde mental", pontuou. “O Santander é um exemplo disso, e quer que o trabalhador atinja a meta do mês até o 15º dia”, completou.

- Combate ao assédio moral. Os trabalhadores registraram que os acontecimentos desse tipo de violência estão atrelados ao primeiro ponto, por conta da pressão de gestores para que as equipes alcancem as metas. O comando registrou também a importância de os bancos cumprirem a cláusula 61, conquista dos trabalhadores na CCT e que prevê o combate ao assédio moral.

"Queremos a melhoria do texto da cláusula 61, para que que haja a participação dos sindicatos na apuração dos casos e a criação de canais específicos que recebam as denúncias de assédio, protegendo e acolhendo a vítima de maneira humanizada, com a apuração adequada de cada caso e com sigilo absoluto dos denunciantes", destacou o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles. 

- Fluxo humanizado para o atendimento de trabalhadores e trabalhadoras que, em decorrência de doenças, precisam acionar o INSS para afastamento.

"A nossa reivindicação é que os trabalhadores não tenham perdas salariais, quando precisarem se afastar pelo INSS. Também que os bancos não dificultem os procedimentos técnicos necessários para esse afastamento e, por fim, que quando esses trabalhadores retornarem às atividades, não sejam discriminados e não sejam perseguidos. Pois é um momento de fragilidade e, não havendo acolhimento adequado, o adoecimento poderá ser aprofundado", resumiu Mauro Salles.

Um exemplo apresentado foi o caso do Itaú, como um banco que está comprando a estabilidade do trabalhador adoecido. Ao invés de acolher e ajudá-lo no processo de recuperação, está oferecendo dinheiro para que o trabalhador deixe a empresa. “É uma maneira de se livrar desse bancário”, completou Salles. 

- Direito à desconexão. Os trabalhadores também reivindicaram o cumprimento de cláusula que assegura o direito não terem que participar de reuniões e de não receberem qualquer tipo de mensagem de trabalho após o horário laboral. “O direito à desconexão também está atrelado à questão de saúde mental”, complementou Juvandia. 

Impactos da gestão sobre saúde mental

A também coordenadora do Comando Nacional e presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e Região (Seeb-SP), Neiva Ribeiro, destacou que avanços na mesa de saúde são urgentes. "O impacto entre saúde e ambiente de trabalho não é uma reivindicação nova e os bancos estão deixando a desejar nesta mesa permanente", reforçou.

Além de dados do INSS e que revelam que a categoria bancária tem índice superior de afastamentos por saúde mental, em comparação a outras categorias, os trabalhadores trouxeram o resultado da Consulta Nacional do Bancários, feita neste ano com cerca de 47 mil respondentes.

Na questão “quais impactos a cobrança excessiva pelo cumprimento de metas causa à sua saúde?”, de múltipla escolha, o resultado foi:

- 67% - preocupação constante com o trabalho
- 60% - cansaço e fadiga constante
- 53% - desmotivação, vontade de não ir trabalhar
- 47% - crise de ansiedade/pânico
- 39% - dificuldade de dormir, mesmo aos finais de semana
- 26% - medo de “estourar”, perder a cabeça
- 24% - crises constantes de dor de cabeça
- 23% - vontade de chorar sem motivo aparente
- 23% - dores de estômago/gastrite nervosa

"Eles não estão falando da vida lá fora, vida social, de casa. Perguntamos sobre o ambiente de trabalho e esse foi o resultado da consulta. Os bancários estão fazendo relação direta entre metas e problemas de saúde", reforçou Juvandia.

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, apresentou ainda dados da “Pesquisa Nacional da Contraf-CUT: modelos de gestão e patologias do trabalho bancário”, feita em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estudos sobre Trabalho, da Universidade de Brasília (UnB), com cerca de 5.800 bancárias e bancários.

Entre os resultados estão:

- 76,5% relataram terem tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho, no último ano.
- 40,2% dos respondentes estavam em acompanhamento psiquiátrico no momento da pesquisa.
- 54,5% indicaram o trabalho como principal motivo para buscar tratamento médico.

A Fenaban negou que os dados são suficientes para comprovar que os casos de adoecimento mental estão ligados à atividade do trabalho bancário, considerando, entre os argumentos, informações da Organização Mundial de Saúde e que uma rápida pesquisa no Google contradiz.  “A Fenaban começou dizendo que tinha preocupação com as pautas apresentadas, mas depois seguiu negando todas as evidências apresentadas na mesa. Isso vai contra a imagem que os bancos querem passar para a sociedade”, acrescentou Neiva.

Matéria da própria OMS diz que "o trabalho amplifica questões sociais que afetam negativamente a saúde mental", completando ainda que "bullying e a violência psicológica (também conhecidos como assédio moral) estão entre as principais queixas de assédio no local de trabalho, impactando negativamente na saúde mental".

Mauro Salles complementou ainda que, quando os representantes dos bancos registraram que não há relação entre trabalho e saúde mental, se esqueceram que a síndrome de burnout está incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID), da OMS, e também está descrita pelo Ministério da Saúde (MS) "como um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade".

“Inúmeras pesquisas mostram essa correlação entre trabalho e saúde mental. Além disso, decisões judiciais, movidas pelo Ministério Público do Trabalho ou pelos próprios bancários, têm condenado os bancos por assédio moral e pressão por resultados. Também auditorias fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, em inspeções nos locais de trabalho, constatam essa relação”, concluiu Salles.

“A própria Fenaban trouxe informações que houve um total de 1.608 denúncias de assédio, recebidas pelos canais dos bancos. E constatou que houve um aumento”, completou Juvandia.

Outras devolutivas da Fenaban nesta mesa 

Após uma pausa, solicitada pelos próprios bancos, esses retornaram com a afirmação de que irão trazer, em próximas reuniões, propostas de avanços sobre os temas cobrados. 

Fonte: Contraf-CUT

A taxa de afastamentos para tratamento de saúde em decorrência de acidentes de trabalho, ou doenças profissionais das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal (6,2) é mais de três vezes maior do que a taxa geral do mercado de trabalho (2,0), segundo dados do INSS.

“Isso quer dizer que a cada mil empregados, 6,2 se afastaram por causa de acidente de trabalho, ou por doença profissional. Este número é muito alto e indica que há alguma coisa na Caixa que afeta demasiadamente o cotidiano de trabalho, a ponto de adoecer as empregadas e empregados do banco muito mais do que a média geral dos trabalhadores”, explicou o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “E temos que resolver esse problema, pois não podemos permitir que o trabalho leve os trabalhadores ao adoecimento”, completou.

“Queremos que o PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) deixe de ser apenas um exame no qual a saúde da empregada e do empregado é avaliada e, como definido na norma regulamentadora número 7 (NR7), seja uma ferramenta para preservar a saúde, com avaliação do ambiente de trabalho e dos riscos que este têm para a saúde dos trabalhadores”, disse a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil. “Se a média de adoecimento profissional na Caixa é mais elevada do que a média geral, este é um sinal de que há algum problema que causa o adoecimento dos colegas”, completou.

Este é apenas um dos temas que serão tratados na reunião entre a CEE e a Caixa para negociar a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) das empregadas e empregados do banco, que acontecerá nesta sexta-feira (25). Mas a cereja do bolo deve ser o plano de saúde do pessoal do banco, o Saúde Caixa, devido aos inúmeros problemas que o envolvem, desde o atendimento precário devido à falta de médicos na rede credenciada em localidades mais afastadas dos grandes centros do país, à manutenção do custeio do plano.

Acompanhe as informações sobre as negociações com a Caixa nos sites e redes sociais da Contraf-CUT e das federações e sindicatos associados.

Composição da CEE

Coordenador: Rafael Castro;
Contraf: Eliana Brasil;
Feeb/BA-SE: Emanoel Souza e Marcelo de Oliveira;
Fetec-CN: Antonio Abdan e Tatiane Oliveira;
Fetrafi-MG: Lívio Santos e Assis e Selim Oliveira;
Fetrafi-NE: Chay Cândida e Odaly Medeiros;
Fetec-PR: Felipe Pacheco e João Paulo Pierozan;
Federa-RJ: Rogério Campanate e Serginho Amorim;
Fetraf-RJ/ES: Lizandre Borges e Marcio Wanderley;
Fetrafi-RS: Sabrina Muniz e Lucas Cunha;
Fetrafi-SC: Edson Heemann e Eduardo Cesar:
Fetec-SP: Vivian Sá e Hugo Saraiva;
Feeb/SP-MS: Tesifon Neto e Carlos Augusto Silva (Pipoca).

Fonte: Contraf-CUT