Maio 21, 2025
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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, por intermédio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), orienta os empregados da Caixa Econômica Federal a não assinalar a informação de que “NÃO” é grupo de risco na autodeclaração de Saúde – Covid-19. No novo protocolo anunciado pela Caixa, na segunda-feira (18), foi inserida essa opção.

“É complicado induzir o empregado a preencher uma autodeclaração informando que não é de risco, pois joga uma responsabilidade para o trabalhador absurda. Isso porque a pessoa pode ter adquirido/desenvolvido algo e não saber. Assim, como ele vai afirmar que não tem problema?”, reforça Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco.

Fonte: Contraf-CUT

O mundo já tem 5 milhões de casos confirmados de pessoas infectadas novo coronavírus. De acordo com monitoramento feito pela Universidade Johns Hopkins, instituição privada norte-americana, o contágio de covid-19 na América Latina já é maior do que nos Estados Unidos e Europa. Em função da pandemia, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) já prevê um retrocesso sem precedentes no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do planeta.

O total de mortos já estaria em 328.172, correspondendo a uma taxa média de letalidade de 6,5%. O número de pessoas que se recuperaram da doença é de 1,8 milhão. Os dados divulgados pela universidade são baseados em informações colhidas nos órgãos oficiais dos países.

O Brasil deve se aproximar hoje dos 300 mil casos de contágio pelo novo coronavírus, ficando atrás apenas de Estados Unidos (1,6 milhão) e Rússia (309 mil). Próximo dos 20 mil óbitos, atrás de Estados Unidos, Reino Unido, Itália, França e Espanha – os três últimos já com contenção da curva de mortes diárias.

Enquanto na maioria dos estados as autoridades ainda encontram dificuldades para impor um isolamento social monitorado – único meio eficaz de conter a expansão do contágio –, o governo federal segue na contramão. Aposta no contágio como forma de criar “proteção”, adota medidas tímidas para assegurar recursos e renda e insiste no uso de cloroquina com meio de tratamento. Mesmo com todos os alertadas científicos de que o medicamento não tem eficácia comprovada e ainda pode ter efeitos colaterais danosos.

Degradação

O Pnud divulgou ontem (20) projeção de que a pandemia do novo coronavírus – depois de atingir os 5 milhões de casos confirmados – causará um retrocesso global nos níveis de saúde, educação e condições de vida. O recuo universal do IDH em decorrência da covid-19 seria o primeiro em 30 anos, desde que o indicador foi criado, em 1990.

“O mundo passou por muitas crises nos últimos 30 anos, incluindo a crise financeira global de 2007 a 2009. Cada uma delas afetou fortemente o desenvolvimento humano, mas, em geral, os ganhos de desenvolvimento foram acumulados globalmente ano a ano. A covid-19, com seu triplo impacto em saúde, educação e renda, pode mudar essa tendência”, declarou o administrador do Pnud, Achim Steiner, ao comentar as conclusões do estudo. De acordo com a análise, a renda per capita global deve cair 4% em 2020, com elevação dos índices de desemprego e endividamento dos governos. 

Na saúde, o colapso dos sistemas de atendimento em todo o planeta deve ir além de não conseguir dar conta dos infectados pela covid-19. Isso porque pode inviabilizar o também atendimento de outras doenças. E assim eleva os riscos de mortes para outros segmentos da sociedade, mesmo que excluído dos grupos de risco do novo coronavírus.

Em relatório divulgado na última semana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estimou que 6 mil crianças podem morrer diariamente de causas evitáveis, nos próximos seis meses, em razão do enfraquecimento dos sistemas de saúde pelo mundo causado pelo coronavírus. Segundo o Pnud, a deterioração do IDH será maior nos países pobres e em desenvolvimento.

Fonte: Rede Brasil Atual

Para a médica do Trabalho Maria Maeno, diretora da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), “não há dúvidas” de que a covid-19 pode ser considerada doença ocupacional, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF) no mês passado. No entanto, o teletrabalho – o chamado home office – decorrente da pandemia pode acarretar outros males físicos e psíquicos, mais difíceis de caracterizar como doença ocupacional.

Doenças como lesões na coluna ou lesão por esforço repetitivo (LER) são decorrentes da falta de condições ergonômicas adequadas para a realização do trabalho em casa. Já a falta de um espaço adequado, somado a jornadas exaustivas, pode causar aumento do estresse, resultando em adoecimento psíquico.

Em entrevista a Glauco Faria e Marilu Cabañas, para o Jornal Brasil Atual, nesta quinta-feira (21), a médica aponta uma armadilha inserida na “reforma” trabalhista do governo Temer, que obriga o trabalhador a assinar termo pelo qual se compromete a seguir as normas da empresa durante o home office. “Estão, na verdade, isentando as empresas por qualquer adoecimento. A empresa pode argumentar que se você adoeceu é porque não seguiu os procedimentos determinados”, afirma.

Maria Maeno também refutou o argumento utilizado por empregadores que se utilizam de trecho da Lei 8.213 para alegar que doenças endêmicas não podem ser caracterizadas como ocupacionais. A médica explica que as endemias são doenças infecciosas que ocorrem habitualmente em uma determinada região. Não é o caso do novo coronavírus. “Pode até se tornar endêmica, mas, nesse momento, é uma epidemia. Portanto, essa lei não se aplica à covid-19.”

Nas empresas, é função do empregador garantir o acesso a equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras, para evitar a disseminação da doença entre colegas e clientes. Em teoria, o trabalhador de serviço não essencial poderia até mesmo se recusar a sair para trabalhar, dado o risco de contágio. Mas o medo do desemprego impede esse tipo de ação.

Fonte: Rede Brasil Atual

A Medida Provisória (MP) 936, que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, deve ser apreciada pelo Congresso Nacional na próxima semana. O Dieese defende que os parlamentares aprimorem a proposta, ampliando a recomposição dos salários, hoje limitada ao teto do seguro-desemprego, que é de R$ 1.813,03.

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator da proposta na Câmara, defende a ampliação da recomposição para até três salários mínimos, para trabalhadores que tenham os contratos de trabalho suspensos. O limite também incide na recomposição proporcional para aqueles que sofreram redução das jornadas.

“É uma queda de braços com o ministério da Economia, que vê qualquer iniciativa do tipo como aumento de gastos. A cabeça fiscalista do Paulo Guedes não mudou muito. Ele Acredita que é melhor dar dinheiro para os bancos do que colocar nas mãos da população”, avalia o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior, em comentário na Rádio Brasil Atual nesta quinta-feira (21).

Outra alteração defendida pelo Dieese é a inclusão dos sindicatos nas negociações para trabalhadores que ganham até três salários mínimos. Para essa faixa salarial, a MP permite “negociação individual” entre patrões e empregados.

Impactos econômicos

“Os acordos individuais têm garantido basicamente os dispositivos da medida provisória, com capacidade de fiscalização e controle muito limitadas. No caso da participação dos sindicatos, uma das coisas que têm sido alcançadas é o aumento dessa taxa de reposição”, disse Fausto.

Ele defende também que os parlamentares aprovem a ampliação da duração do programa. A medida, editada em 1º de abril, tem validade de 90 dias. Mas, segundo Fausto, os impactos econômicos da pandemia devem se fazer sentir para além desse período. Sem essa extensão, haverá, já no próximo mês, uma explosão nas demissões.

Para o diretor do Dieese, a redução nas perdas salariais e a ampliação do programa são medidas importantes, não apenas para garantir a renda do trabalhador, mas para evitar alta no desemprego e o agravamento da situação econômica do país.

Fonte: Rede Brasil Atual

O Banco do Brasil adotou a política da Fenaban de não dar folga para os bancários da rede de agências no “feriadão de seis dias” – medida decretada pela prefeitura e pelo governo do estado de São Paulo a fim de tentar barrar a curva de contaminações e mortes por coronavírus. Com esta decisão, o banco está colocando em risco a saúde e a vida dos seus trabalhadores em detrimento do lucro.

Diante da decisão, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região solicitou, em reunião com o Comitê de Gestão de Crise do Banco do Brasil em São Paulo, ao menos uma solução paliativa por meio da adoção de um rodízio nas agências, com as equipes divididas e trabalhando em dias alternados.

 

Mas o banco não se manifestou e irá se limitar a pagar uma folga para quem trabalhar seis horas. O Acordo Coletivo de Trabalho dos funcionários do Banco do Brasil garante dois abonos para quem trabalhar acima de seis horas. Contudo, a orientação do banco é trabalhar seis horas.

“Nós não concordamos com isso. Os bancários que estão trabalhando diretamente na linha de frente são verdadeiros heróis e estão estressados e sobrecarregados diante de toda a situação que envolve a pandemia, sem contar os riscos de se contaminarem e contagiarem suas famílias”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, que é secretario de Assuntos Jurídicos do Seeb/SP.

“Mais uma vez o banco é intransigente e não valoriza seus funcionários. A diretoria de pessoas divulgou um comunicado muito vago para os administradores, no qual não assume uma postura de liderança em relação ao funcionalismo, deixando a cargo dos administradores qualquer critério a ser adotado. Infelizmente essa é a atitude que a direção do Banco do Brasil e o governo Bolsonaro estão adotando frente a esta pandemia”, acrescentou o dirigente.

À intransigência e ao desrespeito do Banco do Brasil com os seus funcionários, soma-se a ação desastrosa da prefeitura e do governo estadual em decretar um feriado de seis dias, sem obrigar os bancos a aderir à medida.

“Sabemos que as pessoas devem se manter em casa durante este ‘feriado’, mas também temos de ser realistas e considerarmos que muitos não irão respeitar esta orientação, como de fato não estão respeitando o isolamento social. Os parques, shoppings, restaurantes e comércios estão fechados, assim como muitas praias. Mas os bancos permanecerão abertos, e muitos decidirão resolver assuntos bancários nestes dias, aumentando as aglomerações e os riscos de contágio nas agências”, pontuou o dirigente sindical da Fetec-CUT/SP e membro da CEBB, Getulio Maciel.

“Ou seja, quem acaba sofrendo com a falta de pulso do governo nas três esferas é o bancário da rede de agências. Os governos federal, estadual e municipal deveriam ter mais consideração com os bancários e obrigarem os bancos a fecharem neste momento tão difícil em que, invariavelmente, os trabalhadores de bancos irão correr mais riscos de se contaminarem com o coronavírus”, concluiu Getúlio.

Fonte: Seeb/SP

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realiza, nesta quarta-feira (20), às 13h, mais uma transmissão ao vivo em sua página do Facebook. Desta vez, a live debaterá a situação dos bancários por estado.  Além de uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, que é também presidenta da Contraf-CUT, participarão a presidenta da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) Minas Gerais, Magaly Fagundes, e o presidente da Fetrafi-NE, Carlos Eduardo Bezerra Marques.

Fonte: Contraf-CUT

Segundo o boletim desta segunda-feira (18) do Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais 674 óbitos pela covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, nas últimas 24 horas. Com isso, a pandemia já deixa 16.792 mortos no país. O número de casos confirmados também mostrou crescimento expressivo: 13.140, totalizando 254.220 doentes desde o início do surto, atrás apenas de Estados Unidos e Rússia.

Existe uma ampla subnotificação sobre o número real de contaminados no país, devido à pouca aplicação de testes. Entidades acadêmicas nacionais, como universidades federais, e internacionais, como a universidade norte-americana Johns Hopkins, calculam que os infectados no Brasil devem ser mais de 1 milhão.

Mesmo com a subnotificação, o Brasil já ocupa a sexta posição entre os países com mais mortes pela covid-19. A gravidade da pandemia já ultrapassa grandes centros de contágio, como Itália, França e Turquia.

Epicentro

O epicentro da pandemia no país segue em São Paulo. Com 4.823 mortos, o estado registra 63.066 contaminados. A taxa de mortalidade está em 10,4%, superior aos 6,7% do Brasil, o que pode significar uma subnotificação mais extrema.

O Sudeste é o grande polo do novo coronavírus no Brasil. São 95.938 casos na região, com 7.938 mortos. O Rio de Janeiro é o segundo estado em números absolutos da pandemia: são 22.238 casos confirmados e 2.715 mortos.

Após o Sudeste, vem o Nordeste, com 81.537 doentes confirmados e 4.673 mortos. Na sequência, estão Norte (45.277 casos e 2.987 óbitos), Sul (10.797 doentes e 349 mortos) e Centro-Oeste (7.531 casos e 171 mortos confirmados).

Fonte: Rede Brasil Atual

O Projeto de Lei (PL) 2715/2020, apresentado sexta-feira (15) na Câmara pelo deputado Enio Verri (PT/PR) e pelas deputadas Fernanda Melchionna (Psol/RS), Joênia Wapichana (Rede/RR) e Perpétua Almeida (PCdoB/AC), busca paralisar os processos de desestatização e desinvestimentos realizados pela administração pública federal direta e indireta durante a pandemia causada pelo novo coronavírus.

“O projeto é muito bem vindo. Apesar de o governo não querer mostrar, vazaram declarações que comprovam a intenção de venda do Banco do Brasil”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. “E, ao contrário do palavrão que o ministro (Paulo Guedes) disse, o Banco do Brasil é rentável, contribui com dividendos para o Tesouro Nacional e pode cumprir um papel fundamental para o crescimento econômico do país, principalmente para o fomento ao setor agropecuário”, completou. “Claro, que isso somente é possível com um governo que tenha o interesse de fazer o país crescer”, concluiu.

Segundo o PL, serão suspensos todos os processos de desestatização e desinvestimentos regulados pelas leis 9.491, de 1997, 13.334, de 2016, e pelos decretos 9.188, de 2017, e 9.355, de 2018.

Caso seja aprovado, o PL também atingirá as alienações de ações que repercutem em perda do controle acionário e estejam em curso, bem como impede a administração pública de realizar, por um período de até doze meses após o fim do estado de calamidade pública, os processos instituídos pelo Decreto Legislativo Nº 6, de 2020.

Justificativa

Na justificativa do projeto, os deputados lembram que “a história nos ensina que períodos de crise são um excelente momento para quem compra e um péssimo para quem vende! Não precisamos ir muito longe para entender que, após uma crise desta dimensão os preços dos ativos caem, criando assim, um ambiente de ofertas hostis, ou melhor, uma grande liquidação de empresas de qualidade.”

Os deputados apresentam, ainda, exemplos de países, entre eles a Alemanha, a Espanha e Itália, que estão tomando medidas para proteger investidas do capital estrangeiro sobre empresas dos países citados.

“A resposta dos governos europeus foi rápida e contundente – não se pode vender empresas estratégicas, públicas ou mesmo privadas, quando seu valor de face é muito menor que seu valor real”, diz o Projeto de Lei.

“Infelizmente, nosso governo caminha na direção oposta e põe em risco nossa soberania, ao querer colocar à venda empresas estratégicas. O patrimônio nacional corre o risco de ser vendido ao preço de bananas. Não podemos permitir que isso aconteça e, por isso, vamos lutar pela aprovação deste projeto”, disse Juvandia, ao lembrar que o governo está vendendo as subsidiárias mais rentáveis do Banco do Brasil e de Caixa Econômica Federal, assim como da Petrobras, do Correios, da Eletrobras e de uma vasta lista de empresas públicas. “Vamos nos organizar para que este projeto seja aprovado e a gente não veja nosso patrimônio sendo dilapidado”, afirmou a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, por intermédio da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), cobra que a Caixa reveja as medidas no novo protocolo de atuação de gestores e empregados, anunciado nesta segunda-feira (18). De acordo com as entidades, as mudanças podem transformar as agências da Caixa num centro de propagação do novo coronavírus (Covid-19).

O banco abrandou as medidas que já estavam em protocolo, como a retirada da quarentena de até 14 dias no caso de sintoma em unidade. O texto diz que a confirmação da doença para fins de cumprimento de protocolo a partir de agora só com apresentação do exame PCR. Antes, não mencionava o tipo de exame.

Para os casos de confirmação ou suspeita da Covid-19, o protocolo alterou de cinco para sete dias corridos o prazo da quarentena para os que tiveram contato próximo com o suspeito ou contaminado e retirou a parte que dizia “podendo se estender para 14 dias (no caso de sintomas em algum outro empregado ou terceirizado), em prol da saúde individual e coletiva”.  “As palavras tiveram contato estão em negrito, reforçando que só serão afastados aqueles que tiveram contato físico direto, desconsiderando que o vírus se aloja nas superfícies e locais. E não resguarda também os demais empregados que poderão continuar trabalhando. É um descaso com os colegas, seus familiares e também com a população, dado o risco de possível contaminação”, afirmou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco.

O novo documento ainda traz observações novas, como o prazo de sete dias ser contado desde a data do afastamento do empregado, só que o PCR só pode ser feito entre o 3° e o 10° dia do início dos sintomas. “Sem falar que os resultados demoram a sair dependendo da cidade ou estado. Será que vão obrigar a pessoa voltar ao trabalho no 8° dia mesmo que o resultado não tenha saído?”, questionou Fabiana.

Outra crítica é para a retirada da expressão que garantia o afastamento para trabalho remoto sem atestado do empregado que apresentasse sintomas. “Entendemos que isso é um retrocesso. O empregado deve usar sim a consulta pela teleorientação, mas já estando afastado pela autodeclaração. Pra que arriscar se a empresa pode prevenir?”, apontou a secretária da Contraf-CUT.

“Com o avanço da pandemia e mudanças no cenário, é óbvio que os protocolos devem ser atualizados, mas com foco em garantir a segurança e saúde dos empregados e não para gerar medo e insegurança, ainda mais para os trabalhadores que estão na linha de frente, no atendimento direto à população. Inclusive esses novos protocolos não combinam com o que Pedro Guimarães, presidente do banco, vem falando na imprensa de preocupação com as pessoas. Reforçamos que a Caixa reveja esses equívocos e atenda nosso pleito de ampliar a proteção aos trabalhadores e consequentemente para a sociedade”, finalizou Fabiana Uehara.

Fonte: Contraf-CUT

Mais uma vez, ficou claro que o Banco do Brasil é vítima dos ataques do governo Bolsonaro. Durante a reunião ministerial, citada pelo ex-ministro Sergio Moro como prova das pressões que sofria para alterar a diretoria da Polícia Federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, teria afirmado que é preciso “vender logo a porra do BB”.

“Não precisava nem ouvir o que foi falado na reunião. Basta ver a tranquilidade que Rubem Novaes tem para tocar o banco como se o Banco do Brasil fosse um banco privado, que em nenhum momento se colocou para contribuir com a solução do problema das filas na Caixa (Econômica Federal)”, observou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “O BB está alheio a tudo isso que está ocorrendo com a Caixa e, mesmo com toda sua importância, se tornou um coadjuvante”, completou.

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, também falou sobre o assunto. “Não é a primeira vez que o Guedes deixa claro sua intenção de privatizar o Banco do Brasil. O banco já tinha sido incluído na lista de empresas a serem privatizadas e depois houve o recuo por causa da repercussão que a declaração teve. Mas, sem falar em privatização, o banco vem sendo vendido aos poucos. Suas partes mais rentáveis já foram vendidas e vai chegar uma hora que vai ficar só o ‘esqueleto’”, disse. “Esta é a hora de a gente usar todas as formas possíveis para denunciar esta manobra e mostrar para a sociedade o que ela pode perder com a venda do banco”, completou.

Além dos ministros, os presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal estavam presentes na reunião e tiveram a oportunidade de ver e ouvir a declaração de Guedes ao vivo.

Falta de transparência

Para Fukunaga, este é um dos motivos que faz com que o governo lute tanto contra a divulgação da íntegra do vídeo da reunião. “Não tem nada de ‘questão de segurança nacional’. O fato é que, se o vídeo na íntegra vier a se tornar público, muitas das tramoias que o governo faz por baixo dos panos podem vir à tona, como a intenção de venda do banco”, disse Fukunaga.

A divulgação, ou não, da reunião tem sido o principal tema discutido na política nacional. A divulgação da íntegra do vídeo depende de determinação judicial.

Fonte: Contraf-CUT