Maio 22, 2025
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Começou nesta quarta-feira (29) e acontece até quinta (30) o 3º Fórum dos sindicatos da Uni Finanças no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O encontro, realizado por videoconferência, vai discutir o impacto da pandemia nas relações de trabalho e qual será a estratégia de ação sindical no pós-pandemia.

“Teremos a oportunidade de aprofundar o debate sobre a digitalização e o futuro do trabalho, o teletrabalho. A partir disso, teremos condições de reforçar nossos entendimentos e nos unirmos cada vez mais para fazer o enfrentamento que a conjuntura irá exigir. Temos de fazer a defesa dos direitos e estudar o trabalho em home office, que veio para ficar. O objetivo maior é sairmos desse fórum mais fortes e em condições de fazer negociações com os banqueiros para defender os trabalhadores e os direitos”, afirmou Juvandia Moreira.

A presidenta da Contraf-CUT ressaltou o momento em que vive o Brasil, com a pandemia contagiando cerca de 2,5 milhões e provocando mais de 88 mil mortes temos. “Temos um presidente que tem adotado uma necropolítica, um genocida que deixou as pessoas morrerem. Bolsonaro privilegiou a economia, mas foi uma economia burra porque a economia não existe sem as pessoas” disse Juvandia.

Trabalhadores essenciais

Na abertura do fórum, a presidenta da Uni Finanças, Rita Berlofa, lembrou que os trabalhadores do setor de finanças estão na linha de frente no enfrentamento da pandemia e que nem sempre são lembrados como trabalhadores essenciais. “Essa crise é mais grave do que a de 1929 e trará um empobrecimento a nível mundial. Reforça cada vez mais o papel dos sindicatos. Começamos com um trabalho fundamental, negociando protocolos que trouxessem medidas protetivas para a vida de todos trabalhadores e clientes. Essa crise, além de tudo, revelou que não existe nenhuma tecnologia de ponta que pudesse substituir o bancário de carne e osso para atender a população”, afirmou a presidenta da Uni Finanças.

Aníbal Borges, presidente do Sindicato dos Bancários de Cabo Verde e coordenador-adjunto da Uni Finanças no âmbito da CPLP, lembrou que o fórum era para ter sido realizado em maio em seu país, mas por causa da pandemia teve de ser feito virtualmente. “Ao longo desse encontro, vamos discutir temas importantíssimos, que podem ser banais para alguns, mas para Cabo Verde e outros países da África são temas importantes, Porque ainda não havia esse impacto na sociedade africana. Esse será o futuro do mundo laboral. Se já tínhamos um horizonte um pouco preocupante, com a pandemia a situação tornou muito mais preocupante”, observou.

Negociações globais

O secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten, também destacou a complexidade do momento atual com a pandemia. “O mundo de hoje não é um mundo fácil para o trabalhador. Temos de lutar por contratos coletivos que darão segurança aos trabalhadores neste novo mundo. Nessas condições que a negociações coletivas têm importância. Devemos encorajar negociações globais com empresas multinacionais para garantir os direitos dos trabalhadores e introduzir o conceito de diálogo social em todos os países. O novo normal não nos derrotou. Estamos fazendo um acumula para uma nova luta.” disse Von der Osten.

Para o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga, a mudança de fronteira pouco altera o cenário financeiro, o que coloca para bancários de todo o mundo as mesmas questões. “Aqui no Brasil, tivemos um enfrentamento muito grave em termos de pandemia. A pandemia acelerou, fez com que nós do movimento sindical pleiteássemos a aceleração desse processo de teletrabalho porque a vida das pessoas estava em primeiro plano. Também fizemos uma conferência, dia 18, um congresso inovador e aprovamos a reivindicação de que seja regulamentado em acordo coletivo esta modalidade de trabalho. Colocamos algo inédito que a a filiação ao sindicato possa se dar de forma eletrônica”, destacou Gustavo Tabatinga

Situação nos países

No primeiro dia do fórum, foram feitos informes sobe a situação do movimento sindical nos países de língua portuguesa, em especial na categoria bancária e sobre a implementação do teletrabalho. Para contribuir para o debate, também fizeram exposições sobre o tema da digitalização e do teletrabalho Vivian Machado e Barbara Valejos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), da Linha Bancários da Contraf-CUT.

Cristina Trony, do Sindicato dos Bancários da Região Sul e Ilhas de Portugal, revelou que em seu país os bancos que pensavam em abrir novas agencias suspenderam as novas contratações e até mesmo pensam em fechar postos de trabalho. “O desafio é que na negociação coletiva vamos implementar o teletrabalho, para não haver mais abusos, esse trabalho que nunca mais acaba fora da hora. Essa questão do teletrabalho tem que estar na mesa de negociações”, disse.

Fonte: Contraf-CUT

O vice-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Paulo Henrique Angelo, tem visitado algumas agências do banco na Baixada Fluminense. Hoje, por exemplo, visitou uma das agências em Duque de Caxias.

Segundo informações, funcionários relatam pouca cordialidade em suas aparições e visitas. Não cumprimenta ninguém, nem dá ´bom dia´. Inclusive, quando alguma instrução é passada, quem faz é seu staff.

isso tem gerado preocupações e incertezas. Medidas como a abertura de agências às 7 da manhã e instruções para que as filas que em outrora eram formadas fora das agências, passariam a ser formadas no interior das agências, expondo clientes e funcionários e indo na contramão das medidas de proteção e de saúde, são alguns dos assuntos ventilados e que surgiram em meio a estas visitas.

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense esclarece que está em contato com funcionárias e funcionários para quaisquer tipo de amparo legal ou suporte. 

 

 

 

 

Será nesta sexta-feira (31) a segunda reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e representantes da Comissão de Negociação da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). O encontro, marcado para às 11h, vai definir o ritmo das negociações da Campanha Nacional da categoria bancária. Por causa da pandemia, a negociação este ano será em reuniões virtuais.

“Vamos propor que a partir de agora as reuniões aconteçam mais vezes durante a semana. Quando as reuniões eram presenciais, tínhamos uma reunião por semana devido o deslocamento dos membros do Comando. Agora, como fazemos reuniões de forma virtual, podemos acelerar esse calendário”, disse a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Setor Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. Outro ponto a ser destacado nas negociações será o da ultratividade.

No primeiro encontro de negociação, o Comando Nacional dos Bancários entregou a minuta com as reivindicações da categoria. Entre as reivindicações apresentadas está a de aumento real de 5%, manutenção dos direitos, dos empregos e da mesa única de negociação, além de questões referentes à saúde dos trabalhadores e também normas para o teletrabalho. As reivindicações tomaram por base a consulta feita pela Contraf-CUT com quase 30 mil bancários.

Na consulta, a prioridade para cláusulas econômicas, 71% dos entrevistados disseram que era o aumento real de salário. Nas cláusulas sociais, 79,7% das respostas apontavam a manutenção dos direitos como prioridade. Outras 69,1% mencionavam a prioridade como a defesa da saúde e melhores condições de trabalho.

Fonte: Contraf-CUT

  • 3º Fórum da Uni Finanças para países de língua portuguesa começa nesta quarta-feira
  • Contraf-CUT será uma das organizadoras do evento
  • Debate será sobre impacto da pandemia nas relações de trabalho
  • Negociação sobre teletrabalho no Brasil será referência

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Será realizado na quarta e na quinta-feira (29 e 30) o 3º Fórum dos sindicatos da Uni Finanças no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O encontro será organizado pela Uni Finanças e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Em função das medidas de isolamento social em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o encontro será realizado por videoconferência.

“Vamos compartilhar informações e debater as relações entre entidades sindicais de mesmo idioma. O eixo do fórum será o debate sobre o impacto da pandemia nas relações de trabalho e qual será a estratégia de ação sindical no pós-pandemia”, explicou Juvandia Moreira, presidenta da Contraf-CUT, que participará dos debates do encontro. O fórum reunirá sindicalistas do Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, e São Tomé e Príncipe.

A realização do fórum estava marcada para meados deste ano. No entanto, o covid-19 causou algumas alterações na organização. “Quando agudizou a pandemia, falamos com os africanos que preferiram deixar o encontro para junho. Mas o mundo assistiu a essa pandemia. Foi então que a Uni Finanças propôs um encontro via Zoom”, explicou  Roberto Von Der Osten, secretário de Relações Internacionais da Contraf-CUT.

Juvandia vai falar sobre a experiência que a Contraf-CUT teve ao negociar com representantes dos bancos brasileiros medidas de proteção dos bancári@s, teletrabalho e outros procedimentos necessários para o isolamento social decorrentes da pandemia. Também participam do 3º Fórum dos sindicatos da Uni Finanças no âmbito da CPLP o secretário de Relações Internacionais, da Contraf, Roberto von der Osten; Vivian Machado e Barbara Valejos, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), da Linha Bancários da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco Santander se reuniu com os representantes do banco na tarde desta terça-feira (28) para tratar sobre banco de horas negativas, aditivo sobre compartilhamento de dados pessoais dos funcionários e mudanças nos procedimentos de testagem para Covid-19.

“Fizemos algumas reivindicações. O banco vai analisar e voltaremos a debater na próxima reunião”, informou a coordenadora da COE, Maria Rosani.

Banco de horas negativas

O banco apresentou na manhã desta mesma terça uma proposta sobre banco de horas. Momentos antes da reunião com o banco a representação dos trabalhadores analisaram a proposta e solicitaram alterações que fossem mais benéficas para os funcionários. O banco ficou de analisar as solicitações e responder na próxima reunião.

Compartilhamento de dados dos funcionários

A COE também questionou sobre uma proposta de aditivo ao contrato de trabalho que o banco está fazendo diretamente aos trabalhadores. Assinado o aditivo os funcionários autorizam o Santander a compartilhar dados pessoais com terceiros.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e os sindicatos orientam os trabalhadores a não assinarem tal aditivo até que as negociações sobre o assunto sejam concluídas. “O banco precisa informar qual a finalidade do compartilhamento das informações pessoais de seus funcionários com terceiros. Da forma como foi feito, o documento contraria o que determina a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGDP)”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos da Contraf-CUT, Mario Raia. O tema também voltará a ser debatido na sexta-feira.

Protocolos da Covid-19

O Santander promoveu uma nova alteração nos protocolos para testagem e retorno ao trabalho de funcionários com suspeita de Covid-19, ou que tiveram contato com eles.

O banco realizou parceria com algumas redes de farmácias e fará o teste rápido (eco teste) nos funcionários com suspeita de infecção pelo novo coronavírus e naqueles tiveram contato com eles. Caso seja confirmada a contaminação pelo novo coronavírus, o funcionário será afastado e todos serão monitorados por 14 dias para verificar se há o surgimento de sintomas de Covid-19. O funcionário que testar positivo fará uma retestagem pelo método de biologia molecular (teste RT-PCR) para confirmar, ou não, o resultado.

Mais do que o tipo de teste realizado, a preocupação da representação dos trabalhadores é com a possibilidade de os trabalhadores que tiverem resultado negativo pela testagem rápida retornar ao trabalho e poder contaminar seus colegas, uma vez que este tipo de teste tem grande probabilidade (cerca de 30%) de dar resultado errado (falso negativo, ou falso positivo).

O banco se comprometeu que, independente do teste, fará o acompanhamento das pessoas por 14 dias para verificar se há o surgimento de sintomas da doença. E pediu para se aguarde um mês para que haja uma possibilidade de analisar os resultados deste novo protocolo de procedimentos. O banco disse manterá canal permanente de debate sobre esse tema e poderá rever os procedimentos caso, em conversações com os trabalhadores, se verifique algum equívoco nos mesmos.

Novos assuntos

Além dos pontos que já estavam na pauta de negociações, o banco disse que quer tratar nas próximas reuniões sobre o teletrabalho e a Participação dos Lucros e Resultados.

Todos os temas voltam a ser debatidos na próxima reunião, agendada para a manhã de sexta-feira (31).

Fonte: Contraf-CUT

A Campanha Nacional dos 2020 promete ser muito dura para a categoria bancária. Os cenários político, econômico, social e sanitário deixam os trabalhadores apreensivos e em busca de informações. Por isso, neste momento, tem crescido as entrevistas das lideranças sindicais. Uma delas, Fabiana Uehara Proscholdt, secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenadora dos Grupos de Trabalho Saúde Caixa e Saúde do Trabalhador, além de ser conselheira eleita no Conselho de Usuários do Saúde Caixa, deu uma entrevista ao site da APCEF/RJ. Veja alguns trechos:

APCEF/ RJ – Fale um pouco sobre a configuração, como funciona e a importância da mesa única de negociação?

Fabiana Proscholdt – Nossa categoria é formada por 463 mil trabalhadores divididos em vários bancos. Quando falamos em mesa única, falamos de acordos e conquistas que valem para todos esses trabalhadores. A nossa força está justamente na união entre todos esses trabalhadores.

Recentemente, aconteceu a 22ª Conferência Nacional dos Bancários, sendo a primeira realizada por videoconferência. Quais as principais reivindicações da minuta aprovada e qual o principal legado deixado pela Conferência?

Fabiana Proscholdt – Além da Conferência Nacional, também tivemos o 36º Conecef, que é o espaço de construção específico das reivindicações dos empregados da Caixa. Ambos foram feitos por videoconferência e, o que fica, é que temos como nos reorganizar e mobilizar. A tecnologia está aí também para nos ajudar. E o tema foi perfeito: “a distância não nos limita”. As principais reivindicações são a manutenção dos direitos, aumento real, PLR e defesa da saúde.

Consta na minuta de reivindicações cláusula para regular o home office. Qual a importância desse item em termos de garantias de direitos dos bancários e bancárias?

Fabiana Proscholdt – Para começar, o home office tem que ser um direito do bancário. Hoje, os custos desse trabalho estão todos para o trabalhador: tem a questão de ergonomia etc. Assim, essa regulação é importante justamente para se ter algum parâmetro, além de resguardar a saúde.

Em termos de conquistas e lutas, o que representa a mesa de negociação permanente com a direção da Caixa?

Fabiana Proscholdt – Em um passado não tão distante, a pauta da Caixa era entregue no estacionamento. Não resolvemos tudo na Campanha Nacional e, graças à mobilização e a construção dos empregados, conquistamos em ACT a mesa permanente, que é um espaço para diálogo e encaminhamento dos problemas e possíveis soluções.

A Contraf-CUT congrega 8 federações e 104 sindicatos. Na atual conjuntura, como é dirigir a área de Cultura de uma entidade que representa quase 500 mil bancários e bancárias?

Fabiana Proscholdt – É uma pasta nova que reflete a configuração da CUT e que, assim, é permeada de desafios. Hoje, o cenário é de resistência e manutenção dos direitos dos trabalhadores bancários. A Cultura é uma vertente importante para atrair e agregar as pessoas para a luta, em especial os mais jovens.

Qual a importância das entidades representativas dos empregados da Caixa – principalmente a Fenae, os sindicatos e as APCEFs – na luta pela manutenção da Caixa 100% pública e na defesa dos direitos dos empregados?

Fabiana Proscholdt – Até 1985, os empregados da Caixa não eram considerados bancários e não tinham, inclusive, direito à sindicalização. Naquele ano, foi feita uma das maiores greves dos empregados na luta pelas 6 horas e pelo direito de se sindicalizar. Antes disso, era através das APCEFs e Fenae que os empregados se organizavam e lutavam. A Fenae e APCEFs tiveram um papel fantástico na vaquinha nacional, que foi feita para sustentar os empregados demitidos em 1991. Os sindicatos, APCEFs e Fenae são fundamentais para a manutenção e luta dos trabalhadores.

Você faz parte do Conselho de Usuários do Saúde Caixa. Como atua esse Conselho e qual sua importância para os empregados?

Fabiana Proscholdt – O Conselho de Usuários é um instrumento central para o acompanhamento da gestão financeira e administrativa do Saúde Caixa, que também tem o papel de tentar resolver problemas enfrentados pelos usuários e de propor melhorias. Hoje, o Conselho possui caráter consultivo.

A pandemia do coronavírus prossegue e nada dos empregados contratados desde 2018 pela Caixa serem incluídos no Saúde Caixa. Em que pé está essa luta e qual a expectativa?

Fabiana Proscholdt – Nossa luta é pelo Saúde Caixa para Todos. Não só para todos os empregados terem o mesmo direito no plano de saúde, mas também pela própria sustentabilidade. A Contraf-CUT já cobrou em diversos ofícios que esses colegas sejam incluídos no plano ou que seja aberto negociação para isso.

Mesmo sendo superavitário, o Saúde Caixa continua sofrendo fortes ataques. Como combater de forma mais efetiva essa tática que, além de prejudicar os empregados, visa desonerar a Caixa para torná-la mais atrativa para privatização?

Fabiana Proscholdt – Temos que combater a Resolução 4.424/15 do Banco Central, para que não haja qualquer instrumento legal a obrigar a Caixa a cumprir normas destinadas a empresas abertas (CPC 33). Além disso, lutar pela retirada do 6,5% da folha de pagamento do estatuto da Caixa.

Como você avalia a atuação e empenho dos empregados da Caixa em meio à crise do coronavírus?

Fabiana Proscholdt – Eu tenho orgulho dos colegas. Estão dando o seu melhor mesmo com todos os riscos. O que é inaceitável é a direção da empresa pressionar como tem pressionado por metas e afins, além de não cuidar como deveria dos colegas. A vida e saúde deles deveriam estar sempre em primeiro lugar.

Fonte: Contraf-CUT

Resumo da matéria

Um artigo do presidente da Central de Cooperativas Unisol Brasil, Leonardo Pinho, publicado no site da Unisol, traz informações gerais que mostram porque o Banco do Brasil é estratégico para o país no momento que vivemos e mostra porque a Unisol Brasil defende a manutenção do Banco do Brasil como instituição pública.

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O texto alerta que, assim como o ministro do meio Ambiente, Ricardo Salles, quer fazer com o meio ambiente, o ministro da Economia, Paulo Guedes, quer “passar a boiada” nas empresas públicas. Segundo o texto o Banco do Brasil é a “joia da coroa” do plano de privatizações de Guedes.

Em meio às consequências de uma grave crise sanitária, social e econômica, os bancos públicos não são ferramentas estratégicas para a indução das políticas públicas e para garantir a ampliação do acesso bancário e ao crédito? O BB está causando prejuízos ao país? A quem interessa privatizar o BB? Estas são algumas das questões que o texto traz à tona e busca responder.

Acesse o site da Unisol e leia o texto na íntegra.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) voltará a realizar sua transmissão ao vivo na noite desta quinta-feira (30), às 20h. Desta vez, o tema será Saúde Caixa.

Para debater um assunto tão importante para os empregados do banco público foi convidado um time de peso, com membros do Conselho de Usuários do Saúde Caixa, do Grupo de Trabalho Saúde Caixa e da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).

O debate vem na hora certa, pois a todo momento a Caixa quer ludibriar os trabalhadores com discursos panfletários. Primeiro com a contratação dos empregados PCD’s que, ao contrário do que divulgam, aconteceu após terem sido obrigados judicialmente, em ação do Ministério Público. Também tentam convencer que as entidades de representação dos empregados são as responsáveis pela não inclusão dos novos contratados no Saúde Caixa, quando, na verdade, a própria empresa colocou limites de gastos no estatuto para dificultar a entrada dos novos empregados no plano.

Mas, por detrás da cortina de fumaça para esconder sua intenção privatista, a verdade está posta: se o custeio 70/30 for mantido (sem teto de contribuição da Caixa) o plano é sustentável e gerou altos superávits durante toda sua existência até o exercício de 2015. Essa é a maior prova de que o pacto geracional, a mensalidade proporcional ao salário e cobrança por grupo familiar, com coparticipação de 20%, limitada ao um valor anual, é um modelo inclusivo e sustentável e, mais do que isso, é o que até hoje garantiu a saúde e manutenção deste que é um dos direitos mais importantes dos trabalhadores da Caixa, o Saúde Caixa.

Os debatedores serão Dionísio Reis, coordenador da CEE/ Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco e coordenadora do GT de Saúde, Zuleida Martins Rosa, coordenadora da bancada dos eleitos e o médico Albucacis de Castro Pereira, gestor na área de Saúde e consultor da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).

Fonte: Contraf-CUT

Resumo da matéria

  • O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, entregou carta de renúncia;
  • Novaes alegou que motivo é a necessidade de o banco se renovar;
  • Coordenador da CEBB, João Fukunaga, diz que Novaes já vai tarde;
  • Mas, para Fukunaga, todos os postulantes são representantes do mercado e tocarão o projeto de privatização do banco;
  • Sob o comando de Novaes, o BB cometeu diversos deslizes.

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O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, entregou sua carta de renúncia ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. O banco divulgou a informação aos investidores no dia 24 de julho em um “fato relevante”. Segundo o comunicado, o que motivou o pedido foi a necessidade de o banco se renovar “para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”.

“Todos sabemos da importância que o Banco do Brasil tem para a sociedade e de sua capacidade para atender as demandas que lhes são colocadas. Mas, Novaes não acreditava neste potencial, ou sabia da capacidade do banco e foi colocado no posto justamente para miná-lo. Seja por um motivo ou por outro, jamais deveria ter assumiu o cargo”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“Mas, sabemos também das intenções do ministro da Economia (Paulo Guedes) de privatizar o banco. Por isso, apesar de Novaes já ter ido tarde, não podemos esperar algo melhor de quem o substituirá. Todos os postulantes ao cargo são representantes do mercado e também defendem a continuidade do desmonte para forçar a privatização do banco”, completou.

Fukunaga lembrou ainda das declarações de Paulo Guedes durante a famosa reunião ministerial, na qual o ministro disse que, apesar de ter um liberal na presidência do banco, não conseguia rumar para a privatização e tampouco fazer o controle das taxas de juros.

Outros deslizes

Sob o comando de Novaes, o Banco do Brasil cometeu vários deslizes. Patrocinou jantar nos Estados Unidos para homenagear o presidente Bolsonaro, mesmo depois de várias empresas terem cancelado o patrocínio; promoveu ascensão meteórica do filho do vice-presidente, Hamilton Mourão; proibiu anúncio do banco voltado ao público jovem, com a suposta alegação de que o filme publicitário utilizava atores homossexuais e usuários de drogas e isso poderia prejudicar a imagem do banco; cancelou o patrocínio a sites que supostamente veiculam notícias falsas após denúncia pelo Sleeping Giants Brasil, voltou a patrocinar o site após intervenção do vereador Carlos Bolsonaro e voltou a ter os anúncios cancelados por determinação do TCU.

Fonte: Contraf-CUT

Estudos sobre teletrabalho e home office apontam ambiguidades. Vantagens e desvantagens são dois lados da mesma moeda. A “nova” modalidade de trabalho deve ser ainda normatizada e dialogar com todas as partes envolvidas, apresentando medidas que protejam os trabalhadores e as próprias empresas. A partir do momento que a covid-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia governos e empresas, de forma abrupta, passaram a adotar o trabalho em home office como medida de prevenção à disseminação do vírus. Milhões de trabalhadores migraram do trabalho presencial – situado nas empresas ou órgãos administrativos do governo – para o trabalho remoto – o teletrabalho, nesse caso situado nas residências dos próprios trabalhadores.
O IBGE divulgou uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Covid-19), em junho de 2020, que apurou a existência de 8,9 milhões de pessoas em home office. O Banco Mundial aponta para uma profunda recessão econômica no cenário pós covid-19, ainda mais impactante do que aquela decorrente da Segunda Guerra Mundial. Na mesma direção segue a análise da OIT. O relatório How Covid-19 is Changing the World: A Statistical Perspective, emitido pelo Comitê Coordenador de Atividades Estatísticas (CCSA), aponta que para enfrentar tal crise de grandes proporções os governos de vários países devem adotar políticas públicas para tentar proteger empresas, empregados e demais populações vulneráveis. No escopo de medidas para enfrentar a pandemia no Brasil, o tema do teletrabalho foi abordado e sua expansão foi autorizada, sem necessidade de haver acordo validado entre as partes.
 
O fenômeno do teletrabalho
 
O teletrabalho é um conceito mais abrangente, que compreende no seu interior a modalidade home office. A pandemia possibilitou o crescimento em progressão geométrica, em um curto espaço de tempo, do home office que já era praticado por diversas empresas, mas restrito a pequenos grupos e determinadas funções. Diversas análises apontam que o home office deverá ser uma tendência que se consolidará e se expandirá mesmo quando atingida a “normalidade econômica”.
As experiências de teletrabalho ou home office existentes antes da pandemia refletiam a busca das empresas em reduzir custos e obter maior produtividade. Paralelo a isso, foram percebidos interesses dos próprios trabalhadores, como é o caso do ganho de tempo e diminuição de estresse com o deslocamento, flexibilidade espacial e temporal com possibilidade de conciliar com mais facilidade (ou não) vida pessoal e trabalho. Outros aspectos sociais, com impacto mais geral, também foram destacados: a diminuição da poluição nas grandes cidades e a perspectiva de aumentar a participação e inclusão de alguns grupos no mercado de trabalho, como os mais velhos, mulheres com crianças pequenas e pessoas com deficiência.
Um estudo da OIT concluído em 2019 apresentou que países mais desenvolvidos economicamente adotavam com maior frequência o teletrabalho. As ocupações vinculadas a profissionais especialistas e de gerenciamento eram as predominantes. Quanto à variável gênero, observou-se maioria de homens, considerando nessa circunstância a utilização de mais espaços além da própria casa para sua realização. Contudo, as mulheres, também presentes nessa modalidade, realizavam menos horas de teletrabalho e eram maioria quando executam tarefas mais regulares ou padronizadas em suas residências. Esse fato aponta a tendência histórica conciliadora do trabalho feminino: que desempenha de maneira sobreposta as tarefas relacionadas ao trabalho remunerado e os cuidados da casa e da família.
 
Ambiguidades do teletrabalho
 
Sobre os impactos do teletrabalho o estudo revela que os trabalhadores, sobretudo aqueles que possuem maior flexibilidade e mobilidade, em que pese terem maior autonomia do manejo de seu tempo e local de trabalho, são expostos a maiores jornadas, utilizando noites e finais de semana para cumprir suas atividades, comparando-os com aqueles que atuam apenas nas dependências do empregador.
As ambiguidades relacionadas ao home office são marcadas pelas vantagens da flexibilidade e manejo das horas despendidas ao trabalho, com a dificuldade de conciliar trabalho remunerado com vida pessoal. Também a percepção dos efeitos relacionados à saúde e bem-estar dos trabalhadores é dúbia. Ressaltou-se como negativo nesse tema os problemas ergonômicos e os riscos psicossociais relacionados à intensidade do trabalho, considerando o volume e ritmo de trabalho, gerando maior estresse e dificuldades no sono. Positivamente, registrou-se que a flexibilidade espacial e temporal, ao permitir a eliminação do tempo de deslocamento e do desgaste a ele relacionado, pode proporcionar mais saúde e qualidade de vida.
Outros efeitos positivos destacados pelo estudo, sobretudo para empresas, apontam os ganhos de produtividade, economia de espaço no escritório e indicam que as condições mais restritas levam a maior foco dos trabalhadores, pois estes não são interrompidos em sua rotina.
 
Potencial do teletrabalho
 
As economias de baixa renda têm uma parcela menor de trabalhos que podem ser realizados remotamente. O Brasil apresenta, conforme estudo desenvolvido pelo Instituo de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o potencial de 20,8 milhões de pessoas que podem atuar nessas condições, correspondendo a 22,7% de trabalhos que podem ser realizados em casa. Enquanto outros países, como Luxemburgo, atingem um potencial de 53,4%.
No estudo estadunidense de Dingel e Neiman, elaborado durante a pandemia, foram observadas diferenças consideráveis a depender do tipo de atividade econômica. Os serviços de hospedagem e alimentação ou ainda aquelas atividades ligadas ao setor primário da economia como agricultura, silvicultura, pesca e caça possuem baixo potencial de realizar trabalhos a partir da casa dos trabalhadores. Em sentido oposto, as atividades educacionais aparecem entre aquelas que têm mais aderência ao teletrabalho na pandemia, em nível muito semelhante aos serviços profissionais, científicos e técnicos. Demais setores ainda mantêm uma margem muito próxima como estão de empresas e empreendimentos, finanças e seguros e os serviços ligados à informação.
 
Pandemia, gestão de crise e pós-pandemia
 
A realização de testes para detectar e rastrear o contágio da covid-19 é uma forma de diminuir a perda de horas trabalhadas e reincorporar as pessoas às atividades econômicas com responsabilidade. Conforme estima o Observatório da OIT, nos países onde foram aplicadas tais medidas houve redução de até 50% do número de horas perdidas.
Ainda, segundo a OIT, os recursos financeiros necessários para realizar os testes para covid-19 e a utilização das informações disponíveis para controlar a crise são muito inferiores se comparados com os custos da repercussão econômica total que a pandemia pode causar.
Soma-se a esta perspectiva a justificativa de que tais medidas levam a criação de novas ocupações, ainda que temporárias, podendo incorporar os jovens, um dos grupos mais atingidos pelo desemprego e pela interrupção das atividades educativas e de formação. Esse imbricado de situações reduzirá o custo da pandemia no plano social.
As perspectivas de ampliação da modalidade home office, nos pós pandemia, fortalecem a necessidade de haver regulamentação negociada visando estimular os efeitos positivos e reduzir os efeitos negativos, sobretudo, a considerar o cenário de crise econômica que o país estará inserido.
As novas formas de trabalho devem ser submetidas ao debate público. Atores sociais importantes como sindicatos, associações de trabalhadores, Ministério Público do Trabalho e especialistas em saúde do trabalho devem ser ouvidos fortalecendo o diálogo social.
 

• Confira artigos da série Desenvolvimento em Foco


Ana Tercia Sanches é doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo e professora e pesquisadora da Faculdade 28 de Agosto. Diretora da Federação dos Bancários (Fetec-SP). É autora do livro Trabalho Bancário: Inovações Tecnológicas, Intensificação de Controles e Gestão por Resultados (Editora Annablume) e Pesquisadora Convidada do Observatório de Conjuntura da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (Conjuscs).

 

Fonte: Rede Brasil Atual