Julho 03, 2025
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A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou em comunicado, nesta sexta-feira (12/10), estar "profundamente preocupada" com o clima de violência nas eleições do Brasil e apelou aos líderes nacionais.

"Pedimos aos líderes políticos e àqueles com influência que condenem publicamente qualquer ato de violência durante este período eleitoral delicado, e chamem todos os lados para que se expressem de forma pacífica e com o total respeito pelos direitos dos demais", disse a porta-voz da ONU Ravina Shamdasani.

Segundo o jornal Estadão, em declaração emitida em Genebra o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos enfatizou que considera "delicada" a situação brasileira, e pede investigações imparciais sobre os crimes registrados.

Depois do ataque a faca contra o candidato do Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro, num ato de campanha em 6 de setembro, foram registrados nos últimos dias diversos casos de agressão por questões políticas, inclusive um homicídio.

Na segunda-feira, o mestre de capoeira Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Moa do Katendê, foi assassinado a facada num bar de Salvador, após se envolver numa discussão na qual defendia o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad. O suspeito foi identificado como adepto de Bolsonaro.

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Questionado acerca do caso, o candidato do PSL respondeu: "A pergunta deveria ser invertida. Quem levou a facada fui eu. Se um homem que tem uma camisa minha comete um excesso, o que isso tem a ver comigo? Eu lamento, e peço às pessoas que não pratiquem isso, mas eu não tenho controle."

Na quarta-feira, num tuíte, ele voltou ao assunto em tom diferente: "Dispensamos voto e qualquer aproximação de quem pratica violência contra eleitores que não votam em mim. A este tipo de gente peço que vote nulo ou na oposição por coerência, e que as autoridades tomem as medidas cabíveis, assim como contra caluniadores que tentam nos prejudicar."

Numa segunda postagem, porém, afirmou haver um "movimento orquestrado forjando agressões" para prejudicar sua campanha, "nos ligando ao nazismo, que, assim como o comunismo, repudiamos".

Bolsonaro venceu o primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras com 46,03% dos votos, seguido por Haddad, com 29,28%. O segundo turno, em que ambos se enfrentarão pela maioria absoluta dos votos, está marcado para 28 de outubro.

A declaração emitida pelas Nações Unidas não cita o nome de nenhum dos dois candidatos. Shamdasani frisou: "Condenamos qualquer ato de violência e pedimos investigações imparciais, efetivas e imediatas sobre tais atos."

"O discurso violento e inflamatório destas eleições, especialmente contra LGBTs, mulheres, afrodescendentes e aqueles com visões políticas diferentes, é profundamente preocupante, especialmente tendo em conta os relatos de violência contra tais pessoas", censurou a porta-voz da ONU.

 

Fonte: Carta Capital

Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, as políticas para dar conta do desemprego, uma realidade para 12,7 milhões de brasileiros, segundo dados do IBGE, passam pela tomada de uma estratégia econômica que tenha como dinâmica a promoção de empregos e a valorização dos salários. "Isso é feito com grande atuação do Estado", ressalta o diretor técnico, em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

"Agora, no segundo turno, a escolha de um candidato a presidente significará a escolha de uma trajetória para a economia brasileira", afirma Clemente, acrescentando ao problema do desemprego a relação com a informalidade, em que se estima que 33 milhões de pessoas estejam em ocupações precárias, sem direitos e proteções sociais. O que, segundo o diretor técnico, pode ser contornado com a retomada de obras públicas, programas sociais e iniciativas de valorização das empresas internas e estatais.

"É o emprego e a ocupação das pessoas que geram a atividade econômica, é o investimento na produção de infraestrutura, na geração de máquinas e tecnologia, que junto com a força do trabalho humano, gera capacidade de produzir na economia e é essa capacidade que, transformada em salários, gera o consumo e a dinâmica produtiva", descreve Clemente.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O WhatsApp permite ao usuário denunciar emissores de notícias falsas e tendenciosas, como forma de conter a disseminação cada vez maior deste tipo de conteúdo por aquela rede social. Neste período eleitoral, as fake news enviadas aos celulares dos eleitores é a principal tática da campanha de Jair Bolsonaro (PSL) para Presidente da República. "Se alguém está constantemente te enviando notícias falsas, denuncie", diz um vídeo tutorial da rede social.

Para fazer a denúncia, o usuário deve selecionar o nome do contato, clicar em "Denunciar" e, em seguida em 'Denunciar contato'. Não é possível denunciar contatos específicos dentro de um grupo, pode-se apenas denunciar todo o conteúdo que circula dentro do grupo de uma só vez.

Segundo o jornal "O Dia" dados do Relatório de Segurança Digital no Brasil, divulgados pela empresa de aplicativos PSafe, indicam que, apenas no primeiro trimestre deste ano foram detectadas cerca de 2,9 milhões de fake news no país, a grande maioria delas compartilhadas pelo WhatsApp, por seguidores do candidato Bolsonaro.

Já no segundo trimestre, o número cresceu 51,7% e alcançou a marca de 4,4 milhões. A região Sudeste foi a mais afetada com a disseminação de informações manipuladas, com cerca de 48% do total nacional.

Mensagens feitas para incitar violência também podem ser denunciadas para autoridades. Da mesma forma, para fazê-lo é necessário clicar em "Opções" na parte superior direita na página da conversa. Em seguida clicar em "Mais" e "Denunciar".

Confira o passo a passo:
Na conversa com a pessoa, clique na parte superior direita e selecione a opção 'Mais'

Em seguida, clique em 'Denunciar'

É possível bloquear o contato antes de denunciá-lo. Caso não queira bloquear e apagar as mensagens com os contatos, desmarque esta opção. Por fim, clique em 'Denunciar'

 

Fonte: Rede Brasil Atual

Encontro foi o primeiro realizado após corpo social rejeitar a proposta de novo Estatuto para a Caixa de Assistência

Estiveram reunidas na sede da ANABB na tarde desta quarta-feira, dia 10 de outubro, as entidades representativas de funcionários da ativa e aposentados do Banco do Brasil que compõem a Comissão Nacional de Negociação sobre a CASSI – ANABB, CONTEC, FAABB, AAFBB e CONTRAF.

O objetivo da reunião foi avaliar o resultado da votação que registrou 91.796 votos NÃO à  proposta de alteração estatutária da Cassi, bem como avaliar e debater os próximos passos a serem adotados para a superação do desequilíbrio financeiro do Plano de Associados da Caixa de Assistência.

Foram debatidos os seguintes temas pelas entidades:
•    o comunicado da Cassi que divulgou risco de insolvência e  atrasos nos pagamentos de prestadores;
•    os procedimentos a serem adotados para reabertura do processo de negociação com o Banco do Brasil, cabendo à diretoria da Cassi o fornecimento de dados para as partes;
•    os próximos passos para a construção de proposta dos funcionários para o equacionamento do fluxo de caixa, a liquidez e a solvência do Plano de Associados.

No debate realizado, foi concluída e definida as seguintes ações:
•    o comunicado da Cassi foi considerado uma iniciativa precipitada da diretoria da Caixa de Assistência, com o risco de prejuízos à reputação da Cassi, ao seu fluxo financeiro e para a relação com os prestadores;
•    foi elaborado ofício conjunto dirigido ao Banco do Brasil, assinado pela Comissão Nacional de Negociação, reivindicando a reabertura imediata das negociações entre a representação dos associados e o patrocinador;
•    foi solicitado às entidades signatárias do Memorando de Entendimentos de 2016 que formalizem uma proposta no menor espaço de tempo possível, a ser avaliada pela Comissão. Posteriormente será convocado um Encontro Nacional dos Funcionários do BB, aberto, para deliberação da respectiva proposta;
•    A convocação do Dia Nacional de Luta em Defesa da Cassi, a ser realizado em 18 de outubro, com cada entidade e sindicatos orientando sobre as atividades a serem realizadas em defesa da Cassi.

Uma próxima reunião da Comissão Nacional de Negociação sobre a Cassi foi agendada para o dia 17 de outubro, novamente na sede da ANABB. Novas informações serão divulgadas pela Associação por meio de seu site e redes sociais, na medida em que forem sendo deliberadas.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionarios do BB, a unidade das entidades da mesa de negociação foi refletida na votação,  uma vez os associados da Cassi rejeitaram a proposta de alteração estatutária, seguindo a orientação das entidades. É necessária a imediata retomada das negociações entre banco e entidades para garantir a sustentabilidade da Cassi aem retirar direitos dos associados.

Fonte: Contraf-CUT

Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) se reuniram na cidade de São Paulo, na segunda-feira (8), com uma delegação de sindicalistas e ativistas americanos no combate ao racismo para uma roda de conversa e troca de experiências sobre a questão racial. A reunião aconteceu a convite da American Federation of Labor and Congress of Industrial Organizations (AFL-CIO) e o Solidarity Center.

Para o secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, Almir Aguiar, o encontro foi importante para comparar os ataques que a população negra está sofrendo tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos da América (EUA). “Depois do golpe em nosso país, o governo Temer tem atacado as políticas afirmativas para a população negra, e houve grande avanço do genocídio da juventude negra no Brasil”, observou o dirigente da Contraf-CUT.

Para a presidenta da A. Philip Randolph Institute (APRI), Clayola Brown, e para o vice presidente da Unity and Strength For Workers, Fred Redmond, há muitas semelhanças entre Brasil e EUA no que se refere ao preconceito e à discriminação racial. Eles afirmaram que alguns projetos, como o sistema público de saúde implementado pelo presidente Barack Obama e na área da educação, importantes para população negra, estão sendo desmontado pelo atual presidente Donald Trump.

A secretária Adjunta da Secretaria de Combate ao Racismo da CUT Nacional, Rosana Fernandes, relatou a discriminação e a violência sofrida pelos trabalhadores negros no Brasil e sugeriu uma integração das lutas pelo combate ao racismo nas américas.

O secretário de Combate ao Racismo da Contraf-CUT, fez um balanço do combate ao racismo no setor bancário. “Além da cor da pele ser um impeditivo na ascensão profissional, a invisibilidade do trabalhador negro no sistema financeiro é fato real”, disse. Dados concretos do II Censo da Diversidade, de 2014, mostram a ausência de negras e negros no setor. “Os representantes dos bancos negam exista discriminação no setor, mas basta observarmos as agências bancárias de Salvador, capital com a maior porcentagem da população negra do país, onde 80% são afrodescendentes. Mesmo nesta cidade, vemos poucos negros trabalhando nos bancos” criticou Almir Aguiar.

APRI
A A. Philip Randolph (APRI) é uma organização nacional de sindicalistas negros, fundada em 1965 por Asa Philip Randolph e Bayard Rustin. Randolph foi o maior líder sindical negro da história americana e o pai do movimento moderno dos direitos civis americano. A missão da APRI é a luta por igualdade racial e pela justiça econômica, com foco nos sindicalistas negros, para unir trabalhadores e a comunidade negra.

 

Fonte: Contraf-CUT

Um dos primeiros desafios para o próximo presidente da República, já nos primeiros meses de 2019, será a escolha pela continuidade ou modificação da atual política de valorização do salário mínimo, garantida por lei até o ano que vem. Além de aumentar o poder de compra da população mais pobre, essa política também foi um dos fatores importantes para combater a má distribuição de renda.

“A gente precisa, urgentemente, retomar o nível de crescimento econômico, garantir na revisão da política de salário mínimo a sua continuidade e, principalmente, revogar a PEC dos gastos sociais”, pondera a economista, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marilane Teixeira, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual. Ela adverte que um governo sem compromisso social poderá corrigir o salário mínimo com base apenas na inflação do período.

Pela Lei 13.152, de 2015, o salário mínimo além de ser reajustado pela inflação do ano anterior, que tem como parâmetro legal o INPC-IBGE, vem acrescido da variação do Produto Interno Bruto (PIB). Para o presidente da CUT em São Paulo, Douglas Izzo, isso garante o fomento da economia. "Eles tentam apontar para corte de direitos dos trabalhadores mas os privilégios que têm, mantêm de forma intocável."

Clique aqui para ler a entrevista completa.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Congresso Nacional terá a maior renovação dos últimos 24 anos, mas isso não é uma boa notícia. A chegada de novos parlamentares à Câmara dos Deputados, 53,4%, decorre principalmente da grande votação recebida por candidatos do PSL, de Jair Bolsonaro, que acabou elegendo 52 deputados. No Senado, a renovação será de 85%: apenas 8 das 54 vagas disputadas serão ocupadas por candidatos que buscavam a reeleição na votação do último domingo (7).

“Foi um resultado que superou nossas expectativas, pois em todos os outros anos, depois de 1994, a mudança dos quadros ficou abaixo dos 50%”, afirmou Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) e analista político.

Apesar disso, o Congresso será o mais conservador de todos os tempos, de acordo com a avaliação do Diap. Além do aumento da bancada do PSL, que passará a ser a segunda maior legenda da Casa, o número de parlamentares novos de outros partidos tem predomínio das chamadas "bancadas BBB": a da bala (dos parlamentares que representam forças policiais e militares), do boi (os que integram o setor ruralista) e da bíblia (evangélicos).

“Há muitos policiais, muitas celebridades e também muitos representantes de setores de setores das igrejas evangélicas. Seguramente será o Congresso mais conservador de todos os tempos”, disse Queiroz. “No Senado, há uma característica muito forte de circulação do poder. São pessoas que já exerceram outros cargos, que eram secretários estaduais, deputados etc. E que agora chegam ao Legislativo”, completou.

Para Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a classe trabalhadora deverá estar atenta e organizada na defesa de seus direitos. “Muitos desses parlamentares foram eleitos por partidos que sempre se posicionaram contrários aos direitos trabalhistas, que votaram a favor da terceirização, da PEC que congelou os investimentos em saúde, educação, que são a favor das privatizações, da entrega do patrimônio público brasileiro aos estrangeiros.

“A eleição desse tipo de parlamentar representa um grave risco à classe trabalhadora”, afirma a dirigente. “No segundo turno, precisamos estar ainda mais atentos. Há dois projetos muito diferentes em disputa e, a depender de quem for eleito, a categoria bancária corre muitos riscos”, ressalta Juvandia, lembrando que Paulo Guedes, economista chefe da campanha de Jair Bolsonaro, já afirmou que privatizará todas as empresas públicas.

“É fundamental pesquisar bem, em fontes seguras de informação. Uma eleição não pode ser definida por fake news, falsas notícias espalhadas por redes sociais. O voto é coisa séria. Nós brasileiros definiremos, nas urnas em 27 de outubro, como serão os próximos quatro anos para o país. Se estaremos mergulhados ainda mais no caos e no atraso impostos por aqueles que apoiaram o golpe contra os trabalhadores, ou retomar o crescimento, a criação de empregos, o desenvolvimento com igualdade de oportunidades para todos e todas. Temos uma nova chance e não podemos errar para não ter que pagar com nossos direitos”, concluiu a presidenta da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Um dos primeiros desafios para o próximo presidente da República, já nos primeiros meses de 2019, será a escolha pela continuidade ou modificação da atual política de valorização do salário mínimo, garantida por lei até o ano que vem. Além de aumentar o poder de compra da população mais pobre, essa política também foi um dos fatores importantes para combater a má distribuição de renda.

“A gente precisa, urgentemente, retomar o nível de crescimento econômico, garantir na revisão da política de salário mínimo a sua continuidade e, principalmente, revogar a PEC dos gastos sociais”, pondera a economista, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marilane Teixeira, em entrevista ao repórter Cosmo Silva, da Rádio Brasil Atual. Ela adverte que um governo sem compromisso social poderá corrigir o salário mínimo com base apenas na inflação do período.

Pela Lei 13.152, de 2015, o salário mínimo além de ser reajustado pela inflação do ano anterior, que tem como parâmetro legal o INPC-IBGE, vem acrescido da variação do Produto Interno Bruto (PIB). Para o presidente da CUT em São Paulo, Douglas Izzo, isso garante o fomento da economia. "Eles tentam apontar para corte de direitos dos trabalhadores mas os privilégios que têm, mantêm de forma intocável."

 

Fonte: Rede Brasil Atual

O Comando de Negociação dos Financiários da Contraf-CUT assinou, nesta terça-feira (9), a nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Aprovado pelos trabalhadores em assembleias realizadas em todo o país na quinta-feira (4), o acordo garante reajuste de 3% sobre os salários, todos os direitos por dois anos e novas conquistas, como o parcelamento do adiantamento de férias.

“O acordo foi extremamente positivo. A conjuntura está muito difícil para os trabalhadores. A maioria das categorias não está conseguindo obter aumento real e outras tantas está perdendo direitos, além da queda de 45% nas Convenções esse ano”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) Juvandia Moreira.

Para 2018, o reajuste corresponde à reposição da inflação 1,76% (INPC entre 1º de junho de 2017 e 31 de maio de 2018), mais 1,22% de aumento real. Para 2019, o acordo prevê a reposição da inflação mais aumento real de 1%.

 

Além de assegurar todas as cláusulas previstas na CCT, os financiários conquistaram o parcelamento de até três vezes do adiantamento de férias, que até então era descontado integralmente no mês posterior ao descanso.

Para Jair Alves, coordenador do Comando de Negociação dos Financiários da Contraf-CUT, as negociações foram de extrema importância e resultaram na assinatura de um bom acordo para os trabalhadores. “Conseguimos manter a nossa CCT com garantia de aumento real por dois anos e todas as conquistas históricas da categoria”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

“Essa foi uma eleição muito difícil, com muitas mentiras e notícias falsas. Especialmente no Whatts App. Muita desinformação. Bolsonaro não teria essa votação se ficasse claro que a democracia está em risco. Que os direitos das pessoas estão em risco. Que as empresas públicas estão em risco”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

Passado o primeiro turno, agora o candidato do PT à presidência, Fernando Haddad, enfrenta o capitão da reserva do Exército Jair Bolsonaro (PSL), que representa a extrema-direita. A campanha de Bolsonaro usou, ao longo do primeiro turno,  como arma, uma avalanche de mentiras para desqualificar os adversários. Agora, no caminho do segundo turno, não deve ser diferente, o que preocupa o candidato derrotado à Câmara dos Deputados pelo PT, economista Márcio Pochmann.

“O método das eleições é do século passado. A candidatura do Bolsonaro prova. A Justiça eleitoral é do século passado. Ela não está apta para monitorar e coibir o que aconteceu de estranho no processo. O uso de internet para passar notícias falsas. Precisamos de uma reflexão profunda de que sociedade é essa. Precisamos rever as instituições que não dão mais conta dessa fase em que estamos”, argumento Pochmann.

Uma das maiores lutas dos democratas neste segundo turno será tentar reverter esse cenário de disseminação de mentiras via redes sociais.

O temor é de ruptura com a democracia, explica o economista. “Há um risco de quebra da democracia com uma vitória da extrema-direita que validaria o golpe de 2016.” Isso, com finalidade de aplicar uma agenda austera e de desconstrução do Estado de bem-estar social. “Sairíamos do neoliberalismo para um hiper neoliberalismo. A destruição do Estado está presente na candidatura do Bolsonaro. Agora, precisamos de uma agenda civilizatória e democrática contra a barbárie que se aproxima.”

Juvandia lembra que Bolsonaro tem forte ligação com o “mercado”, e que muitas vezes sua agenda econômica é eclipsada de seus eleitores, que se apoiam apenas nas mentiras para defender seu candidato. A chapa de Bolsonaro defende, entre outros, a retirada de direitos trabalhistas com a criação de uma nova carteira de trabalho com restrição de direitos, o fim do 13º salário, do abono de férias e impostos mais altos para mais pobres e menores para os mais ricos.

“Bolsonaro é ligado ao mercado financeiro. Caso vença, privatizações, agenda de retirada de direitos. Veja como ele votou como deputado federal. Congelamento de investimentos, reforma trabalhista. Não temos boas expectativas, mas o segundo turno é outra eleição. O momento de hoje é pensar no debate, para que o trabalhador não tenha que escolher entre direitos ou empregos. Trabalhador tem que ter os dois”, ressalta Juvandia.

Bolsonaro, como explica Juvandia, é o maior representante da elite política e, ao contrário do que vocifera, faz parte da máquina, é deputado há mais de 20 anos. “Nossa elite é muito egoísta. Combatem a política distributiva. Tem um alinhamento com interesses internacionais, uma subordinação. Eles estão sempre bem, mas incomoda a eles ver o filho do pobre andando de avião. Para eles, o povo é classe inferior.”

Fonte: Rede Brasil Atual