Agosto 14, 2025
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Carolina Mandl e Vanessa Adachi
Valor Econômico | São Paulo
Seu português é acima da média – para um espanhol. Talvez porque, embora tenha substituído Fabio Barbosa na presidência do Santander Brasil há pouco menos de um ano, Marcial Portela Álvarez é galego, onde o dialeto falado aproxima-se do português, e possui ligações mais antigas com o Brasil. “Estou em contato com o Brasil nos últimos 25 anos. Minha família tem imigração para o Rio de Janeiro e sempre tive o Brasil como uma referência, desde criança”, diz, descontraidamente, sentado em sua sala envidraçada, no 28º andar da sede do Santander em São Paulo.

Mesmo antes de ocupar a cadeira de presidente, Portela já era o responsável, no grupo, por supervisionar a operação brasileira. E suas visitas ao país tornaram-se mais constantes depois que o Santander comprou a operação brasileira do ABN-Amro Real, em 2009. O homem escalado por Emilio Botín, o todo-poderoso presidente do conselho, para colocar no prumo uma das subsidiárias mais promissoras do grupo, quase sempre é direto em suas respostas, mesmo quando o tema evidencia uma fraqueza do banco que preside.

De modo afável e sorridente, em sua primeira entrevista exclusiva, depois de quase 11 meses no cargo, Portela explicou os motivos da troca de comando, admitiu que os ruídos da integração com o Real levou à perda de clientes e disse que ainda levará algum tempo para que o banco “volte para onde deveria ter estado”.

Valor: Por que foi feita a troca de comando do banco um ano atrás, com a saída de Fabio Barbosa da presidência?

Marcial Portela Álvarez : A saída do Fabio foi uma decisão pessoal. Fabio falava que tinha uma agenda que era impossível e que precisava ter mais tempo para atividades de que ele gostava. Falei com o presidente [Emilio] Botín [do conselho] e com Alfredo Sáenz, que é o presidente do grupo e tive a encomenda de achar três candidatos. Cada candidato tinha vantagens e desvantagens. Eu não estava na lista. Um dia em um voo a Brasília para uma entrevista com o presidente Lula, ainda em outubro ou novembro [de 2010], Botín falou: acho que deveria ser você. Pensei que para o banco era a solução mais prática. Minhas filhas ficam na Espanha e minha esposa estava aberta à possibilidade de vir para São Paulo. Então falei que por um tempo razoável eu poderia vir.

Valor: Esses três candidatos eram brasileiros?

Portela : Nenhum era brasileiro. Eram do grupo.

Valor: E quanto é um tempo razoável?

Portela : Emilio Botín tem 77 anos e considera que nós todos somos muito jovens. Mas é o tempo preciso para colocar o banco num patamar adequado. Para fazer uma troca [de comando] razoável.

Valor: E para encontrar uma outra pessoa…

Portela : Claro. Mas um time não é um jogador. Mais importante do que o [Lionel] Messi, é o time do Barcelona.

Valor: E a sua substituição, quando houver, será por alguém espanhol ou daqui?

Portela : Não há restrição. Na Polônia, o presidente é polonês, no Chile, é chileno, no México, é mexicano. O grupo gosta que a pessoa que vai ser presidente em um país importante conheça bem o grupo. Dentro do modelo do Santander, que é de mais interação [entre matriz e subsidiária], se você não conhece bem Madri, é difícil encontrar soluções para problemas.

Valor: Muita gente achava que o sucessor natural de Fabio Barbosa seria José Berenguer, vice-presidente. Ele foi colocado para comandar o varejo, que não conhecia. Dá para pensar que está sendo preparado?

Portela : Diria que não dá para pensar, mas poderia ser. De fora, as interpretações estão longe da realidade. Por que o Berenguer está no varejo? Eu queria fazer um ‘shake up’. Na minha experiência de integração de duas culturas fortes, você tem basicamente duas situações: você entra no banco passa o rolo compressor sobre o comprado, tira toda a equipe. Aqui era mais complexo. Tinha o Santander, que era um banco com qualidades e ativos positivos, e o banco Real, que era um pouco melhor e que tinha ativos que o Santander não queria perder. Fabio foi a pessoa que teve de sofrer, colocar os dois bancos em paralelo e ir integrando. Na administração central, onde está o poder do banco, você sempre tem visões que são muito discrepantes entre um banco e outro. Se não quer matar desde o início porque julga que tem valores que não quer perder, tem que conviver com as visões em conflito. Quando tem isso por três anos, corre o risco de as posições se cristalizarem muito. É muito difícil integrá-las depois. A melhor coisa que você pode fazer é um ‘shake up’ na direção. Berenguer pode ser uma pessoa para a sucessão? Pode ser, tem muitas características. Mas não tem nada a ver [o fato de ele estar à frente do varejo]. Eu gostaria que meu sucessor fosse brasileiro. Seria melhor para o banco. Porque se não é brasileiro e não é uma pessoa como eu, que sou menos espanhol e mais brasileiro…

Matriz x subsidiária

Valor: Qual é a situação do Santander na Espanha? Os bancos europeus estão em uma situação delicada… E o que poderia acontecer em um cenário de mais estresse?

Portela : Primeiro, nós, como subsidiária, temos um modelo de independência total, financeira, enquanto liquidez e capital. Falando recentemente com [Alexandre] Tombini, presidente do Banco Central, ele me falava que está propondo que Basileia assuma o modelo que tem o Santander, com subsidiárias, diferente da pretensão alemã, que é um modelo de agências. Botín sempre quis ter esse modelo de subsidiárias cotadas em bolsa. Temos três princípios básicos para as subsidiárias. Um é o ‘self-funding’. A única coisa que o Santander vinha fazendo no passado [antes de a crise encarecer as linhas para os bancos europeus] é dar linhas, da matriz para a subsidiária. Mas não o contrário. Os outros dois princípios são autonomia financeira e estarmos focados em ativos brasileiros, do país. O nível de funding da casa matriz é de US$ 700 milhões, não é nada, porque temos um balanço de R$ 450 bilhões [em ativos]. No passado, já foi mais elevado. Alguns jornais falam que o Santander Brasil envia liquidez para a Espanha, o que é absurdo. A lei brasileira proíbe, é crime do colarinho branco. O único relacionamento financeiro que temos é quando pagamos o dividendo para a matriz ou para os minoritários. Podemos distribuir até 95% do lucro pela regra brasileira e 50% em IFRS.

Valor: É bastante dividendo, mas o banco aqui não precisa de capital…

Portela : Não. E com isso capitalizamos o banco [matriz] um pouco mais a cada ano.

Valor: Não há envio de liquidez, mas o banco tem feito a venda de ações das subsidiárias que excedem o controle acionário, num esforço para aumentar a capitalização da matriz. Por isso o temor dos investidores é o quanto o Santander pode usar as subsidiárias para se fortalecer sem ser necessariamente o melhor para elas…

Portela : Se o Santander decidisse amanhã colocar 25% a mais do Santander Brasil no mercado, para nós, não muda nada. Teríamos mais investidores, a ação teria mais liquidez. O Santander é o banco da Europa que está melhor capitalizado, junto com o HSBC. Nos testes da EBA (autoridade bancária europeia), é o banco que resiste melhor a uma situação de crises extremas, continuaria a gerar resultados positivos. É [coisa do] Botín também. Ele quer chegar a dezembro com um nível de 9% de capital e 10% em junho. Ele não quer correr perigo de necessidade de ajuda pública.

Valor: E como vai se chegar aos 10%?

Portela : Algumas decisões têm a ver com desinvestimento, como é o caso do Chile. A saída da Colômbia foi instrumental. O posicionamento do Santander é que não posso ter uma fatia de mercado de 10% ou 15%, não quero continuar nesse mercado. Preciso que o país tenha população e quero ter uma fatia que me permita rentabilizar. Eu tirei o banco do Paraguai, primeiro o Santander e depois o ABN. Não é a Holanda, não dá para fazer varejo. Tiramos o banco da Venezuela porque não tem distribuição de renda.

Valor: Tem outros países em que o Santander ainda pode vender?

Portela : No Chile temos um posicionamento muito bom, no México, somos o terceiro banco e no Brasil, estamos com posicionamento muito bom. De onde queríamos sair nos últimos cinco anos, já saímos.

Banco não vende Brasil

Valor: No Brasil, estão com excedente de capital acionário, mas os preços das ações não estão bons.

Portela : Não…

Valor: A matriz poderia vender uma fatia aqui?

Portela : A matriz está vendendo aqui. Tentaremos colocar em 2012, antes da data com a CVM, os 25% de ‘free float’.

Valor: Adicional a isso, tem mais alguma coisa?

Portela : Não, no Brasil não vamos vender mais do que 25%.

Valor: Por causa do preço?

Portela : Não, porque é um ativo estratégico. Representa 25% do lucro do grupo. E tende a ser mais.

Desempenho pior

Valor: O banco está sendo negociado em bolsa aqui abaixo do valor patrimonial. A que o senhor atribui isso?

Portela : Tem várias explicações. A primeira é que a performance do banco foi pior do que era a expectativa comunicada no IPO.

Valor: Mas o problema então é a comunicação que foi feita no IPO?

Portela : Você faz perguntas desconfortáveis. Não gostaria de responder diretamente. O que foi comunicado no IPO não foi cumprido na realidade e o investidor não fica feliz. A liquidez da nossa ação é maior do que deveria ser para o ‘free float’ que temos. Nos momentos de crise, o investidor vai ao ativo mais líquido [para vender e fazer caixa]. Terceiro é que todos os bancos têm sofrido nos últimos meses, estão 20%, 30% abaixo. E somos uma ação mais jovem [na bolsa], não tem histórico.

Valor: E os outros bancos não são europeus, que é o foco da crise…

Portela : Sim… É um conjunto de coisas. Estamos com um trabalho muito sério, preparando um banco comercial bem forte, acho que algum indícios já existem de que o banco inicia uma trilha diferente. Não vou falar para o investidor que tudo vai ser resolvido em um mês. O investidor pode fazer duas coisas: acreditar que isso vai ser feito e continuar ou buscar outro [banco para comprar ações]. Onde há 50 mil pessoas que têm de ser reorientadas para trabalhar no mesmo direcionamento, leva tempo.

Valor: E o que o senhor considera que ainda falta para o banco?

Portela : Tudo o que é importante está sendo feito. Uma boa parte está sendo finalizado até dezembro. Tivemos problemas com a integração tecnológica durante quatro, seis meses. Problemas que não eram do software da integração, que eram mais da gestão da mudança.

Valor: Mas foi só isso? Clientes tentavam entrar no site e não conseguiam…

Portela : O problema não era de software, era mais da mudança [o cliente não estava acostumado com o novo site]. Você colapsava o sistema porque precisava entrar a todo instante. Sobrecarregava tentando entrar dez vezes. Quero esperar quatro, seis meses para ver as pesquisas de satisfação de clientes. Mas ainda vai demorar um pouco mais de tempo. Quanto? Não sei. Seis meses mais…

Valor: Para que?

Portela : Para que o banco volte para onde deveria ter estado. Parte dos problemas desse período foram típicos das integrações, que são de cultura.

Meta
Valor: Mas qual é a meta do banco? Em maio de 2010 Fabio Barbosa dizia em entrevista ao Valor que não seria mais o maior banco porque teria o Itaú Unibanco pela frente. Mas dizia que a meta era até 2013 ser o melhor e também que teria condições de crescer mais do que a concorrência, porque havia capital. E o banco não está crescendo mais do que a concorrência.

Portela : Ainda não tem essa percepção, mas está crescendo um pouco acima.

Valor: É intenção do banco crescer mais do que a concorrência?

Portela : Nosso patamar mínimo é crescer igual aos concorrentes, ao sistema. A aspiração é crescer bem. Crescer em crédito é fácil, rapidinho. Mas crescer bem em crédito demora um pouco mais.

Valor: E chegar onde? Qual é a meta?

Portela : Nosso objetivo primeiro é de satisfação do cliente, de ser o primeiro banco dos clientes. Mas se eu tivesse que colocar isso em termos de participação de mercado, seria nos próximos quatro, cinco anos ter dois pontos percentuais a mais.

Valor: Quanto é hoje?

Portela : Pouco abaixo de 10%.

Valor: Crescer tirando dos concorrentes?

Portela : Um pouco. Mas não precisa tanto. Eles vão crescer muito bem também, não têm problema de capital. Mas uma parte abaixo dos cinco maiores bancos, que têm 70%, 75% do sistema bancário, vai ter muita dificuldade para não perder participação de mercado.

Valor: O banco olha outros ativos no Brasil?

Portela : Sim. Eu queria alguma aquisição no Brasil, mas não tem muita coisa porque em seguros somos um distribuidor, não somos seguradores. Teria ativo para comprar se fôssemos seguradores.

Insatisfação de clientes
Valor: O banco tem registro de queixas dos clientes hoje? Como está isso historicamente?

Portela : Estamos piores do que antes da integração. Em termos do Banco Central ou do Procon, das reclamações que chegam lá, o número é maior. Tem muito a ver com os problemas da integração e também com o que eu falava dos distintos jeitos de trabalhar nos sistemas novos, que são mais rígidos. Nos sistemas antigos, o gerente dava uma solução, podia mexer algo.

Valor: Mas há perda de cliente por causa disso?

Portela : Perdemos clientes durante os meses da integração. Mas conquistamos algumas folhas de pagamento. O saldo líquido é o mesmo do início do ano. Mas isso é normal em integração. Na minha avaliação, nossa integração foi uma maravilha. Já vivi múltiplas integrações e nossos problemas aqui foram bem pequenos. O consumidor no Brasil tem nível de exigência mais elevado do que em outros países, inclusive de bancos maduros da Europa.

Valor: Reconhecida a insatisfação do cliente, tem um plano para reverter?

Portela : Sim. Acredito que em 2012 o banco vai estar em um patamar muito bom. Desde maio tem uma área de qualidade, de serviços, independente e que responde diretamente a mim. É uma voz crítica que utiliza pesquisas para falar.

Valor: Para 2012 a intenção é aumentar a base de clientes?

Portela : Sim, forte.

Valor: Forte quanto?

Portela : Um milhão de clientes, para uma base atual de 9 a 9,5 milhões.

Valor: E na parte de crédito, qual é a pretensão de vocês?

Portela : É crescer bem forte. Deveria ser um ano melhor para nós porque não temos toda a problemática. Agora temos os sistemas, os meios, as pessoas, as áreas de riscos para continuar um crescimento acelerado. Sobre a base do quadro macroeconômico para o Brasil, de crescimento entre 3% e 4% do PIB, também juros mais baixos, imagino que o crédito poderia crescer um pouco acima da expectativa do mercado, que fala em torno de 15%. Eu imagino 18%. Do mercado como um todo.

Valor: E o Santander?

Portela : Deveríamos crescer um pouco mais. Mas não fornecemos “guidance”.

Valor: E em termos de posicionamento do banco? Recentemente o Itaú disse que é um banco urbano, das grandes cidades. O Bradesco disse que é o banco de todas as cidades. E o Santander?

Portela : Somos o banco de todos os brasileiros. Queremos acompanhar o país no crescimento fantástico que tem. A oportunidade que tem o país é incrível. No ano de 2014 vai ter 150 milhões de pessoas na classe média ou mais. Esses 150 milhões vão precisar de muitos serviços financeiros.

Agências

Valor: Havia o plano de abrir 600 agências em quatro anos? Como está?

Portela : Está indo no patamar previsto, mas na parte baixa. São 100 ou 120 por ano. Neste ano, nominalmente serão 170, mas tem parte que era do ano passado. Vamos abrir menos que as 600 nesse período de tempo, mas em cinco anos e meio, a contar do fim de 2009, serão 600.

Crise europeia

Valor: E a Europa, o que o senhor vê como provável desfecho por lá?

Portela: Na Europa, o primeiro problema hoje é de liderança política, nem é econômica. A falta de liderança política foi o que permitiu que a crise fosse aprofundada. A saída da Europa deve vir de um ponto intermediário entre o modelo dos Estados Unidos, de mais liquidez sem preocupar-se hoje com a inflação, e a tese alemã, mais fiscal. Não acredito que o euro vai desaparecer. O mundo precisa de uma moeda forte.

Valor: Nem a saída de algum país do euro?

Portela: Acho que tem baixa probabilidade.

Fonte: Valor Econômico

Projeto de lei aprovado nesta quarta-feira (21) na Comissão de Assuntos Sociais do Senado garante às trabalhadoras com filhos menores de seis anos, empregadas ou avulsas, o direito a receber o salário-família em dobro.Hoje, o valor do salário-família é de R$ 29,43, por filho de até 14 anos para quem ganha até R$ 573,91. Para o trabalhador que recebe de R$ 573,92 até R$ 862,60, o valor do salário-família por filho de até 14 anos é de R$ 20,74.
Quem ganha mais de R$ 862,60 não tem direito ao benefício.

A análise foi em votação definitiva – se não receber recurso em cinco dias para ser analisado em plenário, o projeto segue para a Câmara, sem necessidade de passar pelo plenário do Senado.

Uma emenda apresentada ao texto estabelece que o Executivo estimará a despesa decorrente dessa medida e a incluirá no projeto de lei orçamentária para o ano seguinte ao de sua promulgação. Essa previsão responde a uma determinação da Lei de Responsabilidade Fiscal.

Segundo o autor do projeto, senador Paulo Bauer (PSDB-SC), o salário-família é custeado pela Previdência Social aos trabalhadores com filhos até 14 anos, tanto à mãe como ao pai.

O projeto, diz o senador, se justifica para beneficiar os filhos de mãe solteira, separada ou viúva ficam que sem a parcela relativa ao pai.

Na avaliação do senador, é injusta esta situação, uma vez que as trabalhadoras já recebem salários cerca de 18% menores do que os homens e cumprem jornada de trabalho extra em seus lares em torno de 28 horas semanais.

Fonte: Folha.com

A Caixa Econômica Federal atingiu lucro de R$ 5,2 bilhões em 2011, com crescimento de 37,7% em relação a 2010. No último trimestre, o lucro chegou a R$ 1,6 bilhão, 20% a mais do que no mesmo período do ano anterior. O número total de empregados cresceu de 83.185 para 85.633, um saldo de 2.448 novos postos de trabalho.

 

Em 2011, o saldo da carteira de crédito chegou a R$ 249,5 bilhões, com crescimento de 42%. A carteira imobiliária apresentou saldo de R$ 152,9 bilhões em dezembro de 2011, aumento de 41,1% em relação ao registrado no ano anterior.

 

De acordo com a Caixa, foram liberados R$ 80,1 bilhões para habitação, valor 5,5% superior ao contratado em 2010. Os financiamentos tiveram crescimento de 15,7% e totalizaram R$ 67,8 bilhões, dos quais R$ 36,4 bilhões foram realizados com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE) e R$ 31,3 bilhões com linhas que utilizam o Fundo de Garantida do Tempo de Serviço (FGTS). Além disso, foram destinados R$ 7,5 bilhões para subsídios e R$ 4,9 bilhões a arrendamentos residenciais e repasses.

 

No âmbito do Programa Minha, Casa Minha Vida 2, a Caixa realizou contratos no total de R$ 32,1 bilhões, atendendo a 1,7 milhão de pessoas.

 

As rendas de prestação de serviços encerraram o ano em R$ 12,6 bilhões, crescimento de 20,7% em comparação ao registrado em 2010. Segundo a Caixa, esse aumento foi puxado “pela expansão da base de clientes e das transações bancárias”.

 

O patrimônio líquido consolidado atingiu R$ 19,6 bilhões em dezembro de 2011, evolução de 26,7% em 12 meses. O patrimônio de referência somou R$ 39,5 bilhões, enquanto o Índice de Basileia alcançou 13,35%, superior aos 11% exigidos pelo Banco Central. Esse percentual indica a capacidade do banco de emprestar, levando-se em consideração os recursos próprios e a ponderação de riscos. A exigência é que, para cada R$ 100 emprestados, o banco deve ter, pelo menos, R$ 11 de recursos sem emprestar.

 

De acordo com a Caixa, os ativos administrados atingiram a marca histórica de R$ 1 trilhão, dos quais R$ 510 bilhões são próprios.

 

“O resultado da Caixa mostra que é possível ter lucros crescentes com uma atuação que cumpra com as finalidades sociais de um banco, especialmente um banco público”, avalia Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT e empregado do banco.

 

“A Caixa aumentou fortemente o crédito para a casa própria, com juros inferiores aos praticados pelo mercado, fortalecendo a construção civil. Além disso, gerou mais de 2 mil postos de trabalho, ao contrário do Itaú, que mesmo com um lucro recorde de R$ 14,6 bi, fechou 4.058 vagas, um desrespeito aos bancários e ao país”, afirma.

 

Para ele, no entanto, ainda que o crescimento no número de bancários é positivo, o ritmo das contratações é insuficiente. “Os bancários da Caixa apoiam e se sentem orgulhosos de participar da gestão dos programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida, responsável pelo grande aumento nos financiamentos imobiliários”, afirma Plínio.

 

“Mas isso não muda o fato de que estamos cada vez mais sobrecarregados. Há poucos trabalhadores para dar conta do trabalho, o que tem causado grande número de adoecimentos e a perda da qualidade do atendimento oferecido aos usuários e clientes”, diz.

 

Ele lembra que os bancários conquistaram o aumento para 92 mil funcionários até fim desse ano e 97 até fim de 2013 na Campanha Nacional 2011. “Mas o ritmo das contratações precisa ser mais rápido. Precisamos urgentemente de mais bancários para conseguir melhorar as condições de trabalho”, defende.

 

PLR Social

Para Plínio, os resultados do banco mostram o acerto da criação da PLR Social, conquista dos empregados na Campanha Nacional 2010 e mantida em 2011. “O lucro da Caixa é grande, mas fica abaixo dos outros grandes bancos brasileiros por conta de sua função social. O que não quer dizer que seus empregados trabalhem menos que seus colegas de outras empresas. A PLR Social é um instrumento que ajuda a corrigir essa distorção”, avalia.

 

A Contraf-CUT irá enviar correspondência ao banco cobrando a data do pagamento da segunda parcela da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Cada empregado da Caixa deve receber a regra básica e a parcela adicional da PLR, nas mesmas regras previstas na convenção coletiva (veja abaixo).

 

Além disso, os trabalhadores conquistaram no acordo aditivo o pagamento da PLR Social, que corresponde à distribuição linear de 4% do lucro líquido do exercício de 2011. Do montante será deduzido o valor já antecipado, que foi calculado com base em 4% do lucro líquido obtido no primeiro semestre do ano passado.

 

1. Regra básica da PLR

Cada bancário deve receber o restante da regra básica da PLR, cujo valor total corresponde a 90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29.

 

Do pagamento da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, com teto de R$ 4.696,37.

 

2. Parcela adicional da PLR

Cada bancário também deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse montante é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável.

 

Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, limitada a R$ 1.400.

 

Fonte: Contraf-CUT

Os funcionários do Bradesco receberão nesta sexta-feira (10) a segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Em contato com a Contraf-CUT, o banco confirmou que será pago o teto da regra básica e da parcela adicional da PLR.

 

O Bradesco encerrou 2011 com lucro líquido de R$ 11,19 bilhões, o que representa um crescimento de 14,2% em relação ao resultado do ano anterior (R$ 9,804 bilhões).

 

Regra básica da PLR

Pela convenção coletiva, cada funcionário deve receber o pagamento da regra básica da PLR (90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29), com o aumento para o teto de 2,2 salários, limitado a R$ 17.220,04, o que vier primeiro.

 

Do crédito da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, limitado a R$ 4.696,37.

 

Parcela adicional da PLR

Cada bancário também deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse montante é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável.

 

Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, que foi de R$ 1.400.

 

Fonte: Contraf-CUT

Agência Brasil

 

Os brasileiros iniciaram o ano retirando dinheiro das cadernetas de poupança. Segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira (6), os saques em caderneta de poupança superaram os depósitos em R$ 2,838 milhões em janeiro.

 

A poupança não registrava captação líquida negativa desde maio de 2011 (R$ 1,301 bilhão). Esse foi o pior resultado para meses de janeiro desde 2009, quando foram registrados R$ 486,630 milhões de captação líquida negativa.

 

Em janeiro do ano passado, os depósitos superaram os saques (captação líquida positiva) em R$ 275,071 milhões. Em 2010, foram R$ 2,619 bilhões.

 

No mês passado, os depósitos chegaram a R$ 99,255 bilhões, e as retiradas, a R$ 99,258 bilhões. Os rendimentos creditados somaram R$ 2,392 bilhões, e o saldo ficou em R$ 422,399 bilhões.

 

O relatório do BC se baseia em dados do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) –que destina 65% dos recursos para financiamento imobiliário– e da poupança rural. No caso do SBPE, houve mais saques que depósitos em R$ 407,316 milhões em janeiro. Já a poupança rural registrou captação líquida positiva de R$ 404,478 milhões.

 

Os valores depositados em poupança são remunerados pela taxa referencial (TR), acrescida de juros de 0,5% ao mês. O dinheiro depositado por menos de um mês não recebe remuneração.

Os bancos europeus no Brasil já sentem os efeitos da crise que está obrigando suas matrizes na União Europeia a reduzir concessão de crédito e aumentar capital.

 

As instituições aqui foram afetadas de quatro maneiras: exclusão do mercado de captação de recursos internacional, venda de ativos para fazer caixa, rebaixamento em nota de crédito e corte em apoio das matrizes.

 

Enquanto os bancos brasileiros continuam emitindo títulos no exterior, embora a custos mais altos, a última subsidiária europeia a captar foi o Santander, em maio.

 

“O custo de financiamento subiu para todo mundo, mas o das subsidiárias europeias aumentou um pouco mais”, diz Sérgio Garibian, diretor de instituições financeiras da Standard & Poor’s.

 

Segundo ele, o banco aproveitou para adiantar suas emissões no primeiro semestre, quando a situação não estava tão ruim.

 

Agências de classificação de risco têm rebaixado as notas dos bancos europeus.

 

Como as subsidiárias nunca podem ter a nota superior à matriz, segundo regras da S&P, os brasileiros com nota próxima à das matrizes acabam tendo “downgrade”, como ocorreu na sexta com o Banco Espírito Santo no Brasil, que virou “junk” (lixo).

 

Uma nota de crédito pior implica maiores custos para emitir títulos. “Tenho que fazer todo o meu financiamento aqui dentro, já que a matriz não me passa recurso e captações lá fora estão fechadas”, contou um alto executivo de um banco europeu à Folha. “A matriz nos disse: ‘Vocês vão ter que se virar, porque daqui não sai nada’.”

 

Ele diz que o banco tinha US$ 600 milhões em linhas em dólar e, agora, só US$ 100 milhões. “Antes financiava três projetos por vez; agora, só tenho recursos para um.”

 

A S&P ressalta que bancos como HSBC e Santander têm boas condições de “funding”, pois contam com grande rede de agências e correntistas.

 

Outros bancos que não podem contar tanto com o dinheiro de correntistas, como o BES e o BNP Paribas, recebem classificação de “funding” “abaixo da média”.

 

AUTONOMIA

“O cenário externo não tem impacto direto no Santander Brasil, o banco adota um modelo no qual todas as subsidiárias são autônomas em capital e em liquidez. A unidade local tem baixa conectividade financeira com a matriz”, informou o Santander.

 

O HSBC também estaria sofrendo menos, pois tem 42% do lucro vindo de Hong Kong e China, dependendo menos de suas operações europeias.

 

As novas exigências da autoridade bancária europeia preveem que os bancos europeus tenham 9% de capital em junho. O Santander diz que chegará a um capital de 10% com geração orgânica de resultados, otimizações de capital e venda de ativos.

 

“Vendemos 7,8% do capital no Chile e a operação na Colômbia. No Brasil, o banco tem um compromisso de chegar a 25% do capital social em livre circulação até outubro de 2012.”

 

O Santander concluiu em outubro a venda do Santander Seguros para a Zurich, por US$ 1,7 bilhão.

 

Fonte: Folha de S.Paulo

Em reunião ocorrida nesta terça-feira (20), em São Paulo, com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, a Fenaban apresentou um novo relatório com as denúncias de assédio moral recebidas pelos bancos entre 1º de fevereiro e 30 de junho de 2011. Foram registradas 103 denúncias no período, sendo 65 feitas por meio dos sindicatos e 38 pelos canais internos de cada instituição financeira.

 

Os números foram somados por solicitação das entidades sindicais, ao contrário dos dados apresentados na primeira reunião realizada em 12 de agosto. Trata-se do primeiro levantamento semestral exibido pelos bancos ao movimento sindical sobre assédio moral.

 

Destas 103 denúncias, 69 apurações foram encerradas até 30 de junho, das quais em 23 os bancos reconhecem que tenha havido violência psicológica contra os bancários. Além destas, 37 denúncias não foram reconhecidas como casos de assédio; 9 não reuniam, na avaliação dos bancos, elementos suficientes para apuração; e 34 continuavam em aberto no final do semestre.

 

Chama a atenção o baixo número de denúncias em que os bancos reconhecem o assédio entre os casos encaminhados pelos sindicatos. Dos 65 processos, apenas 5 tiveram esse desfecho entre 34 encerrados no semestre. São apenas 14% das denúncias concluídas no período.

 

“É muito pouco. Se os sindicatos vão até os locais de trabalho, averiguam e constatam a situação de assédio, é esperado um número maior de casos que terminem com alguma consequência para o denunciado”, avalia Plínio Pavão, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT. “Precisamos aprofundar a discussão e chegar aos motivos desse problema”, aponta.

 

Avaliação semestral

A reunião concluiu a avaliação dos dados do primeiro semestre de 2011 sobre o programa de combate ao assédio moral, previsto no parágrafo 2º do acordo coletivo de trabalho aditivo para prevenção de conflitos no ambiente de trabalho, firmado entre várias entidades sindicais e diversos bancos.

 

Os trabalhadores e bancos concordaram em fazer as avaliações em período semestral. Dessa forma, será realizada a discussão dos dados de janeiro a junho e outra sobre o período de julho a dezembro. No caso do primeiro semestre deste ano, como o acordo foi assinado no final de janeiro, apenas cinco meses foram avaliados.

 

Conceitos

Inicialmente, havia diferenças de conceito entre o levantamento feito pelo movimento sindical e os dados apresentados pela Fenaban. Ficou acordado que as denúncias serão contabilizadas tendo como referência o denunciado. Assim, várias reclamações referentes ao mesmo denunciado serão consideradas denúncias diferentes, enquanto denúncias coletivas contra uma mesma pessoa serão contabilizadas apenas uma vez.

 

As partes concordaram que seja informado para a Contraf-CUT quais as medidas que os bancos estão tomando para divulgar o programa de combate ao assédio moral e conscientizar os trabalhadores sobre os canais de denúncias.

 

Além disso, os sindicatos cobraram dos bancos respostas bem mais detalhadas para as denúncias apresentadas, de forma que se saiba exatamente o que foi apurado e que medidas serão adotadas.

 

Os bancários reivindicaram a inclusão de uma estatística indicando a causa de cada denúncia, mas os bancos negaram.

 

Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT e a Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Feeb RJ-ES) assinaram nesta terça-feira (20) com o Bradesco o Acordo Coletivo de Trabalho sobre o sistema alternativo eletrônico de controle de jornada de trabalho (ponto eletrônico). A assinatura ocorreu na sede da entidade que representa cariocas e capixabas, no Rio.

 

“Trata-se do mesmo acordo assinado anteriormente, em São Paulo, entre a Contraf-CUT e o Bradesco no dia 8 de dezembro”, explica Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT, que representou a Confederação.

 

“Hoje aconteceu o ato formal de assinatura, mas, para além da formalidade jurídica, o importante do acordo é que os sindicatos passam a ter ação efetiva no controle e fiscalização da jornada dos empregados do Bradesco, bem como os bancários passam a ter garantias do efetivo controle da jornada realizada, podendo a qualquer tempo acessar e imprimir o espelho do ponto”, afirma Miguel.

 

A Feeb RJ-ES foi representada pelo presidente Nilton Damião Esperança. Elaine Cutis, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, órgão da Contraf-CUT que assessora as negociações com o banco, também esteve presente no ato de assinatura.

 

“É um avanço importante, pois traz proteção aos trabalhadores na questão da jornada. Com o ponto eletrônico, se houver algum problema, os bancários têm como buscar seus direitos”, diz Elaine.

 

Controle da jornada

“O controle da jornada é uma preocupação antiga do movimento sindical bancário. O acordo que assinamos foi fruto de intensos debates entre trabalhadores e banco, o que valoriza a conquista”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT. “Assim, além das portarias do Ministério do Trabalho e Emprego sobre o tema, os bancários do Bradesco conseguem mais uma garantia com o acordo, que garante a inspeção do sistema pelas entidades sindicais”, completa.

 

Histórico

A iniciativa ocorre em razão da publicação da Portaria nº 1510, de 21/08/2009, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que disciplina a utilização dos meios eletrônicos para a marcação do ponto dos trabalhadores nas empresas.

 

A publicação causou muita polêmica no meio empresarial, uma vez que a portaria exige a instalação de um equipamento novo, chamado REP (Registro Eletrônico de Ponto), que visa assegurar a impressão automática de todo registro do ponto efetuado pelos trabalhadores, além de exigir a instalação de novos softwares, certificados pelo MTE.

 

A intenção é impedir as fraudes que ocorrem com as possibilidades de manipulação do registro de ponto eletrônico pelas empresas e a total perda de controle da jornada efetiva realizada por um trabalhador ao fim de um determinado período.

 

Desde então, vários adiamentos da aplicação da Portaria nº 1510 ocorreram até a edição da Portaria nº 373, em 25/02/11, que também já foi prorrogada por três vezes. A nova portaria admitiu a possibilidade dos chamados sistemas alternativos eletrônicos de controle de jornada de trabalho, flexibilizando a rigidez inicial da Portaria nº 1510, desde que os mesmos sejam homologados através de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho, com o respectivo sindicato profissional.

 

A data prevista para a entrada em vigor dos novos procedimentos é o próximo dia 1º de janeiro de 2012.

 

Veja o que a Portaria nº 373 determina que não é admitido:

a) restrições à marcação do ponto;
b) marcação automática do ponto;
c) exigência de autorização prévia para marcação de sobrejornada; e
d) alteração ou eliminação dos dados registrados pelo empregado.

 

Confira as condições que o ponto eletrônico deverá reunir:

a) encontrar-se disponível no local de trabalho para o registro dos horários de trabalho e consulta;

b) permitir a identificação de empregador e empregado;

c) possibilitar, pelo empregado, a qualquer tempo, através da central de dados, a extração eletrônica e impressa do registro fiel das marcações realizadas;

d) possibilitar ao empregado, através da central de dados, a extração eletrônica e impressa do registro fiel das marcações realizadas, e à fiscalização quando solicitado.

 

O processo de construção do acordo coletivo

Houve reuniões de esclarecimentos realizadas entre a COE do Bradesco e as áreas de RH e Relações Sindicais. Depois, ocorreu a verificação do funcionamento do ponto eletrônico em agência e departamento do banco.

 

Com a comprovação que o mesmo atende aos requisitos da Portaria nº 373 do MTE é que a Contraf-CUT decidiu orientar a realização das assembleias pelos sindicatos para a discussão e a aprovação do acordo.

 

O acordo terá validade de 1 ano, a partir de sua assinatura.

 

Sobre o acordo coletivo

Fica assegurado ao sindicato, através dos seus representantes, acompanhados de técnicos, a realização de reunião para exame do sistema eletrônico alternativo de controle de jornada de trabalho de que trata este acordo, sempre que houver dúvida ou denúncia de que esteja em desacordo com a legislação ou com as normas acordadas.

 

Em caso de negativa do banco ou, realizada a reunião, não se dissipe a dúvida ou se constate irregularidade no sistema, o sindicato poderá denunciar o acordo, antecipando o prazo final de vigência para 30 dias a contar da notificação ao banco. Caso isso ocorra, o banco ficará sujeito às multas legais.

 

Fonte: Contraf-CUT

A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomam as negociações com o Itaú nesta sexta-feira (10), às 15h, em São Paulo. Trata-se da primeira rodada em 2012, que será marcada pela entrega da minuta específica de reivindicações dos funcionários do banco, definida no Encontro Nacional realizado nos dias 14 e 15 de dezembro de 2011.

 

“A luta pelo emprego é o debate central junto ao Itaú, que tem causado milhares de demissão pelo país afora. Não é à toa que o banco foi o campeão de reclamações no ano passado junto ao Sindec (Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor)”, avalia Wanderley Crivellari, um dos coordenadores da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, que assessora a Contraf-CUT nas negociações. “A pressão do movimento sindical é por mais contratações e pelo fim da rotatividade”, acrescenta Wanderley.

 

O respeito à jornada de trabalho também estará na pauta. “O Itaú implantou um projeto piloto em São Paulo e em Curitiba, com agências funcionando das 8h às 20h. Temos que colocar este ponto em debate”, afirma Wanderley.

 

PLR

A Contraf-CUT já cobrou do banco o pagamento da PLR. “Com todo o lucro que vem obtendo, nada mais justo que o Itaú pague aos seus funcionários a regra básica e adicional da PLR”, destaca Wanderley. Além disso, é necessário estabelecer os valores da PCR (Participação Complementar nos Resultados). O balanço de 2011 será publicado nesta terça-feira (7).

 

Outros pontos

O fim das metas abusivas e da venda de produtos pela área operacional é outra questão prioritária nos debates com o Itaú.

 

Outros assuntos que estão na ordem do dia são: previdência complementar para todos os funcionários, melhoria do plano de saúde (médico e odontológico), condições dignas de trabalho nas unidades e segurança contra assaltos.

 

“É importante lembrar que apenas com mobilização vamos conseguir fazer com que o banco apresente soluções concretas para todas estas questões que estão presentes no dia a dia dos funcionários”, ressalta Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT.

 

A COE do Itaú fará uma reunião preparatória na manhã de sexta-feira, às 9h30, na sede da Contraf-CUT.

 

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários do HSBC receberão no próximo dia 27 a segunda parte da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A informação foi repassada à Contraf-CUT pelo banco, que ainda não confirmou os valores a serem pagos. Contra as reivindicações dos trabalhadores, o banco manterá a política equivocada e injusta de descontar da PLR os valores referentes aos programas próprios de remuneração variável (PPR/PSV).

 

“Mesmo com as repetidas cobranças do movimento sindical, o HSBC insiste em manter o desconto do PPR/PSV e, com isso, esvazia seu próprio programa de remuneração. Ninguém se sente incentivado para bater metas altíssimas, definidas por iluminados da direção do banco sem nenhuma consideração pela realidade dos bancários e da clientela de cada agência, para ganhar um valor que acaba sendo menos de 10% do total da PLR”, afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. “Em lugar de incentivar, o programa se torna um fato de desestímulo para os bancários”, lamenta.

 

Para piorar, diz Miguel, o banco tem uma gestão conservadora demais, que diminui o lucro da empresa ao fazer provisões altíssimas para devedores duvidosos, muito acima da realidade do mercado para o valor total dos empréstimos. “Com isso, ano após ano o banco inglês desvaloriza a PLR os trabalhadores, que recebem o menor valor entre os seis maiores bancos, ficando sempre apenas com a regra básica da Convenção Coletiva. É preciso mudar essa política, com o fim do desconto dos programas próprios e mais transparência na divulgação dos balanços”, defende.

 

PPR 2012

O banco informou ainda que apresentará nesta terça-feira (7) as regras para a PPR 2012 em reunião da comissão interna do programa próprio. “Trata-se de um desrespeito ao movimento sindical e aos trabalhadores. Nós não reconhecemos essa comissão interna. Queremos estabelecer um processo de negociação para definir o programa”, sustenta Miguel.

 

Bônus milionários

Pela primeira vez, por resoluções do BC, os bancos terão que informar a parte dos lucros destinada aos bônus dos executivos de cada empresa. “Com isso, ficará evidente que os bancos pagam muito para poucos membros da diretoria e muito menos para a grande maioria dos bancários”, afirma Miguel.

 

Regra básica da PLR

Pela convenção coletiva, cada funcionário deve receber o pagamento da regra básica da PLR (90% do salário mais R$ 1.400, limitado a R$ 7.827,29).

 

Se ao final do pagamento da regra básica, o montante distribuído não atingir 5% do lucro líquido do banco, o valor deve ser aumentado até atingir 2,2 salários, limitado a R$ 17.220,04, o que vier primeiro.

 

Do crédito da regra básica, será descontada a antecipação da primeira parte feita em 2011, equivalente a 54% do salário mais R$ 840, limitado a R$ 4.696,37.

 

Parcela adicional da PLR

Cada bancário também deve receber o restante da parcela adicional da PLR, cujo valor total é calculado com base na distribuição linear de 2% do lucro líquido de 2011 entre todos os empregados, com teto de R$ 2.800. Esse montante é pago sem desconto nos programas próprios de remuneração variável.

 

Do pagamento da parcela adicional será deduzida a antecipação feita em 2011, limitada a R$ 1.400.

 

Fonte: Contraf-CUT