Maio 21, 2025
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Teletrabalho, remuneração, segurança, saúde, previdência complementar, condições de trabalho, emprego e auxílio educação são os principais pontos da minuta específica de reivindicações definidas no Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco, realizado nesta quinta-feira (9), em formato híbrido. A parte presencial foi realizada na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.

O documento será entregue à direção do banco na próxima terça-feira (14). “A participação de todos os trabalhadores foi fundamental para chegarmos à conclusão deste documento. Agora, esperamos contar com a união e a mobilização dos empregados para conseguimos conquistar todas nossas reivindicações”, afirmou Magaly Fagundes, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Concentração de renda

Em sua apresentação, Gustavo Cavarzan, técnico do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), mostrou como o desempenho dos bancos no início de 2022 deixou de ser definido pela pandemia e passou a espelhar o modelo econômico concentrador de renda do país, com aumento da pobreza, da inflação e consequente endividamento das famílias em linhas de créditos caras que se tornam receita nos balaços do bancos. “Além do modelo do país, o resultado dos bancos é construído com base em um forte processo de digitalização, reestruturação e surgimento de novos modelos de negócios”, disse. O economista ainda deixou um desafio para os delegados do encontro: debater quais as consequências desse modelo para o emprego no ramo financeiro e para a organização sindical.

Segurança nas unidades de negócio

O Brasil terminou 2021 com 18.302 agências bancárias. São 2.351 a menos do que o registrado no início da pandemia, segundo dados do Banco Central (BC). Motivo: a covid-19 impulsionou os pagamentos e o atendimento bancário por meios digitais. Segundo dados do BC, a rede de agências bancárias está diminuindo no Brasil desde 2017. Mas os fechamentos aceleraram na pandemia de covid-19. Foram 1.334 de março a dezembro de 2020 e mais 1.017 em 2021. A queda acumulada na pandemia foi de 11% e levou a rede de agências bancárias ao menor patamar da série histórica, iniciada em 2007.

O banco que mais reduziu a rede de atendimento presencial na pandemia foi o Bradesco. A instituição fechou 1.527 agências desde março de 2020. Muitas delas, foram transformadas em Unidade de Negócios. Elias Jordão, secretário de Políticas Sociais da Contraf-CUT, explicou como tem sido realizada a transição de uma agência tradicional para unidade de negócio. “É um modelo que veio para ficar, não tem retorno, pela competitividade com os bancos digitais, pelo baixo custo operacional”, explicou. “O problema não são as unidades de negócio em si, mas sim o formato em que elas estão funcionando, sem nenhum tipo de controle ou ferramentas de segurança, como portas de seguranças ou vigilantes”, completou.

Magaly lembrou também que o Encontro Nacional dos Trabalhadores do Bradesco debateu ainda a “defesa do emprego, da democracia e a reconstrução do Brasil que queremos”, finalizou.

Fonte: Contraf-CUT

Dados da pesquisa sobre a saúde do trabalhador da Caixa, encomendada pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), nortearam o debate da Mesa 2, na tarde desta quinta-feira, no 38º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef). O debate trouxe visões sobre as atuais dificuldades no enfrentamento ao adoecimento dos trabalhadores, principalmente diante do cenário de pandemia.

Coordenadora da Mesa 2, a diretora de Comunicação do SEEB BH e representante da Fetrafi Minas Gerais na CEE Caixa, e diretora executiva da Contraf/CUT, Eliana Brasil, destacou que os números apresentados pela pesquisa demonstram que a pandemia trouxe como consequência o adoecimento mental. “Esse resultado nos mostra a necessidade urgente de debater o adoecimento da categoria com tantas metas abusivas a cumprir”, avaliou.

Eliana Brasil observou ainda que o trabalhado do empregado Caixa no atendimento na linha de frente, com o pagamento do auxílio emergencial à população, o risco para os empregados foi potencializado. “Foi uma coisa que nós, empregados, nunca tínhamos vivido. A morte ficou muito próxima. Além das cobranças de metas abusivas que permaneceram na pandemia, ainda teve o contato muito próximo com a população, o risco era muito alto”, pontou.

Sérgio Wilson Lima de Amorim, dirigente sindical do SEEB Rio de Janeiro e representante suplente da Federa Rio de Janeiro na CEE-Caixa, lembrou que a defesa do SUS é fundamental para discutir saúde no país. “Apesar de termos plano de saúde próprio, a coisa mais importante que conquistamos no Brasil foi o SUS. Precisamos lutar para que o SUS continue existindo, público e gratuito.”, apontou.

Outro alvo de desmonte é a Caixa e o Saúde Caixa, pauta que reúne ativos e aposentados.

“A perspectiva de não ter Caixa pública e o plano de saúde é o que nos move todos os dias para estarmos juntos. É o elo que nos fortalece”, comentou Edgard Antônio Bastos Lima, presidente da Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa Econômica Federal – Fenacef e representante da entidade na CEE-Caixa.

Em relação a planos como o Saúde Caixa, Alberto Alves Junior, Conselheiro Deliberativo da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, trouxe um forte depoimento sobre o cenário atual.

Segundo Alberto, desde 2015 houve uma grande quantidade de recursos externos que invadiram o mercado brasileiro, antes a assistência era mais familiar, com planos menores. As negociações eram mais equilibradas dentro dessa cadeia.

“A partir de 2012 e principalmente 2015 isso mudou. De lá para cá passamos a ter uma avalanche de fusões e aquisições tanto de forma horizontal quanto vertical. As autogestões, estão passando a ser compradores dos serviços dos grandes grupos. E eles têm objetivo de expandir seus negócios. A tendência é que vendam cada vez mais caro para nós”, explicou.

Alberto esclareceu que este movimento está trazendo dificuldades para as autogestões, hospitais e planos menores. “Cada dia que passa temos que negociar mais e os recursos são elevados. Por outro lado, a solidariedade está em jogo. Estamos no meio dessa encruzilhada. Teremos de discutir uma forma que leve a frente a assistência e ao mesmo tempo a questão econômica. Temos que juntar todas as nossas autogestões para dialogar.

Não há como avançar e mudar com o atual governo, não vejo como o governo não tem políticas públicas voltadas para este conceito. Não vejo como sair disso individualmente”, alertou.

Fernanda Souza Duarte, doutora e mestre em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, apresentou os resultados da pesquisa realizada pela Fenae sobre a saúde dos empregados. A pesquisa encomendada pela Fenae teve como foco conhecer a relação entre trabalho e adoecimento pensando nos aspectos jurídico, psicológico e político.

“Somente com essas áreas integradas podemos pensar intervenções e prevenção. A categoria bancária teve papel importante no debate desta questão desde os anos 80. Contribuíram para a legislação e para os estudos teóricos”, indicou.

Já haviam sido realizadas duas pesquisas anteriores à última de 2021. “O que esses dados querem dizer? Fomos investigar o que está acontecendo. Investigar condições de saúde e suas relações com o trabalho dos ativos e aposentados da Caixa”, esclareceu.

Fernanda apresentou dados importantes para exemplificar a situação e como hoje os problemas de transtorno mental já ultrapassam as chamadas LER/Dort. Segundo a pesquisa, 47% dos que responderam afirmaram que o trabalho afeta a saúde e 42% disseram ter problemas de saúde relacionados ao trabalho.

A pesquisa ainda apontou maior incidência de ansiedade e depressão. Por outro lado, também indica um baixo número de afastamentos e que a maioria dos empregados que procurou tratamento psiquiátrico e psicológico foi por causa do trabalho.

“Com a pandemia começaram a aparecer mais queixas de depressão. As pessoas sentem obrigação de serem gratas e pensam que não podem se afastar, ficam trabalhando doentes. Temos a cultura da ameaça, silêncio e medo”, ressaltou. Fernanda encerrou afirmando que, para lutar contra este cenário, devemos transcender explicações individuais, compreender características sistêmicas e dar continuidade do GT de saúde do trabalhador.

Texto: Fenae

Leandro Aresta, Diretor do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, participou nesta quinta-feira, 9 de junho, da Mesa de Abertura composta pelos representantes das Federações dos bancários, no 33° Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil.

O evento está sendo realizado no Holiday Inn Parque Anhembi, em São Paulo.

O tema do Congresso é “BB público sim, BB mais social sempre!”, e abriga mesas de debate sobre melhores condições de trabalho no banco e sobre o papel da instituição no desenvolvimento econômico e social, no combate à fome e na reconstrução do país. 

Leandro, que está representando a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES), além da representação, também fez uma saudação, onde pôde falar sobre o evento e sua importância.




Funcionários do Banco Santander realizaram nesta quinta-feira (9) o Encontro Nacional para debater e definir a minuta de reivindicações específicas e nortear a estratégia de negociações com o banco.

“Iniciamos nossos debates com uma análise de conjuntura feita pela médica e deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) e ao longo do dia analisamos as informações do balanço do Santander, que mostram que o banco pode atender todas nossas reivindicações e nos garantir uma participação justa nos resultados e nas cláusulas sociais, reconhecendo a imensa contribuição dos brasileiros no lucro do banco”, disse a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Lucimara Malaquias. 

Acordo atual e novas propostas

Os delegados do Encontro debateram sobre as cláusulas do atual Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico dos funcionários do Santander, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária. Também foram apresentadas as propostas de novos direitos a serem incluídos no ACT.

“Todos nossos direitos, desde o vale-refeição até a PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados), são fruto de muita organização e luta dos trabalhadores e suas representações sindicais. Precisamos manter nossa união e nos mobilizarmos para garantir os direitos atuais e buscar avançar rumo a novos direitos”, ressaltou a coordenadora da COE/Santander. 

Centro das atenções

Para Lucimara, o alerta de mobilização e união dos empregados se faz ainda mais importante com relação ao Santander. “Entre todos os bancos, o Santander tem sido o que mais tem tomado de medidas que prejudicam e tem sido o mais de difícil de negociar com os trabalhadores, seja nas demissões, cobranças de metas ou na tentativa de corte de direitos, chegando a demitir funcionários e recontratá-los por empresas do grupo para deixar de pagar direitos da categoria. É uma terceirização forçada, apenas para reduzir direitos e salários”, criticou. “Todo o Comando Nacional está atento e preocupado com esta movimentação do Santander e vai propor que a atuação de todo o movimento sindical se contraponha a elas, para evitar que outros bancos sigam o mesmo caminho”, completou.

Fonte: Contraf-CUT

Nesta quinta-feira, 9 de junho, funcionários do Bancos Bradesco se reuniram para seu Encontro Nacional. O evento ocorre no formato híbrido. A parte presencial está sendo realizada na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em São Paulo.

A Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf RJ/ES) está sendo representada pela Diretora de Bancos Privados e Coordenadora Geral do Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, Renata Soeiro, que participou da mesa de abertura.

Além dela, Luiz Gabriel Almeida Velloso, representante da Fetraf RJ/ES na COE (Comissão de Organização dos Empregados) Bradesco e atual Presidente do Sindicato dos Bancários de Nova Friburgo e Região, também representou a entidade, virtualmente.

No Encontro, está sendo debatida a pauta de reivindicações da categoria para a Campanha Nacional do Bancários. Os debates do dia serão convergidos na minuta específica dos trabalhadores, que será entregue ao Bradesco, posteriormente.

“Neste momento pós pandemia, onde os bancários trabalharam sem parar, é preciso lutar pelo emprego, pela saúde, segurança e aumento real. E esse encontro serve para aprovarmos as propostas debatidas em nossas bases, nos Encontros Estaduais. Além disso, precisamos estar atentos às Unidades de Negócios, implementadas pelo Bradesco, que instauraram um caos no atendimento e na segurança, tanto para os bancários, como para os clientes.”, declarou Renata Soeiro.

Fonte: Fetraf RJ/ES

Cinco anos depois da aprovação da reforma trabalhista, trabalhadores perderam direitos, grandes empresários mantêm seus lucros e a taxa de desemprego não caiu, após bater recorde em 2020 e 2021. A análise é de Lucia Garcia, economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). 

“Além disso, o mercado interno foi desintegrado e a renda pública foi colocada em risco, principalmente o orçamento da Previdência Social”, afirma a especialista em mercado de trabalho. “Quem ganhou com as reformas foram os setores exportadores e financeiro, aprofundando nossa vocação de entregar o sangue de povo para luxúria da elite”, complementa.

:: "Reforma" trabalhista não criou empregos como prometido, diz estudo da USP ::

O projeto que alterou ou revogou mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi apresentado, votado e aprovado em menos de um ano após o golpe que tirou Dilma Rousseff (PT) da presidência, no bojo do programa “Ponte para o futuro” lançado pelo então vice-presidente Michel Temer (MDB).

“Ponte para o abismo”

Chamado por sindicatos de “Ponte para o abismo”, o projeto foi formulado pelo então PMDB com amplo apoio do setor empresarial brasileiro, a exemplo da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Nem mesmo greves gerais e intensos protestos impediram sua implantação.

A precarização não parou por aí. Foi aprofundada por Jair Bolsonaro com diversas medidas provisórias. Uma delas, que cria o Programa Nacional de Prestação de Serviço Civil Voluntário, está prestes a virar lei. A MP 1099/22 foi aprovada pelo Senado no dia 25 de maio.


Arte: Brasil de Fato RS / Fonte: IBGE

Modelo espanhol que inspirou reforma no Brasil não deu certo e foi revisto

Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP), assinado pelos pesquisadores Gustavo Serra, Ana Bottega e Marina da Silva Sanches, concluiu que, ao contrário do que prometiam os defensores da reforma trabalhista, cortar direitos do trabalhador não teve impactos positivos no mercado de trabalho. A pesquisa cita, ainda, que reformas semelhantes adotadas na Europa também não entregaram o que prometiam. 

Um exemplo é o da Espanha, que serviu de inspiração para a reforma no Brasil. O estudo “A desregulamentação diminui o desemprego?: uma análise empírica do mercado de trabalho na Espanha” constata que as alterações de 2010 e 2012, visando flexibilizar as leis trabalhistas e estimular contratos temporários, tiveram efeito zero sobre o desemprego. Acabaram apenas reduzindo a capacidade de negociação dos trabalhadores.

Um terceiro levantamento, abrangendo vários países europeus que desregulamentaram as leis trabalhistas, indicou, em vez de avanços, uma elevação da taxa de desemprego.

No início de 2022, a reforma espanhola foi parcialmente revogada pelo governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez, do partido socialista. Caminho que pode ser seguido no Brasil, a depender do resultado das eleições deste ano. Entre os pré-candidatos à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) propõem rever a legislação, enquanto Jair Bolsonaro (PL) defende medidas que favorecem os empresários.

Fonte: BdF Rio Grande do Sul

A Unión Nacional de Empleados Bancarios (Uneb), da Colômbia, denuncia que o Itaú vem adotando grave política de demissão, sem respeitar acordos com a categoria nem a legislação do país. Em 2021 foram 190 desligamentos e outros 130 neste ano. Nos últimos dias, o banco também anunciou que já informou o Ministério do Trabalho local que desligará outros 288 trabalhadores, entre os quais, segundo a Uneb, vários que possuem estabilidade por questão de saúde ou por estarem em funções sindicais, que têm garantia de emprego por força constitucional.

A entidade dos bancários colombianos afirma que o Itaú está desrespeitando “os direitos fundamentais dos trabalhadores”, bem como os sindicatos, aos quais deve informar sobre o alcance das medidas que afetam seus funcionários. A Uneb também diz que o banco não se mostrou interessado em “promover realocação de locais de trabalho nem requalificação da mão de obra (…), ao mesmo tempo em que também informa a contratação de 150 novos funcionários, com novas funções”.

Menosprezo

Para a entidade representativa dos bancários, o comportamento omisso do Itaú em relação aos diretos dos trabalhadores “demonstra não apenas o menosprezo pela dignidade humana dos trabalhadores, como também ao direito ao trabalho e aos casos de estabilidade”, em especial neste momento crítico decorrente da pandemia da covid-19.

Várias organizações sindicais do país anunciaram que, junto com a Uneb, estão se organizando, tanto para dar apoio aos funcionários demitidos como também para agir junto ao Ministério do Trabalho, a fim de cobrar ações contra a atitude do Itaú, que chamam de “atentado contra os direitos dos trabalhadores, de associação e de convenção coletiva”.

Assédio moral

A Uneb, em nota conjunta do presidente Juan Francisco Sanchez e da secretária geral María Consuelo Bautista, denunciou ainda que o Itaú tem cometido assédio moral contra os funcionários demitidos ao forçá-los a assinar a rescisão com a informação falsa de que o desligamento ocorreu de modo pacífico e consensual.

Para a secretária de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Rita Berlofa, que também é presidenta da UNI Finanças Global, “é inaceitável a postura do banco Itaú na Colômbia. Realizar demissão em massa, mesmo tendo obtido um grande lucro, é, no mínimo, falta de responsabilidade social”.

Fonte: Contraf-CUT

O Movimento Sindical Bancário, através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), solicitou uma audiência com o Bradesco, para obter explicações sobre o vídeo em que seu diretor-presidente, Octavio de Lazari Junior, elogia o Exército Brasileiro. Na mensagem, que veio a público no último sábado (4), o executivo conta que no quartel se apresentava como “soldado 939 Lazari”, que aprendeu que “missão dada é missão cumprida” e que “o soldado Lazari continua de prontidão”.

O pronunciamento faz referências ao banco como “um dos maiores do mundo”, com “90 mil funcionários”, e o vídeo traz a logomarca do Bradesco na abertura e no encerramento, o que lhe dá características de peça institucional. O CEO diz ainda que no Exército reforçou valores e que “esses princípios foram fundamentais para que eu pudesse construir minha carreira”.

O pronunciamento de Octavio de Lazari Junior causou estranheza e indignação ao movimento sindical, pois o presidente capitão do Exército Jair Bolsonaro ataca insistentemente o sistema eleitoral, o Poder Judiciário, a imprensa, as entidades sindicais, as universidades e os movimentos sociais. A fala de Lazari, portanto, pode ser entendida como um apoio do Bradesco a esses ataques à democracia.

Na audiência com o Bradesco, a Contraf-CUT debaterá em especial se o CEO falou em nome da entidade e qual o posicionamento do banco sobre a democracia, pois essas informações interessam a seus mais de 90 mil trabalhadores e a seus clientes, bem como a toda a sociedade brasileira, pois uma instituição financeira é uma concessão pública. Trata-se de uma regra fundamental do estado de direito, e democracia exige o pleno respeito às regras.

Durante a ditadura militar, de 1964 a 1985, quando a Constituição em vigor foi rasgada, os sindicatos – inclusive vários da categoria bancária – sofreram intervenções, muitos de seus dirigentes foram perseguidos, presos, torturados e até mortos por forças da repressão. Os direitos trabalhistas não eram respeitados e muitas conquistas foram retiradas. Hoje, o que se vê do governo Bolsonaro é um esforço para que o país volte a essa página infeliz da história, com o desmantelamento do patrimônio nacional, a venda de bancos e empresas públicas, a desvalorização dos acordos trabalhistas, altos índices de inflação e desemprego. O movimento sindical, portanto, defende incondicionalmente a democracia, por se tratar de um valor fundamental e inegociável, pois somente com ele a classe trabalhadora pode se mobilizar para defender os seus direitos.

Fonte: Contraf-CUT

No próximo dia 14 de junho, das 8 horas às 20 horas, o Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense e demais sindicatos da categoria pelo Brasil, realizam assembleia para deliberar sobre a minuta de reivindicações e as resoluções da Campanha Nacional dos Bancários e o plano de lutas da categoria até 2023, aprovada na 24ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, realizada entre os dias 10 e 12 de junho.

A atividade será realizada de forma virtual e, após a minuta ser aprovada, será entregue à Fenaban na quarta-feira (15).

PARA VOTAR

Para votar e participar, basta acessar o link de votação: https://bancarios.votabem.com.br/

O link estará, também, disponível em nosso site (http://www.bancariosbaixada.org.br/)

 

 

 

 

 
 
 

A quarta onda da covid-19 já é uma realidade no Brasil. Em duas semanas – entre os dias 20 de maio e 02 de junho – o número de casos de covid no Brasil subiu 122%, indo de 14 mil para 31 mil casos confirmados da doença por dia, em média. Uma das causas desse crescimento é a chegada do frio no Sul e no Sudeste, justamente onde os números estão aumentando.

É neste cenário que estados e municípios estão recomendando o retorno do uso de máscaras em locais fechados, ainda que essa medida não tenha voltado a ser obrigatória. 

No Rio, o prefeito Eduardo Paes recomendou na semana passada que pessoas com sintomas, idosos, pessoas com comorbidades e estudantes das redes pública e privada de ensino voltem a utilizar máscaras por conta da alta nos casos e também pelos surtos de gripe. Além disso, a prefeitura reativou os centros de testagem na cidade. 

Vale lembrar que o Brasil, desde o início da pandemia vive um cenário de baixa testagem, o que significa subnotificação dos casos. 

Em São Paulo, o comitê de saúde do governo do estado e a prefeitura da capital também estão recomendando o uso de máscaras em locais fechados, incluindo escolas. Para as pessoas que estão incluídas nos grupos de risco, a recomendação é que usem máscaras inclusive em locais abertos. 

A medida não será obrigatória, segundo a Secretaria de Saúde estadual, mas os municípios podem lançar decretos tornando a recomendação uma obrigatoriedade. Na capital, a medida segue sendo obrigatória apenas em ambientes hospitalares e nos transportes coletivos como ônibus, trens e metrôs. 

No Rio Grande do Sul, o governo também está sugerindo o uso de máscaras em locais fechados. Os comitês regionais devem avaliar e determinar as regras de uso. 

Para o médico pediatra Alexandre Bublitz, países que realizaram a flexibilização do uso de máscaras e de outras medidas tiveram aumento de casos, sobretudo da variante ômicron. 

"Quando a gente retira as medidas de segurança, a tendência do número de casos é aumentar. A covid obviamente está bem mais controlada. Nesse momento a pandemia está em um momento diferente do que a gente teve nos anos anteriores, mas ela não acabou ainda. Continuamos tendo alto número de casos no mundo todo e continuamos tendo óbitos todos os dias", comenta. 

Ainda no mês passado, a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba voltou a recomendar o uso de máscaras em locais fechados ou abertos que tenham aglomerações de pessoas. A medida, que não é de caráter obrigatório, foi tomada depois de a capital registrar alta no número de novos casos e de casos ativos de covid-19 ao mesmo tempo em que o sistema de saúde enfrenta aumento nas demandas por atendimento de outras doenças respiratórias.

Eu ainda devo usar máscara? E qual a melhor?

Independentemente de normativas dos governos, os especialistas em covid-19 seguem recomendando o uso de máscaras e a vacinação como maneiras de proteção contra o vírus. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia, o uso de máscaras é fundamental para pessoas com sintomas de gripe e resfriado e pessoas que estão em contato com indivíduos com sintomas ou que testaram positivo. 

Além disso, a entidade também recomenda o uso de máscaras para pessoas que ainda não tenham tomado a terceira dose da vacina, pessoas imunossuprimidas, gestantes e maiores de 60 anos. 

Locais abertos e fechados que estejam tendo aglomeração de pessoas e ambientes de serviços de saúde, como clínicas, hospitais e unidades básicas de saúde são locais onde há maior chance de contato com o vírus. 

As máscaras mais eficientes para a prevenção do contágio são as chamadas PFF2 ou N95. A eficácia de máscaras de tecido depende do material utilizado, do número de camadas de pano e do ajuste no rosto. Em geral, no entanto, possuem eficácia bem menor do que as PFF2. Máscaras cirúrgicas são opções melhores do que as feitas de pano, mas se o acesso a elas não for possível, é melhor usar uma de tecido do que não usar.

De acordo com um estudo alemão realizado pelo Instituto Max Planck, mesmo que todos a sua volta estejam sem máscaras, se você estiver utilizando a máscara correta bem ajustada ao rosto, cobrindo nariz e boca, a eficácia está garantida.

Vacinação é fundamental para proteção

Depois de um início promissor, a vacinação contra a covid-19 está estagnada no Brasil. Isso faz com que o vírus tenha mais facilidade para circular, já que os imunizantes atuam também para reduzir o contágio. Por isso, é preciso completar o esquema de vacinação.

A quarta dose começou a ser aplicada na última segunda-feira (6) e está disponível em todo o país para pessoas acima de 50 anos, profissionais da saúde e pessoas imunossuprimidas. Só em São Paulo capital, mais de 1 milhão e meio de pessoas são aguardadas pelo SUS para tomarem a nova dose da vacina. 

Se você está nesse grupo, procure o posto de vacinação mais próximo para reforçar a imunização. Não esqueça de levar um documento com foto e seu cartão de vacinação.

Fonte: Contraf-CUT