Julho 06, 2025
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Na última segunda-feira, dia 28 de agosto de 2017, bancários e bancárias em todo país comemoravam seu dia! Mas, em sinal de desrespeito, o Banco do Brasil, nesse mesmo dia, lançou uma campanha intitulada Caravana Vai no App. Onde uma van fica estacionada em frente a uma agência bancária, com terceirizados que abordam clientes do banco, estimulando a utilização do aplicativo, via telefones celulares.

Os bancos dizem que o serviço é para trazer conforto e praticidade aos clientes, mas não divulgam informações dos efeitos colaterais nefastos aos trabalhadores, com a crescente digitalização dos serviços bancários. Estudos apontam que a digitalização das instituições financeiras, são inversamente proporcionais à geração de emprego. Ou seja, quanto mais os aplicativos e meios digitais são utilizados, menos seres humanos serão necessários.

Devido a isso, o SindBancários Petrópolis, sempre preocupado com o ser humano, lança a campanha “Seja Mais Humano, NÃO seja digital”. A intenção dessa campanha é conscientizar os trabalhadores (em especial os bancários) e os clientes e usuários dos bancos, quanto à ação predatória das instituições financeiras que reduzem o número de funcionários nas agências de forma intencional e irresponsável, para precarizar o atendimento e empurrar os clientes para o atendimento exclusivamente virtual.

“Cada aplicativo baixado em um celular, tira dezenas de empregos. Centenas de aplicativos baixados, acabam com milhares de empregos! Não podemos ser digital a tal ponto que ajudamos a acabar com a vida de pessoas, pais e mães de família. Ainda mais nesse momento de crise econômica que o Brasil atravessa. Vamos lutar por mais contratações, por melhores condições de trabalho e por melhorias na qualidade de atendimento à população!”, disse o Presidente do SindBancários Petrópolis, Marcos Alvarenga, que completa: “Além disso tudo, os aplicativos e as transações feitas online (através da Internet) ainda são muito vulneráveis a vírus e aos golpes virtuais. O atendimento pessoal e presencial nas agências ainda é a forma mais segura para clientes e usuários realizarem suas transações”.

Fonte: SindBancários/Petrópolis

​Banco que atingiu maior lucro de sua história para um semestre deixou de realizar a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de forma presencial

Apenas um mês depois de divulgar o maior lucro da sua história para um semestre (R$ 4,612 bilhões, crescimento de 33,2% em relação ao mesmo período de 2016), o Santander tomou medidas para economizar na conscientização e promoção da saúde dos seus trabalhadores, deixando de realizar a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (Sipat) de forma presencial. O evento foi feito virtualmente entre 21 e 25 de agosto.

“É um absurdo o banco fazer Sipat apenas online. A sensação dos bancários é que a semana não ocorreu”, protesta a dirigente sindical e bancária do Santander Lucimara Malaquias. Ela destaca que até o ano passado, as Sipats proporcionavam uma série de palestras com profissionais de saúde – com os quais os funcionários podiam tirar dúvidas individualmente –, além de exames clínicos, como medição de pressão e índice glicêmico.

De acordo com a Norma Regulamentadora número 5 (NR 5), do Ministério do Trabalho, a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho é um evento obrigatório em empresas que devem dispor de Comissão Interna de Prevenção de Acidente e tem o objetivo de conscientizar os empregados sobre a saúde e segurança no trabalho, além da prevenção de acidentes e doenças. Dentre as atividades estão palestras, treinamentos, avaliações médicas, atividades lúdicas, entre outras.

“É muito mais do que simplesmente ver uma palestra online, é uma experiência de interação, troca, sensibilização sobre a importância da promoção da saúde e segurança do trabalho. É inaceitável que o Santander economize com a saúde e segurança dos seus trabalhadores no país que apresenta o maior lucro de todo o grupo, respondendo por 26% do seu resultado mundial.”

Durante a Sipat são realizadas atividades envolvendo os empregados visando a conscientização e promoção da segurança e qualidade de vida do trabalhador, geralmente focando em um tema definido previamente. O evento deve ser organizado anualmente pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), em conjunto com o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt)

“Não basta só fazer a Sipat de forma virtual, só para dizer que fez, para cumprir a lei. Tem que fazer bem feito, com planejamento e participação dos trabalhadores e da Cipa, além de garantir a continuidade ao longo do ano”, enfatiza Lucimara, acrescentando que o Sindicato se disponibiliza a participar da Sipat e contribuir com ideias para sua construção.

Mais desrespeito
Esse não é o único desrespeito do Santander com relação à saúde dos seus trabalhadores. O Sindicato questionou o banco sobre a mudança unilateral do plano de saúde, sem qualquer diálogo e negociação, o que gerou muita insatisfação por parte dos funcionários. O Sindicato também tem recebido uma série de denúncias de bancários demitidos com exames médicos por terem desenvolvido doenças ocupacionais, e outros que foram dispensados logo após a realização do exame de retorno ao trabalho.

“É intolerável que um banco estrangeiro que ganha tanto dinheiro no Brasil cometa desrespeitos e descasos sistemáticos com a saúde dos seus trabalhadores, que muitas vezes acabam adoecendo de tanto trabalhar para atingir os lucros imensuráveis da instituição financeira”, afirma Lucimara.

Fonte: SPBancários

O futuro das relações do trabalho e as novas tecnologias são os principais desafios do movimento sindical

Depois da aprovação do regimento interno, os convidados da primeira mesa do segundo dia do 15º Congresso Extraordinário, que vai até a próxima quinta (31), trouxeram para o debate os temas “Financeirização, Automoção e o Futuro do Trabalho” que estão mudando as relações de trabalho no Brasil e no mundo, gerando trabalhos precários, desempregos e até extinção de algumas categorias no futuro do trabalho.

“Com a aprovação da reforma Trabalhista, a Terceirizaçao e as transformações do mundo, com as novas tecnologias, a CUT precisa discutir e traçar estratégias para continuar lutando pelos direitos da classe trabalhadora”, explicou o secretário Geral da CUT, Sérgio Nobre.

A financeirização [a possibilidade da acumulação da riqueza abstrata, desvencilhada dos incômodos da produção material – o famoso rentismo] é um fenômeno mundial, segundo o diplomata brasileiro e ex-ministro da defesa, Celso Amorim. “Muitos empresários ganham muito mais dinheiro com o mercado financeiro que com a produtividade do trabalho”, explicou.

Este modelo de comprar papel e não investir em produção vem acompanhado da desindustrialização e desnacionalização, privatizando as empresas estatais, diminuindo postos de trabalho, destruindo o Estado e aumentando a desigualdade, segundo o diplomata.

Amorim ainda destaca que nem na ditadura houve uma violenta e rápida destruição dos direitos do trabalho e do Estado. “A soberania está sendo ameaçada e sabemos que a liberdade é indissociável. Não há desenvolvimento nacional sem o forte apoio do Estado e não igualdade sem democracia”, destacou.

O professor Ladislau Dawbor reafirmou que o dinheiro está indo para mercado financeiro paralisa a economia. Além dos mais de 14 milhões de desempregos no país, segundo Ladislau, 61 milhões de adultos estão enforcados com o pagamento dos juros do que já compraram. “Os empresários não irão investir em produção se não tiver pra quem vender”, completou.

Ladislau também destacou os milhões em impostos que são “investidos” em banco ao invés de desenvolver estrutura e políticas sociais, cortando o salário indireto, como creche, saúde e educação universal e gratuitos, entre outras.

O professor afirmou que os desafios são grandes com as novas tecnologias, mas também vê oportunidades. “No Quênia pequenos agricultores conseguem fazer contatos direitos com quem vai comprar seus produtos via celular, tirando o intermediador do processo”, contou. Ele acredita que a produção baseada no conhecimento está em alta. “Qualquer agricultor hoje tá usando analise de sol, hídrica, entre outros e mais da metade do valor dos produtos, não é trabalho físico é conhecimento”, frizou.

O professor Lucas Tasquetto disse que os riscos das novas tecnologias e a automoção esbarram na substituição de empregos permanentes. Segundo ele, no contexto norte americano, 47% da mão de obra total se caracteriza com auto risco de ser automatizados em uma década ou duas e podem ser extintos. “A proporção do risco dos empregos quando traz para os países em desenvolvimento chega a 70%”, contou.

Tasquetto destacou que os futuros postos de trabalho precisarão de menos pessoas, mas com conhecimento técnico e que a “uberização” da economia pode degradar a relação do trabalho diminuindo salários e reduzindo as chances de negociação com os sindicatos.

“Os trabalhadores e as trabalhadoras terão que assumir todos os riscos do trabalho individual e com a lapidação dos direitos trabalhistas isto se aprofunda”, explicou. Para o professor, “os sindicatos precisam se atentar ao assunto e cobrar do Estado políticas que moldem a governança da internet para garantir segurança dos trabalhadores neste novo mundo do trabalho, que não há mais volta”.

Fonte: CUT

Banco omitiu informações aos trabalhadores e de forma irresponsável anunciou no dia 28 de agosto o fechamento de agências pelo país

No dia do bancário (28), a Caixa Econômica Federal surpreendeu os trabalhadores bancários com o anúncio do fechamento de importantes pontos de atendimento à população. Dentre eles, as agências de Campinas de Pirajá, Salvador, e da Vila Clementino, em São Paulo. Ao ser questionado pela Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), na última reunião realizada no dia 15 de agosto de 2017, o banco omitiu as informações sobre o encerramento das atividades e quais agências seriam afetadas.
Com investimentos em projetos de construção de moradias populares, incentivo ao esporte, à cultura e financiamento à educação, micro e pequenas empresas, a Caixa se tornou um banco público fundamental para o desenvolvimento econômico e social do país e a redução da sua capilaridade é cada vez mais preocupante para a população.
Durante a última reunião com os representantes dos empregados, a direção da Caixa afirmou que não tinha a previsão de fechamento de agências e que o déficit financeiro das unidades era o principal parâmetro a ser considerado. Para Dionisio Reis, coordenador da CEE/Caixa, a atitude causa efeito contrário e prejudica a imagem do banco que, por sua inserção na sociedade, conquistou grande valorização da sua marca. “As agências que estão localizadas em regiões distantes e bairros onde só tem a Caixa como banco são muito importantes para a população e também fazem com que a imagem da empresa se valorize. A Caixa virou 'top of mind' por conta de estar em todos os locais”, afirmou.
O processo de fechamento de agências retira trabalhadores de suas funções e contribui para precarização do atendimento, além de atacar o desenvolvimento local e contribuir para a recessão e desemprego no país. “É um absurdo. É um atentado contra a empresa e contra os trabalhadores”, finalizou Dionísio.


Contra o desmonte
A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e com a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa (Fenae), divulgou em Carta Aberta à população, no dia 23 de agosto, a realização de atos semanais, todas as quartas-feiras, contra o desmonte dos bancos públicos, realizado pelo governo Temer. “Qualquer movimentação como a que está sendo feita com a Caixa tem que ser feita após discussão com a sociedade. A Caixa é mais que um banco e a sociedade espera isso da direção do banco”, disse Dionísio.

Fonte: Contraf-CUT

A Cerimônia de abertura do 15º Congresso Extraordinário da CUT aconteceu nesta segunda-feira (28), no Espaço Immensità, em São Paulo. O evento reuniu e 800 delegadas e delegados de todo o Brasil e relembrou os 100 anos de luta da classe trabalhadora.

No palco, grande parte da Direção Nacional da CUT, representantes dos movimentos sociais e das demais centrais sindicais. Entre os discursos, um fator comum: o reconhecimento do acirramento da luta de classes.

A vice-presidenta nacional da CUT, Carmen Foro, celebrou os 34 anos da CUT. “Viva a maior central sindical da América Latina”. Em sua fala, a dirigente analisou o atual cenário político do país.

“Nós fomos chamados para um momento de profunda reflexão sobre o futuro de nossa organização e da nossa luta. Eu tenho certeza que de tudo que vamos aprovar nesse Congresso, tem questões que serão grandes desafios. Um deles é melhorar nossa compreensão da luta de classes”, afirmou Carmen, que fez um recorte racial em sua fala.

“Nós não podemos em um ambiente de profunda desigualdade, achar absolutamente natural que os jovens negros sejam exterminados nas periferias de nossas cidades. Não podemos achar natural que nos nossos espaços de debate, não se fale da morte da juventude negra, sendo que esta é a maioria da população brasileira”, encerrou Carmen.

A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, lembrou que “durante os 34 anos de sua existência, a CUT se caracterizou pela defesa da classe trabalhadora” e também chamou a atenção para a defesa da das camadas mais pobres da população.

“Nunca tivemos um acirramento da luta de classes como agora. Há um acirramento da retirada de direitos. Em menos de um ano e meio desde que eles deram o golpe, destruíram a CLT e agora estão vendendo o Brasil em um saldão”, encerrou Gleisi.

Durante a cerimônia, cada um dos representantes dos 27 estados presentes homenageou nomes importantes que marcaram a história de luta. Entre os citados estavam o seringueiro Chico Mendes, a psiquiatra Nise de Oliveira, o trabalhador rural Nativo da Natividade, o antropólogo Darcy Ribeiro, Margarida Alves, entre outros.

Fonte: Contraf-CUT

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realiza, a partir desta segunda-feira (28), o “15º Congresso Extraordinário e Exclusivo: 100 anos depois...A luta continua! Nenhum Direito a Menos”, para debater os seus rumos como maior central sindical da América Latina. A data coincide com os 34 anos de fundação da entidade e lembra o centenário da primeira greve geral no Brasil e da Revolução Russa.

A Plenária abriga uma exposição sobre a greve geral de 1917 organizada pelo Centro de Documentação e Memória Sindical (Cedoc/CUT) e pela Secretaria de Cultura da CUT, em parceria com o Arquivo Edgard Leuenroth, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O Presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas saudou à luta dos trabalhadores e trabalhadoras que fazem parte da história da maior central sindical da América Latina. “Neste dia a CUT completa 34 anos de idade, de muita história, de muita luta. Nada nos últimos 34 anos de história no Brasil passou sem que tivesse a interferência da CUT e seus sindicatos”, afirmou.

“Defender o emprego, os trabalhadores, o Brasil, a democracia, uma sociedade justa para todos, é o nosso legado. O Brasil precisa de direitos, dar respeito aos direitos, igualdade e a CUT trabalha para construir isso”, finalizou Vagner.

Leia na íntegra: https://cut.org.br/noticias/comeca-nesta-segunda-o-congresso-extraordinario-da-cut-fb79/

Serviço

Local: Espaço Immensità: Av. Luiz Dumont Villares, 392 - Junto ao Complexo Hoteleiro Wyndham Garden Convention Nortel - F. 11 5070-9000

Datas: Dias 28,29,30 e 31 de agosto de 2017

Horário: a partir das 9h

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro informa, em texto publicado em seu site, que o Banco Itaú está preparando a privatização do Banco do Brasil, de acordo com seus próprios interesses.

Segundo o Seeb/Rio de Janeiro, em 2016 os serviços da Falconi Consultores de Resultados foram contratados por “notório saber”, sem licitação, com a finalidade de provocar o “desmonte do BB”, chamado oficialmente de “reestruturação”.

“O trabalho desta empresa é enxugar a estrutura do banco público, preparando-o para a privatização, política do governo Fernando Henrique Cardoso, retomada pelo seu aliado, Michel Temer. Entre os membros do Conselho de Administração da Consultoria Falconi está Pedro Moreira Salles, à época da contratação Presidente do Conselho de Administração da holding Itaú Unibanco, atualmente Presidente do Conselho Diretor da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban)”, informa o texto.

Para o sindicato, há, no mínimo, conflito de interesses nos procedimentos de reestruturação do Banco do Brasil, que, na primeira fase levou a mais de 9,4 mil extinções de postos de trabalho e drástica redução na remuneração de cerca de 4 mil funcionários.

O sindicato informa, ainda, que a “mesma consultoria está fazendo o mapeamento dentro da Diretoria de Tecnologia do banco, um setor altamente estratégico a cujas informações o setor privado está tendo acesso”.

Leia o texto completo no site do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro.

Fonte: Contraf-CUT

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) se reuniu nesta segunda-feira (28), em sua sede, em São Paulo, com a Associação dos Advogados do Banco do Brasil (ASABB) para debater questões que envolvem a defesa do banco e dos direitos dos funcionários do BB.

A ofensiva do governo Temer contra os bancos públicos, questões do direito do trabalho e os processos de reestruturação do BB e da Caixa Econômica Federal, com possibilidades de privatização, não apenas dos bancos públicos, mas também das demais empresas públicas foram alguns dos temas em pauta.

“A situação é preocupante. Antes, mesmo se algum sindicato não conseguia obter avanços para os trabalhadores que representa, havia um arcabouço jurídico que impedia a redução de direitos. Com a nova legislação trabalhista é possível fazer a negociação direta com alguns trabalhadores, sem o auxílio dos sindicatos”, disse Carlos de Souza, secretário Geral da Contraf-CUT.

Para o presidente da ASABB, Luiz Roberto Ferreira Vaz, haverá resistência contra a retirada de direitos dos trabalhadores. “Existem questionamentos quanto a constitucionalidades de alguns artigos da nova lei e haverá oposição não apenas dos trabalhadores. A maior resistência virá da parte da Justiça do Trabalho”, observou.

Ações práticas
A reunião serviu também para o levantamento de questões que podem ser tocadas em colaboração entre as entidades, sindicatos e federações de trabalhadores.

“Esta foi a primeira de uma série de reuniões que faremos para organizar ações práticas na defesa dos funcionários e de seus direitos”, destacou o secretário Geral da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

Data recorda greve de 69 dias em 1951, que contribuiu com surgimento de sindicatos e do Dieese

Foi no dia 28 de agosto, em 1951, que os bancários decidiram cruzar os braços para reivindicar um reajuste salarial 40%. Os bancos queriam dar apenas 20%.

Os índices oficiais do governo na época apontavam um aumento de 15,4% no custo de vida. Os bancários refizeram os cálculos e o próprio governo teve que rever seus índices, que saltou para impressionantes 30,7%. Depois de 69 dias de paralisação, os bancários conquistaram 31% de reajuste. Foi a maior greve da história da categoria. O dia 28 de agosto passou a ser considerado como o Dia do Bancário.

Importância da greve
Mas, além do reajuste, a greve de 1951 também fez surgir sindicatos de bancários em vários pontos do país. Assim, também é indiscutível a importância da greve para a organização da luta da categoria, que de lá para cá obteve muitas outras conquistas e, inclusive, é a única do país com um Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) nacional.

Outro mérito da greve de 1951, foi a contestação dos dados oficiais do governo. A partir desta contestação surgiram as bases para a criação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O Dieese surgiu com o objetivo de municiar os trabalhadores com dados estatísticos confiáveis.

Em São Paulo, a data deu nome à faculdade criada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e pela Federação dos Bancários da CUT de São Paulo (Fetec-CUT/SP).

Fundação da CUT
O dia 28 de agosto também deve ser comemorado como dia de luta por ser o dia de fundação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), durante o 1º Congresso Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat), em 1983. Ainda durante a ditadura militar (leia mais no site da CUT).

Fonte: Contraf-CUT

Quem assinar o documento pode ser descomissionado, quem não assinar fica prejudicado em seleções internas

A Gerência de Gestão de Pessoas da Caixa Econômica Federal divulgou nesta sexta-feira (25) um informe sobre o programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP). A medida, realizada em atendimento à pressão dos representantes dos trabalhadores, que conseguiram que o banco esclarecesse os procedimentos durante a reunião da mesa de negociações permanentes, ocorrida no dia 15 de agosto, não foi suficiente para esclarecer sobre as consequências geradas pela assinatura no acordo para adesão ao programa, bem como para aqueles que não assinarem.

“O comunicado foi enviado na data limite que havia sido combinada. Mas, não traz muitos esclarecimentos. Mas se parece com uma publicidade em defesa do GDP. Diz, por exemplo, que a avaliação do desempenho é uma necessidade apontada pelos empregados. No entanto, não dizem que os empregados também pedem que as metas sejam estabelecidas coletivamente com a participação deles”, disse Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva de Empregados da Caixa.

“A única coisa que ficou clara é que a Caixa quer colocar o empregado em uma encruzilhada. Se ele assinar o acordo, pode perder o comissionamento de função gratificada se for classificado como incipiente ou emergente, como prevê o RH 184. Se ele não assinar, ele fica prejudicado em processos seletivos internos”, concluiu.

Assédio moral
Para os representantes dos empregados, da forma como está estabelecido, o programa será mais um mecanismo utilizado para fazer pressão pelo cumprimento de metas abusivas. “Somos contra o GDP. Não queremos que os empregados sejam cobrados e sofram assédio para cumprirem metas inatingíveis, estabelecidas sem a participação deles”, explicou o coordenador da CEE/Caixa.

De acordo com o estabelecido, os funcionários podem ser classificados, de acordo com seu desempenho como incipiente, emergente (quatro níveis), eficaz, superior em estilo, superior em resultado ou excepcional.

Pressão pela assinatura
A Caixa iniciou a implantação do GDP em 2015, sem que houvesse qualquer discussão com os representantes dos empregados. Em maio daquele ano, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Federação Nacional das Associações de Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) iniciaram uma campanha de conscientização e mobilização contra o programa. Na ocasião, foram divulgadas uma nota de repúdio das entidades e uma cartilha. Esta última foi impressa e enviada para todos os trabalhadores do banco.

“No ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) 2015-2016, conquistamos a suspensão do programa. A direção do banco sempre se recusou a revoga-lo, já planejando sua retomada, o que está ocorrendo agora. Trata-se de mais um golpe contra nossos direitos”, disse Dionísio Reis. O GDP foi mantido apenas para cargos de gestão.

Agora o programa está sendo ampliado para todos os cargos comissionados da Caixa, incluindo operadores de caixa, avaliadores de penhor e todos os demais. A medida está prevista na mais recente versão do normativo RH 205, publicada em julho, que, conforme avaliação da comissão dos empregados, representa uma redação ambígua, não deixando claro os prejuízos que o empregado poderá sofrer caso decida não aderir ao programa.

“Nem o RH 205, nem o comunicado enviado hoje aos empregados deixa claro o que acontecerá com quem não assinar o acordo individual”, critica o coordenador da CEE/Caixa.

Desde que anunciou o GDP, em 2015, o movimento sindical e associativo tem se posicionado contra o programa e reivindicado a sua suspensão, mas a Caixa não recuou.

Os trabalhadores têm até o final de agosto para assinar o documento. “Continuamos contrários ao programa e instruímos aos empregados que se verem obrigados a assinar o documento a procurar por seu sindicato e denunciar o assédio. É bom lembrar que em nossa Convenção Coletiva existe uma cláusula que proíbe o assédio”, ressaltou Dionísio.

Fonte: Contraf-CUT