Agosto 26, 2025
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Os juros bancários médios dos empréstimos para pessoas físicas (recursos livres) avançaram 0,1 ponto percentual em novembro deste ano, para 38,5% ao ano, o maior patamar em 19 meses, ou seja, desde abril do ano passado (39,4% ao ano), segundo informações divulgadas pelo Banco Central nesta quinta-feira (19).

O aumento dos juros bancários de pessoas físicas acontece após o próprio Banco Central ter iniciado, em abril deste ano, um ciclo de alta dos juros básicos da economia, para tentar conter o crescimento da inflação. Desde então, os juros básicos subiram seis vezes, passando de 7,25% para 10% ao ano – uma elevação de 2,75 pontos percentuais.

Juros sobem mais do que Selic

Com o aumento dos juros básicos do país, também houve alta na taxa de captação das instituições financeiras, ou seja, quanto os bancos pagam pelos recursos.

No fim do ano passado, a taxa de captação, para operações com pessoas físicas, estava em 8,3% ao ano, passando para 11,9% ao ano em novembro. Um crescimento de 3,6 pontos percentuais.

No mesmo período, os juros bancários das instituições financeiras para pessoas físicas cresceu 4,6 pontos percentuais, visto que estavam em 33,9% ao ano em dezembro de 2012.

Deste modo, os dados do BC mostram que as instituições financeiras não só estão repassando a alta do custo de captação que tiveram por conta da elevação dos juros básicos da economia, como também estão subindo os juros cobrados de seus clientes acima da alta da Selic – fixada pelo Banco Central.

Taxa média de empresas e geral

No caso das operações dos bancos com as empresas, ainda com base nos chamados “recursos livres”, a taxa média somou 21,4% ao ano em novembro – com alta de 0,6 ponto percentual frente ao patamar de outubro (20,8% ao ano). É o maior valor desde abril do ano passado (22,2% ao ano). No ano, essa taxa avançou 3,4 pontos percentuais.

Tamém subiu em setembro deste ano a taxa média geral de todas as operações com recursos livres, que somou 29,3% ao ano no mês passado, contra 29% ao ano em outubro. Neste caso, os juros atingiram o maior valor desde abril do ano passado (30,4% ao ano). No acumulado de 2013, a taxa média de juros bancários avançou 4 pontos percentuais.

Metodologia

O Banco Central mudou, no início deste ano, o formato de registro dos dados relativos aos juros bancários e, ao mesmo tempo, também desativou a série histórica que vigorava anteriormente.

Pela nova metodologia, as operações com recursos livres (que não têm relação com o crédito direcionado, que é rural, BNDES e habitação) passaram a englobar algumas modalidades de empréstimos, como arrendamento mercantil (leasing), descontos de cheques (operações que se assemelham com “factoring”), além de cheque especial pessoa jurídica e antecipação de faturas de cartão.

Fonte: G1

A Polícia Federal (PF) aplicou multas de R$ 24,303 milhões contra 28 bancos por falhas na segurança de agências e postos de atendimento bancário, durante as quatro reuniões ocorridas em 2013 da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), em Brasília. O montante representa um crescimento de 583,24% em relação a 2012, quando os bancos foram multados em R$ 3,557 milhões. O levantamento foi elaborado pelo Dieese, com dados da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), integrante da CCASP.

O campeão foi o Banco do Brasil, com multas de R$ 7,728 milhões, seguido do Bradesco com R$ 5,566 milhões, do Itaú com R$ 4,173 milhões, do Santander com R$ 3,711 milhões e da Caixa Econômica Federal com R$ 1,679 milhão e do HSBC com R$ 727 mil.

Clique aqui para ver o levantamento do Dieese.

O crescimento das multas é resultado do aumento da quantidade de reuniões da CCASP (em 2012 ocorreram somente três), o que representou o julgamento de maior número de processos contra bancos, abertos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp), por causa do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e de portarias da Polícia Federal.

As multas foram aplicadas em reuniões da CCASP, que passou a ser presidida no decorrer do ano pela delegada Silvana Helena Vieira Borges, que assumiu a Coordenadoria-Geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP).

Segundo Ademir Wiederkehr, representante da Contraf-CUT na CCASP, as
principais irregularidades punidas foram o número insuficiente e a falta de rendição de vigilantes no horário de almoço, alarmes e portas giratórias inoperantes, transporte de valores feito por bancários, inauguração de agências sem plano de segurança aprovado pela PF e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras.

Uma mesma agência do Bradesco no Acre, que obrigou bancários a transportar dinheiro em carro particular ou de táxi, foi punida em 202 processos, totalizando multas de R$ 2,865 milhões. “´É um tremendo descaso do Bradesco ao expor ao risco a vida de bancários, em vez de contratar empresas de carro-forte para transportar numerário”, critica Ademir.

Nas reuniões da CCASP houve também aplicação de multas e outras penalidades contra empresas de segurança, vigilância e transporte de valores e cursos de formação de vigilantes, igualmente por descumprimento da legislação federal e das normas da Polícia Federal.

Bancos não priorizam segurança

“Esse crescimento das multas revela, por um lado, que melhorou o trabalho da Polícia Federal, e por outro que os bancos não priorizam a segurança dos estabelecimentos”, avalia Ademir. “Os bancos enxergam a segurança como custo, que pode ser reduzido para aumentar ainda mais os lucros, e por isso agem com negligência, em vez de respeitarem a legislação e fazerem investimentos para prevenir assaltos e sequestros e proteger a vida dos bancários, vigilantes e clientes”, salienta.

“Esperamos que em 2014 os bancos tratem com zelo e prioridade a segurança e façam mais investimentos, porque recursos financeiros não faltam para o setor que mais lucra no país”, projeta Ademir, que é também coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária.

Conforme estudo do Dieese, com base nos balanços publicados do primeiro semestre de 2013, os seis maiores bancos lucraram R$ 29,6 bilhões e aplicaram R$ 1,6 bilhão em despesas com segurança e vigilância, o que representa uma média de 5,4% na comparação entre os lucros e os gastos com segurança.

O diretor da Contraf-CUT lembra que pesquisa nacional feita em parceria com a Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) revelou que houve 30 mortes em assaltos envolvendo bancos no primeiro semestre, reforçando o descaso dos bancos com a segurança. “É inaceitável que tenhamos mortes, feridos e pessoas traumatizadas por falta de segurança nos bancos”, ressalta.

“Além de mais investimentos dos bancos em segurança, esperamos que o Ministério da Justiça finalize em 2014 o projeto de lei do estatuto de segurança privada, atualizando com avanços a lei federal nº 7.102/83, garantindo novos equipamentos de prevenção contra assaltos e sequestros e colocando a proteção da vida das pessoas em primeiro lugar”, conclui o dirigente da Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, concluiu nesta terça-feira 15 a primeira rodada de negociação da pauta específica do funcionalismo com a direção do BB, em Brasília. Houve discussões sobre as reivindicações de saúde e condições de trabalho, previdência e isonomia.

 

Não houve avanços e o BB, num ato falho, sinalizou que as negociações só avançam se houver greve do funcionários, pois disse não para várias reivindicações alegando que agora não pretende atender às demandas porque entre 2003 e 2011 já aceitou várias delas. Não por acaso, entre 2003 e 2011, o funcionalismo do BB conquistou vários direitos com mobilização e greve.

 

“Finalizamos o primeiro bloco de negociação, que durou dois dias, reafirmando ponto por ponto a nossa pauta específica e mostrando ao banco como é importante para os funcionários ele apresentar propostas que atendam às nossas prioridades em relação à preservação da saúde, às condições de trabalho e à isonomia entre todos os trabalhadores do banco, sejam eles pré-98, pós 98 ou oriundos de bancos incorporados”, afirma William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador nacional da Comissão de Empresa.

 

“Há um conjunto de reivindicações que o BB tem plenas condições de atender, e que são os principais problemas dos bancários hoje, como o cumprimento da jornada de 6 horas para todos, a irredutibilidade do salário no retorno de licença-saúde, a seleção interna para a ascensão na carreira, o fim dos descomissionamentos e o fim das travas para concorrência e remoção automática”, insiste William. “Isso os bancários querem ver resolvidos nesta campanha.”

 

Só a mobilização garante direitos

Durante a discussão sobre isonomia para os bancários oriundos dos bancos incorporados, o BB enumerou os avanços dos últimos nove anos, sinalizando que só vai apresentar proposta se houver greve. “Mas nós dissemos que é hora de darmos um salto de qualidade e de o banco valorizar o processo de negociação coletiva, apresentando propostas para as prioridades dos bancários”, acrescentou o coordenador da Comissão de Empresa.

 

Para a Contraf-CUT, só a mobilização do funcionalismo do BB garantirá os direitos dos trabalhadores e forçará o banco a avançar nas negociações.

 

O Comando Nacional discutiu ainda com o BB outras reivindicações importantes do funcionalismo, como o fim das Plataformas de Suporte Operacional (PSO). “Mostramos o caos que esse programa trouxe para os bancários em geral, os gestores e clientes e pedimos o seu fim e o retorno dos caixas e gerentes de serviço às dotações das agências”, disse William.

 

Também houve longas discussões sobre os comitês de ética, que os bancários querem revisar e levar o BB a aderir à cláusula de combate ao assédio moral da convenção coletiva da Fenaban, e sobre Cassi e Previ, principalmente em relação à urgência da inclusão dos funcionários dos bancos incorporados nas duas caixas e do fim do voto de minerva na Previ.

 

Segunda rodada com BB na próxima semana

A segunda rodada das negociações das questões específicas do BB será realizada na próxima semana, em data que será definida pelo Comando Nacional após a segunda rodada de negociações com a Fenban que ocorre nesta quarta e quinta-feira, em São Paulo.

 

Entre os temas da próxima rodada está incluído todo o bloco de remuneração e plano de carreira.

 

Fonte: Contraf-CUT

Em negociação ocorrida nesta quinta-feira (19) com a Contraf-CUT, federações e sindicatos, em Curitiba, o HSBC anunciou que as medidas de ajustes em andamento não acarretarão nenhum processo de demissões em massa, nem o fechamento de agências. Houve também debates sobre o acordo aditivo à convenção coletiva dos bancários e a PPR 2014.

“Apesar do anúncio do banco inglês, todos os sindicatos devem ficar alertas no mês de janeiro”, salienta Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo Financeiro da Contraf-CUT. Ele orienta também os funcionários do HSBC “para que ninguém se afaste por motivo algum dos normativos da empresa, pois questões singelas estão sendo alegadas pelo banco para demissão por justa causa”.

Reestruturação

A reunião teve início com o questionamento dos dirigentes sindicais sobre qual é o projeto para a área de atendimento da rede de agências, diante de uma série de mudanças em curso no banco. Os representantes dos bancários temem uma reestruturação drástica na forma de atuação do banco no curto prazo, em razão de uma série de medidas já em curso, como a abertura de agências de negócios, a centralização das carteiras PJ em plataformas retirando-as das agências, o fechamento de agências e o aumento das demissões. Além da situação critica da falta de funcionários em toda rede de atendimento.

O banco afirmou que a estratégia é buscar realmente aprofundar no Brasil o perfil de atuação que o caracteriza em todo mundo, qual seja, uma relação com clientes com perfil investidor e de renda mais elevada. No entanto, isso de forma alguma significa qualquer possibilidade de saída do varejo no Brasil. Ao contrário, o banco precisa dessa atuação para captação e sustentar o modelo de negócio. Desta forma, não está nos planos o fechamento de agências, como medida de redução de custos, assegurou Aydes Júnior, responsável pela Área de Atendimento das agências do HSBC.

Diante da cobrança dos dirigentes sindicais sobre o recente aumento das demissões, o banco alegou que as mesmas ficaram represadas no período da Campanha Nacional 2013 e que estão na mesma marca dos demais anos. O banco revelou que pretende fazer contratações no próximo período, projetando cerca de 80 admissões e alguns temporários para atender as demandas do tempo de férias em algumas regiões do país.

Questionado em relação aos gerentes PJ, o banco disse que o trabalho deles continuará da mesma forma e que somente não submeterá as suas rotinas ao gerente titular da agência e sim à plataforma a que estiver vinculado.

Indagado quanto à rentabilidade da carteira que ficava na unidade e agora não mais, mesmo mantendo os mesmos serviços, o banco ressaltou não saber afirmar quais percentuais ficam onde. “A nossa preocupação é que as agências estejam perdendo uma fonte de receita e o que irá mantê-las?”, pergunta Miguel.

As novas agências de negócios previstas para serem inauguradas são sete, dentre elas Santos Dumont e Cinelândia, no Rio de Janeiro, Cuiabá (centro), Campinas (centro) e São José do Rio Preto (centro). Nessas agências não haverá caixa para atendimento ou movimentação financeira, mas apenas negócios.

Mesmo com esses esclarecimentos, os dirigentes sindicais fizeram questão de registrar a dramática situação vivenciada pelos funcionários, diante da enorme falta de pessoal, do aumento dos afastamentos e do alto nível de adoecimentos.

PPR 2014

“Apesar do princípio positivo da venda responsável de produtos e da relação ética com os clientes, restaram dúvidas e problemas sobre o PPR 2014, como por exemplo não ter recursos ‘carimbados’ para o programa e a indefinição quanto receberá cada funcionário que atingir suas metas das áreas de vendas, de cobrança e de empresas. Cerca de 6 mil funcionários poderão se sentir desmotivados”, aponta Miguel.

O banco informou que realmente é um grande desafio no Brasil, inclusive porque se trata de uma cultura nova a ser implantada, mas que representa uma diretriz global do HSBC em todo mundo.

O representante da área de remuneração do banco confirmou a dificuldade de definir o valor final que caberá a cada um que cumprir as suas metas, que passarão a ser exigidas por família de produtos e não mais pela cobrança de venda de um único produto ou campanha como ocorre hoje, por causa do componente discricionário da avaliação comportamental no cumprimento da meta.

Acordo aditivo

Quanto ao encaminhamento do acordo aditivo com a inclusão dos direitos conquistados dos funcionários do HSBC via negociação coletiva, o banco informou que ele se encontra em análise no Departamento Jurídico. Isso porque a Contraf-CUT, após debate na Comissão de Organização dos Empregados (COE) do HSBC, enviou alguns itens que precisam ser incluídos, como o plano de previdência complementar, uso da treinet somente dentro da jornada de trabalho para os cursos de qualificação e a criação da Comissão Paritária de Saúde, que já houve a aceitação, mas ainda não foi implantada.

“Sugerimos um detalhamento maior nas cláusulas referentes à concessão de plano de saúde e odontológico, para que o acordo retrate fidedignamente as condições atuais praticadas, inclusive a política de reajustes, que não é via ANS”, salienta Miguel.

Cobrados pela renovação do acordo coletivo do ponto eletrônico, os dirigentes sindicais disseram estar aguardando o desfecho das negociações do acordo aditivo para ser dado o encaminhamento conjunto para as assembleias dos sindicatos acerca dos dois pontos. O banco ficou de enviar uma resposta em breve.

“Vamos ter que fazer muitas denúncias e ações sindicais em 2014 para implantar condições dignas de trabalho no banco, porque está faltando muita gente nas agências e o banco continua a ignorar essa realidade”, avalia Miguel.

Seminário

A Contraf-CUT realizará em março de 2014 um seminário para discutir as perspectivas futuras do HSBC no Brasil.

Fonte: Contraf-CUT

Devido ao clima de insegurança existente nas filiais e agências, mediante a possibilidade de uma nova reestruturação, a Contraf-CUT, federações e sindicatos cobraram da Caixa Econômica Federal respeito aos empregados e transparência na condução do projeto de atualização do modelo de gestão que o banco vem implantando na Matriz, mas pretende também fazer mudanças nas filiais e agências.

A cobrança foi feita durante a mesa de negociações permanentes, que foi retomada nesta quarta-feira (18), em Brasília. Essa foi, aliás, a primeira rodada depois da assinatura do acordo coletivo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2013/2014, ocorrida em 18 de outubro, em São Paulo.

Apreensão

A falta de comunicação adequada da Caixa sobre esse processo tem gerado grande apreensão entre os empregados, que não sabem qual será o impacto de uma possível reestruturação em seus setores. As notícias que vêm sendo espalhadas pelas unidades dão conta de que haverá extinções de diversas áreas, o que vem gerando incertezas quanto ao futuro.

Os dirigentes sindicais lembraram das queixas dos trabalhadores, que temem ser prejudicados com a reestruturação. Há, inclusive, escassez de informações sobre como serão feitas as realocações. Nesse processo, conforme observou a Contraf-CUT, assessorada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa), há denúncias de que vagas estão sendo preenchidas sem Processo Interno de Seleção por Competência (PSIC), configurando-se como uma irregularidade sem precedente.

Os representantes da Caixa confirmaram que algumas áreas serão extintas, enquanto outras apenas reduzidas. Eles disseram também que, na medida em que esse processo for definido, as unidades serão informadas. A implantação dessas mudanças, segundo a empresa, segue cronograma determinado com base em estudos feitos por consultoria. O objetivo, nesse caso, é mudar a estrutura organizacional da Caixa, visando tornar o fluxo do trabalho mais ágil.

Em resposta a um questionamento da Contraf-CUT, a Caixa afirmou que, no decorrer das mudanças, os empregados da Gilie irão para a Gihab com suas respectivas funções ou processos. A reivindicação dos representantes dos empregados é para que essa situação ocorra da forma menos traumática possível.

Foi questionada a real necessidade dessas mudanças arbitrárias e unilaterais. Para a representação nacional dos empregados, a Caixa precisa esclarecer aos seus trabalhadores os motivos que a levaram a tomar essa decisão, buscando convencê-los de que essa é a melhor alternativa.

A Contraf-CUT considera fundamental planejar esse processo de reestruturação, ponderando sobre as diferentes áreas, os empregados e suas especificidades, acertando previamente as novas funções, responsabilidades e remunerações, de modo a assegurar direitos. O primordial, nesse caso, é a valorização e o respeito aos trabalhadores.

Na reunião desta quarta, a Contraf-CUT também discutiu outros pontos com a Caixa, que foram:

Saúde Caixa

A Contraf-CUT cobrou uma política mais clara sobre o Saúde Caixa. Foi lembrado que as reuniões do Conselho de Usuários têm se limitado à apresentação do que foi implantado, sem que haja qualquer discussão prévia sobre os impactos financeiros dessas eventuais melhorias sobre o plano de saúde.

Há também dificuldades na obtenção de dados mais atualizados do plano. Isto provoca a falta de análise a respeito do que pode ser feito com os recursos. A representação dos empregados defende maior transparência sobre os números do Saúde Caixa.

As alterações unilaterais nos normativos têm prejudicado os empregados, sobretudo aqueles que se aposentam com menos de 10 anos de Caixa e não levam o Saúde Caixa. Essas medidas são adotadas em desacordo com o aditivo à Convenção Coletiva, o que é inaceitável.

A Contraf-CUT conclamou a empresa a reforçar espaços com o do Conselho de Usuários, visto que isto não vem ocorrendo nos últimos anos. Se assim for feito, o Conselho de Usuários terá condições de cumprir o seu papel de acompanhar a qualidade do programa Saúde Caixa, passando a oferecer à empresa subsídios ao aperfeiçoamento da gestão e dos benefícios, de acordo com as normas e a legislação em vigor.

Aposentados

A Caixa informou aos dirigentes sindicais que foi concluído o levantamento sobre os empregados que participaram dos últimos Programas de Demissão Voluntária (PADVs) e se aposentaram.

O assunto será discutido nos próximos dias, em data a ser agendada entre as partes, mas a reivindicação do movimento sindical é pelo retorno desses trabalhadores ao Saúde Caixa. Se houver acordo nessa questão, a proposta será encaminhada para assinatura do aditivo.

Técnico de segurança do trabalho 

A Contraf-CUT reivindicou um plano de melhorias das condições profissionais dos técnicos de segurança do trabalho. Há queixas sobre a baixa remuneração do segmento e foi perguntado sobre o propósito da Caixa em relação à função: se vai extingui-la ou reduzi-la?

A Caixa negou que pretende terceirizar a função, mas adiantou que pensa em fazer alterações no modelo de atribuições do segmento, com o objetivo de reduzir tarefas. Diante disso, os representantes dos empregados mostraram preocupação com o futuro desses trabalhadores, que exercem suas tarefas com um quantitativo reduzido de empregados.

O debate sobre o assunto será retomado em uma próxima reunião, a ser realizada em meados de janeiro de 2014.

Cipas/Sipats

Foi cobrada maior transparência no processo de eleição das Comissões Internas de Prevenção de Acidente (Cipas). Muitas vezes, a Caixa não divulga o calendário, desconhecido por boa parte das entidades sindicais, chegando até ao absurdo de indicar candidatos para o preenchimento das vagas.

A alegação da empresa é de que o sistema de eleição das Cipas está todo automatizado, com centralização por parte da Matriz.

O movimento sindical bancário reivindicou ainda maior participação na elaboração da programação das Semanas Internas de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipats).

Tesoureiros

A Contraf-CUT cobrou uma solução para o problema dos tesoureiros que trabalham solitários nas agências, com grande quantidade de atribuições. Em relação à jornada, a Caixa informou que não haverá qualquer alteração.

A empresa não confirmou os boatos de que pretende mudar a lotação dos tesoureiros para as agências, limitando-se a dizer que alguma coisa será feita.

Sisag

Desde que foi implantado, o Sistema de Automação de Produtos e Serviços de Agências (Sisag) apresenta problemas. Os caixas são os maiores prejudicados, dado que todo o trabalho deles depende do sistema. Foi dito para a empresa que a inconsistência do sistema com o Sipon foi verificada em uma agência de Brasília. Atualmente, há 2.569 agências com Sisag.

A respeito dessa questão, a Contraf-CUT mostrou preocupação com o fato de o Sipon estar servindo para fazer gestão com horas extras, o que é uma ilegalidade e não tem base no acordo coletivo. Os representantes dos empregados deixaram claro que o Sistema de Ponto Eletrônico não pode ser utilizado como ferramenta para a criação de banco de horas.

A Caixa considera difícil monitorar esse processo em sua totalidade, argumentando que as providências serão adotadas na medida em que os casos forem identificados.

Ranqueamento de empregados

A Contraf-CUT denunciou a ocorrência de ranqueamento de empregados. Há casos de gestores que divulgam lista de empregados produtivos e não-produtivos. Isto, inclusive, vem ocorrendo em Santa Catarina, em total descumprimento à Convenção Coletiva de Trabalho, que proíbe esse tipo de procedimento. Foi reivindicada uma solução para essa irregularidade.

Conselho de Administração

Passada a etapa de escolha dos representantes dos empregados para o Conselho de Administração, concluída no início de dezembro, a Contraf-CUT cobrou uma definição sobre a data de posse dos conselheiros eleitos.

A resposta da Caixa a essa reivindicação foi a de que essa posse está condicionada à alteração do estatuto da empresa, cujo pedido foi encaminhado e está sob análise da Casa Civil da Presidência da República.

Devolução dos dias de paralisação

Depois de cobrada pela representação dos empregados, a Caixa informou que os descontos dos dias de paralisação referentes às datas de 11 de julho e 30 de agosto, serão devolvidos na folha de janeiro do próximo ano. Nessa situação encontra-se um grupo de 200 a 300 empregados.

Fonte: Contraf-CUT com Fenae

Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), proferida na semana passada, proíbe as operadoras de plano de saúde de exigir o preenchimento da Classificação Internacional de Doenças (CID) em guias para exames e honorários médicos.

 

A prática foi considerada abusiva por ferir o princípio da privacidade e constituir obstáculo indevido para a utilização dos planos contratados. Além disso, o Ministério Público Federal (MPF) argumenta que os exames servem justamente para elaboração dos diagnósticos.

 

O recurso para manter a exigência foi apresentado pelas operadoras Blue Life, Bradesco, Golden Cross e Sul América contra uma decisão de 2005 da 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que proibia o preenchimento da CID nas guias. A decisão do TRF2 abrange tambémas empresas Amil, Assim, Caarj, Dix, Geap e Marítima.

 

A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) informa que não comenta decisões judiciais nem está apta a falar em nome de operadoras específicas, mas recomenda que asdecisões da justiça sejam cumpridas.

 

De acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a Instrução Normativa Nº 40, de abril de 2010, veda a exigência do número da CID nas guias de exames, inclusive modificando os formulários, que não têm mais o campo para este fim.

 

Fonte: Agência Brasil

 

A Contraf-CUT apoia o Projeto de Lei (PL) nº 6929/2013, de autoria do deputado federal Artur Bruno (PT-CE), que proíbe as empresas de expor publicamente as metas a serem alcançadas pelos trabalhadores.

Clique aqui para ler na íntegra o PL 6929-2013

O parlamentar afirmou em matéria publicada no último dia 16 pelo Jornal O Estado, de Fortaleza, que a iniciativa surgiu a partir de denúncias, sobretudo dos bancários. “Eles reclamavam que os gerentes mandavam torpedos, via celular ou internet, cobrando produtividade. Muitos ficam estressados, outros se deprimem e se sentem coagidos a alcançar as metas. O trabalho tem local e horário, não pode invadir a intimidade”, explicou.

Segundo Walcir Previtale, secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, a cláusula 36ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de 2013/2014 dos bancários dispõe sobre o monitoramento de resultados e proíbe a exposição do ranking individual de metas dos funcionários e na Campanha Nacioanal 2013 foi conquistada a inclusão de um parágrafo que veta o envio de torpedos (SMS) para cobrança de metas.

“No monitoramento de resultados, os bancos não exporão, publicamente, o ranking individual de seus empregados. É vedada a cobrança de cumprimento de resultados por torpedos (SMS), pelo gestor, no telefone particular do empregado”, consta na CCT.

O deputado salientou que a exposição das metas tem deixado de ser uma ferramenta motivacional para ser uma modalidade de assédio moral. “Não podemos admitir esse tipo de pressão que está sendo imposta sobre os trabalhadores”, reclamou, acrescentando que pretende proibir ainda a exposição do ranking individual de desempenho do trabalhador.

Para Walcir, a fixação de metas e a violência praticada para cobrar esses resultados dos empregados são abusos cometidos pelos bancos. “As metas e o assédio moral são temas que habitualmente aparecem com muita força nas consultas aos bancários na deflagração da Campanha Nacional”, enfatiza.

O parlamentar acredita que o projeto será votado no início de 2014. “Parabenizamos a iniciativa do deputado e nos colocamos a disposição no que for preciso para que o projeto tenha êxito”, conclui Walcir.

Fonte: Contraf-CUT

Os bancários realizam nesta quinta-feira (19) um Dia Nacional de Luta no Santander, fazendo paralisações e protestos em todo país contra o descaso do banco espanhol com o emprego e as condições de trabalho.
Uma carta aberta está distribuída pelos sindicatos aos clientes e usuários, retratando o drama das demissões para as famílias dos bancários. Num lado, aparece a imagem de um menino com a frase “Santander, não demita meu pai” e segurando um cartaz dizendo “Respeite o Brasil e os Brasileiros”, e, no outro lado, um texto com o título de “Queremos Natal e Ano Novo sem demissões”. Há também uma versão com a frase “Santander, não demita minha mãe”.
Clique aqui para ler o texto da carta aberta.
“Com essa mobilização, esperamos que o espírito do Natal e Ano Novo sensibilize o Santander a abrir negociações com o movimento sindical para discutir uma política de emprego, porque esse modelo perverso de gestão prejudica trabalhadores e clientes, não serve para alavancar o banco e não contribui para o desenvolvimento econômico e social do país”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.
O Santander é hoje o banco que mais está demitindo no Brasil. Até na véspera do Natal! Nos primeiros nove meses do ano, conforme estudo do Dieese, o banco fechou 3.414 postos de trabalho, na contramão da economia brasileira, que gerou 1,3 milhão de vagas no período. Entre setembro de 2012 e 2013, a redução foi de 4.542 empregos, uma queda de 8,2% no quadro de funcionários.
Para o banco, as demissões são normais. Mas para os bancários são injustificáveis. O Santander obteve lucro de R$ 4,3 bilhões até setembro no Brasil, o que representa 24% do lucro mundial, o maior resultado entre todos os países onde o banco atua.
Com tantas demissões, faltam cada vez mais funcionários nas agências, causando sobrecarga de serviços, assédio moral, estresse, insegurança e adoecimento de bancários, piorando as condições de trabalho e prejudicando a qualidade de atendimento aos clientes. Pioraram até os serviços de limpeza, uma vez que para reduzir custos as agências passaram a ter somente algumas horas de faxina por dia.

 

Como se não bastasse, o Santander terceirizou os prepostos nas homologações junto à maioria dos sindicatos. A medida vem sendo combatida pelas entidades, que enfrentam também as práticas antissindicais do banco para tentar calar os bancários.

 

Não é à toa que o Santander foi o campeão do ranking de reclamações de clientes no Banco Central em 2013. Além disso, cobra altas taxas de juros e tarifas abusivas dos clientes, enquanto gasta milhões de reais com o patrocínio da Copa Libertadores e da Fórmula 1.

 

Ao mesmo tempo, o Santander engordou a remuneração dos altos executivos. Entre 2010 e 2013, o ganho médio anual de um diretor do banco aumentou 67% no Brasil, chegando a R$ 7,915 milhões, o que é um absurdo. Também subiu anualmente entre 2003 e 2013 o retorno total do acionista do banco em todo o mundo.

 

Neste Natal e Ano Novo, os bancários não querem peru, nem panetone e nem lembrancinha do Santander, mas exigem um novo modelo de gestão, com o fim das demissões, rotatividade, corte de empregos, terceirizações, metas abusivas e adoecimento de funcionários. Os bancários reivindicam mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, igualdade de oportunidades e valorização dos aposentados.

 

Fonte: Contraf-CUT

O balanço do Banco do Brasil divulgado nesta terça-feira 14 apresenta lucro líquido de R$ 3,008 bilhões no segundo trimestre deste ano, declínio de 9,7% na comparação com o mesmo período de 2011, mas um aumento de 20,2% comparado com o primeiro trimestre de 2012. De janeiro a junho, o banco teve lucro líquido ajustado de R$ 5,69 bilhões, queda de 7,5%. A redução foi impactada por aumento nas provisões para perdas com empréstimos, mas os resultados ficaram acima do esperado pelo mercado, segundo avaliação da agência Reuters.

 

Houve ainda redução do montante contabilizado pelo Plano de Benefícios da Previ, que somou R$ 781 milhões no primeiro semestre de 2012, valor 59% inferior ao verificado no primeiro semestre de 2011 (R$ 1,92 bilhões).

 

“Assim como os bancos privados, o Banco do Brasil também usou o truque de reduzir contabilmente o lucro líquido ao elevar desproporcionalmente as provisões para devedores duvidosos mesmo com a estabilização da inadimplência, que no BB está abaixo do sistema financeiro como um todo”, afirma William Mendes, diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do banco.

 

“Isso mostra que o resultado do BB foi muito bom e ele tem todas as condições de atender às reivindicações do funcionalismo na campanha nacional deste ano”, acrescenta William.

 

Inadimplência tem queda

O índice de inadimplência para operações vencidas a mais de 90 dias do Banco do Brasil encerrou junho com leve queda de 0,1 ponto porcentual, passando de 2,2% no primeiro trimestre deste ano para 2,1% ao final de junho, considerando os atrasos acima de 90 dias. A inadimplência representa 3,8% – abaixo dos demais grandes bancos.

 

As provisões para devedores duvidosos (PDD) totalizaram R$ 6,934 bilhões no primeiro semestre deste ano, aumento de 26,58% na comparação com os R$ 5,478 bilhões registrados no mesmo período de 2011. As despesas com PDD aumentaram 20,7% no segundo trimestre deste ano ante o mesmo intervalo do ano passado. A variação, segundo o BB, está em linha com o crescimento da carteira de crédito (classificada) de 19,9% no período.

 

Se desconsideradas as operações do Banco Votorantim, a carteira de crédito classificada do BB cresceu 22% em relação a junho de 2011, porcentual superior ao aumento das respectivas despesas de PDD no período, de 12,6%. Segundo o relatório que acompanha as demonstrações do BB, no segundo trimestre, houve reversão de PDD adicional no montante de R$ 223 milhões, tratada como “item extraordinário”.

 

O BB encerrou junho com ativos totais de R$ 1,1 trilhão. Em 12 meses, os ativos da instituição aumentaram 16,3%.

 

Operações de crédito crescem 20%

Por intermédio da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, o governo está estimulando o sistema financeiro a reduzir suas taxas de juros e o spread bancário. Diante deste novo cenário, as Operações de Crédito do BB cresceram 20,3%, em relação ao primeiro semestre de 2011 e 7,5% em relação ao primeiro trimestre deste ano, atingindo o saldo de R$ 472,8 bilhões.

 

Sobre os indicadores do trabalho, a relação entre a Receita de Prestação de Serviços, somada à Renda de Tarifas Bancárias, sobre as Despesas de Pessoal demonstrou que somente esta receita secundária no banco cobre toda a despesa de pessoal com sobra de 30,25% em junho de 2012 – aumento de 5,36% em comparação ao mesmo período de 2011(foram vendidos pelo banco um total de 388.211 pacotes de serviço “Bom Pra Todos”).

 

Entre o primeiro semestre de 2011 e o de 2012, houve ampliação no quadro de funcionários do banco em 1.083 trabalhadores, que passou de 112.913 trabalhadores em junho de 2011 para 113.996, em junho de 2012.

 

O Patrimônio Líquido do banco, por sua vez, ampliou-se 14,08%, em relação a junho de 2011, e alcançou R$ 62,3 bilhões. Tais resultados apontam para uma Rentabilidade sobre o Patrimônio Liquido Médio, anualizada (ROE), menor em 5 pontos percentuais, de 24,9% para 19,9%. O BB encerrou o semestre com 19,5% de participação de mercado.

 

(Atualizado às 15h00)

Fonte: Contraf-CUT, com Agência Estado, Reuters e Dieese

 

Os profissionais de bancos de investimento são os mais bem remunerados do setor bancário no Brasil. Em muitos casos, graças à agressiva política de pagamento de bônus dessas instituições, os profissionais ganham o mesmo, ou até mais, do que presidentes de grandes empresas. O principal executivo de um “investment bank” – o “manager director”, que equivale a um cargo de presidente chega a ganhar até R$ 2 milhões ao ano em remuneração variável, além de um salário mensal que pode atingir R$ 80 mil. Somados, são quase R$ 3 milhões em um ano.

Os números são da última edição da pesquisa sobre salários de executivos realizada pela Michael Page. Profissionais de bancos de investimento são especializados em operações de fusões e aquisições, emissões de renda fixa e variável e estruturação de grandes operações de crédito.

Segundo o gerente da divisão de “banking” da consultoria, Luis Granato, a política de pagamento de bônus vem sendo rediscutida aqui no Brasil. “Desde o final do ano passado, as instituições financeiras que são nossos clientes começaram a pedir aconselhamento sobre como fazer os pagamentos.

A preocupação em saber o que os concorrentes vêm fazendo está crescendo”, diz. Segundo o especialista, é cada vez mais comum as instituições adotarem aqui o mesmo que seus pares estrangeiros fazem nos Estados Unidos e Europa desde a eclosão da crise financeira internacional, em 2008: o “diferimento” dos bônus.

Isso significa que em vez de pagar os bônus em dinheiro, paga-se em ações – e o executivo só pode vendê-las no mercado em três anos. “Se sair da instituição antes, perde os bônus”, explica Granato. Esta é uma maneira de as instituições desembolsarem menos recursos com esses pagamentos anuais e ainda conseguir reter o executivo. “Muitas vezes eles embolsavam enormes quantias no final do ano e logo depois trocavam de emprego”, diz Granato.

A pesquisa não revela essa mudança na política de pagamento de bônus. “É algo que percebemos no contato constante com nossos clientes, principalmente no final do ano. Quando divulgamos a pesquisa, somos procurados pelos departamentos de recursos humanos para ajudá-los a estabelecer as regras de bonificação e contratação para o ano seguinte”, afirma.

Segundo Granato, os executivos brasileiros de bancos de investimento demoraram a ver seus bônus serem cortados, redimensionados ou renegociados. Por isso, hoje, seus salários “não deixam nada a desejar” aos dos executivos que ocupam funções semelhantes em grandes bancos em Nova York. Mas segundo o especialista, os bancos estrangeiros de primeira linha com filiais aqui, como J.P.Morgan, ainda são os que pagam os maiores salários.

O setor de “banking” na pesquisa da Michael Page inclui bancos de varejo, de investimento, private equity, butiques de fusões e aquisições, gestoras de fundos, bandeiras de cartões, credenciadoras e empresas de meios eletrônicos de pagamento, financeiras, empresas de leasing e consórcios. Em cada uma delas foram mapeados os salários e remunerações variáveis de diversos cargos, desde os de áreas de suporte até os de vendas.

Depois dos bancos de investimento, quem recebe os maiores salários são gestores de fundos, analistas de ações “buy side” e estrategistas que administram mais de R$ 1 bilhão em recursos – além do fixo, os bônus e participações podem chegar a R$ 1 milhão ao ano. Profissionais de corretoras também podem ganhar até R$ 800 mil por ano em remuneração variável, além de salários que chegam a R$ 50 mil por mês.

Mercado de investimento paga os melhores bônus

“As posições mais almejadas e que melhor remuneram os executivos dentro do mercado financeiro estão dentro das instituições que atuam no mercado de investimento (Investment Banking, Wealth Management e Private Equity) porque estes profissionais estão envolvidos em negócios muito grandes e são responsáveis por carteiras de clientes com valores expressivos e de fundamental importância para o banco”, afirma Granato. “Não é raro ver jovens trainees de 20 anos recebendo salários de R$ 11 mil mensais mais luvas de R$ 50 mil por ano”, acrescenta o especialista. Mas essa política de bônus está mudando.

Dentro dessa mesma linha, outra área que está remunerando muito bem seus executivos é a de private equity. A atividade é recentemente nova no Brasil, e está crescendo. “Esses fundos compram empresas fechadas, com faturamento de até R$ 400 milhões ao ano, de estrutura familiar e sem plano de sucessão – como Tok Stok, CVC, Dudalina…

Temos cada vez mais casos como esses no Brasil, o que é música para os ouvidos dos profissionais de private equity”, diz. Segundo Granato, como é raro encontrar profissionais especializados, é também cada vez mais comum ver gerentes de bancos saindo de seus empregos para assumir posições nesses fundos, onde a remuneração é baseada em risco mas pode superar os R$ 800 mil anuais.

Fonte: Brasil Econômico