Maio 27, 2025
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Sindicatos de bancários de todo o país realizaram nesta quinta-feira (26) mais um Dia Nacional de Luta contra as demissões realizadas pelo banco Bradesco, em plena pandemia.

“O banco se comprometeu a não demitir durante a pandemia. Mas, no dia 28 de setembro descumpriu essa promessa e, em menos de dois meses, já demitiu mais de 2.500 funcionários. Isso é demissão em massa!”, criticou a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Magaly Fagundes. “E o aumento do número de infecções e mortes pela Covid-19 não deixa dúvidas: a pandemia não acabou”, completou.

Os atos são uma forma de protesto e fazem parte da campanha nacional organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e sindicatos de bancários de todo o país contra as demissões pelos bancos, que obtiveram lucros bilionários. O Bradesco, por exemplo, obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020.

Além das manifestações nas imediações das agências e departamentos, a campanha conta com outras ações para pressionar o banco, como o tuitaço realizado na terça-feira (24).

“O banco precisa rever essa política de demissões e reassumir o compromisso que fez em abril com a não demissão. Enquanto não houver essa reversão, continuaremos com nossas ações, tanto nas redes sociais quanto nas imediações das agências e departamentos do banco”, afirmou Magaly.

As manifestações e tuitaços contra as demissões pelo Bradesco já vêm ocorrendo há mais de um mês e as hashtags #QueVergonhaBradesco e #QuemLucraNãoDemite tem figurado entre os assuntos mais comentados do Twitter nos dias das ações nas redes, tendo, inclusive, sido pauta em diversos veículos de comunicação.

Fonte: Contraf-CUT

O lucro líquido da Caixa Econômica Federal nos primeiros nove meses de 2020 foi de R$ 7,5 bilhões. No trimestre, o lucro líquido foi de R$ 1,9 bilhão e o lucro ajustado foi de R$ 2,6 bilhões, crescendo 1,7% em relação ao 2º trimestre de 2020, segundo análise feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no balanço trimestral divulgado pelo banco nesta quarta-feira (25). A Caixa não explicou os fatores que causam a diferença entre o lucro líquido e o ajustado. Em doze meses, a rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio da instituição foi de 12,72%.

“É preciso destacar que a Caixa obteve lucro de R$ 7,5 bilhões, mesmo neste período de pandemia. É uma instituição que não traz prejuízo para o país, ao contrário, contribui com dividendos para o Tesouro Nacional. Ou seja, não há motivo para que o Governo Federal e o ministro (da Economia) Paulo Guedes insistam com a privatização fatiada do banco, por meio da venda de subsidiárias”, observou a coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa, Fabiana Uehara Proscholdt, que também é secretária de Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Auxílio emergencial e quadro de trabalho

A coordenadora da CEE/Caixa ressaltou, também, a atuação da Caixa com o pagamento do auxílio emergencial. “Quando falamos em auxílio emergencial, muita gente lembra apenas das enormes filas que se formaram nas imediações das agências da Caixa. Mas, se esquecem de que essas filas se formam devido à má gestão do Governo, que centralizou os pagamentos na Caixa, quando poderia dar responsabilidade também aos outros bancos; que criou um sistema de cadastro exclusivo pela internet, que não funcionava e as pessoas procuram o banco para tentar fazer o cadastro; enfim, o Governo comete os erros e são os empregados da Caixa que, indevidamente, recebem as críticas”, disse.

Fabiana acrescentou, ainda, que a instabilidade do sistema da Caixa também contribui para a formação de filas e que a CEE/Caixa cobra constantemente do banco a melhoria e estabilização do sistema.

Sobrecarga

A coordenadora da CEE/Caixa também disse que a redução do quadro de pessoal também influencia na formação de filas. “Os empregados já estavam sobrecarregados devido aos inúmeros PDVs (planos de demissões voluntárias) que foram realizados, sem que houvesse reposição do quadro de trabalhadores. É preciso convocar já os aprovados no concurso para repor o quadro”, completou.

Dados do balanço divulgado nesta quarta-feira mostram que a Caixa encerrou 3º trimestre de 2020 com 84.290 empregados, com fechamento de 796 postos de trabalho em doze meses. Destes, 30 postos de trabalho foram reduzidos entre março e setembro de 2020, em plena pandemia. Também foram fechadas duas agências. Em contrapartida, a Caixa registrou incremento de aproximadamente 43.565 milhões de novos clientes.

“Como não haver filas? Aumenta-se absurdamente a demanda, fecham-se agências e reduz-se o quadro de pessoal. E ainda há quem queira colocar a culpa pelas filas nos trabalhadores que, assim como fazem os médicos e enfermeiros, cumprem arduamente suas funções na linha de frente de atendimento à população, em plena pandemia”, destacou Fabiana.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço da Caixa, ou, se preferir, leia a análise do Dieese na íntegra.

Nesta quinta-feira (26), bancários de todo o Brasil realizam manifestações em agências e departamentos do Bradesco. Os atos são uma forma de protesto contra as demissões realizadas pelo banco. Na terça-feira (24), aconteceu um tuitaço contra a politica do Bradesco de demitir em plena pandemia, desrespeitando acordo firmado com o movimento sindical no primeiro semestre.

A ação, que faz parte da campanha organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e sindicatos dos bancários de todo o país, não irá parar até que as demissões sejam encerradas e as feitas até o momento revertidas. Na semana passada, outras manifestações e um tuitaço em agências e departamentos do banco foram realizados. O Bradesco já demitiu este ano mais de 2.000 trabalhadores, de acordo com cálculos da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco. Isso no mesmo período em que obteve Lucro Líquido Recorrente de R$ 12,657 bilhões nos primeiros nove meses de 2020.

As manifestações contra o Bradesco nas redes sociais figuraram entre os assuntos mais comentados do Twitter. O tuitaço chamou a atenção de vários veículos de comunicação, com as hashtags #QueVergonhaBradesco e #QuemLucraNãoDemite entre as mais postadas.

Fonte: Contraf-CUT

O Sindicato dos Bancários da Baixada Fluminense, através de seus departamentos jurídico e de saúde, reintegrou mais uma bancária do Banco Bradesco. 

A reintegração ocorreu nesta quinta-feira, dia 26 de novembro.

A demissão contraria um compromisso firmado com a categoria bancária de não demitir durante a pandemia.

Entenda o caso:

Ana Maria de Oliveira Maia Pinheiro, da Agência 2814 do Banco Bradesco, em Campos Elíseos, Duque de Caxias, foi demitida em plena pandemia do coronavírus e sem motivo aparente. 

Após ser demitida, a bancária procurou atendimento no Sindicato, sendo direcionada aos departamentos jurídico e de saúde.

A resposta e a justiça vieram em pouco tempo e fruto de um trabalho bem feito: bancária reintegrada, conforme determinação da Juíza da 6a Vara do Trabalho de Duque de Caxias.

IMPORTANTE

Em caso de demissão, a orientação é para que o bancário ou bancária entre em contato imediatamente com o Sindicato.


SINDICALIZE-SE

O Comando Nacional dos Bancários analisou, nesta quarta-feira (25) a proposta de acordo de teletrabalho apresentada pelo Banco do Brasil e, com base em orientação da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), orienta a aprovação da proposta nas assembleias que serão realizadas pelos sindicatos dos bancários de todo o país no dia 9 de dezembro.

O acordo só vale para depois que acabar a pandemia e a proposta do banco era a de começar a pagar a ajuda de custo somente a partir de julho, mas, após pressão da representação dos trabalhadores, o banco aceitou começar a pagar assim que o decreto de Estado de Calamidade perder a validade. O Estado de Calamidade tem vigência até 31/12/2020, mas, caso o Governo Federal estenda este prazo, o Acordo Emergencial de Teletrabalho do Banco do Brasil é automaticamente estendido.

“O acordo que será apreciado pelos funcionários nas assembleias terá validade para depois da pandemia. Enquanto estiver em vigência o decreto de Estado de Calamidade em decorrência da pandemia, continua valendo o Acordo Emergencial, já aprovado pelos funcionários em assembleias realizadas pelos sindicatos dos bancários de todo o país”, explicou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

“Também é importante lembrar que o Acordo Emergencial da Covid-19 preservou vidas em um momento de incertezas e insegurança. Por isso, muitos funcionários foram para o home office rapidamente. Este acordo de agora não é sobre a pandemia, mas sim para regular futuramente qualquer forma de teletrabalho, cabendo ao banco definir as áreas e quantidade de funcionários que irão para home office”, completou.

Resumo da proposta

Definição Trabalho Remoto
Toda e qualquer prestação de serviços realizada remotamente, de forma preponderante ou não, fora das dependências do banco ou em local diferente do de lotação do funcionário, com a utilização de tecnologias da informação e comunicação.

Modalidades do Trabalho
O Trabalho Remoto no BB poderá ocorrer:
a) Na residência do funcionário, o qual se denomina home office;
b) Em outras dependências do banco, empresas parceiras ou em coworkings (espaços colaborativos) internos, o qual se denomina on office.

Excepcionalmente, há a possibilidade da realização do Trabalho Remoto fora da praça de lotação, por interesse do funcionário, sendo necessária a autorização do comitê da unidade gestora.

Equipamentos para o Trabalho Remoto
a) Equipamento eletrônico corporativo (desktop ou notebook);
b) Acessórios (mouse, teclado, headset);
c) Cadeira ergonômica.

Ajuda de custo
a) R$ 80,00/mês para funcionários que atuem em mais de 50% dos dias úteis do mês e tenham aderido ao trabalho remoto, na modalidade home office.

Outros itens do acordo
Facultatividade: A adesão ao teletrabalho deve ser facultativa ao funcionário;
Controle de jornada: O banco implantará um sistema de controle da jornada, para evitar que haja excesso de trabalho e “pedidos” fora do expediente;
Desconexão: Serão dadas instruções e orientações para desconexão em horários fora do expediente;
Manutenção dos equipamentos: será de responsabilidade do banco;
Preocupação com a saúde: Além de oferecer equipamentos ergonômicos, o banco se compromete a manter cuidados especiais com a saúde dos funcionários que exercerem suas atividades em home office;
Violência doméstica: Conforme estabelecido na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, o banco criará uma Central de Atendimentos para as bancárias vítimas de violência doméstica;
Auxílio refeição e alimentação e vale transporte: Serão mantidos os direitos aos vales refeição e alimentação e ao vale-transporte;
Acompanhamento pelo sindicato: Os sindicatos terão acesso aos funcionários que exercerem seus trabalhos fora das dependências do banco.

Fonte: Contraf-CUT

O Banco do Brasil atendeu ao pedido que a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) fez em ofício encaminhado ao banco no dia 23 de novembro de 2020, para que “seja instaurada de imediato a mesa de negociação” de entidades patrocinadas de bancos incorporados, conforme previsto no parágrafo único da cláusula 58ª do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos funcionários. A reunião de negociações sobre bancos incorporados será realizada no próximo dia 1º/12 (terça-feira).

“Durante as negociações da Campanha Nacional, havia sido estipulado que a mesa específica para a discussão sobre assuntos que envolvem os funcionários dos bancos incorporados pelo BB teria início entre o final de outubro e início de novembro, mas já estamos chegando ao final de novembro e a mesa ainda não foi instaurada”, observou a secretária de Juventude e representante da Contraf-CUT nas negociações com o banco do Brasil, Fernanda Lopes.

Mudanças no Economus

Fernanda ressaltou, ainda, que, por meio de seus conselheiros indicados e em descumprimento ao acordado, o Banco do Brasil busca implementar um novo plano de saúde no Economus e mudanças no Fundo Economus de Assistência Social (FEAS).

O ofício da Contraf-CUT solicita, também, que sejam suspensos quaisquer atos e medidas relativas ao Economus.

Fonte: Contraf-CUT

Esta data foi estabelecida no Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe realizado em Bogotá, Colômbia, em 1981, em homenagem às irmãs Mirabal. Las Mariposas, como eram conhecidas, as irmãs Mirabal – Patria, Minerva e Maria Teresa – foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana. Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e foram assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura tirânica simulou um acidente.

25 de novembro como o “Dia da Não Violência Contra a Mulher”, foi decidido por organizações de mulheres de todo o mundo reunidas em Bogotá, na Colômbia, em 1981 em homenagem às irmãs, que responderam com sua dignidade à violência, não somente contra a mulher, mas contra todo um povo. A partir daí, esta data passou a ser conhecida como o “Dia Latino Americano da Não Violência Contra a Mulher”.

Em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), proclama esta data como o ”Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra a Mulher” a fim de estimular que governos e sociedade civil organizada nacionais e internacionais realizem eventos anuais como necessidade de extinguir com a violência que destrói a vida de mulheres considerado um dos grandes desafios na área dos direitos humanos.

A CAMPANHA MUNDIAL DE COMBATE A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES se estende até o dia  10 de dezembro, “Dia Internacional dos Direitos Humanos”.

Fonte: Fetraf RJ/ES

Participe nesta quarta-feira (25) do tuitaço do Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher. Ao tuitar a hashtag #RespeitaAsMinas, você estará participando de um movimento mundial em apoio às vítimas da violência, seja doméstica ou praticada nos mais diferentes locais. O tuitaço será ao meio-dia. Divulgue para amigas, amigos, familiares e quem mais possa se juntar a essa luta.

“Combater a violência contra a mulher é uma luta de toda a sociedade. É uma luta para garantir o respeito à pessoa humana. Por isso, participar do tuitaço tem um significado muito amplo”, afirma a secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elaine Cutis. A Contraf-CUT é uma das entidades brasileiras que participa da organização do Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher.

Elaine Cutis lembra que as manifestações do dia 25 fazem parte de uma campanha que no Brasil começou dia 20, com o Dia de Combate ao Racismo, já que a mulher negra e uma das maiores vítimas da violência, e vai até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Elaine convoca a todos para a participação de tuitaços nesse período. Além do protesto do dia 25 de novembro, estão convocados tuitaços para o dia 3 de dezembro, Dia da Pessoa Com Deficiência; 6 de dezembro, o dia da Campanha do Laço Branco – Homens Pelo Fim da Violência Contra a Mulher, e encerrando em 10 de dezembro.

Violência contra as mulheres e contra os negros é o que não falta no Brasil. Leila Arruda, ex-candidata nas recentes eleições a prefeita pelo PT em Curralinho, ilha de Marajó, no Pará, foi assassinada pelo ex-marido nesta quinta-feira (19). Mais uma vítima de feminicídio, Leila Arruda tinha 49 anos e foi fundadora do Movimento de Mulheres Empreendedoras da Amazônia (Moema). No mesmo dia, na véspera do dia da Consciência Negra, João Alberto Silveira Freitas, um homem negro foi morto ao ser espancado por seguranças do supermercado Carrefour, em Porto Alegre. Não faltam motivos para protestar contra preconceitos criminosos que ainda existem no Brasil. Apesar da posição negacionista do governo para estes fatos, haja vista as recentes declarações do presidente e seu vice.

O que é o 25 de novembro

Em 25 de novembro de 1960, três irmãs, Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, foram assassinadas na República Dominicana, por forças militares do então ditador Rafael Leónidas Trujillo. A data foi assumida pelo movimento de mulheres de todo o mundo. “Dos anos 1960 para cá, tivemos importantes conquistas, mas as mulheres ainda hoje são as grandes vítimas de uma cultura patriarcal e machista que permanece fortemente enraizadas na sociedade. Os altos índices de violência contra a mulher registrados é a prova cabal disso. A questão da violência ainda permanece um grave problema a ser enfrentado”, disse Elaine Cutis.

Fonte: Contraf-CUT

Estudo comparativo divulgado recentemente pelo Ministério da Economia mostra que, enquanto os fundos fechados (EFPC), patrocinados pelas empresas para seus funcionários, pagaram R$ 56 bilhões em benefícios de aposentadoria e pensão para 858 mil participantes em 2019. Já os fundos abertos de previdência privada vendidos pelos bancos e seguradoras a seus clientes, pagaram no mesmo ano R$ 3 bilhões a somente 64 mil pessoas que conseguiram se aposentar pela previdência privada. Os fundos fechados tinham 3,2 milhões de participantes e os abertos, 13 milhões.

Essa discrepância de valores, número de aposentados e de participantes entre os dois segmentos é ainda mais grave quando comparamos o patrimônio acumulado no final de 2019: R$ 958 bilhões pelos quase 300 fundos fechados contra R$ 1,04 trilhão pela previdência privada aberta, 90% concentrada nos cinco bancos gigantes que dominam o sistema financeiro nacional.

Estes dados mostram que a previdência vendida pelos bancos tem muito pouco de previdência. Uma ínfima minoria se aposenta neste sistema. Grande parte dos clientes usam as contribuições à previdência privada como mecanismo para reduzir o Imposto de Renda devido em sua declaração anual, já que podem deduzir as contribuições previdenciárias da margem tributável, até o limite de 12% dos rendimentos anuais.

Na previdência privada, é muito comum as pessoas contribuírem durante o ano para resgatar pouco tempo depois. Os dados do Ministério da Economia confirmam este procedimento. Em 2019 a previdência privada dos bancos captou R$ 129 bilhões. No mesmo ano, os clientes resgataram R$ 71 bilhões, mostrando que boa parte desta montanha de dinheiro mal chega a esquentar o cofre dos poupadores.

Previdência privada ou aplicação de curto prazo?

Enquanto isso, nos fundos fechados, os participantes resgataram somente R$ 4,3 bilhões no ano. Ou seja, nos fundos fechados de fato se guarda dinheiro para a aposentadoria, enquanto nos bancos os fundos de previdência são quase uma simples aplicação financeira de curto prazo.

Para deixar seu rico dinheirinho na previdência privada, os clientes pagam altas taxas de administração, muitas vezes maiores do que as cobradas pelos fundos de renda fixa, aumentando o escandaloso lucro dos bancos. Mas este é tema de outro artigo.

Se você, que me leu até aqui, pensa em fazer um plano de previdência privada em qualquer banco, reflita melhor. É preferível, antes, contribuir para a previdência pública, o INSS garantido pelo Estado, regulado pela Constituição Federal e pela legislação, e você pode estar certo de que sua aposentadoria será paga em qualquer circunstância. Já a previdência privada sempre corre riscos. Se o banco quebrar, adeus poupança, mas o lucro do banco já foi embolsado anteriormente, sem piedade.


José Ricardo Sasseron foi presidente da Associação Nacional de Participantes de Fundos de Pensão e de Beneficiários de Planos de Saúde de Autogestão (Anapar), diretor de Seguridade da Previ e diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

 

Fonte: Rede Brasil Atual

As negociações salariais deste ano mostram 41% com reajustes acima da inflação (INPC-IBGE), 31% equivalentes e 28% abaixo, segundo dados do Ministério da Economia analisados pelo Dieese. Mas, na média, a variação real dos acordos fica um pouco abaixo (0,07%) da inflação.

Dos reajustes acima do INPC, pouco mais de 31% foram de até 1%, sendo 18,3% com ganho real de até 0,5% e outros 12,8%, de 0,51% a 1%. Na outra ponta, 8,8% dos acordos resultaram em perdas de até 0,05% e 8%, de 2,01% a 3%.

Apenas em outubro, quase metade (48,3%) dos acordos ficou abaixo da inflação acumulada em 12 meses, medida pelo INPC. No mês anterior, foram apenas 26,8%. Setembro é o mês de data-base de categorias numerosas e com poder de mobilização, como bancáriosmetalúrgicospetroleiros e químicos.

“O desempenho das negociações salariais mostra certa correspondência com a evolução da inflação no ano”, analisa o Dieese. “Por essa razão, é possível esperar negociações mais difíceis em novembro, mês em que será necessário, até o momento, o reajuste mais alto do ano. Entretanto, a retomada gradativa da atividade econômica e a concentração de negociações importantes neste mês podem contrabalançar os efeitos negativos da inflação”, acrescenta.

A inflação vem acelerando no período recente. O INPC acumulado em 12 meses, até outubro, estava em 4,77%. No meio do ano, esse mesmo índice somava 2,05%. Já o INPC Amanhã (24), o IBGE divulga o IPCA-15, “prévia” da inflação oficial.

Fonte: Rede Brasil Atual