Maio 22, 2025
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A terceira rodada de negociações sobre o custeio da Cassi foi realizada nesta terça-feira (13). A discussão, que envolve representantes das entidades do funcionalismo do Banco do Brasil, não avançou como o esperado devido à ausência de dados por parte do banco, que alegou restrições por conta do período de silêncio do mercado.

Durante a manhã, as entidades representativas se reuniram na sede da Anabb, onde analisaram números, indicadores e simulações de propostas com apoio de dirigentes eleitos da Cassi e atuários que prestam assessoria à diretoria da entidade. O objetivo foi aprofundar a análise técnica para qualificar a atuação na mesa de negociação.

Já no período da tarde, na sede do BB, foi instalada formalmente a mesa de negociações. No entanto, os representantes do banco informaram que, em função da alteração na data de divulgação dos resultados trimestrais e da obrigação de cumprir o período de silêncio, não poderiam apresentar dados ou informações que pudessem “influenciar o mercado”.

Apesar do impasse, os dirigentes da Cassi aproveitaram o momento para apresentar informações sobre a gestão da Caixa de Assistência. De acordo com os dados divulgados, as reservas livres estão garantidas até junho de 2026, uma vez que o aumento das provisões técnicas não afeta esse montante. A diretoria também reafirmou o compromisso com o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), com foco em atendimento e ampliação do quadro de profissionais.

Outro ponto destacado foi a incorporação de ferramentas de inteligência artificial para dar mais agilidade à autorização de procedimentos e para melhorar a detecção de fraudes e irregularidades.

A coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, Fernanda Lopes, destacou que a negociação precisa manter o foco na sustentabilidade e no equilíbrio do plano. “É fundamental manter os estudos com base na premissa do modelo de custeio 70/30, conforme estabelecido na resolução CGPAR 52. Também defendemos que o banco assuma sua responsabilidade no custeio dos associados oriundos de bancos incorporados, que estão na Cassi por decisão judicial. Não é justo que o custo desse grupo recaia sobre os demais participantes”, afirmou Fernanda Lopes.

Apesar de não ter sido definida uma nova data para continuidade das negociações, as partes sinalizaram a intenção de retomar o diálogo o mais breve possível.

Fonte: Contraf-CUT

 

Os financiários voltaram a se reunir com a Fenacrefi nesta quarta-feira, 14 de maio, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. O encontro teve como foco principal a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e o levantamento do chamado “Rosto dos Financiários” — um mapeamento do perfil da categoria. 

PLR: debate continua

Apesar da disposição das partes, o debate sobre a PLR não avançou para uma reformulação para 2025. A Fenacrefi informou que ainda não possui informações suficientes de todas as empresas para embasar uma proposta de mudança nas regras atuais. Dessa forma, o que está assegurado na Convenção Coletiva de Trabalho, na cláusula quarta, segue valendo: as mesmas regras da PLR de 2024 continuam aplicados em 2025, com reajuste previsto em CCT.

Para Jair Alves, diretor da Contraf-CUT, o acordo de dois anos firmado na última campanha garantiu segurança para a categoria: “A manutenção da PLR por mais um ano é uma conquista importante, fruto do acordo de dois anos que negociamos. Agora, temos mais tempo para buscar avanços sem retrocessos”, afirmou. 

Rosto dos Financiários: mapeamento em andamento

Outro tema discutido foi o projeto “Rosto dos Financiários”, que tem como objetivo traçar o perfil dos trabalhadores do setor.

Uma empresa já foi contratada para realizar o levantamento. O prazo estimado para a conclusão do trabalho é de 90 a 120 dias. Após esse período, uma nova reunião será marcada para apresentação e análise dos dados coletados.

Magaly Fagundes, coordenadora do Coletivo Nacional dos Financiários da Contraf-CUT, ressaltou a relevância do estudo. “É fundamental conhecermos os trabalhadores que representamos, saber quem eles são para entender o que pensam e o que precisam. Isso fortalece nossa representação e qualifica nossa atuação”, afirmou.

Fonte: Contraf-CUT

Os associados da Cassi terão entre os dias 15 e 26 de maio para votar no Relatório Anual de 2024, documento que apresenta os resultados econômico-financeiros e as principais ações da governança da Caixa de Assistência no último ano. A votação poderá ser realizada por meio do App Cassi, do site da entidade, nos terminais de autoatendimento do Banco do Brasil e no SISBB — este último, exclusivo para associados da ativa. Dúvidas sobre o conteúdo podem ser encaminhadas para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Entre os destaques do documento está o aumento de 32,5% no número de consultas realizadas nas CliniCASSI em 2024. De acordo com a diretoria da Cassi, o crescimento é resultado direto das melhorias promovidas na rede própria da Caixa de Assistência, como a ampliação, reformulação e relocalização de seis unidades, além da ampliação da oferta de especialidades médicas e do número de procedimentos realizados. A expectativa é de que oito novas CliniCASSI sejam entregues aos associados em 2025.

Outro avanço importante apresentado no relatório foi o aprimoramento da avaliação do risco populacional, que passou a utilizar tecnologia e evidências científicas para identificar associados e familiares com alto risco de desenvolver doenças crônicas. A iniciativa permite que a Cassi atue de forma preventiva, com ações mais direcionadas e eficientes, monitoradas pelas equipes das CliniCASSI.

Essa abordagem tem como foco doenças como diabetes, colesterol alto, hipertensão, câncer e enfermidades cardiovasculares. O objetivo é melhorar a qualidade de vida das pessoas e, ao mesmo tempo, controlar despesas, evitando internações e tratamentos mais complexos e onerosos no futuro.

A Contraf-CUT orienta os colegas do Banco do Brasil a participarem do processo e votarem pela aprovação do Relatório Anual de 2024. “O Relatório Anual de 2024 apresenta com transparência os resultados e avanços importantes da Cassi. Por isso, a Contraf-CUT orienta os colegas do Banco do Brasil a votar pela aprovação do documento, que reflete a real situação da entidade e os esforços feitos para melhorar o atendimento aos associados”, afirma o secretário-geral da Contraf-CUT, Gustavo Tabatinga Jr..

Fonte: Contraf-CUT

A representação das empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal solicitou para o banco, em reunião ocorrida na segunda-feira (12), o fornecimento dos dados primários dos últimos dez anos do Saúde Caixa, para início dos trabalhos da consultoria atuarial contratada pelos empregados para fazer análise atuarial do plano de saúde. A gestão Carlos Vieira não garantiu o acesso às informações. A Contraf-CUT encaminhou ofício formalizando o pedido.

A consultoria atuarial, que foi contratada pelas entidades irá assessorar os representantes dos empregados no Grupo de Trabalho (GT) do Saúde Caixa nas avaliações e com a produção de relatórios para subsidiar as discussões do grupo, solicitou os dados do período de 10 anos para realizar uma análise prospectiva mais robusta do plano. Os representantes da Caixa, porém, informaram que não poderiam garantir que darão acesso a estes dados.

Ao serem questionados quando seria dado o retorno em relação à reivindicação de acesso aos dados, os representantes do banco disseram que o prazo para a resposta era “indefinido”.

“Sempre cobramos transparência da gestão, e no último aditivo assinado fizemos questão de incluir uma cláusula que garantisse acesso aos dados, para que pudéssemos realizar nossas próprias análises das condições do plano. Mesmo assim, os representantes da administração de Carlos Vieira dizem que não podem garantir que teremos este acesso”, disse o coordenador da representação dos trabalhadores no GT Saúde Caixa, Leonardo Quadros, que é presidente da Apcef/SP e diretor de Saúde e Previdência da Fenae. “É um absurdo, já que o plano pertence a nós, empregados, e boa parte de seu financiamento vem de nossas contribuições. A gestão da Caixa precisa respeitar os empregados, e cumprir o compromisso assumido no acordo. Não podemos esperar indefinidamente para ter acesso aos dados. A consultoria atuarial que nos assessora depende deles para realizar seu trabalho de forma adequada”, completou.

O coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco, ressalta a necessidade do acesso aos dados: “O trabalho da consultoria é fundamental para subsidiar o GT e as negociações sobre o plano de saúde. Mas os resultados dependem das informações que são fornecidas. Por isso, vamos oficiar a Caixa, para que ela se manifeste formalmente sobre nossa justa reivindicação”, informou.

Fonte: Contraf-CUT

Neste ano a categoria bancária não terá a campanha nacional, mas será chamada para responder à Consulta Nacional 2025, com lançamento na quinta-feira, 15 de maio. O levantamento, realizado todos os anos pelo movimento sindical, auxilia na formulação de estratégias de reivindicações e para a definição das prioridades dos trabalhadores nos debates em mesa de negociação com os bancos.

"Bancárias e bancários de todo o país, sejam eles filiados ou não aos sindicatos, podem responder à Consulta Nacional", explica a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira. "Os resultados da consulta são utilizados para formular as pautas das negociações coletivas e das campanhas salariais. Por isso que essa fase, de levantamento, é fundamental, para que a gente tenha uma visão assertiva dos desejos da categoria", completa a dirigente.

Como funciona

O conteúdo e a estrutura da Consulta Nacional dos Bancários 2025 foi aprovada pelo Comando Nacional dos Bancários, grupo que reúne representantes sindicais de todo o país, no dia 28 de abril.

O levantamento está dividido em quatro setores. O primeiro é uma rápida triagem sobre qual banco, setor e perfil do respondente (sem a necessidade de se identificar com nome, RG etc). Na segunda parte, os bancários são convidados a responderem sobre o emprego; na terceira, sobre temas ligados ao quadro político e econômico do país, pois queremos saber como a categoria avalia situações que afetam a sua realidade. Por último, sobre temas sindicais.

As questões são dinâmicas e de múltiplas escolhas e o tempo da consulta leva menos de 5 minutos.

Convocação

"A consulta, exatamente agora, está em fase de implementação técnica para que, no dia 15 de maio, todos os sindicatos do país mobilizem bancárias e bancários de suas bases para participarem desse levantamento", destaca Juvandia Moreira. “É muito importante a participação de todos e todas, porque esse conhecimento sobre os anseios da categoria é o que nos ajuda a entregar, da melhor forma, o nosso trabalho de organização e mobilização para manter direitos e avançar em novas conquistas nas campanhas salariais", conclui a dirigente.

PARA PARTICIPAR

O link já está disponível (abaixo) para o levantamento, realizado todos os anos com o objetivo de conhecer o perfil da categoria.

É rápido e fácil. Leva menos de cinco minutos, são perguntas de múltiplas escolhas e você não precisa se identificar.

A Consulta Nacional é fundamental para que o movimento sindical entenda os anseios e necessidades da categoria, para melhorar a luta pelas bancárias e bancários nas reivindicações aos bancos.

Além de perguntas sobre o que gostariam que melhorasse em seu trabalho e em outras questões ligadas ao emprego, a Consulta traz temas sobre o quadro político e econômico do país, para saber como a categoria avalia situações que afetam diretamente a sua vida.

Acesse o link – Campanha Nacional dos Bancários 2025 - https://consultabancarios2025.votabem.com.br/

Fonte: Contraf-CUT

O banco Inter obteve lucro líquido de R$ 306,8 milhões no 1º trimestre de 2025, alta de 57,1% em relação ao mesmo período de 2024. Na comparação entre os dois últimos trimestres (1º de 2025 e o 4º de 2024), o crescimento foi de 4%.

A rentabilidade (retorno sobre o patrimônio líquido – ROE) em 12 meses foi de 13,6%, alta de 3,9 pontos percentuais (p.p.).

Ao final de março, o banco contava com 4.079 funcionários, com abertura de 743 postos em doze meses, mas fechamento de 312 postos no trimestre.

O total de clientes globais da instituição chegou a 37,7 milhões, 6 milhões a mais do tinha no final de março de 2024. Do total de clientes, 21,6 milhões são clientes ativos (que utilizaram produtos nos últimos três meses, originando receitas ao banco).

Diante desses dados, chegou-se a uma relação de 5,3 mil clientes ativos por funcionário.

Veja abaixo a tabela resumo do balanço ou, se preferir, leia a íntegra da análise, ambas produzidas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Tabela resumo balanco Inter - 1Tri2025.png

Fonte: Contraf-CUT

A meta atuarial é um dos pilares que sustentam o cálculo dos benefícios pagos aos participantes. Independentemente do plano ao qual pertença, a meta é como uma bússola que orienta a rentabilidade dos investimentos necessária para garantir o pagamento das futuras aposentadorias. E quando essa bússola é alterada, impacta diretamente no benefício, especialmente quando a direção aponta para baixo.

Quanto maior a meta, menor o valor necessário hoje para cumprir o pagamento no futuro. Por outro lado, se a meta atuarial for menor, o valor presente necessário para honrar o mesmo compromisso será maior, exigindo, portanto, uma reserva maior.

Para começar, se você é participante da ativa (REB e Novo Plano), é preciso explicar que o valor do seu benefício não depende apenas das suas reservas acumuladas. Para calculá-lo é preciso considerar um conjunto variáveis, chamadas premissas atuariais. Algumas delas são:

Tábua de Mortalidade – é uma estimativa da expectativa de vida. Com base nela, a Funcef calcula por quanto tempo, em média, você receberá seu benefício. Quanto maior a expectativa de vida, mais tempo o valor da sua reserva precisa durar.

Fator de Capacidade Salarial – projeta o valor real anual do seu benefício, considerando a inflação medida pelo INPC. A Funcef considera que o benefício real vai acompanhar 98% da inflação medida pelo INPC. Isso quer dizer que, ao projetar seus pagamentos futuros, o sistema assume uma pequena defasagem em relação à inflação real.

Composição Familiar – avalia se você tem dependentes que poderão receber pensão após o seu falecimento. Isso influencia tanto no valor quanto na duração da pensão.

Quando você se aposenta, sua reserva acumulada (composta pelas suas contribuições e pelas contribuições da Caixa) representa o valor presente. O tempo estimado que você receberá o benefício é baseado na tábua de mortalidade. A meta atuarial entra como uma taxa de juros projetada para calcular o valor do benefício mensal que você vai receber.

Se a meta atuarial for de 5,5% ao ano, você terá um benefício X. Mas, se a meta for reduzida para 4,5%, o seu benefício será mais de 10% menor, o que representa, na prática, um equacionamento perpétuo, independentemente dos resultados dos investimentos.

É importante destacar que esse cálculo é feito com base no seu saldo de conta. Ou seja, nesse momento, a Caixa não contribui mais. O que estiver acumulado é o que será usado para pagar seus benefícios.

O impacto para os aposentados e pensionistas é diferente, pois o valor do benefício e o tempo de recebimento já estão definidos. Assim, com a meta atuarial, a reserva necessária para os pagamentos é calculada.

Neste caso, é preciso entender que metas muito conservadoras podem gerar desequilíbrios nos planos, exigindo mais recursos no presente para garantir os pagamentos futuros.

É por isso que a decisão tomada em 2017, de reduzir a meta de 5,51% + INPC para 4,5% + INPC, foi tão danosa. Ela comprometeu os resultados dos planos e agravou o déficit, impactando negativamente os participantes, especialmente os do REG/Replan Saldado, já sobrecarregados com contribuições extraordinárias.

Não houvesse a drástica redução ocorrida em 2017, o déficit não equacionado do REG/REPLAN poderia ter sido evitado — e até mesmo um possível superávit poderia ter sido utilizado para reduzir o equacionamento. A mudança, na prática, reduziu os benefícios futuros dos participantes dos planos que ainda estão na ativa e aumentou a conta a ser paga pelos aposentados.

Por isso, entender o impacto da meta atuarial é fundamental para que a Funcef cumpra seu papel de administrar bem os recursos para garantir o pagamento de benefícios justos aos empregados da Caixa. E os participantes têm o direito de compreender como decisões técnicas afetam diretamente seus rendimentos e seu futuro.

Texto: Fenae

A 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA) foi encerrada nesta sexta-feira (9), em Brasília (DF), com a aprovação de 100 propostas prioritárias para enfrentar a emergência climática no Brasil. O evento reuniu mais de três mil pessoas de todos os estados, eleitos em etapas municipais e estaduais realizadas nos últimos meses, retomando um processo democrático de construção das políticas ambientais após 11 anos.

As propostas aprovadas estão divididas em cinco eixos temáticos: Mitigação, Adaptação e Preparação para Desastres, Justiça Climática, Transformação Ecológica e Governança e Educação Ambiental. Entre os destaques estão a priorização da agricultura familiar, a regularização fundiária, projetos de queimadas zero, incentivo a sistemas agroflorestais e territórios livres de agrotóxicos, além do fortalecimento da coleta seletiva e do uso sustentável da cannabis.

Presente no encerramento, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, enfatizou o caráter participativo e popular da conferência. “Se a gente quer justiça climática, a gente precisa combater a desigualdade, porque as pessoas mais afetadas pela insegurança climática são as mais vulnerabilizadas”, afirmou.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também destacou a importância da retomada da participação social: “As conferências nacionais posicionam a sociedade civil no coração pulsante da construção do que queremos para o nosso país”.

Para Elaine Cutis, secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, a 5ª CNMA foi um momento decisivo para recolocar a população no centro das decisões ambientais:

“Encerramos a 5ª CNMA com o sentimento de ter participado de um marco histórico para o Brasil. Após 11 anos, voltamos a ocupar um espaço fundamental de diálogo, troca e construção coletiva de políticas ambientais — com a certeza de que não há transição ecológica justa sem a inclusão da classe trabalhadora e das populações vulnerabilizadas. Foram três mil vozes vindas de todos os estados do país, que juntas construíram 100 propostas prioritárias, fruto de mais de 2.600 contribuições sociais. Trabalhadores, indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais, mulheres e população negra foram protagonistas desse processo. É essa diversidade que dá sentido à democracia ambiental — uma democracia que nasce na base e se expressa na luta pelo clima, pela vida e pela justiça social. Neste ano em que o Brasil se prepara para sediar a COP30, a 5ª CNMA demonstra ao mundo nosso compromisso: reduzir o desmatamento até 2030, alcançar emissões líquidas zero até 2035 e liderar uma verdadeira transformação ecológica com justiça climática e participação popular. A Contraf-CUT segue firme nessa construção. Porque o futuro se faz juntos(as). E ele começa agora — com as vozes das ruas, dos campos, dos rios e das florestas ecoando em cada decisão política. Seguimos juntos pela vida, pelo clima e pela equidade.”

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, mais de 900 conferências locais foram realizadas em todo o país, mobilizando 2.570 municípios. Após esse processo, foram consolidadas 2.635 propostas, das quais 539 seguiram para a etapa nacional, culminando nas 100 prioridades aprovadas.

A ministra Marina Silva encerrou o evento com uma mensagem de urgência e compromisso: “Estamos diante de uma responsabilidade que transcende o tempo, pois diz respeito à vida das futuras gerações. Agora, é implementar todas as propostas da Conferência Nacional de Meio Ambiente. Vocês são verbos, vamos à ação!”

Fonte: Contraf-CUT

O Bradesco registrou um Lucro Líquido Recorrente de R$ 5,864 bilhões no primeiro trimestre de 2025, representando um crescimento de 39,3% em relação ao mesmo período de 2024 e de 8,6% frente ao trimestre anterior. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) alcançou 14,4%, um acréscimo de 3,9 pontos percentuais em 12 meses.

Segundo o relatório do banco, o desempenho positivo foi puxado pela elevação do resultado operacional em 51,5% no ano, com destaque para o crescimento da receita (+15,3%), da margem financeira (+13,7%) e da margem com clientes (+15%), impulsionada em parte pela expansão da carteira de crédito.

A Carteira de Crédito Expandida superou R$ 1 trilhão ao fim de março, um crescimento de 12,9% em doze meses. O segmento pessoa física cresceu 16,2%, atingindo R$ 432,9 bilhões, com destaque para o crédito pessoal (+15,8%), crédito imobiliário (+18,1%) e crédito rural (+105,2%). Já a carteira de pessoa jurídica aumentou 10,6%, chegando a R$ 572,3 bilhões, puxada pelas micro, pequenas e médias empresas (+29,6%), enquanto o saldo das grandes empresas teve alta de apenas 1,2%.

A taxa de inadimplência superior a 90 dias fechou o trimestre em 4,1%, uma redução de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2024.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias somaram R$ 7,3 bilhões, alta de 5,9% em um ano. Já as despesas com pessoal, incluindo a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cresceram 9,3% no período e chegaram a R$ 6,4 bilhões. Com isso, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias foi de 114,77%.

Apesar do lucro expressivo, o Bradesco manteve sua política de redução de postos de trabalho e estrutura física. Em doze meses, foram encerrados 2.269 postos de trabalho, sendo 657 apenas no primeiro trimestre de 2025. Ao final de março, a holding contava com 83.365 funcionários, dos quais 71.953 estavam no Bradesco. O banco justifica os cortes como parte de um movimento de “ajuste no custo de servir” e “reforço nas áreas de tecnologia, operações e negócios”.

Também foram fechadas 420 agências, 891 postos de atendimento e 81 unidades de negócios nos últimos 12 meses. A rede passou a contar com 2.284 agências, 2.776 postos de atendimento (incluindo Postos de Atendimento Eletrônico/PAEs) e 721 unidades de negócios.

Para a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Erica de Oliveira, os dados confirmam o alerta que o movimento sindical tem feito há tempos. “Os números estão aí pra provar o que o movimento sindical do Brasil afora vem denunciando faz tempo: redução de pontos de atendimento e muitas demissões. Esse é o preço da retomada do crescimento e da chamada reestruturação? O banco alega que segue contratando, mas isso não se reflete nos dados do balanço. Bom atendimento se faz com rede adequada e com bancários nos locais, não dá pra continuar como está”, critica a dirigente.

Ainda assim, a base de clientes do Bradesco cresceu, com a inclusão de 1,2 milhão de novos correntistas, totalizando 73,5 milhões de clientes em março de 2025.

Fonte: Contraf-CUT

O Itaú Unibanco registrou lucro líquido gerencial de R$ 11,128 bilhões no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 13,9% em relação ao mesmo período de 2024. Na comparação com o trimestre anterior (4T24), o aumento foi de 2,2% — quando o lucro foi de R$ 10,884 bilhões. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido médio anualizado (ROE), no Brasil, chegou a 23,7%, com alta de 1 ponto percentual em doze meses.

Segundo o relatório divulgado pelo banco, o desempenho foi impulsionado pela expansão de 13,9% na margem financeira com clientes, reflexo do crescimento da carteira de crédito, da maior margem com passivos e da remuneração do capital de giro próprio. O resultado também foi beneficiado pelo aumento das receitas com prestação de serviços, expansão no setor de seguros e redução nas despesas não relacionadas a juros.

A carteira de crédito totalizou R$ 1,383 trilhão no final de março de 2025, com alta de 13,2% em doze meses, embora tenha recuado 1,7% no trimestre. No segmento de pessoas físicas, o volume alcançou R$ 448,8 bilhões (+8,6% em 12 meses), com destaque para o crescimento no crédito imobiliário (+16,7%), financiamento de veículos (+9%) e crédito pessoal (+7,8%).

Entre as pessoas jurídicas, a carteira de grandes empresas cresceu 13% em relação a março de 2024, chegando a R$ 425,3 bilhões. Já o crédito destinado a micro, pequenas e médias empresas somou R$ 273,2 bilhões, com crescimento de 17,7% no mesmo período.

A taxa de inadimplência acima de 90 dias caiu 0,4 ponto percentual, ficando em 2,3% em dezembro de 2024. As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) cresceram 2,7% em doze meses, somando R$ 9,4 bilhões.

Apesar do aumento no lucro e na rentabilidade, o banco seguiu na contramão dos interesses da sociedade ao reduzir sua estrutura física e perder clientes. Em doze meses, o Itaú fechou 222 agências no Brasil e perdeu 1,4 milhão de clientes, encerrando março de 2025 com 99,2 milhões de correntistas.

Em relação ao quadro funcional, a holding contava com 86.279 empregados no país no fim do primeiro trimestre deste ano — um crescimento modesto de 343 postos em 12 meses e de apenas 51 vagas no trimestre. Considerando o lucro bilionário e a digitalização acelerada, o número ainda está muito abaixo da capacidade de reinvestimento e valorização dos trabalhadores.

As receitas com prestação de serviços e tarifas bancárias ficaram estáveis em relação ao mesmo período do ano passado, somando R$ 11,9 bilhões. Já as despesas de pessoal, incluindo a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cresceram 8%, totalizando R$ 7,95 bilhões. Assim, a cobertura das despesas de pessoal pelas receitas de tarifas e serviços foi de 149,9% no período — demonstrando que o banco poderia remunerar ainda melhor seus funcionários.

Pressão, adoecimento e responsabilidade social

Para a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, Valeska Pincovai, os resultados bilionários contrastam com a realidade enfrentada diariamente pelos trabalhadores. “O lucro do Itaú só é possível graças ao trabalho dos bancários, que infelizmente continuam sendo vítimas de pressão e assédio moral nas agências e departamentos. Cada vez mais os números revelam uma realidade alarmante: o crescimento dos afastamentos por doenças psíquicas, causadas por metas abusivas, sobrecarga e insegurança. O fechamento de agências, a ameaça constante de demissão e a intensificação do trabalho afetam diretamente a saúde dos trabalhadores. Com um lucro dessa dimensão, o banco tem plenas condições de contratar mais funcionários, parar de fechar unidades e oferecer um atendimento digno à população, cumprindo sua responsabilidade social.”

Fonte: Contraf-CUT