Junho 08, 2025
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“Todos os nossos sindicatos devem colocar as sua estruturas e sua capacidade de mobilização a serviço das paralisações da próxima quarta-feira, dia 15″, afirmou em entrevista, na tarde desta segunda (13), o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

“Todas as nossas entidades têm de convocar, realizar algum ato. É nossa responsabilidade, porque estamos diante de um forte ataque do Congresso Nacional dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, completou.

O próximo 15 de abril é Dia Nacional de Paralisação contra o PL 4330, projeto que vai liberar geral a terceirização no mercado de trabalho.

Se esse projeto seguir adiante, as empresas no Brasil vão poder terceirizar todas as suas atividades, em todos os seus departamentos e seções.

“Você será demitido”

Como terceirizar é bem mais barato, os empresários e patrões vão demitir os funcionários que têm carteira assinada para contratar outros, que terão salários bem menores. “Ou seja, se o PL 4330 passar e virar realidade, você será demitido”, alerta Vagner.

Ele argumenta: “Por que um banco vai manter um caixa em sua agência se ele pode gastar bem menos com um correspondente bancário, contratando os serviços de uma lotérica ou agência de correio, ou até mesmo uma farmácia?” 

“Uma grande montadora vai demitir grupos de metalúrgicos e contratar uma pequena firma, uma retífica qualquer, para fazer determinados serviços. Os grandes acionistas das empresas não estão nem aí, o que eles querem é gastar menos, ter mais lucro”, diz.

“O que as pessoas têm de prestar atenção”, segundo Vagner, é que ao contrário do que dizem os empresários e a mídia tradicional, o PL 4330 não vai proteger quem já é terceirizado. “O projeto vai é tornar todo mundo terceirizado”.

“A CLT vai ser rasgada”

Hoje, segundo pesquisa do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos), 73% dos brasileiros são contratados diretamente pelas empresas. E os demais 27% são terceirizados.

O presidente da CUT destaca que hoje em dia, “infelizmente”, os terceirizados trabalham em média três horas a mais por semana e ganham em média 24% menos e, geralmente, não recebem equipamento ou uniformes adequados.

Muitos deles inclusive não têm carteira assinada. Portanto, rapidamente, os brasileiros e brasileiras vão começar a perder os seus direitos. 

A CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) vai desaparecer. Então, adeus 13º, férias remuneradas, vale-refeição, vale-transporte, descanso semanal remunerado. “A CLT vai ser rasgada e jogada no lixo”, resume.

“Nossa luta é com o Congresso, para derrubar esse projeto já votado pela maioria dos deputados e que vai seguir para a apreciação do Senado. Temos de parar essa tragédia”, lembra Vagner.

Os movimentos sociais também estão com os sindicatos nesta luta e vão realizar atos e protestos em conjunto.

Vagner destaca, por fim, que a CUT apresentou ao Congresso um projeto que valoriza e melhora as condições de trabalho dos terceirizados, o PL 1621. “Mas o Congresso não quis votar”, aponta.


Fonte: Isaías Dalle – CUT

Para o deputado federal Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP), a aprovação pela Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (8), do texto-base do Projeto de Lei 4330/2004, que amplia a terceirização, abre caminho para “precarizar, de vez, os direitos dos trabalhadores no Brasil”. 

Em entrevista a Thelma Torrecilha, da Rádio Brasil Atual, Vicentinho diz que “infelizmente o resultado era previsível”, dado o aumento do número de deputados que defendem os interesses empresariais e a redução da bancada dos deputados ligados aos trabalhadores.

“Éramos 87 deputados ligados diretamente aos interesses dos trabalhadores e, nesta eleição, caímos para 47. Deputados negros eram em torno de 12% e agora são 4%. No lugar, entraram grandes fazendeiros e grandes empresários”, comentou. Ele prevê novos problemas para a classe trabalhadora durante a atual legislatura.

Vicentinho faz o alerta: “Não dá para trabalhador ficar votando em patrão. Eles têm os seus interesses, que são antagônicos aos dos trabalhadores. Não dá para o povo pobre ficar votando no povo rico”.

O deputado lamenta que tenham preterido o projeto de sua autoria sobre o mesmo tema, que foi “criado a partir das instâncias da CUT, ouvindo a dura realidade dos trabalhadores” e que, segundo ele, “defendia direitos iguais para o trabalhador terceirizado e não terceirizado”.

“De acordo com esse projeto aprovado qualquer empresa pode terceirizar tudo, absolutamente tudo”, ressalta o deputado, que espera que o Senado faça alterações no texto, principalmente em relação à restrição da terceirização para atividades-fim, e sobre a responsabilização solidária das empresas, em que contratada e contratante respondem à Justiça simultaneamente, em caso de desrespeito aos direitos do trabalhador.

O deputado diz que essas questões também serão votadas, em destaques, na Câmara, nesta semana. Mas, dado o resultado da votação do texto principal, Vicentinho mantém poucas esperanças de reverter o quadro.


Fonte: Rede Brasil Atual

Rosane Silva
Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CUT

 

Aproveitamos o mês de março para aprofundar nossas reflexões e luta diante das desigualdades que nos atingem no dia a dia. Questionar o capitalismo a partir do feminismo tem como um de seus elementos centrais a compreensão de que a opressão e mercantilização da vida das mulheres estruturam o modelo atual.

 

As relações sociais são marcadas pela lógica de que tudo é mercadoria, as relações entre as pessoas tornam-se uma relação entre coisas. E nós mulheres percebemos que esse modelo nos coloca numa posição de maior vulnerabilidade, não ganhamos com o capitalismo, tampouco com a globalização.

 

Assistimos a reprodução do que é a opressão machista que nos torna mais vulneráveis, permitindo ao capitalismo explorar a mão de obra das mulheres em empregos precários e informais. Nesse aspecto, queremos questionar e desconstruir os mecanismos do mercado e as pressões da mídia para controlar nossos corpos e nossas vidas. Reforçamos nossa crítica ao livre mercado, pois ele reduz ao terreno das coisas o que é central para nossas vidas: a autonomia das mulheres.

 

Nesse cenário muitas vezes nos vemos acreditando que ter boa aparência seria algo importante para se conseguir um emprego. Significa que os critérios do que é ser uma boa trabalhadora está sendo ditado pelo mercado, pela indústria da beleza. Poucas vezes refletimos sobre os padrões que nos são impostos e que acabamos adotando em nosso dia- a – dia, sem nos dar conta de que ele está conectado com aquilo que o capitalismo espera de nós. O mercado se apropria da construção social sobre o que é ser mulher e reforça este estereótipo: discreta, silenciosa, bonita, maquiada e multifuncional.

 

De acordo com essa ideia as mulheres devem se manter em seu lugar de submissão e inferioridade, um objeto que não age de acordo com sua vontade. Nas diversas propagandas percebemos em qual lugar o sistema capitalista coloca as mulheres. Temos que ser bonitas dentro de um padrão estabelecido pelo mercado, logo é necessário consumir todos os produtos que garantam que atenderemos a esse perfil: para o cabelo ficar liso, ou crespo, ou loiro (de acordo com a tendência), para sermos sempre jovens, então devemos usar cremes, para o rosto, mãos, corpo e pés! Só sendo bela e esbelta seremos felizes, e para tanto, temos que consumir os produtos que nos oferecem.

 

O mercado também se apropria da separação entre os espaços público e privado e reforça o local onde as mulheres devem permanecer: no lar, ao lado dos filhos e da família. Por isso, tantas propagandas de produtos de limpeza destinados a facilitar nossa vida, para cumprirmos com o ideal de mulher eficiente, mãe zelosa e esposa submissa, com o intuito de conseguirmos deixar nossa família mais feliz. E se algum dia estamos cansadas com o trânsito, preocupadas com as pressões do trabalho ou com as notas escolares dos filhos, a indústria farmacêutica oferece a solução instantânea para esses problemas: basta uma pílula para a dor de cabeça, para dormir ou para relaxar.

 

O capitalismo nos coloca numa condição de permanente insegurança em relação ao nosso corpo, pois sempre precisamos de algum item a mais para sermos desejadas, queridas e felizes: silhueta fina, seios redondos, pele lisa, etc. Além disso, devemos atingir tal padrão de feminilidade, a fim de estarmos sempre disponíveis, agradáveis e atraentes, cumprindo o papel de atender o que se supõe serem as expectativas masculinas (reais ou imaginadas). O capitalismo explora essa dependência e oferece produtos e serviços que naturalizam tal condição.

 

Dentro dessa imposição de um padrão de sexualidade e feminilidade a fim de atender aos desejos dos homens é que o mercado forja uma naturalização de fenômenos em nossa sociedade como a prostituição e a pornografia. Devemos estar atentas aos projetos que propõem a legalização da prostituição sob o falso argumento da garantia de mais direitos à mulheres. Esses projetos até o momento não trazem nenhuma proposta que rompa com o ciclo de submissão das mulheres aos desejos masculinos, ao contrário mantém a lógica de transformar nossos corpos e sexualidade em mercadoria.

 

No neoliberalismo, a mercantilização da vida passa por diversos setores e sua expansão atinge o espaço que antes era regulado pelo Estado, como a educação, saúde, seguridade social, energia, água, alimentação e a criatividade das pessoas.

 

A privatização dos serviços públicos tem seus efeitos nefastos especialmente sobre as mulheres. Na ausência desses serviços são as mulheres as principais responsáveis em garantir o bem- estar de todos: a socialização das crianças, o cuidado com os doentes, a busca por alimentos. A preocupação e garantia com o bem – estar das pessoas é abandonado pelo Estado e o capital repassa para o espaço privado essas tarefas.

 

Diante do desemprego e da responsabilidade assumida com a família, são oferecidas às mulheres saídas individuais e privadas como a procura por trabalhos precários, sem garantias, informais e em domicílio.

 

É no caminho oposto que nós, cutistas e feministas, devemos reivindicar um mundo melhor para as mulheres: com serviços públicos de qualidade na saúde, educação, por moradia digna e trabalho decente. Seja na forma de cooperativas, sindicatos e movimentos sociais, devemos incluir mais mulheres para atuarem de forma participativa e coletiva.

 

Nossos corpos não são uma mercadoria e nós exigimos sermos tratadas como sujeitos com autonomia, que por meio de nossas práticas e ocupando o espaço público seguiremos em nossa luta cotidiana dizendo “Não” ao livre mercado.

 

Fonte: CUT

A primeira audiência de conciliação da Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), por intermédio da procuradora Ana Cristina Tostes Ribeiro, contra o Santander sobre as demissões em massa antes do Natal de 2012 foi realizada nesta segunda-feira (4) na 14ª Vara do Trabalho de Brasília, mas acabou sendo suspensa pelo prazo de 30 dias para nova tentativa de conciliação.

 

Após a audiência, o MPT e o Santander marcaram uma nova mediação entre as partes para a próxima terça-feira (12), às 15h, nas dependências do MPT, na capital federal, convidando a participar a Contraf-CUT, sindicatos e federações que não aderiram ao acordo negociado entre o banco e os Sindicatos dos Bancários de São Paulo e do ABC no processo de dissídio coletivo no Tribunal Regional de Trabalho (TRT) de São Paulo.

 

A Contraf-CUT promove uma reunião preparatória de sindicatos e federações antes da mediação entre MPT e Santander na mesma terça-feira, a ser realizada às 10h, na sede da Confederação, nas dependências do Sindicato dos Bancários de Brasília.

 

A juíza Maria Socorro de Souza Lobo deferiu também prazo de 10 dias para nova juntada de documentos pelo banco. Além disso, ela designou o dia 16 de abril, às 13h33, para o encerramento da instrução e renovação da proposta conciliatória, dispensado o comparecimento das partes. O processo possui o nº 00132-2013-014-10-00-2.

 

 

Entenda a ACP

 

A ACP foi ajuizada depois que a Contraf-CUT entrou com uma representação junto ao MPT, em Brasília, denunciado a ocorrência das demissões coletivas. A procuradora Ana Cristina realizou quatro audiências de mediação (12 de dezembro e 9, 17 e 23 de janeiro), sendo que as últimas duas foram abertas à participação de sindicatos e federações de todo país.

 

Clique aqui para ler a íntegra da ACP.

 

Nas reuniões, o MPT determinou ao Santander a entrega da lista com 1.280 demitidos em todo país e o acesso pela primeira vez aos dados do Caged de 2011 e 2012. Com base nos números fornecidos pelo banco, o Dieese fez um estudo apresentado pela Contraf-CUT na última mediação.

 

“Ficou demonstrado que o banco demitiu 1.153 funcionários sem justa causa em dezembro, enquanto a média dessas dispensas era de 182 entre janeiro e novembro, significando quase seis vezes mais, um crescimento de 533,5%, o que caracteriza demissões em massa”, afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. Os números foram conferidos mês a mês nessa audiência e confirmados pelos advogados do banco.

 

O MPT registrou na ACP que “a despedida coletiva abusiva está devidamente comprovada”.

 

O estudo do Dieese apontou também que a taxa de rotatividade do banco é maior que a média do setor bancário. Com base no Caged, a rotatividade (excluídas as transferências) do Santander foi de 11% entre janeiro e dezembro de 2012, sendo que a rotatividade do setor bancário de janeiro a novembro do ano passado foi de 7,6%.

 

“O ajuizamento da ACP comprova que estávamos certos quando buscamos uma mediação no MPT, diante das demissões em massa, da ausência de negociação com o movimento sindical e da falta de transparência do Santander”, afirma o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. “Queremos negociar políticas de proteção ao emprego e valorização dos trabalhadores brasileiros, que contribuem com 26% do lucro mundial do banco espanhol”, defende.

 

“Não é admissível que lá na Espanha o banco negocie emprego com os sindicatos espanhóis, sem medidas traumáticas, enquanto aqui os bancários são tratados como se fossem de segunda categoria”, compara Cordeiro.

 

 

Pedidos do MPT

 

O MPT apresentou um conjunto de pedidos na ACP para ser apreciada no mérito, visando a condenação do Santander:

 

- que seja declarada a nulidade das despedidas sem justa causa ocorridas em dezembro/2012 (exceto em relação aos empregados que foram efetivamente abrangidos pelos acordos firmados pelos sindicatos, sendo reintegrados ou recebendo a indenização neles prevista);

 

- que o réu seja condenado a reintegrar os empregados despedidos sem justa causa no mês de dezembro/2012 (exceto os que foram efetivamente abrangidos pelos acordos firmados pelos sindicatos, sendo reintegrados ou recebendo a indenização neles prevista), com o pagamento de todos os salários, consectários legais e benefícios respectivos, em relação ao período de afastamento, sob pena de multa diária, reversível ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), no valor de R$ 10 mil por empregado não reintegrado; e

 

- que o réu seja condenado a abster-se de realizar demissões coletivas/demissões em massa (dispensas significativas de empregados), sem que haja prévia negociação com as entidades sindicais representantes dos trabalhadores, sob pena de pagamento de multa diária no valor de R$ 10 mil, reversível ao FAT, por empregado despedido sem justa causa,

 

- ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 11,530 milhões, a ser revertida ao FAT; e

 

- ao pagamento de custas processuais.

 

 

Abrangência nacional

 

Na ACP, “de forma a evitar qualquer dúvida, e considerando que as atividades do banco se estendem a todo o território nacional, o MPT requer que fique expresso que a decisão tem efeitos em todo o território nacional, na forma da Orientação Jurisprudencial (OJ) 130 do TST”.

 

Fonte: Contraf-CUT

Dow Jones Newswires

 

O HSBC informou ontem que vai pagar aos acionistas mais dividendos neste ano após ter conseguido aumentar sua posição de capital com a venda de ativos. Porém o grupo inglês voltou a mostrar resultados abaixo das metas estipuladas há dois anos pelo presidente-executivo, Stuart Gulliver.

 

A instituição financeira reportou lucro líquido de US$ 15,33 bilhões no acumulado do ano passado, um declínio de 14,5% na comparação com os US$ 17,94 bilhões de 2011. Parte da queda é um reflexo de aumento de tributos.

 

O lucro antes de impostos totalizou US$ 20,64 bilhões no período ante US$ 21,87 bilhões em todo o ano de 2011.

 

Os créditos inadimplentes do grupo caíram para US$ 8,31 bilhões em 2012 ante US$ 12,31 bilhões no ano anterior, em razão de menores encargos com financiamentos imobiliários, de veículos e cartão de crédito na unidade do HSBC nos Estados Unidos.

 

O retorno sobre o patrimônio recuou de 10,9% para 8,4%, abaixo da meta de 12% a 15% que o banco espera começar a atingir neste ano. Em reflexo de despesas nos negócios, o nível de eficiência piorou de 62,8% em 2012 ante 57,5% em 2011, ficando acima do target de 48% a 52% – quanto menor esse indicador, mais eficiente é a instituição.

 

O banco anunciou que ambas as metas foram prejudicadas por encargos com a indenização de clientes por problemas em produtos vendidos e despesas regulatórias. Isso incluiu um acordo de US$ 1,9 bilhão pela infração de lei contra lavagem de dinheiro nos Estados Unidos.

 

Além disso, a taxa de retorno sobre patrimônio foi afetada por mudanças no valor justo da dívida do HSBC. Os bancos contabilizam o valor a mercado de sua dívida, capturando alta ou queda nos preços em caso de recompra dos papéis no mercado.

 

Por outro lado, a posição de capital da instituição melhorou após a venda de ativos e áreas de negócios, incluindo a participação do grupo na seguradora chinesa Ping An. O nível de capital de melhor qualidade (nível 1) era de 12,3% ao fim de 2012, ante 10,1% no ano anterior.

 

Com isso, a instituição informou que vai elevar a distribuição de dividendos no primeiro trimestre deste ano, de US$ 0,09 por ação para US$ 0,10 por ação. Somente no quarto trimestre do ano passado, o banco pagou US$ 0,18 por ação, US$ 0,04 a mais do que o dividendo final de 2011. Em todo o ano de 2012, o HSBC pagou US$ 0,45 por ação, totalizando US$ 8,3 bilhões.

 

O banco vendeu ou fechou 46 unidades em todo o mundo desde que Gulliver anunciou uma nova estratégia, em maio de 2011, que visa cortar custos e se concentrar em mercados com maior crescimento.

 

No Brasil, o lucro antes de impostos do HSBC caiu 8,7% no ano passado e ficou em US$ 1,123 bilhão, segundo informações do balanço global do banco. O relatório detalhado sobre as operações no país será divulgado hoje, segundo informações da assessoria de imprensa da instituição.

 

O documento do grupo destaca maior volume de provisões e aumento da taxa de inadimplência na área de banco de varejo e gestão de fortunas no Brasil e nas atividades com empresas. No relatório global, justificou o desempenho “refletindo o crescimento econômico menor em 2012″. Para 2013, a expectativa do grupo é de uma “modesta recuperação do Brasil”, o que vai contribuir para um crescimento mais alto na região.

 

O balanço também reafirma o Brasil, além de México e Argentina, como mercados prioritários para o HSBC na América Latina.

 

As operações de crédito à pessoa física na América Latina caíram 4% no ano, após uma redução em carteiras de financiamentos a famílias no Brasil. No documento divulgado ontem, o banco explicou “onde nós tentamos reduzir nossa exposição a portfólios não estratégicos e nos concentrar em crédito de qualidade melhor”, acrescentou o grupo no balanço global.

 

Fonte: Valor Econômico

Adriana Aguiar
Valor Econômico

 

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) conseguiu na Justiça a condenação de empresas – como a Klabin, o Banco Santander e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) – que teriam comprovadamente contribuído para a ocorrência de acidentes de trabalho. Por meio de 2.389 ações regressivas acidentárias, ajuizadas até dezembro, o órgão tenta hoje recuperar R$ 414,9 milhões gastos com benefícios pagos a trabalhadores.

 

O número de ações é 70% maior que o do último balanço feito pela Coordenação de Cobrança e Recuperação de Créditos da Procuradoria-Geral Federal (PGF) – órgão responsável pela defesa do INSS. Em abril de 2011, havia 1,4 mil processos que envolviam cerca de R$ 200 milhões. A União tem vencido em 69% dos casos, de acordo com a PGF. Cerca de 25% das 2.389 ações já foram julgadas ao menos em primeira instância.

 

Para a coordenadora-geral de cobrança e recuperação de créditos em exercício, Tarsila Ribeiro Marques Fernandes, o alto índice de vitórias deve-se ao cuidado de somente ajuizar ações com provas que asseguram a culpa dos empregadores pelos acidentes.

 

A nova política de cobrança foi implantada em 2008. Até então, haviam apenas iniciativas isoladas em algumas procuradorias. O INSS alega exercer seu direito de regresso (cobrança do que teria sido pago indevidamente) – previsto na Lei nº 8.213, de 1991- quando há provas de negligência por parte do empregador. Já as empresas alegam que é ilegal exigir o ressarcimento de quem já paga o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT), criado justamente para cobrir as despesas da Previdência Social com benefícios. Além disso, tentam comprovar que não tiveram culpa nos acidentes.

 

Em geral, os pedidos de ressarcimento são feitos quando há pensão por morte paga pela Previdência Social por acidentes que teriam ocorrido por negligência das companhias.

 

O Consórcio Via Amarela e a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), por exemplo, foram condenados a ressarcir as pensões por morte pagas às famílias de três funcionários que estavam no desmoronamento ocorrido em 12 de janeiro de 2007 na construção do túnel da Estação Pinheiros do Metrô, em São Paulo. Com o acidente, uma cratera foi aberta e sete pessoas morreram.

 

Na sentença, a juíza federal Regilena Bolognesi, da 11ª Vara Federal Cível em São Paulo, determinou a restituição dos valores já desembolsados pelo INSS. De acordo com a Advocacia-Geral da União (AGU), a indenização supera R$ 100 mil, em valores atualizados. Segundo a juíza, “a iniciativa visa, em última instância, evitar a socialização do custo a toda a sociedade, em situações nas quais terceiros concorreram para o acidente”.

 

A Klabin também foi condenada de forma solidária com a empreiteira AP Cesar Empreendimentos e Comércio a ressarcir integralmente os valores de pensão pagos com a morte de um funcionário. O total é de R$ 238 mil. O empregado trabalhava para a AP Cesar, mas morreu ao instalar cabos do sistema de para-raios no telhado de um galpão da Klabin. O funcionário caiu de uma altura de oito metros. De acordo com a perícia, teria havido descumprimento das normas de saúde e segurança no trabalho pelas duas empresas. A decisão é da 6ª Vara Federal do Rio de Janeiro.

 

A Justiça também tem determinado que empresas paguem valores desembolsados com auxílio-doença. O Santander foi condenado a devolver ao INSS os gastos com um ex-funcionário que adquiriu Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e teve que ficar afastado. O banco ainda deverá pagar aposentadoria por invalidez ao ex-empregado, após 20 anos de trabalho. A condenação é da 2ª Vara de Presidente Prudente (SP).

 

O juiz Newton José Falcão entendeu que houve negligência do banco no cumprimento de normas de segurança, o que teria desencadeado a doença. Para o magistrado, o laudo pericial apontou fatores de risco, como postura incorreta e repetitividade sem alternância de movimento durante toda jornada de trabalho. Ainda há recurso pendente no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região.

 

Algumas empresas, porém, têm conseguido reverter condenações. A Dutrigo Alimentos, de Maringá (PR), condenada em primeira instância a pagar R$ 300 mil para o custeio da pensão da viúva de um funcionário que morreu com a explosão de um forno em 2007, conseguiu decisão favorável no fim de janeiro. A 4ª Turma do TRF da 4ª Região foi unânime a favor da companhia. Para o advogado da empresa, Viniccius Feriato, do Blazius, Frizzo & Lorenzetti Advogados Associados, ficou comprovado que não houve ligação direta entre a conduta da empresa e o acidente fatal. A União já recorreu.

 

Advogados porém discordam do cenário favorável à União. Feriato diz assessorar seis casos e em apenas um ainda há condenação da empresa. “A procuradoria nem sempre tem conseguido comprovar a culpa das companhias”, diz. Rodrigo Arruda Campos, sócio da área previdenciária do escritório Demarest & Almeida, que defende mais de dez clientes em ações regressivas, também afirma que, das cinco sentenças já existentes, quatro são favoráveis às empresas.

 

O Santander informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que “não se pronuncia em casos que estão sob o exame da Justiça” e que “as providências serão tomadas em juízo”. O Metrô afirmou que já apresentou recurso e o Consórcio Via Amarela não deu retorno até o fechamento da edição. Já a Klabin disse que não comenta questões judiciais.

 

Fonte: Valor Econômico

Começa nesta quarta-feira 6 a eleição para a renovação da diretoria do Sindicato dos Bancários de Brasília. Três chapas disputam o pleito, que vai até sexta 8. A Contraf-CUT apoia a Chapa 1 CUT Bancários-Autonomia e ousadia com responsabilidade, encabeçada por Eduardo Araújo, atual diretor do Sindicato e também ex-coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil da Contraf-CUT.

 

 

“O Sindicato dos Bancários de Brasília é um dos mais importantes da nossa Confederação e do país, que sempre exerceu papel fundamental nas lutas e na construção da unidade nacional da categoria. É graças a essa estratégia que os bancários são a única categoria que tem uma Convenção Coletiva de Trabalho, que está fazendo 20 anos. E é por causa dessa determinação de luta e de unidade que os bancários vêm conquistando aumentos reais de salário nos últimos nove anos”, afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

 

 

Veja abaixo vídeo com a declaração de apoio de Carlos Cordeiro à Chapa 1:

 

 

 

 

“É imprescindível que o Sindicato de Brasília continue nessa linha de frente da unidade nacional. Para isso, é preciso eleger para a diretoria do Sindicato representantes comprometidos com essa estratégia. E é isso que Eduardo Araújo, que já foi diretor da Contraf, e os demais companheiros da Chapa 1-CUT Bancários representam. Por isso o nosso firme apoio à chapa”, acrescenta Carlos Cordeiro.

 

Além desse compromisso com a categoria em todo o país, a composição da Chapa 1 CUT Bancários reúne funcionários de bancos públicos e privados, tem 40% de mulheres e 40% de militantes que disputam uma eleição sindical pela primeira vez. “A representatividade de toda categoria, a ampliação da participação feminina e a grande renovação de quadros dirigentes significam um impulso importante visando o fortalecimento do movimento sindical bancário no rumo de novas conquistas”, conclui Carlos Cordeiro.

 

Acesse aqui a página da Chapa 1 CUT Bancários no facebook.

 

Fonte: Contraf-CUT

O Estado de S.Paulo
Roldão Arruda

 

A presidente Dilma Rousseff seguiu o conselho de seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, e iniciou um processo de reaproximação com as centrais sindicais. A agenda presidencial evidencia a nova estratégia: após dois anos sem muito espaço para reuniões com sindicalistas, Dilma tem tido agora uma série de encontros do gênero.

 

Só na semana passada, recebeu dois presidente de centrais sindicais – Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT). No dia 12 ela deve participar da inauguração da nova sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, filiado à UGT e representante de um setor com cerca de 400 mil trabalhadores. A data foi acertada diretamente entre o Planalto e os organizadores.

 

Também não está descartada a possibilidade de, amanhã, ao término da 7.ª Marcha das Centrais Sindicais, em Brasília, Dilma receber os sindicalistas no Planalto. Até ontem a agenda presidencial não registrava o compromisso, mas os sindicalistas não descartavam a hipóteses do encontro.

 

Em outros anos, Dilma sempre preferiu delegar missões desse tipo ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Por causa disso, eram quase invariáveis nas centrais as críticas ao seu estilo. Nos confrontos entre o governo e os funcionários públicos, na greve que estes realizaram em meados do ano passado, eram comuns as comparações entre a presidente e Lula – todas sempre desfavoráveis a ela.

 

O esforço de aproximação do Planalto com as centrais deve ir além de cumprimentos e reuniões. Paralelamente, o Planalto está reunindo ministros de diferentes áreas para analisar as principais reivindicações dos trabalhadores e verificar quais podem ser atendidas a curto prazo.

 

De acordo com alguns líderes sindicais, o governo corre para fazer o anúncio de alguma “boa novidade” até o Dia do Trabalho, comemorado em 1.º de maio.

 

 

Gentilezas

 

Filiado ao DEM, o presidente da UGT, Ricardo Patah, sempre integrou o coro dos que criticavam o distanciamento entre Dilma e as centrais. Na quinta-feira passada, porém, ao deixar o Planalto, a opinião dele já era outra. Saiu “encantando” com as atenções que ele e seus acompanhantes, entre os quais quatro deputados ligados à central, receberam da presidente.

 

O encontro, programado para durar uma hora, estendeu-se por uma hora e meia. Dilma interessou-se particularmente pelos problemas enfrentados pelos motoboys, uma das categorias em que a UGT tem maior penetração, e, ali mesmo, determinou a Gilberto Carvalho a organização de um grupo interministerial para estudar essa questão.

 

“Eu sempre tive contato com o Lula, que recebia as lideranças sindicais pelo menos uma vez por mês, visitava sindicatos e chegou a ir ao congresso anual da UGT. Com a Dilma sempre foi diferente, mas dessa vez ela nos surpreendeu”, diz Patah.

 

“Ela nos recebeu com muita atenção, ouviu nossas reivindicações e opiniões sobre a política econômica do governo. Dissemos a ela, por exemplo, que não é correto desonerar a folha de pagamento das empresas sem exigir contrapartidas dos empresários, para garantir o nível de emprego. Foi um encontro histórico, na minha avaliação.”

 

Dois dias antes de Patah, a presidente havia recebido Vagner Freitas de Moraes, presidente da CUT, a maior central do País, historicamente próxima do PT. Moraes também notou a mudança, mas não viu nela nenhuma “alteração de rota”. “Acho que a presidente está aprimorando as políticas de um governo exitoso. Sempre dissemos a ela que os resultados das ações são melhores quando se fala diretamente com os interlocutores da sociedade”, diz. “Não é uma atitude eleitoreira nem oportunista, mas sim uma evolução.”

 

Segunda maior central do País, a Força Sindical, do deputado Paulo Pereira da Silva, é a exceção.

 

 

Tendência

 

Além de tentar se reaproximar dos sindicalistas, Dilma mudou a atitude com outros setores também. Passou a receber mais empresários, além de ter estreitado relações com o MST, outro histórico aliado do PT, ao visitar neste ano um assentamento rural ligado à organização.

A Contraf-CUT levou todo apoio dos bancários aos vigilantes para a luta pelo pagamento imediato do adicional de 30% de risco de vida/periculosidade para todos, conforme garante a lei nº 12.740, de 8 de dezembro de 2012. A manifestação ocorreu na manhã desta sexta-feira (1º), durante a 2ª Plenária Nacional dos Vigilantes, que reuniu quase 40 entidades e mais de 70 dirigentes sindicais, em São Paulo.

 

O secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr, enfatizou a importância da mobilização para garantir o cumprimento dessa legislação, fruto da luta dos vigilantes no Congresso Nacional. “Os trabalhadores bancários e vigilantes são parceiros de longa data, companheiros de luta. Por isso, apoiamos esse movimento e queremos que a lei seja logo cumprida. Sabemos que em 12 estados os vigilantes já garantiram o adicional por força de luta e mobilização da categoria. Os vigilantes do país todo devem receber o que foi conquistado e está garantido na lei”, defendeu.

 

A mesa da plenária foi presidida pelo secretário-geral da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), João Soares, e integrada pelos assessores jurídicos da entidade. O presidente da CNTV, José Boaventura, não compareceu em decorrência da greve dos vigilantes da Bahia, que já dura cinco dias por causa da intransigência das empresas.

 

Houve informes sobre o andamento das campanhas salariais dos vigilantes, que ainda não possuem uma mesma data-base em todo país, e o processo de negociação do adicional de 30% nos estados. Segundo João Soares, também foi realizada uma avaliação da paralisação nacional do dia 1º de fevereiro. “Muitos estados já conseguiram o adicional, independentemente da regulamentação da lei. Isso prova que a mobilização dos trabalhadores vale a pena e por isso já avançamos muito”, declarou.

 

Para o secretário de finanças da CNTV, Jervalino Bispo, “ao final da plenária serão tirados encaminhamentos referentes aos estados que ainda estão em negociação e não conseguiram o adicional de 30%”. Ele ressaltou que “a presidenta Dilma já sancionou a lei e o que queremos é que ela seja cumprida e, por isso, continuaremos mobilizados até que todos os vigilantes do Brasil recebam o adicional de 30%”, enfatizou.

 

Fonte: Contraf-CUT com CNTV